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setembro 06, 2016

(#) férias, tanto p'ra contar!

vou começar pelas mini férias, as únicas que foram possíveis a quatro.
planeámos 3 semanas de férias, divididas entre a morada dos avós e algumas das melhores praias da costa vicentina e algarve. o plano era fazer-lhes a vontade, comprarmos a casinha azul e irmos acampar, ouvir o vento de noite e acordar com toda a claridade, bem cedo pela manhã. 
por motivos profissionais, de três passaram a duas semanas, de duas a uma, e essa semana espartilhada em mini férias. cumprimos o planeado e a casinha azul (escolhida por eles) ninguém nos tirou. as moradas ficaram reduzidas a uma só, e bem perto de casa, o que acabou por ser uma agradável surpresa.
Andámos apenas 40 km, o que foi óptimo para eles (e para nós) e montamos a nossa tenda em Cabanas de Tavira! Um parque óptimo, com piscina, e com balneários e espaços a pensar nas famílias! Claro que já conhecemos esta zona do Algarve, mas ficar nos lugares sem ter horas para voltar para casa e puder escolher cada dia uma praia é bem melhor!


a Praia Verde e a de Manta-rota foram as escolhidas. óptimas, com um grande areal e apesar de estarem com bastante gente dava para estendermos a toalha à vontade. o resto foi fazer-lhes a vontade e ficar pela piscina.




acho que os meus filhos se tornaram uns peixes neste verão. o Rodrigo já anda fora de pé, já sabe ir ao fundo da piscina e não entrar em pânico, mas claro que ainda precisa de (muita) vigilância. o Duarte, sozinho certificava-se que tinha as braçadeiras, mas se nos apanhasse na água era vê-lo atirar-se na maior das descontracções. difícil era tirá-los de dentro de água! divertiram-se imenso e em pouco tempo fizeram amigos. uma pena não podermos estar mais uns dias.


já tínhamos acampado os dois, mas nunca com os miúdos. estava um pouco reticente, honestamente, não me apetecia muito voltar a dormir no chão, a ter cuidado com as formigas e a tomar banho em balneários... e esta é realmente a parte menos agradável. mas depois há as brincadeiras com a lanterna à noite na tenda, há a sensação de aventura, triplicada quando se tem duas crianças ao lado, a possibilidade de, de um dia para o outro podermos arrumar tudo e rumar a outras paragens, as amizades fáceis feitas na rua coberta de árvores, entre miúdos de todas as pontas do País.
as crianças são simplesmente felizes desde que brinquem com os seus pares, tenham o nosso carinho, a sensação de liberdade e comam uns gelados de vez em quando. (risos) é preciso é não complicarmos muito para termos uns dias fantásticos!
talvez não por muitos dias, porque actualmente aprecio mais um hotel, mas uma semana por ano ou um fim de semana ou outro, porque não? eles adoraram e este fim de semana já temos um novo destino!




E vocês, qual o vosso tipo de férias eleito? Adorava a vossa partilha!





Sofia**









agosto 25, 2016

# nós por cá...

There's no place like home...









...dizem que não há lugar como o nosso ninho e eu concordo. correr o país e o mundo para conhecer lugares novos é maravilhoso, mas a sensação de chegar a casa e podermos andar de olhos fechados porque conhecemos cada canto, reconhecemos os cheiros, nos sentamos no sofá que se encaixa no nosso corpo e descansamos na almofada que já tem a nossa forma... é regenerador! 
mas, e o nosso ninho, onde fica mesmo? 

será aquele onde um dia fomos tão pequenos que não chegávamos à mesa de jantar, onde dissemos as primeiras palavras, ouvimos os primeiros raspanetes e entrámos à socapa numa noite de verão, onde a comida é a melhor do mundo, mesmo que tenhamos passado meia vida a reclamar dela, onde as sestas são as melhores e o pequeno almoço divinal, e nada está ao nosso gosto, mas onde nos sentimos sempre, sempre tão bem.

ou será a casa que escolhemos, para a qual pensámos cada detalhe, onde construímos a nossa família e criamos os nossos filhos, em que as paredes estão longe de estarem imaculadas, os bonecos estão em todo o lado, e as memórias ainda são tão frescas que se sentem. a nossa comida é agora a melhor ou a pior, consoante a hora da birra ou não, mas os mimos que lhes damos constroem as manhãs de panquecas e batidos feitos a pedido.


there's no place like home... casa, lar, ninho, é onde nos sentimos bem, onde há amor, afecto, onde tudo nos é familiar, ou se torna, conforme nos permitimos essa intimidade. casa é cheiro, é abraço, sorrisos e conversas desgarradas. tenho a sorte de ter dois lugares assim. 


nós por cá já fomos até casa, ao encontro dos abraços que aconchegam e da melhor comida conforto do mundo. já rimos muito, criámos momentos e vivemos outros que aconteceram por si só. voltamos agora para o nosso lugar, o cantinho onde construímos dia após dia a nossa família e onde queremos que mais tarde, os nossos filhos possam voltar também.... ao ninho!









Sofia**




































agosto 15, 2016

férias, uma confusão!?





os dias de férias com eles não são sempre fáceis. Há birras para gerir, disputas para acalmar, limites que eles querem ultrapassar e que nós temos que saber ter mão (e cabeça) para equilibrar, entre a educação e a descontracção que se quer em tempo de lazer. Ter férias com eles implica ter um plano alimentar elaborado para que se alimentem de manhã, não falte comida na praia (a fome é sempre voraz), nem jantar ao fim do dia. Por norma, saltamos a sopa, que com este calor ninguém aguenta, mas a alimentação tem que ter muita fruta, iogurtes, proteína, coisas minimamente saudáveis a contrastar com a junk food que nesta alturas facilitam e acabam por estar mais presentes. 
Vou com eles para todo o lado, para espanto de alguns. Vou de barco, de carro, a pé se for preciso. Levamos o essencial e quem tem filhos sabe que o essencial pesa! Mas eles já vão ajudando alguma coisa, o que facilita. Na praia há que ter mil olhos em cima deles, porque à mínima distracção e já estão dentro de água, a passear longe de nós (sobretudo o mais pequeno), ou a incomodar alguém. Mal escolhemos o nosso lugar na areia, é tratar de espalhar o protector solar (várias vezes), colocar as braçadeiras e desbobinar as 1001 recomendações, que nunca são demais.
O mar é sempre uma maravilha, mas uma preocupação também! A temperatura da água tem estado óptima, mas a bandeira amarela avisa das fortes correntes, o que não nos permite estar 100% à vontade. Estou sempre por perto, sempre a segurar num e de olho no outro. (Ainda bem que tem estado um caldinho, senão não sei como seria!)


todas estas coisas levantam pequenas tensões. eles não gostam de estar sempre a ser avisados, sobretudo o mais velho. não querem por protector, não querem usar braçadeiras, não querem esperar entre comer e os mergulhos no mar... só querem aproveitar. às vezes chamam-me chata, e por vezes tenho que levantar o tom de voz. acontece. mas estar de férias com eles também é isto. é saber gerir a dinâmica das relações, mãe e filhos, pai e filhos, irmão e irmão. férias é isto mesmo. uma confusão. não é?



depois, no fim de cada dia, assim como a natureza se alinha para nos brindar com o seu mais belo espectáculo, também naturalmente, nós nos alinhamos, e de repente tudo flui. eles ouvem-nos, nós não gritamos, os mergulhos fazem parte da brincadeira, a areia já não incomoda, nós não temos que dar ordens e eles naturalmente fazem o que nós precisamos. quero acreditar, que são eles a a retribuir aquilo que lhes damos ao longo do dia. eles sabem, eles percebem. 





Sofia**













agosto 13, 2016

# nós por cá...


 





Está um calor bom, que convida a um mergulho matinal, seguido de um almoço à fresca e os pé na areia para ver o por do sol. Apesar da bandeira amarela ser uma constante nos últimos dias, não podíamos pedir mais da temperatura da água: está óptima! Dá para ficar horas lá dentro a saltar nas ondas na maior diversão. As noites estão quentes, e só se está bem a passear na rua, com um vestido leve, a denunciar o bronzeado e sandálias o pé, confortáveis para andar até ao gelado mais próximo. Sabe tão bem o Verão!



O Duarte continua sem falar na chucha, mas nas últimas noites acorda a pedir colinho, para compensar a falta do consolo que a xuxu lhe dava. Está tão engraçado este meu pequeno, bebezão assumido. Tem um sorriso aberto e uma gargalhada bem sonora e engraçada. Segue o mano para todo o lado, adora-o.

O Rodrigo tem mais um dente a abanar.* Creio que em breve o seu sorriso terá uma "janela" gigantesca como cartão de visita. Continua naquela dualidade (às vezes chata) do engraçado que tem ainda de criança e o nariz empinado de um rapaz crescido. Queixa-se de que o mano o chateia e lhe estraga as brincadeiras, mas é vê-los abraçados a declararem-se um ao outro.



As férias aqui ainda estão a meio gás, esperamos ainda que o pai se junte a nós, mas vivendo no melhor lugar do País, dá para ir aproveitando! ;)








Sofia**









*14.08.2016: após muito abanar, o Rodrigo lá conseguiu arrancar o seu sexto dente... e ficou com um varadim no seu sorriso!









agosto 07, 2016

# nós por cá...






Os dias vão passando e o cansaço e a rotina vai-se sobrepondo ao que mais queremos fazer.
Passou-se muita coisa por aqui que é digna de constar neste diário/blogue/caderno digital que se tornou um vicio.

O Rodrigo teve o seu último dia de infantário no dia 22 e quis celebrar com um bolo feito na véspera, junto comigo. (Foi iniciativa dele e fiquei muito contente com a atitude, porque em datas importantes esta já uma tradição mãe-filho que eu gostava de manter.) Ele ainda não tinha bem consciência do que significava aquele dia, apesar de já o termos preparado, e foi no último minuto que caiu em si. despediu-se dos amigos (quase todos vão para outra escola) e do colo que o acolheu nos últimos seis anos. Chorou muito, afinal, seis anos são uma vida. a dele.

Limpas as lágrimas e cortados os caracóis que fazem muito calor, fizeram-se as malas dos pequenos que foram passar uma semana aos avós. Entre praia e piscina, gelados e passeios, mimos e primas pequenas, as saudades apertaram e ansiedade fez com que uma semana lhes parecesse um ano (no exagero das palavras do mais velho). O abraço com que me receberam quando os fui buscar, ainda hoje me aperta o pescoço! (risos)

Esta noite deu-se um importante passo para o Duarte que finalmente dormiu sem chucha. Estava mesmo muito agarrado a ela, depois da semana de férias então, andava quase todo o dia de chucha. Até já cheirava mal. mesmo. Começámos a dizer-lhe que estava estragada e às escondidas fiz-lhe um buraco. Ontem foi todo decidido deitá-la no lixo. (tirá-mo-la, nas costas dele, não fosse a noite correr mal) Dormiu a noite toda e só hoje de manhã voltou a falar na amiga. Mas sem dramas, nem voltou ao balde do lixo. Acho que foi o fim desta relação de três anos e meio!!


Agora cá estamos, a aproveitar estes dias quentes e à espera que o pai largue o trabalho, para podermos finalmente descontrair os quatro e tornarmos memoráveis os momentos em que vivemos o melhor que a vida tem. 






E vocês, já de férias?
Boas férias para quem pode, e quem não puder, que saiba aproveitar em cada folga os mergulhos no mar, a brisa dos fins de tarde e as cores que alegram cada Verão!





Sofia**







julho 03, 2016

ai os filhos...

Quem tem filhos sabe que pode estar metido em sarilhos!
Eles são do mais engraçado que há, quando começam a falar então, com aquelas palavras que ninguém entende, e que à medida que o tempo vai passando se vão descodificando, não deixando de ser engraçadas. Depois fazem observações, são autênticos, espontâneos, não têm aquele filtro que nós adultos adquirimos e que, com o tempo vamos tirando a graça a tudo... certo? Mas quem tem filhos também sabe que está sujeito a grandes vergonhas... 



O Duarte, adora ir ao Pingo Goce, e no outro dia foi com o pai. Andava lá todo contente nos corredores (por norma até se porta bem), quando de repente pára, estica aquele dedo indicador gorduchinho, e diz:


Ó Sinhor! Sinhor!! Poquê tu és de chocolate??

...


(pois, acho que não preciso dizer mais nada...)




Agora tem graça, mas frente a frente com o sinhor não sei o que lhe teria dito!
E vocês, passam muitas vergonhas com os vossos miúdos? Como as resolvem?




Boa semana!
Sofia**












junho 08, 2016

(uma pausa nos sonhos)

tenho os dois filhos doentes em casa. na segunda chamaram-me porque o mais novo tinha febre, mas é o mais velho que está pior. os últimos dias, apesar de mal dormidos, apesar de os ter mais caiditos, têm sido cheios de mimos, ausentes de horários e pressas, tal como eles gostam. Ah, e muita escrita... nota-se muito? Já escrevi mais em dois dias do que nos últimos dois meses, arrisco-me a dizer. 
Gosto tanto de ter este tempo para eles, só não gosto que estejam doentes!






Sofia**








junho 03, 2016

Duarte, aos 3 anos, para não me esquecer...



Aos 3 anos já se expressa lindamente, com aquele sotaque de bebé, doce doce, que nos derrete por dentro. Às vezes tem pressa em falar, gagueja um pouco, digo-lhe que pare e respire, e ele assim faz. E sorri. Tem um sorriso lindo, com duas favinhas que saltam cá para fora e lhe dão um ar encantador. Diz muitas palavras à sua maneira que nos fazem rir. Diz algumas asneiras também, empregues no tempo certo, que nos fazem rir (às escondidas). No outro dia chamou cara de c* à educadora, que muito triste me fez queixas. Tivesse eu um buraco para me enfiar...

Aqui ficam algumas das melhores, para não me esquecer:

piCocas = pipocas
Tucudilo = crocodilo
barrACas = barritas
gomBas = gomas
boNHecos = boNecos
OBute = iogurte
loVo mau = loBo mau
mamofada = almofada
Coma mano! = toma mano!
Conde estás? = Onde estás?



Quando vamos na rua é ouvi-lo gritar: Esperem por àmim! Mas já pergunta se o mano também vem coNNosco! Faz umas caras mesmo engraçadas e tem expressões que já são suas, inconfundíveis e que nos desmancham a rir.

É um fofo este meu filho doce. Agarra-se e dá beijinhos à família toda, assim, do nada. Mas tem uma queda para as birras que nem vos conto. É respirar fundo muitas vezes porque ele é dose e sabe o que quer!



Três anos, meu amor. Das idades mais bonitas da infância, e que eu não quero esquecer.


mãe







instagram @sofia_ferr







maio 27, 2016

o separador central!



Comecei este blogue já depois de ter sido mãe mas sem o objectivo claro de escrever sobre a maternidade. Aliás, o primeiro post fala sobre o clima que se fazia sentir a 12 de Janeiro de 2012, como se estivesse a falar com um estranho no elevador e a conversa da treta viesse à baila. Se me perguntarem, não sei se diga que este é um blogue de mãe, porque falo sobre viagens, gostos, paixões, ideias, modo de vida... 
Há alguns dias que não venho aqui, não tenho tempo mesmo. Escrevo imensos posts na cabeça, aponto tópicos, quero colocar fotografias minhas para ilustrar, mas falta-me tempo. Tenho optado por me levantar mais cedo para fazer exercício e ao fim do dia custa-me vir para o computador. Sorry! Mas é nestas alturas, mais distantes, que reconheço que a maternidade é um separador central neste espaço só meu. Porque no pouco tempo que tenho, o que quero deixar escrito, o que não me quero esquecer, tem tudo a ver com eles. Cada um deles tem um separador só seu e imagino sempre o dia, (muito longínquo) em que eles irão ler (e rir) o meu testemunho sobre o seu crescimento. 
Espero sinceramente que gostem. Eles e vocês que se mantêm por aí! Prometo diversificar, prometo ir mais além, mas acima de tudo, manter-me fiel a mim mesma, e ao que de mais importante tenho na vida. 





Bom fim de semana!!

Sofia**









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maio 08, 2016

o dia da mãe...







é todos os dias, desde que aqueles dois tracinhos rosa saltaram à vista em 2009.
Este ano, o dia da mãe teve um gostinho ainda mais especial, depois de umas férias em que ficámos pela primeira vez quase uma semana sem nos vermos. As saudades eram imensas e eles não nos largaram o fim de semana inteiro. Soube tão bem cada abraço, cada beijo, cada brincadeira. A cara deles quando nos reencontraram...

À medida que os filhos crescem as coisas não ficam mais fáceis. Eles tornam-se mais independentes, vão formando o seu caminho, mas os desafios vão sendo cada vez maiores. Talvez porque ser mãe (e pai) não tem a sua maior importância no comer e vestir. Não, é no educar que nós somos mesmo importantes. Mas à parte disso, o melhor é a capacidade que eles vão adquirindo de nos retribuírem o amor e o carinho que lhes damos. Os desenhos feitos no infantário, as frases que ditam à professora, as confissões que nos fazem ao ouvido, têm um gostinho tão mais doce, mais sentido, verdadeiro, vindo directo do coração. Olhá-los, vê-los meninos, já sem traços de bebés, mas reconhecer-lhes em cada gesto ou atitude um bocado de nós não tem preço. 
Ser mãe destes dois (vocês os dois) é o melhor que me podia ter acontecido. E este dia da mãe foi mesmo muito feliz!





mãe









instagram @sofia_ferr 















abril 21, 2016

à noite




É um desatino para os fazer deitar. Eles querem enfiar em duas horas o que não fizeram o dia todo: estar connosco, brincar, falar. Nós queremos isso tudo, mas temos que dar banho, fazer o jantar, apanhar a roupa, vestir-lhes o pijama e vigiar a higiene. Tentamos sempre fingir o dia em duas horas. Contamos os dez quinze minutos, tentando que pareçam trinta ou quarenta. Às vezes chega-lhes outras não. Fazemos desenhos, brincamos ao faz de conta, ou construímos legos, contamos histórias. A frase "meninos, está na hora..." nunca é bem recebida. Normalmente é chutada para canto e remetida para segundo plano quando combinamos a historinha na cama do pai e da mãe. 
Quando finalmente estão na cama deles, querem um mimo sossegado, os braços à volta do pescoço, o nananina, e aí relaxam e contam como foi o dia deles. O que os amigos fizeram, o que a educadora disse, o que pensaram em determinada altura. Não vale a pena perguntar-lhes nada antes. A resposta não vai passar do tudo bem. Mas nesta hora, nestes minutos antes de fecharem os olhos, já ouvi grandes revelações, já ajudei a desencucar (grandes) problemas, já me ri muito com eles. Dou beijos, muitos, recebo muitos em troca. Acaricio-lhes os cabelos, embalo-os nos sonhos, oiço a sua respiração, mais profunda e serena, e saio de cena.
Não troco estes minutos da noite por nada, mesmo que me roubem (muitos) minutos ao meu descanso (merecido) no sofá. É neste momento que eles voltam a ser meus, os meus bebés. 
E à noite, acontece o melhor momento do dia!







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março 23, 2016

PAI



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Por vezes adianto-me na escrita, agendo as mensagens, edito e faço rascunho para avançar trabalho ou para não me esquecer deste momento, daquela frase, ou de uma ou outra palavra engraçada. 
E por vezes, a vida prega-nos partidas, torna-nos rascunho dos nossos dias, baralha-nos as ideias, e não nos deixa passar à escrita o tanto que temos para dizer. A sorte é que, apesar de no calendário estar apenas um dia assinalado, na nossa vida, ainda que cheia de rascunhos pelo meio, todos os dias merecem um beijo, um abraço, um agradecimento por partilharmos momentos e palavras que valem a pena recordar com este PAI maravilhoso que nos calhou na roda da sorte da vida!



Feliz dia do Pai, sempre!

(23-03-2016)








março 11, 2016

Escola mágica

Gostava muito que esta fosse a escola dos meus filhos, dos teus filhos, dos nossos filhos. Gostava muito que para as crianças poderem ser crianças, até que a infância as enfadasse, não tivéssemos que pagar fortunas, nem fugir do ensino português, porque o ensino de Portugal, o País em que vivemos, devia ser o melhor para os nossos filhos. E devia ser público e acessível. 
Porque é que tem que ser quase exclusivo as crianças brincarem com terra, pisarem poças de água, usarem a imaginação e darem asas à sua criatividade? E aprenderem em simultãneo!!
Porque é que a regra insiste na norma de horas (infinitas para os miúdos) sentados em salas de aula, com matérias, que os próprios professores admitem, muitas vezes não terem maturidade para as compreender?
Quem disse que as nossas crianças com oito anos teriam que saber de cor aquilo que nós aprendemos aos doze?
Alguém questiona porque é que cada vez há mais miúdos "hiperactivos"? Alguém imagina o esforço que os miúdos têm que fazer para conter a energia que os assola e os empurra a descobrir o mundo numa cadeira onde têm que ficar sentados a ouvir conteúdos que não lhes são apelativos? Provavelmente não. É mais fácil recomendar Ritalina!
Porque é que aos quatro anos os nossos filhos começam a ser "preparados" para o primeiro ciclo? Não estamos a atropelar fases de desenvolvimento que deviam ser preservadas como um bem precioso?
Quem integra o Ministério de Educação Português? Em que estudos se baseiam para estabelecer objectivos e currículos para as nossas crianças?
Os pais são ouvidos neste processo? Os professores? E mais importante ainda, alguém ouve as nossas crianças?!?
Não quero filhos geniais. Quero filhos completos, íntegros, felizes. Quero que escolham o seu caminho na amplitude do conhecimento que adquiriam ao longo do seu crescimento. Não os quero limitados a cursos académicos muitas vezes sem saídas profissionais. Não os quero a envergar um fato que não lhes sirva e que lhes pese ao longo da vida.

Gostava mesmo muito, que esta fosse a escola dos meus filhos, dos teus filhos, dos nossos filhos!
Não gostavas?



Sofia**


março 06, 2016

A Venda

Já passou uma semana mas acho que ainda vou a tempo de vos falar sobre o 3º aniversário do meu pequeno. Embora os planos tenham sofrido alterações de última hora, consegui mimá-lo muito logo de manhã e ao final do dia. Convidámos uns amigos/família e juntá-mo-nos num espaço muito giro e acolhedor.

 

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N'A Venda o tempo parou. As mobílias rangem, os pratos estão lascados, os quadros são definitivamente vintage. O vinil de José Cid a decorar o gira discos antigo não engana, parece que estamos em casa das nossas avós, a jantar com amigos, enquanto o aroma dos pratos confeccionados aos nossos olhos nos vai chegando e abrindo o apetite para o que aí vem. A mercearia, logo à entrada, recheada de especiarias menos comuns e de conservas embaladas de forma rústica, conferem o nome ao espaço, A Venda, e são apontamentos que fazem deste lugar uma opção para estas ocasiões.
Conversas cruzadas, algum barulho (ups) e o o soprar de 3 velinhas ao meu pequeno depois, contamos voltar!


(A Venda fica na Rua do Compromisso em Faro. Apareçam!)



Sofia**






fevereiro 26, 2016

Amor nas pequenas coisas *


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Ele fez três anos e pela primeira vez não passei o dia colada a ele. É uma espécie de exigência minha que até hoje não falhou com nenhum deles. Não deu. Pesquisei decoração de bolos, ornamentos para a casa, quase que fiz uma encomenda, quase que comprei cartolinas. Imprimi apenas uns olhinhos (dos Minions), comprei uns smarties, deitei-me tarde na véspera. Levei o bolo de cenoura decorado com smarties para cantar os parabéns na escolinha, com a promessa que estaríamos lá com ele, na hora.. E estivemos! Fiz outro para a noite partirmos com amigos. 
Acho que há muito tempo os bolos não me saiam tão mal! Estavam deliciosos, mas mais altos de um lado menos do outro, um pouco crus no meio. Mas não trocava nenhum deles por qualquer outro perfeito decorado com os bonecos da moda. Este fui eu que fiz. Recheado de amor, decorado com alegria, com sabor a mãe!


(para ti Du!)




* Podem espreitar a festa dos 2 anos aqui! :)



fevereiro 25, 2016

25 de Fevereiro, 17h35m




instagram @sofia_ferr

3 anos, Du!
És um palhacinho! Fazes gracinhas, olhinhos e caretas que muitas vezes nos impedem de te repreender de forma mais objectiva. Mas são só três anos... demoras em largar o leite no biberão, a fralda, o colo, a chucha. És muito dengoso. És de beijos e abraços, és do aconchego e do mimo. Gosto tanto quando te dou um beijo à noite e enrolas os teus braços no meu pescoço e me puxas para ti (mamã, ainda nã cantaste o nananina!!). E quando me chamas gaiatita, num reflexo amoroso do pronome que te dou? É de derreter!
És traquina, és maroto. Adoras o teu mano e as vossas conversas são deliciosas. Poxo mano, poxo? Queres bincar? Um beijinho mano! Brigam muitas vezes porque só queres o brinquedo que ele tem naquela altura, mas quando se entendem, são capazes de passar horas entretidos os dois. 

Se alguma vez tivesse tido alguma dúvida, não hesitaria em esclarecê-la agora: ter dois filhos é maravilhoso. O segundo não rouba amor ao primeiro, apenas nos mostra como é possível amar tão intensamente dois seres que estão cá por nossa vontade, em como o sono que nos roubam não tolda as alegrias que nos transmitem, e as preocupações que nos dão só aguçam o nosso sentido de protecção e responsabilidade.
E como é bom vê-los crescer em conjunto, ver a personalidade a formar-se, e a sua individualidade a fazer-se sentir. 




Três anos, tão doces, tão bons.
Parabéns Du, te amo!



mãe





P.S.: A esta hora, já dei um saltinho à tua escolinha, cantei-te os Parabéns junto com o pai e o mano (e todos os teus colegas e educadoras) dei-te um grande beijo e voltei ao trabalho!
Prometo que logo à noite há mais festa e que não me esqueço de te cantar o nananina! ;)









fevereiro 15, 2016

manhãs


Acordo-vos sempre devagar, quando já estou quase despachada. Abro a janela, dou-vos uns beijinhos, dou os bons dias e vou acabar de me vestir. Volto uns minutos mais tarde, com mais beijos, na esperança de vos ver saltar da cama cheios de alegria e com vontade de ir para a escola. Nunca acontece. 
Hoje, meu pequeno Du, foi mais difícil do que nos outros dias. Insististe em ficar até ao último minuto. Puxaste as mantas para cima, choraste, berraste, uma birra de todo o tamanho. Chateei-me contigo. Logo de manhã... Quando acalmaste, quando acalmei, quase em simultâneo, ficámos abraçados uns minutos, sem pressas. Tu de olhinhos fechados e eu de lágrimas nos olhos. Naquele momento quase que te pedi desculpa, por te acordar cedo, por não deixar que os teus olhos abram quando o teu corpo dá a ordem, bem sei que estás cansado. Foi isso que te disse: sei que estás cansadinho, mas tem que ser. 
Mimo, muito mimo, muitos beijinhos nessas bochechas fofas e recomeçámos o nosso dia, com um sorriso.


manhãs...

janeiro 06, 2016

Conversas aos 2 anos (quase 3!) / Funny conversations at 2 years old (almost 3)

Du - A mim quer água, faxavoi!
Mãe - Não é "a mim", Du. Diz: Eu quero água.
Du - Não! A mãe não! A mim quer água!!
Mãe (a rir e a apontar com o dedo) - Olha, eu (aponto para mim) quero água. O Du (aponto para ele) quer água. Diz: eu (aponto para ele) quero água.
Du (ligeiramente irritado): Não!! A miiiiim quer água!!



Ok... 



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Conversations with my two year old boy are getting more funnier! 
He uses "me" instead of "I" which make some talks really, really funny. Just simple as when he wants a cup of water!!

I just keep laughting and say Ok to him!!

dezembro 20, 2015

Festa de Natal: um resumo!

Mãe sai do trabalho a correr (literalmente) pelas ruas da cidade, e ainda chega a tempo do final da actuação do pequeno. Não vê o pequeno!?? 

- Onde está?? Ah, é aquele enrolado nas pernas da Educadora! Oh tão fofo!! Oh não, está a chorar!! 

Mãe entra no palco e salva o pequeno dos aplausos e flashes de pais e avós babados! 

- Mamã, está muito baulho!!

É oficial: filho sofre de stress acústico como a mãe!!