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janeiro 08, 2014

Felicidade.

Há uma grande vontade de mudar. Mudar talvez não seja o termo certo... desabrochar, mostrar mais, dar mais, partilhar. Há uma vontade grande de fazer, de perder os medos, ultrapassar as barreiras, falhar e ter orgulho nisso, porque quem não falha nunca chega a tentar, e quem não tenta...
É muito fácil esconder-nos atrás dos medos, que por vezes nos paralisam e servem de desculpa. Do outro lado, de quem está de fora, é ainda mais fácil fazer juízos de valor, criticar tudo o que não vem ao encontro de uma vida certinha e programada ao pormenor. Durante algum tempo também eu pensava assim, a cultura e a educação pesam nestas alturas. Hoje sei que cada um deve descobrir o seu caminho, desbravá-lo e construí-lo. Reconstruí-lo se necessário. Fazer o que é preciso para ser feliz, porque a vida é só uma e está a passar!




Bom dia!


janeiro 06, 2014

deste inicio d'ano...

Gostava tanto de ter algo mesmo inspirador para dizer neste inicio de ano, mas a verdade é que me sinto completamente perdida depois destas semanas de euforia, de festas, filhos em casa em pleno mimo, ninho decorado de vermelho e branco e luzinhas a piscar. A verdade é que após tanta escrita no meu caderno de inspiração os planos estão lá, preto no branco, mas por enquanto é só.
Sinto uma terrível sensação de insegurança, um medo desgastante que algo aconteça a um dos meus, que o meu mundo desabe sem saber como. Estranho. Não sou destas coisas, nada mesmo, sou positiva, tento ser sempre, mas há umas semanas para cá que me sinto assim, angustiada. 
Xô sentimento paralisante, sai-me daqui e deixa-me voltar a escrever coisas bonitas... embora saibamos que nem sempre é possível!
Boa semana!!

dezembro 13, 2013

Mães sozinhas, ontem e hoje...

... o meu pensamento foi para vocês, mães solteiras, divorciadas ou viúvas, ou mães que simplesmente têm sempre os filhos a seu cargo. Não é sempre, aliás, são raras as vezes, mas quando fico sozinha com eles é inevitável pensar: mas como é que elas conseguem, sempre?! 
Ter mais do que um filho, em idades diferentes mas ainda muito crianças, e tê-los à sua responsabilidade a toda a hora, do dia e da noite, é (ou deve ser) muito complicado. Um já dorme quando o outro se lembra de chorar, o que leva a que o primeiro acorde e o segundo volte a sair da cama, enquanto me afasto por minutos. Um precisa de ajuda para ir à casa de banho enquanto o outro está desesperado para comer. Os dois querem colo e mimo e carinho ao mesmo tempo... e a mãe é só uma, e ainda não tomou banho, não comeu, e também está desesperada para cair no vale dos lençóis ou atrasada para sair de casa... E depois há sempre uma birra de última hora, uma mochila esquecida, umas chaves perdidas... 
Não, não deve ser nada fácil, e por isso, ontem e hoje o meu pensamento foi para vocês, super mães!!!

dezembro 05, 2013

É tão fácil ser feliz...


Por estes dias, percebo como esta crise que nos enche os telejornais com pessimismo, que nos invade a casa com más noticias, também tem outro o lado. Veio dar um novo fôlego a tantos que estavam infelizes mas não tinham coragem para arriscar, a outros que nunca tinham parado para fazer uma introspecção e pensar no que queriam da vida, a muitos que não tinham tempo para perceber que é tão fácil ser feliz! No meio do tanto que os mercados, o governo e os economistas nos tiram todos os dias, há quem acredite que esta é uma nova oportunidade na vida em que o melhor ainda está por vir... eu acredito!

novembro 27, 2013

entre as piores coisas que há...

... encontra-se a terrível sensação de andar à deriva, sem saber bem se nos havemos de virar para a esquerda, direita ou ir em frente, se o tempo está a passar por ti ou tu pelo tempo. Vês tanta coisa, queres tanto... mas será que queres mesmo? É por aí o caminho? Pensas demais!
E no meio de tudo, não ter inspiração para escrever... 

novembro 06, 2013

Observar.

Faço este exercício sem esforço, quase sem pensar. No meio da gentes, do barulho, das conversas, ali estou eu, aparentemente ausente, mas tão focada nos detalhes de cada um. Observo, tiro conclusões, não faço juízos de valor. O Sr. que almoça sempre sozinho, senta-se a um canto e fala baixo, muito baixo, como se não quisesse que dessem por ele. A ruiva de voz esganiçada, tom agressivo, muito interveniente (demais), sempre com uma certeza, um exemplo. O nerd que vai ganhando confiança, soltando as suas piadas, ainda que só ele se ria. As amigas, recém licenciadas, que chegam e partem sempre à mesma hora, sempre juntas, a mesma rotina. O Sr. com excesso de peso que nunca está nos momentos de convívio, entra depois da hora, sai antes de acabar... 
Uns mais extrovertidos, outros nem tanto, todos com uma história que eu tento descodificar através do comportamento. Observar, gosto tanto.

outubro 30, 2013

Eu (in)compreendo!

Psicóloga que sou, tenho uma grande tendência para a compreensão, para tentar ver o que está por trás do comportamento, ou o que motivou determinada reacção. 
Eu compreendo que o meu vizinho esteja constantemente aos gritos com os filhos, porque sei que ele ficou viúvo e vive com uma doença terrível, é natural que a paciência seja algo que lhe escape. Eu compreendo que a minha colega do lado seja muito sizuda, pouco social, porque é uma pessoa muito insegura com a sua imagem e esta é a sua defesa. Eu compreendo que um patrão perca as estribeiras com um funcionário, quando percebe que a perda daquele negócio dita o inicio do fim daquela empresa. Eu compreendo o estalo de uma mãe a um filho, na rua, depois de um dia, vários dias, num trabalho desmotivante e mal pago. Eu até tento compreender um abusador, quando sei que toda a sua infância foi pautada por abusos... Eu compreendo, eu tento compreender, mas não desculpo, não desresponsabilizo. 

Quando sei que alguém manteve uma criança em cativeiro, na mala do carro, durante dois anos, os seus primeiros anos de vida, eu não desculpo. Quando penso nas noites de frio, nos dias de calor, na fome que aquela criança deve ter passado, eu não desculpo. Quando imagino aquela criança a despertar para uma vida de cheiro nauseabundo, desconforto total e escuridão completa, eu não desculpo. Quando imagino o desespero, a solidão, o medo, que sempre fizeram parte da vida daquela criança, eu não desculpo. Quando tento imaginar como é que alguém conseguiu sobreviver a tamanha barbaridade, eu não desculpo. Quando penso, como é que alguém foi capaz de viver a sua vida normal durante dois anos, perante o marido, os filhos, a comunidade, sabendo que tem uma filha naquelas condições, eu não desculpo. 

Mas quando oiço, uma advogada - a de defesa, claro- dizer que aquela criança deve voltar para aquela mãe, assim como os seus outros três filhos, e devem reunir-se todos como uma família, eu não compreendo! Que considere que a senhora tem problemas psicológicos muito graves, que seja essa a sua estratégia de defesa, que queira remeter a sua cliente para tratamento, eu compreendo... Mas que considere, em plena consciência, que esta senhora que é mãe apenas porque transmitiu o seu ADN e carregou uma criança durante nove meses no ventre, aparentemente, sem ter conhecimento (!), e que a maltratou de uma forma terrível, que lhe causou um sofrimento inimaginável, e a privou de ter uma vida digna de uma criança feliz... EU NÃO COMPREENDO!!!

"Está mais ou menos..."

A ideia de que nada nos afecta transparece no Bom dia! ao vizinho que passa, no sorriso à menina da caixa do supermercado, no abraço apertado ao deixar os filhos na escola, no beijo roubado ao marido à porta de casa. A ideia de estamos sempre bem, sempre felizes, sem queixas, sem o automático "Está mais ou menos." revela-se na nossa maneira de estar, de nos relacionarmos, de nos querermos dar aos outros. 
Quando encontramos um amigo/a e lhe fazemos a pergunta da praxe "Então, está tudo bem?" é certo que, no mínimo, ouviremos um "Está mais ou menos! ou Vai-se andando!". Chego a pensar que a resposta nem é pensada, é intrínseca. Não devemos mostrar-nos muito felizes para não sofrer da inveja dos outros, ou para não ferir quem está a passar por um mau bocado, ou porque deixa-me lá fazer de coitadinho que sempre ganho alguma coisa com isso! É coisa que me causa confusão esta ênfase do triste fado que nos os acompanha, as pessoas que não assumem a sua felicidade, ou pior, não a enxergam. Porque estão cansadas, preguiçosas, acomodadas, ou porque há uma cultura no seu ADN que as obriga a chorar cada dia, não enxergam a alegria dos filhos quando as avistam à saída da escola, não vão felizes para o trabalho que (ainda) preservam, não valorizam os jantares com amigos no conforto das suas casas, não dão valor ao aconchego daquele abraço no silêncio da noite. 
Aqueles que optam por valorizar o lado B(om) da vida, são olhados com desconfiança, com desconforto, mas com certeza que são somos muito mais felizes! 

- "Então está tudo bem?"
- "Não, está tudo óptimo!"

Todos temos dias menos bons, ou maus mesmo. Todos temos noites mal dormidas ou não dormidas de todo. Todos temos contas para pagar e todos vemos o dinheiro a sumir. Todos ouvimos as mesmas noticias, e todos podemos optar por não as ouvir. Todos temos dias de chuva, mas muitos dias de sol. Todos apanhamos com alguém mal disposto no trânsito, mas também com alguém simpático no trabalho. Todos aturamos as birras dos nossos filhos, mas também vibramos com as suas gargalhadas. Todos-temos-de-tudo. E salvo as excepções, aquelas realidades mesmo duras de enfrentar, todos temos pelo menos uma vez por dia, uma razão para sorrir! 
Já paraste para pensar?

outubro 28, 2013

das separações...

Quando oiço falar em separações, divórcios, guardas parentais, filhos para trás e para a frente, agradeço sempre o bom senso que os meus pais tiveram em se divorciar quando eu ainda era bebé. E por duas razões: uma, é que se tivesse sido antes eu não estaria aqui a escrever para vocês (risos), outra, pouparam-me a uma série de sofrimentos, de memórias infelizes, de imagens que dificilmente nunca se apagam da memória de uma criança.
Cresci a ver de perto amigos e familiares que não tiveram essa sorte. Cresceram com os pais a comemorar bodas disto e daquilo ao som de discussões constantes, gritarias e ameaças, malas feitas em cima da cama sempre à espera de serem colocadas no carro. Cresceram na instabilidade, no incerto... "Será que o meu pai vai estar cá amanhã? A mãe está a fazer as malas, será que vamos outra vez para casa dos avós?".  Alguns, são hoje adultos descrentes nas relações (no casamento, então, nem se fala), com uma visão da vida baseada nas aparências, e profundamente afectadas na sua vida emocional, devido a todas as cenas que assistiram e barbaridades que tiveram que ouvir, sempre em nome da união familiar!

Hoje aqui, ao olhar para esta minha família, aquela que construí, parece-me irreal falar em ruptura, ver um cenário de troca de acusações, de esquecimento total do que é mais importante para nós: o bem estar dos nossos filhos. Hoje, ao olhar para o nosso tesouro maior, aquele que foi planeado com amor e por amor, transcende-me qualquer cena baixa que os possa envergonhar na rua, mas sobretudo que os faça crescer infelizes, com bases afectivas irreais ou muito sofridas. Hoje, relembro a situação dos meus pais, aquela que não vivi, apenas a que me contam, e fico feliz por me terem permitido crescer crente no amor, nas segundas oportunidades, no lema "Estarmos juntos, até que nos queiramos separar!". Claro que crescer filha de pais separados não é um universo cor de rosa, mas isso fica para outra altura. Hoje e aqui, o que interessa é não esquecer estas palavras, caso a vida nos troque (e muito) as voltas!

outubro 22, 2013

Não trabalhar nunca foi opção... (#2)

Não trabalhar nunca foi opção. Quando me ligaram a marcar a entrevista, gelei! "E agora? Agora que tenho o meu projecto na cabeça? Agora que surgiu aquela oportunidade? Agora que o meu rumo era completamente diferente? Agora que o Duarte ainda é tão pequenino? Será que aceitam que trabalhe em part-time??". Após todos os ses, enchi o peito de coragem, coloquei a minha roupa de executiva e sai confiante. Fui à entrevista para vencer, como disse ao marido. E saí de lá com a plena sensação de dever cumprido. E depois chorei. Chorei muito...
Não trabalhar nunca foi opção. E quando me falaram em trabalhar fora d'horas, fazer uma formação de vários dias longe dos meus pimpolhos, ficar longe deles dia e noite pela primeira vez, eu não cedi, respondi confiante que o faria... e cá fora chorei. Não queria imaginar que ficaria longe deles esses dias, que a minha rotina iria passar a ser deixá-los às 08h e voltar a vê-los às 19h, enquanto tratamos do jantar, orientamos banhos, jantamos e os metemos na cama. "São apenas duas horas para tanta coisa! E o brincar? E o mimo? E a conversa de fim do dia?? O salário miserável compensa estas perdas?!"
Não trabalhar nunca foi opção. E depois do choro, do fim do mundo perfeito idealizado na minha cabeça, e com a ajuda de quem está sempre ao meu lado, reergui-me e pensei que ia ser bom, ia ser melhor, ia correr tudo bem. Afinal, todas as mães (e pais) passam pelo mesmo, eu não seria diferente. E depois, até regogizei com a ideia de passar cinco noites inteiramente dormidas num quarto de hotel... eu estava confiante!
Não trabalhar nunca foi opção. Ontem recebi a resposta... negativa. Perguntei porquê, recebi outra resposta que não me satisfez. Ninguém me tira da cabeça, e porque já estive muito tempo do outro lado da barricada, que o meu handicap são os meus dois queridos filhos. Infelizmente o mercado de trabalho não está preparado para mães. O mercado de trabalho quer pagar pouco, uma miséria, por mão de obra qualificada e quer mulheres, mas não quer mães. As mães têm este defeito de terem que acudir aos filhos quando eles ficam doentes, de nem sempre poderem trabalhar (de graça) até às oito da noite, de saberem que há valores que são mais fortes e mais importantes na vida. Mas as mães querem trabalhar, querem ser mais na sociedade, querem adquirir conhecimentos, aplicar conceitos... basta que lhes dêem a oportunidade!

outubro 21, 2013

Não trabalhar nunca foi opção... (#1)

Não trabalhar nunca foi opção. Trabalhei numa empresa, dei ao litro, vesti a camisola. Já a caminho dos 30 e com alguns anos de casa, resolvi ter o meu primeiro filho. Trabalhei até ao último dia, literalmente. Regressei ao trabalho, com muitas mais lágrimas do que tinha imaginado, mas ainda assim cheia de vontade de regressar ao mundo dos crescidos. Ao fim de alguns meses, a crise instalou-se, o Governo caiu, a empresa fechou, eu fiquei desempregada!
Não trabalhar nunca foi opção. Depois de chorar, claro, comecei a procurar, a enviar Cv's, a marcar entrevistas. Como faço sempre após a fase do choro, tentei ver the bright side of life, e aproveitei muito, mas muito, o tempo livre com o meu filhote pequenino. Fui procurando hobbies, outras possibilidades de rendimento, fui-me conhecendo e descobrindo o que realmente gosto de fazer. Da fotografia à costura, passando pela bijuteria e pela cozinha, muitas foram as competências que descobri e outras que arrumei numa gaveta.
Não trabalhar nunca foi opção. Ao fim de um ano sem conseguir emprego, nem trabalho, e com o objectivo latente de aumentar a família, engravidei pela segunda vez. Porquê?? Porque se estava sem trabalhar e estava, era a altura "ideal" para engravidar, porque assinando contrato com uma empresa não iria aparecer grávida três meses depois... e não podemos esquecer a limitação biológica e o facto de já estar a caminho dos 33! Aproveitei muito esta gravidez, com mais calma e curiosamente muito mais cansativa. Mantive alguns projectos, dei algumas formações, mas tudo em modo zen
Não trabalhar nunca foi opção. O Duarte nasceu, e esteve comigo, exclusivamente comigo, durante seis meses. Inteirinho só para mim. Tão bom. Não tendo nenhuma rede de apoio, a creche foi a opção possível e ele está bem. Eu retomei a procura, o envio de Cv's, de formações, de alternativas à minha situação actual. Surgiram-me ideias, problemas e algumas soluções e, uma entrevista de emprego...


Continua amanhã... o post já ia longo!



outubro 17, 2013

"O que tu queres é ser rica!"

Poder tomar o pequeno almoço com calma, vestir os meus filhos e ainda dar-lhes tempo para brincar com o seu boneco preferido. Poder levá-los à escola no limite da hora de entrada, e não ao abrir do portão.
Ir buscá-los com o sol ainda alto e levá-los a passear ao parque, a lanchar na baixa, ou dar-lhes banho em ambiente descontraído, porque o jantar já está adiantado. Ensinar-lhes através da prática, que a vida e a felicidade se faz de momentos diários, de memórias boas que ficam desses momentos que têm cheiros, têm imagens, têm emoções.
Poder dizer que o meu trabalho me faz feliz, me realiza e me permite cuidar da minha família. Não ter problemas em ficar com eles em casa sempre que há uma febre, uma otite, ou simplesmente porque sim.
Ter tempo para os meus hobbies, os meus gostos pessoais, poder vir aqui escrever sempre que me apetece, ter tempo para a minha pessoa, e claro, para namorar.
E ainda assim, poder sacar do cartão sempre que vejo uma peça que me faz falta, um conjunto que fica uma graça nos miúdos, ou pagar umas férias só para os quatro, afastados da rotina.
(...)
Diz quem manda que o que eu quero é ser rica... eu respondo: O que eu quero é (poder) ser feliz!

outubro 09, 2013

Facebook, blog, fotografia e exposição de crianças...

Eu gosto de fotografias. (Sim, cala-te lá com isso!) E adoro crianças. (Ainda ninguém tinha reparado!) Amo fotografar os meus filhos e ficar horas a olhar para as suas carinhas. (A sério??)
Então porque nunca os mostras?!



Já pensei nisso, muitas vezes. Vejo e revejo blogues com fotografias lindas de crianças maravilhosas, passeio no Pinterest onde há uma infinidade de fotografias inspiradoras, e penso: Caramba, tenho "obras" que não lhes ficavam atrás! Porque não?
Mas depois sou bombardeada, no Facebook pessoal, com fotos de filhos de amigos acabados de nascer, a tomar banho, na praia, na piscina, no WC, a fazer birra, ou sei lá mais o quê, e surge-me um ponto de interrogação gigante: para quê tanta exposição? Será que estas crianças, que vão ser adolescentes um dia, vão gostar de saber que toda a gente lhes viu o pipi?! Será que não vão atirar à cara dos pais que ninguém os autorizou a invadir a sua privacidade? Que moral têm esses pais, se aos 10/11 anos os seus filhos quiserem descarregar as suas fotografias a fazer tudo e mais alguma coisa?! E quando surgem mentes doentes, depravadas, a utilizar as imagens das nossas crianças para fins que nem vou mencionar, aí até me arrepio de pensar por onde andarão os filhos dos meus amigos...

O R. nasceu na era da imagem, em pleno boom do Facebook, e foi o primeiro neto e sobrinho de ambas as partes. (Estão a ver o histerismo!?) Claro que quando nasceu, nenhum de nós teve oportunidade de avisar ninguém, porque quando demos por isso, o meu sogro já tinha enviado uma MMS para TODA a sua lista de contactos. Não levámos a mal, compreendemos a euforia. Mas em relação às redes sociais tivemos que pôr os pontos nos is para toda a família: só nós pais é que podemos colocar fotografias dos miúdos no Facebook. Ponto.
No inicio, foi um pouco difícil de entenderem mas hoje ninguém reclama, e como prémio de bom comportamento (risos), criámos um grupo secreto na rede só para os tios e avós (que estão longe) puderem ver e comentar e fazer LIKE nos meninos a comer, a dormir, a tomar banho e diabo a quatro. Eles estão contentes, e até prova em contrário, a nossa privacidade está intacta. (Fica a ideia.)

Por aqui vou continuar neste registo discreto e que tanto gosto. Fotografias que não os revelem ou exponham  demasiado, porque até acho que são as mais giras. Detalhes, portanto! :)

outubro 02, 2013

Gira o disco e toca o mesmo!

Todos os anos é a mesma conversa. Quando o tempo começa a melhorar e a Primavera a espreitar, penso que o ideal seria dar umas corridinhas, fazer uns abdominais, fechar um bocadinho a boca e olhar para o lado quando em frente está um bolo de chocolate. E aí calço os ténis, visto uma roupa confortável, e começo com as minhas caminhadas  (sim porque, como não estou habituada, tenho que começar pelo exercício mais leve!). Depois vem o Verão, e da pele branca e das pernas por depilar saltam buraquinhos e relevos, vulgarmente chamados de celulite, e eu recrimino-me por ter comido aquele prato de batatas fritas, e por não ter substituido o pão com manteiga por papas de aveia, por ter feito (poucas) caminhadas em vez de correr muito, e... e... Mas isto passa, e à medida que a pele vai tomando cor, que me vou habituado novamente aos shorts e ao bikini, a minha mente positiva (e os elogios do marido) conduzem-me para o caminho do ócio, do adeus ao exercício, do sim à comida boa e fresca da estação. E quando estamos no auge da coisa, chega o Outono, a chuva, a roupa pesada e a comida quentinha e saborosa, e eu volto a pensar: faltam oito meses para o Verão, põe-me mas é esse rabo a mexer e corre, corre muito, para ficares com as pernas que invejas tanto na Tv! 
Ontem foi o primeiro dia de exercício, com um PT 5 estrelas, senti-me bem, senti-me motivada e cheia de vontade de voltar a dar firmeza a estas pernas, de me levantar às seis da manhã, fazer o circuito e estar pronta para começar o dia!!! Yupii!... Não fosse às seis da manhã eu não ter ainda sequer adormecido, este tinha sido o plano ideal para dar a volta a este disco... vamos ver se não risca!

setembro 19, 2013

...

E percebo que esta ansiedade que reside em mim não me deixa, muitas vezes, viver e aproveitar em pleno. Este sentimento de "só estar bem onde não estou" que não me abandona. O sentimento ou a culpa de estar sozinha com este sol e rodeada de azul turquesa. O sentimento ou a culpa de estar simplesmente comigo... devia fazê-lo mais vezes... mas entretanto planeio voltar amanhã com o filho grande, numa espécie de faz de conta que és filho único, enquanto espero o amor para almoçar!

Está um dia lindo de sol!

Sol brilhante e uma brisa que acalma.
Ando na rotina de todos os dias e dou-me conta que já não sei o que é ir até à praia, só com uma toalha , e ouvir o mar. Dou voltas e voltas, culpo-me por pensar em ir. Dou conta que raras vezes faço alguma coisa apenas por mim, pelo meu gozo pessoal, pelo puro prazer que a minha pessoa pode tirar de uma simples ida à praia! Dou-me conta que para organizar a minha vida, e somente a minha, talvez precise destes momentos prazeirosos e a sós, talvez precise de tempo para recarregar baterias, falar sozinha e em voz alta, para no fim perceber que não perdi tempo nenhum.
Escrevo num caderno que me acompanha há mais de um ano e que "ouve" as minhas palavras soltas na esperança de que, no meio delas, se faça luz... e penso que já era altura de ter um iPad! ;)




setembro 17, 2013

Are you lost?


Por vezes precisamos de nos perder, de baralhar o que está certinho e dar as cartas sem olhar. Precisamos andar sem destino, escrevendo a nossa história ao longo do caminho. Olhar para todos os lados, olhar para a frente, deixar de olhar para trás. Descobrir atalhos, estradas velhas que nos conduzem aos sítios certos, descobrir estradas que nos mostram a beleza do que nos rodeia e nos fazem andar, simplesmente. Às vezes, por vezes, precisamos de um exercício de desorganização, para no fim sabermos arrumar tudo na prateleira certa e sairmos fortalecidas desta grande viagem que é a vida!
It feels so good!