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setembro 26, 2016

Rodrigo vai à escola!





primeira semana no primeiro ano.... o que dizer?

nunca foste miúdo de gostar de escola. mesmo para o infantário ias sempre meio contrariado apesar de gostares de lá estar, brincares com os teus amigos e seres acarinhado por todos. no último dia no jardim de infância, nas lágrimas que te lavaram a cara, percebi como afinal foste feliz ali.
agora estamos no mesmo registo, acordas de manhã cheio de dores de barriga, pedes colo e mimo como se tivesses metade da idade que tens. respondo a todos os teus pedidos, salientando sempre com firmeza de que nenhuma dor de barriga te salvará de ires para onde estão todas as crianças de seis anos que têm a oportunidade de poder aprender. um dia, vais ler livros incríveis, vais ter o gostinho de somar o teu próprio dinheiro e o que ainda te é desconhecido passará a ser familiar. vais jogar, conhecer novos amigos, vais brincar e subir todas as árvores que conseguires. aliás, sossega-me esse teu sorriso na hora da saída e o ar maroto com que contabilizas as árvores conquistadas e me contas tudo em tom de confidência!
aqui entre nós, acho que vais ser um miúdo aplicadinho, só para não teres uma nódoa diante da professora, mas sempre ansioso que te libertem da sala para poderes explorar o mundo à tua vontade.

é como te digo, só desejo que todos os teus dias sejam felizes e que todas as experiências te ajudem a a traçar objectivos para que um dia mais tarde, quando as contas já forem tuas, encontres o teu caminho... feliz!





com amor,

mãe



















setembro 21, 2016

sobre este verão, quero guardar....








. a possibilidade de poder estar com vocês;
. a facilidade com que interagem e brincam com miúdos e graúdos.

Duarte:
. os teus abraços apertados;
. a tua convicção ao deitar a chucha fora (para sempre);
. o vigoroso hino nacional cantado por ti ("ás águias, ás águias....)
 a tua decisão (surpreendente) em deixar a fralda da noite;
. a tua alegria ao saltar sem medos para a água;


Rodrigo:
. as tuas declarações (fugidias) de amor;
. a tua emotiva despedida da tua escola de sempre;
. nós a dançarmos o "tá tranquilo, tá favorável" enquanto celebrávamos a vitória no campeonato europeu de futebol!
. o orgulho ao aprenderes dar as primeiras braçadas fora de pé e a mergulhar até ao fundo da piscina.




. a vossa felicidade (e nossa) nas nossas primeiras férias em campismo,
. o nosso jantar a dois, brindado com um por do sol magnifico.


















setembro 19, 2016

o primeiro dia do resto da tua vida....





meu amor, que o voo que inicias hoje seja muito feliz e te leve sempre ao encontro dos teus sonhos!

(15.09.2016)




foi isto que te escrevi aqui, no teu primeiro dia do primeiro ano do ensino básico (aka escola primária). o turbilhão de emoções era demasiado para conseguir escrever mais. não que ache que te tenha dito pouco, nesta frase e em cada sussurro ao ouvido para te mover em confiança. tenho esperado que a poeira acalme nestes dias tão intensos. mas no fundo acho que te disse tudo: tu és capaz. aprender é muito bom. só quero que sejas feliz e que os teus voos sejam sempre tão altos quanto os teus sonhos, para que consigas alcançar todos!





Amo-te,

mãe










setembro 14, 2016

os meus dias, basicamente...





(imagem tirada do facebook de alguém...)



- meus queridos filhos, eu amo-vos, mas a sério: será que posso ir à casa de banho em sossego?

- eu adoro-vos, vocês sabem, mas perdoem-me por nem sempre ter disposição para brincar aos super-heróis, acompanhar-vos nos desenhos animados ou estar constantemente a traduzir os filmes infantis!

- posso passar horas a ver-vos brincar, mas já sabem: no fim quero tudo arrumado. mas porque é que tenho que estar sempre a repetir-me?

- o meu amor por vocês é infinito, mas será que é muito difícil fazerem o ciclo lavar os dentes-deitar-e-dormir sem que eu tenha que ir duzentas vezes ao vosso quarto mandar-vos calar??

- eu sei, vocês adoram-se, mas o tempo que perdem a pegar-se durante o dia, porque não aproveitam para demonstrar o carinho que têm um pelo outro? tem mesmo que ser às onze da noite??

- agora que a escola vai começar, não me dificultem a vida, aproveitem para brincar muito, aprender alguma coisa, gastem as energias (quase todas) e venham para casa cheios de saudades minhas, porque eu... vou estar a contar os minutos para vos abraçar!




com amor, 


mãe








setembro 13, 2016

DIY - regresso à escola!

o regresso às aulas está aí, para uns até já aconteceu, para outros está por dias. por cá, o pequeno entrou no jardim de infância ontem e o mais velho entra na primária 1º ano (não há meio de me habituar!) na 5ª feira! 
para o Duarte não há grandes mudanças, a mesma educadora, os mesmos amigos, a mesma escola mas no andar de baixo onde costumava estar o mano, o que para ele equivale a ir para a escola dos crescidos!! já o mano, anda numa ansiedade sem tamanho. não vê a hora de conhecer a professora, os colegas novos, de saber como vai tudo correr, e se afinal, vai ter tantos trabalhos de casa como lhe contaram!
queria assinalar esta nova etapa na vida deles e andei a pesquisar no meu adorado Pinterest e este foi o resultado:






se quiserem fazer, vão precisar:

- uma cartolina preta *;
- giz de cores;
- caneta branca;
- régua e tesoura.


depois é dar asas à imaginação e esperar que eles colaborem, e no nosso caso até nem correu mal!
podem escolher os temas que querem abordar, as preferências deles, enfim, esta é só uma ideia. acho que giro giro, vai ser comparar com outra foto tirada daqui a uns anos, um a entrar na primária e outro a ir para o ciclo! (ou 1º ciclo e 2º ciclo...) risos




Bom regresso (ou ingresso) à escola para todos os meninos e meninas!!





* em alternativa também podem fazer com papel ardósia autocolante, que encontram aqui!





Sofia**







setembro 06, 2016

(#) férias, tanto p'ra contar!

vou começar pelas mini férias, as únicas que foram possíveis a quatro.
planeámos 3 semanas de férias, divididas entre a morada dos avós e algumas das melhores praias da costa vicentina e algarve. o plano era fazer-lhes a vontade, comprarmos a casinha azul e irmos acampar, ouvir o vento de noite e acordar com toda a claridade, bem cedo pela manhã. 
por motivos profissionais, de três passaram a duas semanas, de duas a uma, e essa semana espartilhada em mini férias. cumprimos o planeado e a casinha azul (escolhida por eles) ninguém nos tirou. as moradas ficaram reduzidas a uma só, e bem perto de casa, o que acabou por ser uma agradável surpresa.
Andámos apenas 40 km, o que foi óptimo para eles (e para nós) e montamos a nossa tenda em Cabanas de Tavira! Um parque óptimo, com piscina, e com balneários e espaços a pensar nas famílias! Claro que já conhecemos esta zona do Algarve, mas ficar nos lugares sem ter horas para voltar para casa e puder escolher cada dia uma praia é bem melhor!


a Praia Verde e a de Manta-rota foram as escolhidas. óptimas, com um grande areal e apesar de estarem com bastante gente dava para estendermos a toalha à vontade. o resto foi fazer-lhes a vontade e ficar pela piscina.




acho que os meus filhos se tornaram uns peixes neste verão. o Rodrigo já anda fora de pé, já sabe ir ao fundo da piscina e não entrar em pânico, mas claro que ainda precisa de (muita) vigilância. o Duarte, sozinho certificava-se que tinha as braçadeiras, mas se nos apanhasse na água era vê-lo atirar-se na maior das descontracções. difícil era tirá-los de dentro de água! divertiram-se imenso e em pouco tempo fizeram amigos. uma pena não podermos estar mais uns dias.


já tínhamos acampado os dois, mas nunca com os miúdos. estava um pouco reticente, honestamente, não me apetecia muito voltar a dormir no chão, a ter cuidado com as formigas e a tomar banho em balneários... e esta é realmente a parte menos agradável. mas depois há as brincadeiras com a lanterna à noite na tenda, há a sensação de aventura, triplicada quando se tem duas crianças ao lado, a possibilidade de, de um dia para o outro podermos arrumar tudo e rumar a outras paragens, as amizades fáceis feitas na rua coberta de árvores, entre miúdos de todas as pontas do País.
as crianças são simplesmente felizes desde que brinquem com os seus pares, tenham o nosso carinho, a sensação de liberdade e comam uns gelados de vez em quando. (risos) é preciso é não complicarmos muito para termos uns dias fantásticos!
talvez não por muitos dias, porque actualmente aprecio mais um hotel, mas uma semana por ano ou um fim de semana ou outro, porque não? eles adoraram e este fim de semana já temos um novo destino!




E vocês, qual o vosso tipo de férias eleito? Adorava a vossa partilha!





Sofia**









setembro 04, 2016

Ainda é possível ser feliz?

Sempre gostei de temas relacionados com a família e parentalidade e comecei a ler o Dr. Daniel Sampaio desde que o "descobri" no programa Verdes Anos, com Laurinda Alves, na SIC. (alguém se lembra? em 1993...?!) Gravei-os todos, em VHS's que ainda devem estar por casa dos meus pais! Não sei qual era a minha ideia, talvez revê-los um dia, acho que o fiz com um ou outro programa, mas certamente, apenas isso. Tenho alguns livros do conceituado psiquiatra e adorei todos, e talvez por isso, quando soube da sua entrevista na Activa deste mês, não resisti a comprar.



Não me enganei. A entrevista é muito interessante e aborda a adolescência e o papel dos pais nesta fase difícil. Também fala sobre as expectativas dos jovens no futuro e no peso que a actualidade, muitas vezes desanimadora, pode ter nos projectos das gerações futuras. 
Termina com uma pergunta pertinente sobre a felicidade, cuja resposta vai ao encontro do meu conceito:


"É possível ser feliz desde que se consiga construir a nossa história, o nosso projecto. E depois, pensarmos que a felicidade se conquista no dia a dia. Ninguém é permanentemente feliz. Mas podemos ter muitos momentos de felicidade. Temos é de lutar por ela."


Dr. Daniel Sampaio, in revista Activa*




E para vocês, qual o vosso conceito de felicidade? Confere com o descrito?



Sofia**














* (também vale a pena ler Ana Guiomar, actriz, gira que se farta e com uma genuinidade que a vai levar ainda mais longe no mundo das artes!)

agosto 25, 2016

# nós por cá...

There's no place like home...









...dizem que não há lugar como o nosso ninho e eu concordo. correr o país e o mundo para conhecer lugares novos é maravilhoso, mas a sensação de chegar a casa e podermos andar de olhos fechados porque conhecemos cada canto, reconhecemos os cheiros, nos sentamos no sofá que se encaixa no nosso corpo e descansamos na almofada que já tem a nossa forma... é regenerador! 
mas, e o nosso ninho, onde fica mesmo? 

será aquele onde um dia fomos tão pequenos que não chegávamos à mesa de jantar, onde dissemos as primeiras palavras, ouvimos os primeiros raspanetes e entrámos à socapa numa noite de verão, onde a comida é a melhor do mundo, mesmo que tenhamos passado meia vida a reclamar dela, onde as sestas são as melhores e o pequeno almoço divinal, e nada está ao nosso gosto, mas onde nos sentimos sempre, sempre tão bem.

ou será a casa que escolhemos, para a qual pensámos cada detalhe, onde construímos a nossa família e criamos os nossos filhos, em que as paredes estão longe de estarem imaculadas, os bonecos estão em todo o lado, e as memórias ainda são tão frescas que se sentem. a nossa comida é agora a melhor ou a pior, consoante a hora da birra ou não, mas os mimos que lhes damos constroem as manhãs de panquecas e batidos feitos a pedido.


there's no place like home... casa, lar, ninho, é onde nos sentimos bem, onde há amor, afecto, onde tudo nos é familiar, ou se torna, conforme nos permitimos essa intimidade. casa é cheiro, é abraço, sorrisos e conversas desgarradas. tenho a sorte de ter dois lugares assim. 


nós por cá já fomos até casa, ao encontro dos abraços que aconchegam e da melhor comida conforto do mundo. já rimos muito, criámos momentos e vivemos outros que aconteceram por si só. voltamos agora para o nosso lugar, o cantinho onde construímos dia após dia a nossa família e onde queremos que mais tarde, os nossos filhos possam voltar também.... ao ninho!









Sofia**




































agosto 15, 2016

férias, uma confusão!?





os dias de férias com eles não são sempre fáceis. Há birras para gerir, disputas para acalmar, limites que eles querem ultrapassar e que nós temos que saber ter mão (e cabeça) para equilibrar, entre a educação e a descontracção que se quer em tempo de lazer. Ter férias com eles implica ter um plano alimentar elaborado para que se alimentem de manhã, não falte comida na praia (a fome é sempre voraz), nem jantar ao fim do dia. Por norma, saltamos a sopa, que com este calor ninguém aguenta, mas a alimentação tem que ter muita fruta, iogurtes, proteína, coisas minimamente saudáveis a contrastar com a junk food que nesta alturas facilitam e acabam por estar mais presentes. 
Vou com eles para todo o lado, para espanto de alguns. Vou de barco, de carro, a pé se for preciso. Levamos o essencial e quem tem filhos sabe que o essencial pesa! Mas eles já vão ajudando alguma coisa, o que facilita. Na praia há que ter mil olhos em cima deles, porque à mínima distracção e já estão dentro de água, a passear longe de nós (sobretudo o mais pequeno), ou a incomodar alguém. Mal escolhemos o nosso lugar na areia, é tratar de espalhar o protector solar (várias vezes), colocar as braçadeiras e desbobinar as 1001 recomendações, que nunca são demais.
O mar é sempre uma maravilha, mas uma preocupação também! A temperatura da água tem estado óptima, mas a bandeira amarela avisa das fortes correntes, o que não nos permite estar 100% à vontade. Estou sempre por perto, sempre a segurar num e de olho no outro. (Ainda bem que tem estado um caldinho, senão não sei como seria!)


todas estas coisas levantam pequenas tensões. eles não gostam de estar sempre a ser avisados, sobretudo o mais velho. não querem por protector, não querem usar braçadeiras, não querem esperar entre comer e os mergulhos no mar... só querem aproveitar. às vezes chamam-me chata, e por vezes tenho que levantar o tom de voz. acontece. mas estar de férias com eles também é isto. é saber gerir a dinâmica das relações, mãe e filhos, pai e filhos, irmão e irmão. férias é isto mesmo. uma confusão. não é?



depois, no fim de cada dia, assim como a natureza se alinha para nos brindar com o seu mais belo espectáculo, também naturalmente, nós nos alinhamos, e de repente tudo flui. eles ouvem-nos, nós não gritamos, os mergulhos fazem parte da brincadeira, a areia já não incomoda, nós não temos que dar ordens e eles naturalmente fazem o que nós precisamos. quero acreditar, que são eles a a retribuir aquilo que lhes damos ao longo do dia. eles sabem, eles percebem. 





Sofia**













agosto 13, 2016

# nós por cá...


 





Está um calor bom, que convida a um mergulho matinal, seguido de um almoço à fresca e os pé na areia para ver o por do sol. Apesar da bandeira amarela ser uma constante nos últimos dias, não podíamos pedir mais da temperatura da água: está óptima! Dá para ficar horas lá dentro a saltar nas ondas na maior diversão. As noites estão quentes, e só se está bem a passear na rua, com um vestido leve, a denunciar o bronzeado e sandálias o pé, confortáveis para andar até ao gelado mais próximo. Sabe tão bem o Verão!



O Duarte continua sem falar na chucha, mas nas últimas noites acorda a pedir colinho, para compensar a falta do consolo que a xuxu lhe dava. Está tão engraçado este meu pequeno, bebezão assumido. Tem um sorriso aberto e uma gargalhada bem sonora e engraçada. Segue o mano para todo o lado, adora-o.

O Rodrigo tem mais um dente a abanar.* Creio que em breve o seu sorriso terá uma "janela" gigantesca como cartão de visita. Continua naquela dualidade (às vezes chata) do engraçado que tem ainda de criança e o nariz empinado de um rapaz crescido. Queixa-se de que o mano o chateia e lhe estraga as brincadeiras, mas é vê-los abraçados a declararem-se um ao outro.



As férias aqui ainda estão a meio gás, esperamos ainda que o pai se junte a nós, mas vivendo no melhor lugar do País, dá para ir aproveitando! ;)








Sofia**









*14.08.2016: após muito abanar, o Rodrigo lá conseguiu arrancar o seu sexto dente... e ficou com um varadim no seu sorriso!









agosto 07, 2016

# nós por cá...






Os dias vão passando e o cansaço e a rotina vai-se sobrepondo ao que mais queremos fazer.
Passou-se muita coisa por aqui que é digna de constar neste diário/blogue/caderno digital que se tornou um vicio.

O Rodrigo teve o seu último dia de infantário no dia 22 e quis celebrar com um bolo feito na véspera, junto comigo. (Foi iniciativa dele e fiquei muito contente com a atitude, porque em datas importantes esta já uma tradição mãe-filho que eu gostava de manter.) Ele ainda não tinha bem consciência do que significava aquele dia, apesar de já o termos preparado, e foi no último minuto que caiu em si. despediu-se dos amigos (quase todos vão para outra escola) e do colo que o acolheu nos últimos seis anos. Chorou muito, afinal, seis anos são uma vida. a dele.

Limpas as lágrimas e cortados os caracóis que fazem muito calor, fizeram-se as malas dos pequenos que foram passar uma semana aos avós. Entre praia e piscina, gelados e passeios, mimos e primas pequenas, as saudades apertaram e ansiedade fez com que uma semana lhes parecesse um ano (no exagero das palavras do mais velho). O abraço com que me receberam quando os fui buscar, ainda hoje me aperta o pescoço! (risos)

Esta noite deu-se um importante passo para o Duarte que finalmente dormiu sem chucha. Estava mesmo muito agarrado a ela, depois da semana de férias então, andava quase todo o dia de chucha. Até já cheirava mal. mesmo. Começámos a dizer-lhe que estava estragada e às escondidas fiz-lhe um buraco. Ontem foi todo decidido deitá-la no lixo. (tirá-mo-la, nas costas dele, não fosse a noite correr mal) Dormiu a noite toda e só hoje de manhã voltou a falar na amiga. Mas sem dramas, nem voltou ao balde do lixo. Acho que foi o fim desta relação de três anos e meio!!


Agora cá estamos, a aproveitar estes dias quentes e à espera que o pai largue o trabalho, para podermos finalmente descontrair os quatro e tornarmos memoráveis os momentos em que vivemos o melhor que a vida tem. 






E vocês, já de férias?
Boas férias para quem pode, e quem não puder, que saiba aproveitar em cada folga os mergulhos no mar, a brisa dos fins de tarde e as cores que alegram cada Verão!





Sofia**







julho 19, 2016

aquele choro que deixa saudade... *

Tenho uma vizinha nova. e quando digo nova, quero dizer recém nascida. Oiço-a todas as noites, mais ou menos à mesma hora, naquele choro inconsolável e estridente que só os recém-nascidos sabem ter. Aquele som capaz de fazer enlouquecer os pais inexperientes, que não sabem se serão cólicas, se será fome, se é melhor embalar nos braços ou deitar no berço. E mesmo para aqueles que já passaram do primeiro filho, estes choros às vezes não são fáceis.
Invariavelmente, oiço a porta a abrir e o choro a tornar-se mais audível, até se desvanecer no elevador. A nova vizinha vai embalada nos passos da mãe, de passeio no sling, para ver se todos os males lhe passam.




Impossível não recuar seis anos e reviver este choro, estes primeiros meses de tentativa e erro e de descobertas com um primeiro filho. O Rodrigo era assim. Chorou durante três meses, todos os dias, mais ou menos á mesma hora. Este choro que nos perfura o tímpano e nos baralha a razão. Exactamente há seis anos (tenho as fotos por dias!) ele era este pequeno ser a querer descobrir o mundo, certinho na hora de comer e chorar, que adorava mama e dormir de barriga para baixo - só no sofá e comigo ao lado. Há seis anos estava este calor que só acalma à noite, na rua, com grandes passeios embalados pelos nossos passos e ao som do bater do coração. 
Impossível não reviver a experiência do nosso primeiro filho e, acreditem ou não, com saudades.







Sofia**








* para as mães de recém nascidos que me estejam a ler: não se preocupem, isso passa! O Rodrigo, depois dos 3 meses, dormia noites seguidas e adormecia sozinho. Até hoje!












julho 03, 2016

ai os filhos...

Quem tem filhos sabe que pode estar metido em sarilhos!
Eles são do mais engraçado que há, quando começam a falar então, com aquelas palavras que ninguém entende, e que à medida que o tempo vai passando se vão descodificando, não deixando de ser engraçadas. Depois fazem observações, são autênticos, espontâneos, não têm aquele filtro que nós adultos adquirimos e que, com o tempo vamos tirando a graça a tudo... certo? Mas quem tem filhos também sabe que está sujeito a grandes vergonhas... 



O Duarte, adora ir ao Pingo Goce, e no outro dia foi com o pai. Andava lá todo contente nos corredores (por norma até se porta bem), quando de repente pára, estica aquele dedo indicador gorduchinho, e diz:


Ó Sinhor! Sinhor!! Poquê tu és de chocolate??

...


(pois, acho que não preciso dizer mais nada...)




Agora tem graça, mas frente a frente com o sinhor não sei o que lhe teria dito!
E vocês, passam muitas vergonhas com os vossos miúdos? Como as resolvem?




Boa semana!
Sofia**












Rodrigo,




desde que fizeste seis anos que estou para te escrever. Não é que me faltem as palavras, os sentimentos, ou a emoção, mas acho que tenho estado absorvida nas imensas mudanças que te noto e nas que se avizinham. Não é só na roupa ou no tamanho dos teus sapatos que te meço o crescimento. É sobretudo nas conversas, no jeito esclarecedor com que dizes o que sentes, como te mostras desagradado, nas palavras estranhas que tentas enfiar, naturalmente, no teu discurso seguidas da inevitável pergunta "o que é que isso quer dizer, mãe?".
Estou em constante flasback entre o bebé minúsculo, frágil e tão querido que ainda ontem amparava nos meus braços, e o rapazola reguila e enérgico que hoje corre em frente aos meus olhos. As inseguranças que me envolviam há seis anos são, na sua essência, as mesmas que me assolam agora: como te dar o melhor de mim? como te proteger sem te enfiar numa redoma? como te passar os melhores valores para que sejas um adulto integro e feliz? como te educar dentro do equilíbrio da brincadeira e do respeito, do prazer da conquista e a angústia da perda, da liberdade e da diferença... a tua e a dos outros?
São tantas as dúvidas que aos meus olhos voltas a caber na palma das minhas mãos, não pesas nada, não dizes uma palavra, e ainda assim, (já) és o mundo para mim.



amo-te,

mãe











instagram @sofia_ferr










junho 03, 2016

Duarte, aos 3 anos, para não me esquecer...



Aos 3 anos já se expressa lindamente, com aquele sotaque de bebé, doce doce, que nos derrete por dentro. Às vezes tem pressa em falar, gagueja um pouco, digo-lhe que pare e respire, e ele assim faz. E sorri. Tem um sorriso lindo, com duas favinhas que saltam cá para fora e lhe dão um ar encantador. Diz muitas palavras à sua maneira que nos fazem rir. Diz algumas asneiras também, empregues no tempo certo, que nos fazem rir (às escondidas). No outro dia chamou cara de c* à educadora, que muito triste me fez queixas. Tivesse eu um buraco para me enfiar...

Aqui ficam algumas das melhores, para não me esquecer:

piCocas = pipocas
Tucudilo = crocodilo
barrACas = barritas
gomBas = gomas
boNHecos = boNecos
OBute = iogurte
loVo mau = loBo mau
mamofada = almofada
Coma mano! = toma mano!
Conde estás? = Onde estás?



Quando vamos na rua é ouvi-lo gritar: Esperem por àmim! Mas já pergunta se o mano também vem coNNosco! Faz umas caras mesmo engraçadas e tem expressões que já são suas, inconfundíveis e que nos desmancham a rir.

É um fofo este meu filho doce. Agarra-se e dá beijinhos à família toda, assim, do nada. Mas tem uma queda para as birras que nem vos conto. É respirar fundo muitas vezes porque ele é dose e sabe o que quer!



Três anos, meu amor. Das idades mais bonitas da infância, e que eu não quero esquecer.


mãe







instagram @sofia_ferr







maio 28, 2016

Aniversário ao ar livre






É já segunda feira que o meu rapazolas faz seis anos. 6!!! Nem acredito que tenho um filho tão crescido e alto, prestes a entrar no ensino básico! Que bom! Que medo! Que emoção!!
Bom, mas com a chegada do dia chegam também todos os preparativos e pormenores dos festejos. Ele fez algumas exigências: passar o dia só connosco (dia do filho único), bolo na escola e um amiguinho para jantar com ele cá em casa! 
Tudo ok. Tirei o dia de férias e conto satisfazer-lhe todos os desejos. Mas depois há a festa! Pois, que isto de fazer anos e não ter uma "festa a sério" não tem nada a ver!
Este ano vamos mesmo para a frente com o lema "less is more". Menos amigos, menos complicações, menos dinheiro, menos confusões. Conto reunir alguns amigos no parque, com balões, uns docinhos e o bolo, jogos tradicionais e muita diversão. Não sei o que acham por aí, mas nós gastámos uma pipa de massa no ano passado por duas horas com um monte de miúdos aos gritos nos insufláveis e comida de plástico em que eles não tocaram! Custou-me gastar este dinheiro, sobretudo porque fiquei com a sensação que ele teria ficado igualmente feliz com algo mais simples!
É desta que vamos ao parque, com alguma pena de não se comparar a este parque, mas convictos que nos vamos divertir e fazer o nosso rapazolas feliz!




Sofia** 




instagram @sofia_ferr



fevereiro 29, 2016

Mãe-Psicóloga não tem filhos... tem exemplos!


Muito antes de ser mãe, das fraldas e dos biberons fazerem sequer parte dos meus planos de vida, o crescimento e desenvolvimento da criança, a parentalidade e maternidade já faziam parte dos meus interesses. Assisti (e gravei) o Verdes Anos do primeiro ao último, com Laurinda Alves e o Dr. Daniel Sampaio, tenho uma colecção de revistas Pais & Filhos com data de 2000 e troca o passo (!), sou irmã mais velha e talvez por isso mais maternal, segui Psicologia e escolhi sempre módulos ligados a estas temáticas, e por fim estagiei na Ajuda de Mãe! Sou uma mãe em formação mesmo antes de o ser, portanto!

Quando surgiu a primeira gravidez, a sensação foi que não sabia nada (e não!), claro, e optei por reforçar as leituras nesta área. Comprei livros do Dr. Mário Cordeiro (aconselho), li alguns blogues com conteúdos mais ou menos sérios mas a maioria muito ligados à maternidade. Conselhos, dicas e regras não faltaram!  
Agora, cada vez que faço login no Facebook saltam estudos e noticias, mais blogues e entendidos, manchetes sobre o que é ser mãe e pai. Dá colo até não poderes mais! Olha que se dormem contigo não vão ser nada na vida! 3 anos e ainda não deixou a chucha?? Vai ser uma desgraçado!. Não anda na creche? Vai ser um anti-social! Anda? Não vai sentir o amor que lhe tens! ... Enfim! Muito ruído à volta de algo que até pode ser simples, assim impere o bom senso e, nalguns casos, se leia o artigo até ao fim!
Não estão cansados? Eu estou. E contra mim falo. Mas acho que às tantas, pais e mães, ficam de cabeça à roda e na hora de tomarem decisões, de educarem, imagino aqueles balões de pensamento da banda desenhada, a saltarem das suas cabeças cheios de headlines e pontos de interrogação, sobre o que hão-de fazer! Contra mim falo, que ás vezes vejo esses balões a pairarem à minha volta! Mas que raio de psicóloga sou eu que não sabe tudo sobre educar um filho?? Ai de mim, se os meus filhos são mal educados, anti-sociais, inseguros, confiantes de mais, frustrados, génios ou precisem de explicação. Eu sou psicóloga, os meus filhos vão ter que crescer imaculados de qualquer maleita identificada nas manchetes dos estudos especializados. Afinal, eu não posso ter filhos, tenho que ter exemplos!




Sofia**







fevereiro 26, 2016

Horário alargado! A sério??!





Ontem fui buscar os meus filhos mais cedo, uma excepção. Eram 16h, a sala estava quente da energia típica de miúdos de cinco anos que se acotovelavam para arrumar tudo. Tinham acabado as actividades, tinham que correr para lavar as mãos, e a correr seguiam para o refeitório para lanchar. Cá fora um sol lindo, a chamar toda esta energia para a rua, para o parque, para as brincadeiras ao ar livre. Mas eles não têm tempo. E é todos os dias assim, à excepção de ontem, que pudemos ir buscá-los mais cedo!


"Em vez de estarmos a promover e a criar a necessidade de se ir buscar os miúdos às 19h30, seria muito mais interessante promover a família criando a possibilidade de empregos a part-time para pais, avós e até tios. Porquê? Para se ir buscar os miúdos bem mais cedo!
O Estado faria bem em pensar nisto e atribuir vantagens para que as empresas passem a ter melhores condições de criar mais emprego - quando se contrata a part-time - e de flexibilizar o horário de trabalho (entrar mais cedo, horário almoço mais curto, sair mais cedo, teletrabalho). Isto sim, seria pensar de forma séria nas coisas e na vida tal como ela deve de ser."



A Magda traduziu tudo aquilo que eu penso (e tantos outros pais, acredito) neste post. Leiam. A sério. 
As crianças não precisam de mais horas na escola, os pais não precisam de ter escolas com horário alargado. O que as crianças, e os pais, e as famílias precisam, é de mais tempo (em quaLidade e quanTidade) uns com os outros. E destes sorrisos, que só se conseguem na liberdade que a infância exige e a criança precisa para se reinventar!





Sofia**

fevereiro 25, 2016

25 de Fevereiro, 17h35m




instagram @sofia_ferr

3 anos, Du!
És um palhacinho! Fazes gracinhas, olhinhos e caretas que muitas vezes nos impedem de te repreender de forma mais objectiva. Mas são só três anos... demoras em largar o leite no biberão, a fralda, o colo, a chucha. És muito dengoso. És de beijos e abraços, és do aconchego e do mimo. Gosto tanto quando te dou um beijo à noite e enrolas os teus braços no meu pescoço e me puxas para ti (mamã, ainda nã cantaste o nananina!!). E quando me chamas gaiatita, num reflexo amoroso do pronome que te dou? É de derreter!
És traquina, és maroto. Adoras o teu mano e as vossas conversas são deliciosas. Poxo mano, poxo? Queres bincar? Um beijinho mano! Brigam muitas vezes porque só queres o brinquedo que ele tem naquela altura, mas quando se entendem, são capazes de passar horas entretidos os dois. 

Se alguma vez tivesse tido alguma dúvida, não hesitaria em esclarecê-la agora: ter dois filhos é maravilhoso. O segundo não rouba amor ao primeiro, apenas nos mostra como é possível amar tão intensamente dois seres que estão cá por nossa vontade, em como o sono que nos roubam não tolda as alegrias que nos transmitem, e as preocupações que nos dão só aguçam o nosso sentido de protecção e responsabilidade.
E como é bom vê-los crescer em conjunto, ver a personalidade a formar-se, e a sua individualidade a fazer-se sentir. 




Três anos, tão doces, tão bons.
Parabéns Du, te amo!



mãe





P.S.: A esta hora, já dei um saltinho à tua escolinha, cantei-te os Parabéns junto com o pai e o mano (e todos os teus colegas e educadoras) dei-te um grande beijo e voltei ao trabalho!
Prometo que logo à noite há mais festa e que não me esqueço de te cantar o nananina! ;)









fevereiro 12, 2016

ser criança, apenas.


Instagram @sofia_ferr

Rodrigo, Rodrigo. Se tu soubesses as preocupações que passeiam na minha cabeça por estes dias... Fazes seis anos em Maio, e com esta bonita idade, chegará uma nova escola, novos amigos, e mais responsabilidade.E está na altura de tomar decisões!
Quando te queixas que no infantário tens que parar uns minutos para meditar, quando anseias por dar o novo passo e saltar para a primária, gostava de te dizer para aproveitares, aproveitares muito bem este teu último ano de criança, porque ouvi dizer que tudo vai mudar (e sinceramente não me agrada!). Mas sorrio apenas. Não te quero causar ansiedades desnecessárias, porque no fundo quero muito acreditar que esta nova etapa te vai trazer muitas coisas boas e espero que guardes dela só boas recordações.
Oiço falar quem já passou por esta fase, ou anda um ano ou dois à nossa frente: TPC's em excesso, zero tempo para brincar, professores que segregam os miúdos dentro da própria sala, falta de auxiliares nos recreios, um horário estupidamente puxado, e mais TPC's! 
Isto tudo é muito ruído para os meus ouvidos de mãe. Antes, quando estávamos longe desta etapa e ouvia as preocupações das outras mães, confesso que me pareciam um pouco exageradas, talvez porque à distância e com os filhos dos outros seja mesmo assim. Mas agora toca-nos a nós. Já me aconselharam o ensino privado, que bem feitas as contas, não sai assim tão mais caro. Mas vai um bocado contra os nossos princípios, sabes, não te queremos colocar numa redoma, queremos que enfrentes o Mundo, que faças muitas amizades, todas iguais e diferentes nas suas particularidades, queremos que aprendas a lidar com algumas dificuldades, porque mais tarde ou mais cedo elas vão existir. Tu sabes que nós vamos estar sempre aqui para te apoiar no que precisares.
Mas queremos muito, também, que a escola primária, a introdução ao mundo do saber e do conhecimento, seja uma transição entusiasmante e agradável. Que saibam acolher a tua imaginação, que criem espaço à tua energia, que entendam os teus sentimentos, a tua alegria ou a tua tristeza. Que tenhas uma professora que ame a sua profissão, apesar das dificuldades, que tenha consciência que todos os meninos são diferentes, mas que todos têm qualidades à espera de ser desvendadas. Que o programa curricular é importante, mas que mais importante que isso, é que estes anos alimentem o bichinho do conhecimento, e que tu (e os teus colegas) sejas feliz em cada dia que passas junto dela. a professora, porque será ela um dos preciosos meios que te levará a um fim: o da (tua) independência! Que ela perceba que uma criança com 6/7/8 anos, que chega a casa às sete da tarde, depois de um dia inteiro na escola, longe dos pais (e irmãos), dos seus brinquedos, da Tv, com banho por tomar e jantar para comer, quer um pouco de tempo para ser CRIANÇA, não quer TPC's...!

Rodrigo, Rodrigo. Por estes dias penso um pouco no teu futuro, e apesar de tudo, sorrio. Sei que vamos escolher o que for melhor para ti, e que independentemente de tudo o resto, criaremos sempre espaço para que possas continuar a ser a criança maravilhosa que és!



mãe