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novembro 30, 2015

A viagem de Arlo!





Ontem fizemos-lhes a surpresa e ao final do dia quando já ninguém contava - afinal era domingo! - fomos ao cinema. (aliás, este fim de semana foi contra todas as expectativas... depois conto!).
Eles adoram animação, como todos os miúdos e gostam muito de ir ao cinema. Ao contrário do mano, o Du já conta com algumas idas e adora, mas o filme que o marcou mesmo foi os Mínimos e sempre que passamos à porta ele fala no filme e adora os bonequinhos amarelos. Até ontem...
A viagem de Arlo é dos melhores filmes de animação que vi até hoje. Os bonecos, as expressões, mas principalmente a história em si que é comovente. E a prova disso foi a reacção deles (e a nossa) ao longo do filme que aborda o medo, a coragem, a saudade, o nosso papel na vida (nossa e de quem nos rodeia) e a família. Um mix de temas e emoções muito bem traduzido através de bonecos coloridos e engraçados.
O R emocionou-se, eu e o pai emocionámos-nos, mas o Du impressionou-me. Riu quando era para rir, esteve atento nos momentos de maior tensão, e nas cenas mais emotivas os seus olhos encheram-se de lágrimas, os lábios cerraram e os músculos contraíram contra a cadeira. No final, desatou num pranto, como que a libertar as emoções que viveu ao logo do filme. (ele ainda vai fazer três anos!).

Como todos os filmes infantis este também tem um final feliz e transmite uma mensagem muito bonita e de esperança, claro. Está mesmo muito bem feito e é daqueles programas que recomendo a fazerem com os vossos pequenos!!


Boa semana!


Sofia**





novembro 26, 2015

está quase, quase...



Eu que adoro esta época do ano ainda não preparei o ninho para o Natal. Mas estive a combinar com o mais velho, e não passa deste fim de semana! Ao contrário do último Natal, este ano vamos decorá-la a quatro e tentar fazer algumas decorações DIY (depois mostro tudo!!)
Hoje de manhã ele relembrou o dia em que montámos a árvore, no ano passado, com o pai no trabalho e a mãe sempre a sugerir novas localizações para as bolas e luzinhas!! (parece que afinal, ele não estava assim tão aborrecido!) Memórias que ficam...


E desse lado, já existem muitas árvores de Natal?


Sofia**




novembro 23, 2015

Nunca pensei dizer isto, mas no meu tempo...



Lembro-me da minha escola primária, o muro pintado às cores, projecto dos meninos crescidos com quem já não me cruzei. Lembro-me da minha primeira professora, uma figura tão carinhosa quanto firme, com palavras assertivas, e ensinamentos que ficaram para sempre. Lembro-me do ovo cozido, que levava nos dias em que tinha natação, da "lancheira" bordada à mão pela minha avó, a mesma em que levava o pão para o lanche. E lembro-me tão bem dos primeiros trabalhos que fiz: imagens picotadas, colagens, as primeiras letras entre linhas apertadas tentando não sair muito dos limites. Os desenhos, as pinturas, os teatros. Não me lembro quando exactamente comecei a ler. E talvez esse seja um bom sinal. Aconteceu. 
O R ainda está na pré, tem cinco anos, e desde os quatro que escreve o seu nome (mesmo a copiar), já sabe algumas letras, já copia pequenos textos e vai fazendo pequenas contas com os dedos. Aos três começou com o inglês (pela escola) e ás vezes já me surpreende com algumas palavras. O R já sabe o sistema solar, até com o pormenor que Plutão já não faz parte, afinal era apenas um meteorito! Ainda não chegámos a Dezembro, do último ano do INFANTÁRIO, e ele já sabe tanta, tanta coisa!
Lembro-me de ter ficado chocada quando há bem pouco tempo percebi que na primeira classe (agora é primeiro ano) os miúdos já sabem ler antes de chegar ao Natal.
Não quero ser fundamentalista, acho que eles estão na idade de aprender, que é das melhores alturas para absorverem o mundo e ganharem conhecimento. Mas sinceramente, preferia que se fizesse (nesta idade) uma aprendizagem mais lúdica, menos rígida, mais calma, sem pressas... Na última reunião, comentei com a educadora que eles deviam passar mais tempo na rua a brincar, mesmo com frio, com sol, brincar uns com os outros, interagir. Eles vão, mas com o tempo contado. É que no INFANTÁRIO, eles já seguem um programa, com as horas e actividades cronometradas não vá a inspecção do Ministério da Educação chamar a Direcção a contas.

É só a mim que isto não faz sentido nenhum?!


Sofia**












novembro 18, 2015

coisas que só as mães entendem... ou não!

Acordá-lo com carinho e atenção. Surpreendê-lo com A camisola do seu super-herói preferido e deixá-lo literalmente de boca aberta. Oferecer-lhe umas luvas e deixá-lo ainda mais feliz, ainda que poucos minutos depois de saíres à rua percebas que afinal te enganaste... devemos estar em Setembro, ainda! Ir em modo passeio para a escola, mas perceber que te esqueceste da bata (grande drama para ele!!). Ligar para o pai, a ver se lhe consegue levar a dita cuja. Começar a acelerar o passo. Deixar o pequeno num pranto (F***). Encaminhá-lo para junto da educadora, já a contar os minutos, dar o recado da resma de papel que ficou no cacifo, que o pai há-de trazer a bata, e correr para o trabalho!


F***, na correria não lhe dei o beijo que o aconchega durante o dia. E ele até pode não ter ligado (duvido), e pode ser secundário face a tudo o que aconteceu antes e acontecerá depois, mas a Mãe aqui, remói-se desde as nove da manhã como se tivesse cometido um crime!!

Alguém mais?!


Sofia**

filhos meus,





instagram @sofia_ferr

Que nunca se esqueçam dos meus beijos, dos meus abraços, do meu colo.
Que nunca se esqueçam das minhas canções de embalar, da minha voz, e até do meu timbre desafinado.
Que nunca se esqueçam das minhas palavras, dos meus ralhetes (cheios de amor), dos meus ensinamentos não sábios mas de mãe que quer o melhor para vocês.
Que nunca se esqueçam do calor do meu peito, do aroma da minha pele, da suavidade das minhas mãos, as mesmas que vos limpam as lágrimas e vos aconchegam à noite.
Que nunca se esqueçam das tardes à volta do forno, dos rabiscos feitos em papel, das experiências num qualquer material, tentando criar memórias palpáveis em tardes acolhedoras no nosso ninho.
Que nunca se esqueçam do melhor de mim, porque nasceu com vocês, vive com vocês, e espera permanecer imortal nas vossas memórias.


Meus amores, para que nunca se esqueçam...



mom

novembro 12, 2015

faz mais ou menos um ano,

eu passava muito tempo com os meus amores. Amava cada minuto, mas não me bastava, sentia falta de outro lado, contacto com o mundo profissional, com os outros, descentrar-me deles, sentir-me (mais) útil.
Hoje, em frente a este computador, desejo que o tempo volte para trás, para eu poder aproveitar melhor cada minuto com eles... é, nunca estamos satisfeitos.

(saudades vossas meus amores!)



mum

novembro 08, 2015

Deve ser isto...!



Sentir o peito a encher, como se estivesses a inspirar todo o ar que te rodeia. Sem dares conta, os teus olhos ficam marejados. Tens vontade de abraçar, de beijar, de dizeres que amas, só porque sim. 
E sem perceberes bem como, dás-te conta que tens tudo. Tu tens tudo! 
Agradeces, sem que a palavra agradecimento seja dita. Agradeces, com um beijo, um abraço, um olhar. Simplesmente agradeces, e pedes que a saúde nunca te falte, que a visão te acompanhe e não falhe os sorrisos, as expressões, os olhares, e que estejas sempre consciente para revisitares estes momentos quando e onde quiseres.


Deve ser isto... viver de coração cheio!





Bom domingo!

Sofia**






novembro 02, 2015

Manos (para não me esquecer)


instagram @sofia_ferr


Eles estão cada vez mais cúmplices, mais amigos, mais traquinas. Às vezes, perco-me no tempo só a ouvir as suas conversas, as histórias construídas a dois, a ver as lutas dignas da energia que têm para dar e vender. Delicio-me no mano mais doce que já ouvi, pela voz do meu pequeno. É um mano cheio de orgulho, cheio de garra, cheio de "ele é meu, só meu!". Fazem queixas, claro que sim, mas não podem ver o outro chorar, ser injustiçado, que é ver quem é o mais rápido a defender o seu mano.
Eles abraçam-se, dão muitos beijos e riem muito, alto, sozinhos, só eles no seu momento. Eles andam na mesma escola, mas raramente se cruzam. O R quer ir sempre levar o mano à sala, despedir-se dele por aquelas horas. 
No outro dia a sala do pequeno desceu, foram brincar com os crescidos, e os manos encontraram-se. Contaram-me que não se largaram, o grande a proteger o pequeno das garras mãozinhas-de-quem-só-quere-dar-mimo, e o pequeno a adorar.
Contou-me o Rodrigo, quando chegou a casa, que o mano tinha ido brincar com ele, mas que chorou na hora de voltar para a sala. Contou-me também que lhe deu um abraço e fez festinhas nas bochechas para ele não ficar triste. E depois disse: sabes mãe, eu também tive que fazer muita força para não chorar... não me queria separar do meu mano, mas como sou finalista não chorei!


(...)


E passaram a noite abraçados. 





outubro 15, 2015

Foi bom, mãe, foi bom!



Às vezes ainda saio a tempo de os ir buscar à escola, ou de nos encontrarmos a meio caminho e fazer um passeio de final de dia até casa. É óptimo aproveitar o bom tempo que ainda nos permite andar pelas ruas sem grandes casacos ou guarda chuvas a pesar e a juntar a tudo o que já carregamos.
Por norma começamos a por a conversa em dia, a querer contar tudo uns aos outros sobre o que aconteceu, o que o amiguinho disse, ou quem ficou de castigo na escola. Bem, por norma, o que realmente acontece, é eles só quererem falar sobre alguma coisa quando eu e o pai estamos a conversar. Típico!
Eu pergunto-lhes sempre como foi o dia, se se divertiram, o que aprenderam de novo, ou o que foi o almoço. (acontece quase sempre ter sido pão com fiambre...!)
No outro dia vínhamos numa grande algazarra, todos a querer falar ao mesmo tempo, quando começo a ouvir o D a elevar a voz, até que prestei atenção: Foi bom, mãe, foi bom! - logo não entendi, mas depois percebi que ele me estava a responder à pergunta que eu ainda não tinha feito: O dia foi bom? - ele deu um grande sorriso e voltou a responder que sim.

Foi a primeira vez que me dei conta que realmente lhes faço esta pergunta todos os dias. E quando não faço, eles respondem-me!!


E por aí, costumam ter as mesmas conversas com os pequenos? E que outras perguntas (mais) originais lhes fazem para saber como foi o dia deles?
Aguardo pela vossa partilha!


Sofia**




outubro 12, 2015

à noite

às vezes ele pede para ficar um pouco na cama do mano, enquanto andamos por ali, até darmos ordem de dormir. e eles ficam os dois deitados lado a lado, ele conta histórias de dinossauros ou sobre planetas, todas vindas da sua imaginação. o mano ri-se, juntos dão gargalhadas deliciosas. nós ouvimos da sala, às vezes escondidos no corredor, com os olhos brilhantes de os ver juntos, lado a lado na almofada. mais tarde entramos, às vezes prolongamos o mimo, que é tudo de bom estar ali com eles, depois de os ter ouvido assim juntinhos. o mais velho volta para a cama dele, o pequeno vira-se para o lado e adormece.
às vezes à noite é assim, e é tão bom!

outubro 08, 2015

1 mês... não é isto que eu quero!


                                                                                    #39/52 "A portrait of my kids, once a week, every week, in 2015"



Faz hoje um mês que reintegrei oficialmente o mercado de trabalho.
Faz hoje um mês que chorei mais do que sorri, que o meu coração ficou pequenino e apertado ao deixá-los no infantário, que contei os minutos para voltar para casa.
Há um mês atrás e nos dias que se seguiram, chorei todos os dias quando cheguei a casa. Para muitos que me lêem isto pode parecer um absurdo, mas ainda assim é verdade. Ter apenas 2/3 horas para eles, divididas entre banhos e jantares, birras e cansaço, foi uma novidade e um fardo que me colocou as emoções à flor da pele.
Tendo sido uma readaptação (e não uma tragédia), um mês depois estamos todos de relógios acertados para acordar mais cedo, vestir com calma, tomar o pequeno almoço juntos e seguirmos no nosso passeio matinal até aos respectivos "empregos". Posso fazer isto todos os dias, não me posso queixar. Mas tenho uma certeza hoje que não tinha há um mês atrás: não é isto que eu quero!

Ontem quando fui com o R saber informações sobre o judo, percebi que o horário dele é incompatível com o meu, terá que ser sempre o pai a levá-lo (quando pode) e eu muito dificilmente vou poder assistir a alguma aula. Chegámos a casa, já iluminados pelos candeeiros de rua, e os miúdos cheios de fome e sono, mas a pedirem para jogarmos à bola, pintarmos um desenho, contarmos uma história, na tentativa de fazerem caber um dia inteiro em apenas duas horas... não é isto que eu quero.

Eu quero trabalhar, mas quero ter tempo para eles. Eu quero trabalhar e quero fazer aquilo que gosto. E quando digo isto em voz alta parece que estou a dizer alguma blasfémia, algo que só um lunático pode desejar. Eu tenho a certeza que aliar o trabalho à vocação/gosto/talento é meio caminho andado para sermos mais felizes e não darmos pelas horas passar. Eu sei que ter um horário mais flexível, que me permita conjugar a vida familiar e profissional, vai trazer consequências muito positivas no crescimento dos meus filhos, e ao meu. Também tenho a certeza que tal como eu sinto a falta deles, eles sentem a minha falta, e que termos tempo de qualidade juntos passa por estar com eles sem os minutos contados na correria dos dias.

Ontem li um desabafo de uma mãe no facebook que se sentia muito triste e angustiada porque via a filha de 18 meses de manhã e quando chegava a casa a bebé (é uma bebé!) já dormia. Lamentava-se esta mãe mas pedia desculpa, como se esta angústia não fosse legitima e comum a tantas outras mães. Obteve solidariedade como resposta, testemunhos idênticos, mas também outras que a aconselharam, com a melhor das intenções é certo, a aproveitar aquela hora diária que passava com a filha, de manhã antes de a levar ao infantário, e que um dia a filha cresce e vai à vida dela, que a filha ficava bem o dia todo para não se preocupar...

Às vezes custa-me ouvir este comodismo, custa-me que os pais/mães em particular se acomodem às frases feitas do "tem que ser assim...", "já foi pior...", ou "no nosso tempo...". E custa-me, sobretudo, que quem governa não perceba a importância de podermos realmente acompanhar o crescimento dos nossos filhos, e sermos trabalhadores produtivos, e pessoas felizes.
É que é possível tudo isto, mas não se nos acomodarmos. Certamente serão felizes aqui...  e é isto que eu quero!



Sofia**



Instagram @sofia_ferr



outubro 02, 2015

domingo...

No outro dia, enquanto jantávamos, com as noticias a fazer de música ambiente - o que é raro normalmente ouvimos música - o R perguntou-me quem era António Costa. Expliquei-lhe que era candidato a Primeiro-ministro. Depois perguntou quem era Passos Coelho, e eu disse-lhe que era o actual PM de Portugal, o nosso País, e ele ainda se lembrou do Sórcrates, e ficou a saber que era o nosso ex PM (acho que já lhe tinha dito numa outra ocasião).
Disse-lhe que no domingo havia eleições e que o pai e a mãe iam votar para escolher um novo PM. Ele perguntou porque é que as pessoas queriam ser Primeiro-ministro, mas não perguntou o que era exactamente isso de se ser PM. Ainda bem. Não lhe sabia responder. Porque a diferença entre “o que é” e o que “devia ser” é enorme, e eu não gosto de lhe mentir. Provavelmente, quando ele perguntar eu vou explicar a versão “devia ser”, para que ele cresça a acreditar que vale a pena ir votar, na esperança de que quando ele tiver idade para exprimir o seu voto, “o que é” seja sinónimo do que “devia ser”!
Eu vou votar no domingo. Não que acredite especialmente em algum candidato, não que ache que algum deles (e a sua equipa) tem competências reais para mudar o País para o que será melhor para o povo – palavra que detesto mas que eles insistem em dizer.
Eu vou votar no domingo porque rejo-me pelo princípio de que para educar tenho que dar o exemplo, e ir votar é ensinar aos meus filhos que nós temos o direito e o dever de o fazer. É ensinar-lhes que eles têm algo a dizer, no País em que nasceram e que, em princípio, irão crescer.
Eu vou votar no domingo, não que acredite em alguém em particular, com muita pena minha. Eu vou votar no domingo, porque acredito que não fazendo parte dos números da abstenção me incluo automaticamente nos números dos que se importam. E é isso que eu quero ensinar aos meus filhos.

E tu?

(E se não sabem onde votar, podem ver AQUI!)



Sofia**


setembro 30, 2015

O terceiro filho?!



via Pinterest *


O que pesa na decisão de ter um filho? Digo, o primeiro.
Normalmente equacionamos as condições financeiras, os objectivos profissionais, se mudamos de casa ou cabemos todos num T1, se a cadeirinha cabe no nosso carro desportivo ou é melhor comprarmos um familiar, se vamos poder pagar a creche ou se a criança fica ao cuidado dos avós. Certo? Eu pelo menos pensei muito sobre tudo isto antes de ter o primeiro filho. 
As condições não eram as ideais, nunca são, e eu engravidei na mesma. Hoje olho para trás e afirmo que não podia ter tomado melhor decisão. Não só porque amo de paixão este filho (o outro também, mas falamos do primeiro) mas também porque revendo os acontecimentos passados, se tivesse esperado pelas condições ideais, talvez hoje ainda não fosse mãe! 
Poucos meses depois de engravidar o País (e o Mundo) sofreu uma reviravolta, a economia estava de pernas para o ar, o medo do futuro estava completamente instalado nas notícias e nas conversas, e em todo o lado a palavra de ordem era crise. Mas aqui estamos. Durante a crise passámos de dois a família de três, e depois de quatro. E, repito, aqui estamos. Felizes. Se no primeiro as condições não eram ideais, quando engravidei a segunda vez fartei-me de ouvir: Foi um descuido, não foi?? Por isso imaginem…
Sonhamos sempre com uma casa maior, com jardim para eles brincarem, ter o emprego de sonho com o nosso lugar garantido, dinheiro que sobra para as férias e jantares em sítios giros, viagens e passeios com e sem eles, um carro grande e espaçoso. Depois ponderamos o ensino público ou privado, as actividades extra curriculares, e se eles poderão um dia tirar um curso universitário.
Teremos condições para lhes dar tudo isso?

Não sei. Espero que sim. E quando os vejo juntos, os dois irmãos, que dão imenso trabalho, enchem a casa de barulho, brinquedos espalhados, e migalhas pelo chão… sorrio. No meio do caos adoro vê-los crescer, observar as diferenças deles, a relação que vão construindo numa espiral de brigas e abraços. Eles entre eles, eles connosco, os dois ao mesmo tempo ou individualmente. 
Ter dois filhos, para mim, é melhor do que ter só um, e quando penso nisto há uma pergunta que surge naturalmente: e ter três, como será?!



Sofia**






* Curiosidade: achei a imagem perfeita para ilustrar um dos pontos em que me debati quando pensei em engravidar: o espaço. Esta família conseguiu uma solução para encaixar 3 filhos num quarto minúsculo. Perfeito, e eles parecem felizes, não?









setembro 29, 2015

Qual é coisa, qual é ela...

Todos os dias o Rodrigo vem como uma história para contar, uma novidade, algo que fez na escola ou aprendeu. Gosta de ser finalista e do "atestado de crescido" que isso lhe dá. Vejo-o mais entusiasmado, talvez por terem acabado com a sesta ou porque como o tempo ainda está bom passa mais tempo a brincar na rua. Devia ser sempre assim, aproveitarem o ar livre para libertarem energias, interagirem entre eles, apanhar sol/vento/chuva.

Então, no outro dia veio contar-me uma adivinha, que percebi depois que é conhecida de muitos, mas eu nunca tinha ouvido:

Qual é coisa qual é ela, 
que é fácil de perder
difícil de encontrar ?




Conseguem adivinhar ou já conhecem? Perguntem aos vossos pequenos, familiares ou colegas, e vejam o que vos respondem. Se quiserem partilhem na caixinha aqui em baixo. Ainda se vão rir muito, acredito. 

Para os que ainda não sabem a resposta... em breve venho contar-vos! Deixo-vos uma dica: é algo imprescindível na vida!.



Sofia**



setembro 17, 2015

Hoje. Sempre.*

Acordo mais cedo.  Não tão cedo como gostaria, mas o suficiente para começar o dia com calma.
Abro a janela deles para deixar entrar o sol e vou despachar-me. Volto, com os bons dias acompanhados de beijinhos no pescoço, leves abanões para que se apercebam que o dia já começou. Recebo costas voltadas e resmungos. Não desisto.
Começamos a preparar o pequeno almoço e daí a nada o mais velho aparece já vestido. Gosta de nos surpreender para mostrar que não precisa de ser mandado. Ele sabe. O pequeno vem com o cabelo desgrenhado e de chucha na boca a pedir colo. É só mimo. Muito mimo.
A refeição mais importante do dia segue ao ritmo da conversa, sobre como vai ser o resto da semana, e com cortes no calendário das luas que faltam para o fim de semana. Todas as manhãs o Rodrigo pergunta o mesmo (e nós secretamente também). Roupas vestidas, dentes lavados e saímos com tempo, em jeito de passeio mas com postura de quem sabe para onde vai. Com calma, caminhamos sob os dias em que não temos que olhar para o relógio. 
Despeço-me deles sempre com um beijo e um sussurro ao ouvido: diverte-te! É o que eu quero. Que acima de tudo se divirtam, que brinquem muito, que aprendam a lidar com as leis da amizade, a superarem os nãos dos seus pares e a dizerem sim apenas quando a sua cabeça (e o coração) acenar um ok! O resto vem depois. 
No fim do dia corremos para os braços uns dos outros, oiço um grande Mamã! do outro lado da rua, e no meio do carinho a pergunta: podemos ir ver bonecos??
Eles estão bem. Eu estou bem.

...


amores meus,
lov-u!




* 10 dias depois!





setembro 07, 2015

O regresso...





instagram @sofia_ferr


Estou há dois meses com eles, todos os dias, todas as horas do dia e da noite. Eu e eles, ás vezes com a ajuda do pai, nas férias (uma semana) em total comunhão com o pai. Fiquei com eles porque senti essa necessidade, de os ter perto de mim o tempo todo, de os ver crescer enrolados nas minhas pernas, de os mimar a cada minuto. Talvez pressentisse que tempos de mudança de avizinhavam, talvez ansiasse essa mudança e quisesse embrulhar-me neles a 100%. Foi muito bom, foi maravilhoso mesmo nos dias difíceis de birras e cansaço, de vontades contrariadas ou respostas mais rebeldes. Foi muito bom! E eles cresceram imenso, diante dos meus olhos, em apenas dois meses! 
O Rodrigo está mais alto, com um novo look que há tanto reivindicava (cortámos os caracóis!) e sem um dente que lhe caiu na praia e que guardou cuidadosamente debaixo da almofada à espera da fada dos dentes - que lhe deixou uma moeda de ouro (1 euro). Anda vaidoso com o facto de ser finalista, sentir-se mais velho, mais responsável, embora seja na maior parte do tempo um miúdo reguila com apenas cinco anos.  
O Duarte também cresceu muito, mas continua o meu bebé. É tão mais bebé do que o mano quando tinha a mesma idade! Anda hesitante em deixar a fralda - tira-a em qualquer lado se se sentir incomodado - mas já vai pedindo a sanita, adora a sua chucha que tentamos que seja só para dormir, e gosta muito de fazer a sua sesta na nossa cama. Já fala mais mas ainda muito espanholado, percebe tudo e tem umas expressões marotas irresistíveis.

Passaram dois meses e amanhã começa uma nova vida, que me deixa feliz mas ansiosa, numa mistura de emoções que me deixam de lágrima fácil. Passei muito tempo dedicada a eles, quase a tempo inteiro, por força das circunstâncias e também por vontade própria. Chegou o dia de cortarmos com esta rotina, que é fácil de gostar, e adquirirmos outra que espero que só nos traga coisas boas, para todos. Amanhã é dia de voltarem à escola, depois de tanto tempo em casa. No meio da euforia do mais velho (é a pré, já não vai dormir, anda doido com isso!) e da negação do mais novo, há um coração de mãe que chora e que espera secar as lágrimas todas até amanhã de manhã, quando os deixar com um sorriso de confiança no colo de quem cuida bem deles, e com a certeza que estes braços vão aconchegá-los ao final do dia, quando regressarmos todos ao nosso porto seguro. 


Amanhã é um novo dia...











agosto 30, 2015

#hádiasemqueédurosermãe



Instagram @sofia_ferr


26.08.2015

Ser mãe (também) é ir buscar energia aos dias bons para aguentar os dias mais duros. Hoje foi um desses dias, se a fotografia fizesse jus à realidade, eu estaria no tapete com eles a saltar por cima de mim...

agosto 29, 2015

20.08.2015, para não me esquecer....

instagram @sofia_ferr

O dia em que cresceste aos nossos olhos. 
O dia em que este pulo não foi só em altura, nem nas perguntas pertinentes, nem nas respostas insolentes. 
O dia quem que vimos um rapazinho no lugar do nosso primeiro bebé. 
O dia em que nos disseste convicto que já eras crescido, já tinhas responsabilidade, já sabias tomar conta de ti. 
Foi o dia em que caiu o teu primeiro dente, depois de um mergulho no mar que tanto gostas e que, no silêncio da noite, me pediste a (tua) música de embalar e me disseste que eu era a tua luz do sol.


(Cresceste, a olhos vistos, mas caberás sempre nos meus braços).

mãe



julho 22, 2015

FELICIDADE.

Instagram @sofia_ferr


Filho, acredito que a felicidade se traduz em momentos, e nestes momentos que eu tive a felicidade de registar, tu estavas muito feliz. Depois de dois dias em que me perseguiste pela praia com um balde de água na  mão, em que carinhosamente me abraçaste para sentires o contraste do teu corpo molhado no meu quentinho pelo sol, em que nadaste com o pai e fizeste castelos de areia com o mano, entraste na água, livre e sem braçadeiras, e dançaste. Dançaste ao som de uma música inventada por ti, sem a timidez que às vezes te assalta, sem te preocupares se havia olhos postos nos teus gestos fluidos e soltos. Dançaste e foste feliz, muito feliz, naquele momento que eu espero que traduza uma felicidade contínua que sentes todos os dias. E eu fui feliz por te ver feliz, porque nesta coisa da felicidade, depois de sermos mães há um cordão invisível que não deixa que a felicidade de um viva sem a do outro.

Ontem ao deitar querias dizer-me uma coisa, mas a timidez travou-te. Lá consegui arrancar-te as palavras e fui feliz mais uma vez, também porque vi a felicidade nos teus olhos: Mãe, eu t'adoro!, disseste num sorriso lindo em jeito de confissão.


T'adoro filho, daqui até à lua e voltar!



mãe