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dezembro 30, 2014

2014, se eu tivesse que escolher...



uma imagem: o sol a nascer na minha janela, a vista inacreditável para a Ria, o prazer de fotografar este milagre que damos sempre como adquirido.

alguns momentos: as manhãs na praia passadas com eles a apanhar conchas à beira mar. Os nossos jantares na areia com vista para o pôr do sol. Todos os momentos que contribuíram para o crescimento dos meus filhos enquanto irmãos... e foram tantos! O primeiro aniversário do Du e enfeitar as bolachas do 4º aniversário do Rodrigo, com ele, noite dentro.

um desafio: começar a correr e conseguir correr 5 km de seguida. Para alguns pode não ser nada, para mim foi um desafio pessoal, com alguns objectivos atingidos, e outros que guardo para conseguir cumprir em 2015.

uma etapa: a do auto-conhecimento. 2014 foi sem dúvida um ano muito importante nesta área. Acho que nunca tive tanta consciência de quem sou, do que sou capaz, de quais os meus limites e de quem quero ter ao meu lado. Considero esta uma das etapas mais importantes da minha vida, fundamental mesmo, para quem quer ser melhor.

um hobby: Instagram! Criei uma conta no inicio do ano e tenho tentado manter o equilíbrio entre a partilha espontânea de momentos que me são queridos e a produção de fotografias que transmitem algo de bom e bonito. Tenho mais seguidores do que alguma imaginei e um feedback que me deixa vaidosa com esta partilha de fotografias, algo que eu tanto gosto.

uma receita: estes muffins. Surpreenderam-me pela positiva, são simples de fazer e maravilhosos. Fizeram as delicias de todos cá de casa e deram muito prazer fazer.

uma palavra: AMOR. Não podia ser outra. O amor, o nosso, o que celebramos após nove anos. O amor que sinto pelos meus filhos, por quem me rodeia, aquele que partilho aqui e ali, o amor que move o mundo e que é pura magia! O amor também por quem está desse lado, que me acompanha e que de uma forma ou de outra, me incentiva a continuar.

2014, foste um bom ano! Deixa vir 2015 com tudo de bom!!!

Kisses, 
Sofia

dezembro 20, 2014

Cresci no "Alentejo"

Cresci no Alentejo. Foi lá que aprendi a falar sem nunca ter tido sotaque, foi lá que dei os primeiros passos e os primeiros tombos também. Foi no Alentejo que entrei para a escola primária e fiz os primeiros amigos, e foi no Alentejo que fiz todo o meu percurso escolar. Foi no Alentejo que aprendi os valores que sigo hoje, foi lá que arranjei o meu primeiro emprego de verão, onde me cruzei com pessoas do País inteiro que iam para o Alentejo passar férias, aproveitar o bom tempo, as praias maravilhosas, o peixe sempre fresco e as paisagens de postal. Cresci no Alentejo, a ouvir na RFM a hora de ponta na esperança que as ondas da rádio me fizessem sentir o frenesim da cidade, à espera que a monotonia da calma alentejana se dissipasse ao ouvir falar sobre os km de fila que se enfrentavam na 25 de Abril, ou nas alternativas sugeridas para sair de Lisboa num dia de chuva. Foi no Alentejo que percebi que a malta vinha dos colégios bem de Lisboa, atravessava o deserto existente entre a ponte sobre o Tejo e a Zambujeira do Mar, para passar os dias mais emocionantes num dos sítios mais paradisíacos do País, e participar num conhecido festival de verão. 
Anos mais tarde, fui eu que atravessei o deserto até à capital, com a mala cheia de energia para beber o conhecimento que procurava, e a vontade para enfrentar horas de ponta, filas de trânsito, viagens de metro e todo o frenesim que a cidade tivesse para me oferecer. Aprendi muito, guardei amigos e momentos, amei a cidade e aproveitei bem a oferta cultural a que Lisboa me convidava frequentemente. Mas no fim, da semana ou do mês, era para o Alentejo que voltava, para a calma da pequena cidade, para o cheiro a mar, a vista mar, os prédios baixos e as ruas desimpedidas. Enquanto vivi em Lisboa, ouvi inúmeras anedotas (batidas) sobre os alentejanos, percebi muitas vezes a ignorância quanto às vilas e cidades, ouvi vezes sem conta que a sul do Tejo não havia nada, apenas a estrada para o Algarve - outra região do País que não existe na sua particularidade, talvez porque se crê que é um todo e não a soma de pequenas e maravilhosas partes. Com os anos, o Algarve (e não Allgarve) começou a ficar cheio, demasiado pequeno para tanto brilho e glamour, e talvez este glamour, outrora tão na moda, tenha começado a cansar numa época em que o live simply se tornou uma frase feita na boca de toda a gente. 
Hoje, chique, chique é ir de férias para o Alentejo, ter casa no Alentejo, ir ter com uns amigos ao Alentejo. Viver lá não, porque não se passa lá nada, mas ir lá é do melhor que pode haver! Ora eu que cresci no Alentejo, aquele que abrange pequenas e maravilhosas "partes" que vão desde Portalegre a Porto Covo, de Serpa a Marvão, de V. N. de Milfontes a Arraiolos, posso dizer-vos que o Alentejo é maravilhoso pela sua calma e paisagens, pelas praias e comidas, pelas planícies e montes, pelas suas gentes e culturas. O Alentejo é tão chique agora como era há vinte anos atrás, embora nessa altura não houvesse restaurantes gourmet e nem se ouvisse falar em hotéis de charme. O resto estava lá tudo, os outros é que não queriam ver.

dezembro 12, 2014

OMG!!

Uma pessoa é meio distraída. Vá, não é meio, é toda mesmo! Tem a ansiedade na ponta dos dedos, às vezes os gestos não acompanham o desejo, outras vezes vão muito à frente...
Uma das minhas prendas de Natal é um álbum que fiz para a minha cunhada. Quando fazia a encomenda, apareceu uma janela a perguntar se eu queria outro, por metade do preço?! CLARO! Toca a mandar vir... 
Ontem quando ligaram a confirmar a morada para entregarem oS álbunS, despertou algo em mim...
"- DESCULPE?! ÁLBUNS? - Sim, são dois!"
Todos os sininhos começaram a tocar. Burra!! 
Agora tenho dois álbuns (lindos) da minha cunhada grávida! Alguém quer um?!






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dezembro 03, 2014

a tradição já não é o que era...?


my IG (@sofia_ferr)

Quando terminavam as aulas, uma semana antes do dia de Natal, viajava com as minhas primas para casa dos meus avós maternos, em Viseu, onde os ajudávamos a decorar o pinheiro verdadeiro, grande ou pequeno, conforme a escolha que fazíamos ao vivo e a cores, no meio de tantos, e onde pendurávamos bolas e fitas já com muitos e muitos anos. Não importava. Importante mesmo era o presépio, com as figuras cuidadosamente guardadas, e o musgo que tanto trabalho nos tinha dado a apanhar perto de casa. Ajudávamos a minha avó a pôr a casa em ordem para receber os nossos pais que só chegavam na véspera, carregados de prendas escondidas nas malas dos carros, e cheios de saudades nossas. As noites, como os dias, eram gelados e nada nos sabia melhor do que ficar em frente à lareira a descascar pinhões ou a estalar berlindes no lume e a tentar desvendar o que o Pai Natal nos traria. Era tão giro. Tudo. Lembro-me de ter havido Natais um pouco melancólicos, mais sossegados (só os quatro lá em casa), mas quando olho para trás e penso no Natal, o que me vem imediatamente à memória é uma casa cheia de gente, muito barulho, um Pai Natal que só aparecia à meia noite e que era muito, muito parecido com o meu tio, e da emoção ao abrir as prendas. Abrir uma prenda, era sempre uma emoção. Nunca sabíamos o que ia sair daquele embrulho, mas geralmente ficávamos muito contentes. À mesa, havia sempre bacalhau com todos, leite creme e sonhos de abóbora (que eram um sonho). Havia mais coisas, mas estes eram os meus preferidos.

dezembro 01, 2014

Um simples pastel de nata*

my IG (@sofia_ferr)

Há qualquer coisa no prazer de saborear um pastel de nata. Não sei o que é. Se o doce e delicadeza do creme, os estalinhos da massa folhada ou o aroma insinuoso da canela que lhe salpico para cima. Sei que há qualquer coisa de reconfortante, prazeiroso e apaziguador da alma que me transposta a memórias, mais ou menos distantes. Descobri-lhe o prazer quando estava grávida do Duarte. Nas nossas periódicas escapadinhas ao pequeno almoço, dividimos um pastel de nata. Gosto de o dividir. Inteiro dá-me a sensação de plenitude que não quero nas coisas que gosto de repetir. A meias, para lá do sentido romântico dá-me uma saudade imediata do momento que ainda desfruto. "esta insatisfação, não consigo compreender...", como canta a letra da música, é algo que sinto em tudo o que faço. Trabalho para a compreender. 2014, também foi sobre isto!



* Post escrito num guardanapo, na solidão de um café e um pastel de nata (não dividido) e um telemóvel esquecido em casa. (Dispenso o açúcar no galão quando acompanha um doce. Mas gosto da mensagem que cada pacote traz!)




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outubro 27, 2014

Fazer ouvidos moucos e deixar passar a vaidade!?

Sou mãe vaidosa e orgulhosa dos meus filhos, e espero sê-lo sempre, mesmo sabendo que os filhos não são nossos, que não controlamos tudo e que em algum momento, nos seus percursos, vão existir coisas que não vou gostar assim tanto. Mas isso é outra conversa.
Dizia que sou vaidosa, e que me seguro tantas vezes para não cair na tentação de os expor aqui ou aqui. São tantas as emoções, as alegrias, e às vezes birras, registadas em fotografias, de momentos que muitas vezes partilho aqui mas que não vos chegam em imagem, porque eles estão de costas, ou sentados, ou virados de lado. As maravilhosas expressões que lhes registo de frente, na face, nos olhos, nos sorrisos ou nas lágrimas, por vezes, dispensavam as palavras. É mesmo uma tentação, que não sei se algum dia irei ceder.
Como dizia lá atrás, os filhos não são nossos, eles crescem e vão continuar os seus percursos, e eu coloco sempre a hipótese de um dia eles me pedirem contas sobre uma exposição que eles não queriam que tivesse acontecido.
Felizmente (espero) existem pais que pensam menos que eu, dispensam o futuro vivendo apenas o presente, e assim como eu vivo este blogue (também) como um diário do crescimento dos meus filhos, eles acompanham o crescimento dos seus acompanhados das expressões maravilhosas captadas em momentos únicos. Digo felizmente porque sigo muitos desses blogues, muito pelas suas lindas fotografias, pela sensibilidade captada no instante de uma imagem. As expressões faciais podem dizer muito, e muitas vezes, dizem tudo.
Enquanto resisto à tentação de mostrar os meus filhos, partilho com vocês alguns dos meus blogues preferidos. Este é um deles!


fotos via blog HOUSE INHABIT








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outubro 16, 2014

timidez

A timidez, em excesso, atrapalha. Não nos deixa por vezes avançar, prende-nos na vergonha de assumir perante os outros ideias, projectos, coisas que já fazemos mas que não chegam a quem nos conhece melhor. Mantenho este blog há mais de dois anos em anonimato. Apenas duas pessoas próximas sabem da sua existência. Às vezes apetece-me partilhá-lo no meu mundo, mas depois receio não conseguir escrever mais. Não consigo explicar, afinal o que aqui escrevo não é nada de extraordinário. Mas é especial. Gosto quando me elogiam os textos que aqui escrevo, ou as fotografias no instagram, ou o bom gosto de uma ou outra sugestão. Gosto muito. 
Quando no outro dia, na escolinha, me pediram a dedicatória para o meu pequeno, fiquei logo em alerta, quase que tive suores. Depois ignorei todos os meus sinais de timidez e escrevi com o coração. No dia seguinte recebi uma série de elogios, que me envaideceram mas também me fizeram fugir... Timidez estúpida esta, que não se mostra nas ligações do dia a dia, nos momentos de convívio, apenas quando transmito algo mais cá de dentro... Timidez...







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junho 23, 2014

Um post que não interessa a ninguém... *

Não gosto de vir aqui escrever só porque sim, sobretudo nos dias em que a boa disposição não é a minha melhor amiga. Gosto que este seja um sítio que visitam e do qual saem com um sorriso nos lábios, ou com um pensamento positivo. Mas este blogue é sobretudo um diário, onde escrevo os meus dias, onde desabafo e partilho, e com isso arrisco-me a escrever por vezes, poucas vezes, em dias menos bons.

junho 03, 2014

Summer Look!

Desde que me lembro, que compro adereços para a cabeça: lenços, chapéus, fitas... tudo! Mas nem sempre usava, é verdade. Na adolescência, a vergonha de ser vista com algo diferente, fazia com que muitas vezes os adereços não saíssem de casa. 
Já em adulta, numa viagem a Nova Iorque, comprei boinas e gorros, a pretexto de que estava na cidade mais fashion do mundo (e também com um frio de rachar) e saí pelas ruas toda vaidosa com o meu novo look! Não larguei mais!! Há coisas muito giras que fazem toda a diferença, e que eu gosto mesmo de usar. O verão é outro grande pretexto para usarmos e abusarmos, para arriscarmos em tudo o que sirva para nos dar um ar mais fresco e jovem, e proteger do sol, tudo a condizer com esta maravilhosa estação!
Os turbantes! Este grande pormenor que eu oiço falar desde sempre. A minha mãe adora, e passava a vida a perguntar-me se eu não lhe comprava um em Lisboa, e se não sabia onde havia, porque ela tinha usado há não sei quantos anos atrás e adorava! E eu, finalmente encontrei...




Head-Ji! Duas jovens criaram esta marca 100% portuguesa e que está a fazer o maior sucesso!! Têm turbantes de vários materiais, tecidos e cores e estão sempre a inovar. Mais recentemente lançaram o Head-Ji 2in1, que é turbante e fita também (como este meu da foto, embora aqui esteja  a usá-lo só como turbante).
Por mim, esta marca tem tudo para dar certo, não só pela ideia (adoro!) como pela simpatia e profissionalismo com que trabalham! 
Os Head-Ji vão fazer parte do meu summer look!





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maio 28, 2014

Crónicas de uma corrida - o medo

No outro dia, despachei o jantar (peixe no forno com tomate assado - não falha), orientei os fofinhos, e quando o pai chegou a casa calcei os ténis e lá fui para a minha missão. Cheia de força de vontade, porque devo confessar que aquela hora não me apetecia nada, mas veio-me o pensamento que agora é que tenho que aproveitar, porque os dias são grandes e às sete da tarde ainda há sol! Lá fui eu então, motivada, confiante, e comecei o treino. 
É conhecido o meu terror medo de encontrar cães no caminho, que é esse medo que muitas vezes me faz ficar em casa, etc, etc. Pois, naquele dia, acho que posso dizer que tinham dado ordem de soltura aos cães da cidade, porque eu nunca tinha visto tanto cão junto na minha vida, no parque onde costumo ir sempre!! Andavam com os donos, é certo, mas todos à solta e sem ançaime, e havia cães para todos os gostos: pequenos, grandes, robustos, finguelinhas... era toda uma variedade de raças!
Passei por um, passei por dois, ... por dez, sempre a rezar "não me mordas, não me mordas, não me mordas!!". Ok, depois de umas quantas voltas já estava mais confiante, mais do tipo "Estás a ver, tu cheia de medo e eles nem querem saber de ti! Que estúpida, medo de cães...!?!".
Acabei o treino, (já disse que ia confiante?) super feliz porque tinha realmente corrido (e com cães à solta!!) espectacular, e quando estou a voltar para casa, pela rua do costume, aparece-me uma amostra de cão com aparência de caniche mas com uma mistura qualquer pelo meio, e veio direito a mim, e ladrou, e ladrou e ladrou... Claro que toda eu suava e não era do exercício físico! Desci a rua, atravessei a estrada e o raio do cão nada de me largar! "não me mordas, não me mordas, não me mordas!" pelo meio ainda pensei "mostro-lhe o 38?? e se ele é mais rápido e me arranca um bife, tão pertinho que está do meu gémeo?!". Fiquei-me pelo passo acelerado, o coração a mil, e a esperança que ele não me cheirasse a hormona do medo (que se existe, é impossível ele não ter dado conta!). Por sorte, a fera lá se distraiu com outra coisa qualquer, que eu estava demasiado perturbada para ver o que era, e deixou-me ir à minha vidinha... inteira!

Ontem fui correr, para outro sítio diferente, que o trauma daquele dia é coisa para me afastar daquela rua durante uns anos! A sério, estou a pensar comprar uma daquelas armas de choque, para me defender destas feras da rua! 
Deixo um apelo aos donos de cães: não os deixem andar sozinhos e à solta, é que eles são sempre bonzinhos até morderem alguém e acabarem-lhe com a fé no andar na rua em liberdade!!!*



* Dramática? Sim! Eu fui mordida em criança!! ;) 


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maio 05, 2014

não me vejo


Há dias em que olho para as fotografias e não me vejo. Ou melhor, vejo, mas com mais profundidade, atenta aos sinais do tempo, do inchaço causado por duas gravidezes, do passar dos anos, da responsabilidade acrescida. Há dias em que só consigo ver os defeitos, não encontro o brilho de outros tempos, a pele esticada e brilhante, o ar jovem e trés jolie tipico dos "vintes". Dou por mim a rever o álbum de 2008, um ano de fotografias giríssimas, em que curiosamente também via muitos defeitos na altura e agora penso "que bem que estava, afinal!". Por sinal, por estes dias recebo elogios vindos de fora (o que estão p'raí a dizer?, penso), vejo o ar admirado quando refiro a minha idade e que sou mãe de dois, sobretudo em contexto profissional, sinto-me bem, positiva, mas não o vejo reflectido nas imagens. Talvez sejam apenas dias, talvez seja apenas eu, mas há dias em que as fotografias mais bonitas são aquelas em que não me vejo.



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março 26, 2014

Listas e verbos

Sou pessoa de listas. Listas do que fiz, do que tenho para fazer, dos objectivos que pretendo alcançar dos já alcançados, do que quero e do que não quero na minha vida. Na minha mala, na secretária, onde eu estiver é certo que estará sempre uma agenda, uma caneta e papéis, vários, para eu apontar o que me vem à cabeça! É certo que não as sigo à risca, mas tento...
Hoje não foi diferente, fiz uma lista e estes são os verbos que a preenchem:

- Comer...
- Fazer...
- Ler...
- Esclarecer...
- Arrumar...
- Comprar...
- Ter...

E tu, também fazes listas? :)

janeiro 31, 2014

Sonhos recorrentes

Sabem aquele sonho que nos persegue? Aquele que de vez em quando, do nada, lá aparece e não é pesadelo, não é um simples sonho, mas também não é um sonho tranquilo... quem nunca sonhou que vai descer umas escadas e parece que cai, acordando com o movimento brusco que faz com as pernas?? Eu já!
Mas mais recorrente que isso é sonhar que estou a ser atacada por gatos! Eu não tenho simpatia nenhuma pelos bichinhos - desculpem amantes dos gatinhos, fofos, independentes, peludos e de olhos brilhantes - mas não tenho. Só de pensar arrepio-me. Se estou numa esplanada, ao ar livre,  e me roça algo nas pernas, solto logo um grito... mesmo que não tenha visto gato nenhum num raio de 5 km!!! É, é isto. E então, eu sonho invariavelmente que sou atacada por gatos, um ou mais, atracam as suas garras no meu braço, saltam para cima de mim, e eu tento tirá-los, tento fugir-lhes e não consigo!! É aflitivo, e é assim que acordo: aflita!
Alguém descodifica? E vocês, com que "sonham"? :)

janeiro 23, 2014

coisas minhas que vou (a)percebendo


- Gosto de umas mãos bem tratadas, umas unhas bonitas e, no entanto, roo as minhas, sempre que estou perante uma situação de stress ou com qualquer emoção não identificada. Detesto ver unhas roídas, sobretudo nos homens, e tenho (pre)conceitos formados sobre quem rói as unhas. E ainda assim... há mais de um mês que não as consigo pintar, porque ficariam com um ar no mínimo patético, de tão pequenas que estão.

- Dificilmente, algum dia vou dizer que me levantei às 06 ou 07 da manhã e fui correr 10 km... 1 km que seja. Sair da cama a essas horas obscenas, e com energia para fazer exercício, faça chuva ou faça sol, é algo que não combina com a minha natureza. E ainda assim, adoro o amanhecer...

- Sou uma pessoa muito prática. Mas isso eu já sabia. O que me apercebi é que, como prática que sou raramente paro para pensar, e quando dou por mim, fiz, fiz, fiz sem parar mas também sem saber muito bem para onde ir. Está na altura de parar, pensar e planear.

- Sou mais emocional do que pareço. Sei ouvir e gosto. E o que por vezes pode ser interpretado como antipatia ou apatia, é na sua natureza, observação!

- Sou maternal como nunca imaginei que seria. Acho que ninguém pensou... E como mãe que sou, a culpa anda sempre comigo: "dei mimo a mais, dei atenção a menos, estiveram muitas horas na escola, há três dias que não põem lá os pés, ai que sou uma péssima mãe e tudo de bom/mau é mea culpa!". Não há necessidade.

- Tenho tendência a subvalorizar o que faço, quer seja um mega bolo com cinco camadas, quer seja o apoio dado a uma amiga numa situação difícil. Aos olhos dos outros as minhas acções podem ser vistas como surpreendentes ou especiais, aos meus... "Qualquer um faria o mesmo!" Tenho que mudar esta tendência.

- Eu gosto (muito) de programas de cozinha, ver receitas, livros de culinária cheios de pinta. E gosto de cozinhar. Gosto de ver uma receita, um bolo, uma sobremesa, um prato diferente, e ir para a cozinha reproduzir ou inventar um pouco. Gosto mesmo!

- Esta coisa de pensar sobre o EU é tão banal quanto parece, e tão mais difícil de se fazer, e ainda mais de se escrever. E ainda assim, é tão útil conhecer-mo-nos para podermos mais facilmente chegar ao outro!

Já experimentaram?

novembro 06, 2013

Observar.

Faço este exercício sem esforço, quase sem pensar. No meio da gentes, do barulho, das conversas, ali estou eu, aparentemente ausente, mas tão focada nos detalhes de cada um. Observo, tiro conclusões, não faço juízos de valor. O Sr. que almoça sempre sozinho, senta-se a um canto e fala baixo, muito baixo, como se não quisesse que dessem por ele. A ruiva de voz esganiçada, tom agressivo, muito interveniente (demais), sempre com uma certeza, um exemplo. O nerd que vai ganhando confiança, soltando as suas piadas, ainda que só ele se ria. As amigas, recém licenciadas, que chegam e partem sempre à mesma hora, sempre juntas, a mesma rotina. O Sr. com excesso de peso que nunca está nos momentos de convívio, entra depois da hora, sai antes de acabar... 
Uns mais extrovertidos, outros nem tanto, todos com uma história que eu tento descodificar através do comportamento. Observar, gosto tanto.

agosto 14, 2013

Organizar.

Gosto de ter as coisas organizadas. Gosto de abrir portas e gavetas e estar tudo arrumado, saber o que vou encontrar, com o que posso contar. Por estes dias, entre descansos, o plano passava por tornar o nosso escritório num escritório e a nossa arrecadação numa verdadeira arrecadação. Parece que os planos são mesmo para se refazerem, e a bem da verdade, ainda muito pouco foi feito nesta matéria. Para ser sincera, desde que remexi os armários e gavetas a coisa ficou aparentemente pior, e quase que não consigo abrir a porta do escritório. Mas no meio da confusão total, joguei fora coisas em que não mexia há muito tempo, rasguei papéis, muitos papéis, joguei fora mais objectos e cartas que pertenciam a um ciclo, a uma fase que se fechou e a que não quero voltar. No fim, a sensação é de alívio... a confusão é total, mas o sentimento é de bem-estar, de caminhar para um sentido único!

agosto 02, 2013

Amizade.

Amigas de infância... não tenho. Algures pelo caminho perderam-se os laços, diferenciaram-se os interesses, houve mudanças pessoais, profissionais, geográficas, e a amizade acabou. Mantemos o contacto da moda, o facebookiano, somos "amigas" e vamos fazendo Likes nos acontecimentos e fotografias umas das outras, mas só. 
Pelo caminho conheci novas pessoas, fiz amizades, fui sendo mais selectiva. Houve desilusões, houve surpresas, houve boas surpresas, e na maturidade dos 33 acho que estou rodeada de boas pessoas, com quem posso contar. São relações verdadeiras, numa fase da vida em que não há muito espaço para mesquinhices, para perdas de tempo. Ou se gosta ou não se gosta, não há forma de fingir interesses ou gostos em comum. Não precisamos de falar todos os dias, mas sabemos que estão lá quando é preciso. Somos amigas no Facebook, mas as conversas são privadas, e os likes não são apenas para aparecer! Amigos. Amigas. Amizade. Palavras que são pessoas, fundamentais na nossa vida, e um campo onde devemos privilegiar a qualidade, sempre!

julho 29, 2013

Animais.

Não gosto. Acho que nunca gostei. Nunca tive à vontade com os cães, faz-me confusão os pelos, a baba, os movimentos. Aos 10 anos, enquanto passava férias na aldeia com os meus avós, estava sossegada no quintal (e repito: sossegada) quando passou um rebanho guardado por um Serra da Estrela, que fez o obséquio de urinar ao meu lado e ir-se embora, não sem antes me pregar uma bela dentada na coxa esquerda. Digamos que não ajudou a mudar o meu gosto pelos quatro patas! Os meus pais sempre tiveram cães, dobermans, que apesar de nunca me terem feito mal e piarem fininho perto de mim, não têm propriamente aquele ar fofinho e queridinho de quem quer conquistar uma criança. Aliando isto ao facto de serem tratados quase como pessoas lá em casa, colocaram definitivamente em causa o meu amor por estes bichinhos.
Depois temos os gatos. Odeio. Digo-o aqui com a mesma frontalidade com que já tenho dito, pessoalmente a  conhecidos, que venho a descobrir, serem apaixonados por felinos. Obviamente, nunca sou convidada para ir a suas casas. Destes não gosto sobretudo da sua agilidade, os saltos que dão, e os seus movimentos dissimulados arrepiam-me. Tenho sonhos recorrentes em que estou a ser atacada por um gato, ou em que está um felino todo eriçado ao pé de mim, e eu estou a pedir ajuda, aflita, e ninguém me ouve! E não, nunca me fizeram mal nenhum.

Dito isto, afirmo que não suporto a ideia de maltratarem os animais, sejam eles cães, gatos ou hamsters! Não percebo o egoísmo de se enfiar um rottweiler num T2, ou a estupidez de trazer cães da sibéria para o nosso clima ameno e insuportável para eles. Não consigo entender o abandono de animais, durante a noite num ermo qualquer ou os maus tratos a bichinhos indefesos.
O meu filho mais velho gosta de cães, aproxima-se deles, e até já falou em termos um. Explico-lhe sempre que não temos condições, que um cão dá muito trabalho, que teria que se levantar muito cedo, fizesse chuva ou sol para o passear, e que teria uma responsabilidade com ele durante toda a sua vida. Isto traduzido em linguagem de 3 anos, claro, mas para que ele perceba que ter um animal não é como um brinquedo, que pode ficar na prateleira quando perder a piada. Um animal merece respeito, carinho e conforto, e nós por cá não lhe podemos dar. É melhor assumirmos isso!


PS: Entretanto, não sei se ele percebeu a essência da coisa, porque também já me pediu um cavalo!!!

junho 29, 2013

Água fria na ribeira, água fria que o sol aqueceu...


Gosto de ver roupa estendida. A sério, é das tarefas domésticas que me causa menos enfado é estender roupa, porque no fim adoro vê-la estendida. O seu ar limpo e fresco a bandear-se com o vento e a brilhar com o sol, dá-me um prazer enorme de ver. E sim, sou capaz de ficar simplesmente a olhar... don't ask! Acho que se tivesse nascido no tempo das nossas avós, em que a roupa se lavava no tanque e se estendia na relva a "corar", ia ser uma mulher feliz! Pronto, não vamos exagerar, se calhar era feliz durante uma semana, antes das minhas unhas se desfazerem na água com sabão, mas que (por alguns dias) ia gostar, ia!