abril 24, 2017

16 semanas... *

já falei algumas vezes sobre isto, sobre a minha intenção de voltar à actividade física, de em cada viragem do ano renovar os votos de melhorar a minha condição física, fazer exercício regularmente, comer melhor... mas a verdade é que não tem resultado! a verdade é que todos os anos, desde que fui mãe, faço exercício aí umas duas vezes por semana, às vezes uma, ou nenhuma mesmo. a alimentação também tem tido muitos devaneios, e embora não se reflicta muito no peso, há sempre aquele pneu, aquela barriguinha... não tenho sido consistente nos meus objectivos, sendo bastante honesta...

até entrar em 2017!








 e o que mudou? finalmente tomei consciência de que:

- os trintas não são os novos vintes, deixem-se de coisas! e o corpo é o primeiro (e pode ser o único, se quisermos) denunciador disso. o metabolismo é diferente, a pele muda, tudo muda, e temos (ou devemos) estar atentas.

- mais tarde ou mais cedo uma gravidez deixa marcas (que dizer de duas ou mais). e eu que nem aumentei muito de peso, no primeiro filho voltei logo ao lugar, no segundo também achei que sim mas depois... depois é comparar as fotos na praia e ver algumas diferenças!

- posto isto, se não me ponho a mexer, aos quarenta nao me reconheço e, definitivamente, não é isso que eu quero para mim! quero estar bem, sentir-me bem e ter muita saúde!


portanto, a mudança tem que começar de dentro para fora. (já ouviram isto em qualquer lado??). temos que ter um objectivo claro em mente, temos que querer mesmo alterar hábitos alimentares, rotinas de exercicio fisico e temos que adequar isto ao nosso dia a dia, para que estas alterações sejam duradouras e, depois de algum tempo, definam mesmo o nosso estilo de vida. resumindo, não é fazer exercício de janeiro a maio, é de janeiro a janeiro!


no inicio deste ano (ou no final de 2016) tirei umas fotos em frente ao espelho, de bikini, sem me encolher, sem poses, sem filtros... e não gostei do que vi. repito: EU não gostei do que vi. ninguém mais viu, ninguém fez comentários, era apenas eu e o espelho, e aquela gordurinha chata e feia nos sitios chave. e fez-se um click interior que me levou a tomar uma atitude.
era inverno, por isso as minhas corridas ou caminhadas não estavam no topo das prioridades, inscrever-me num ginásio estava fora de questão, e seguir exercicios no youtube também não estava a resultar!
há algum tempo que lia um blogue de uma instrutora de fitness australiana que começou a divulgar uns exercicios e algumas dicas alimentares, e hoje em dia é uma mega estrela do fitness. já tinha experimentado a app (durante uma semana) e resolvi comprar e começar no mesmo dia a cumprir a agenda.

hoje entro na 16ª semana (comprei por 12 semanas e já renovei por mais 12), de exercicios consistentes e regulares, plano de alimentação, agenda semanal de exercicios e fotos de antes e depois. os exercicios são simples, quase que não precisam de equipamento e trabalha-se muito com o peso do próprio corpo, podem ser feitos em casa, no parque ou no jardim, e o circuito completo dura apenas 28 minutos!


comigo tem resultado porque:

- posso fazer quando quero e onde quero (basta ter o telefone e wi-fi comigo);
- são exercicios objectivos, com tempo marcado e repetições definidas o que faz com que eu não me disperse;
- é só meia hora... todos temos meia hora por dia que podemos dedicar a nós, certo?
- sinto-me mesmo bem por estar a cumprir o que me propus;
- e o melhor? começo a ver resultados!


é certo que os resultados, no meu caso, podiam ser mais evidentes, mas eu não tenho sido rigorosa, nem com a alimentação (embora tenha alterado algumas coisas, super importante) nem com os exercicios (o cardio não tem sido cumprido à risca) mas o que interessa é não desistir e continuar, melhorar!


é imprescindivel perceber que tipo de actividade física se adequa melhor a cada um de nós.
é muito importante também termos consciência que não basta uma app, uma inscrição no ginásio, uma foto aos ténis a dizer que corremos 10 km, para ficarmos em forma.
é necessário efectivamente FAZER, cumprir com o nosso plano para atingir o nosso objectivo. NOSSO, não da amiga, da vizinha, do marido ou namorado. o NOSSO objectivo!

o meu é sentir-me bem comigo, com o meu corpo, sempre. não começar a recusar vestir roupas porque já não me sinto bem com elas, poder acompanhar os meus filhos nas corridas, na bicicleta, nas escaladas. avançar com a idade sem ter medo dela. ser saudável e sentir-me bem, comigo, sempre!



e vocês, qual o vosso objectivo? já pensaram nisso?


se quiserem espreitar o blogue da Kayla e tirar algumas dicas ou experimentar a app, podem fazê-lo aqui!

aproveitem o feriado para mexer um pouco!






Sofia**







* confesso que o título do post foi provocador!!! ;)





abril 20, 2017

gosto de as ler... (#4) - Courtney


foto Somewhere Slower


Courtney Adamo é casada com Michael e mãe de quatro: dois meninos (11 e 9) e duas meninas (7 e 3). Viviam em Londres, mas em 2015 resolveram vender tudo e partir com os quatro filhos para conhecerem o mundo, fortalecerem os laços que os unem e aproveitarem bem a infância dos filhos que passa a correr. queriam também aprender e ensinar-lhes tudo sobre a cultura dos os países que escolheram conhecer. 
iniciaram a aventura nos Estados Unidos, fizeram a tradicional road trip pela Califórnia, conheceram vários países da América do Sul, voaram até ao Japão, Sri Lanka e exploraram a Nova Zelândia numa autocaravana. viajaram até França, Itália e não quiseram partir sem conhecer Portugal, claro! 


foto Somewhere Slower


Agora estão na Austrália, não sei por quanto tempo, mas foi lá que há poucas semanas nasceu o quinto filho desta família linda! A sério, se isto não é um sonho, não sei o que será... 
O último post de Courtney é exactamente sobre o nascimento de Wilkie, o bebé cujo sexo só souberam depois do nascimento, que aconteceu em casa, com a família toda por perto e com uma tempestade a acontecer lá fora. é de tal forma emocionante o relato deste momento, que me fez esquecer os receios de ter um filho em casa, o embaraço de ter os outros filhos e familiares por perto, o facto de estar num país estranho. leiam, vale a pena!


Somewhere Slower é o blog de Courtney. Conheciam? eu já leio há algum tempo mas este último post foi de me deixar com uma lagrimita!




Espero que tenham gostado!




Sofia**

















somos só humanos. todos!




faz-me imensa confusão a facilidade com que se julga o outro. a sério. não sendo nenhuma santa, longe disso, não consigo perceber como se acusa, julga e dita a sentença sem dó nem piedade. como é que, apenas com base nas letras gordas dos jornais que precisam de obter visualizações nas suas noticias, somos todos uns certinhos que sabem tudo e nunca erraram. 
sim, há erros graves, sim há erros com que se tem que lidar terrivelmente durante toda a vida, e sim, nenhum de nós está livre de um dia poder cometer um erro assim. não se iludam, já diz a música, somos só humanos, apesar de tudo! 
haja mais empatia no mundo. e sejam gentis, por favor. não se esqueçam que os nossos filhos aprendem com os exemplos, que têm em casa









Sofia**
















abril 19, 2017

a memória do Amor

esqueçam as birras. esqueçam a casa de pernas para o ar. esqueçam os amuos. esqueçam as brigas entre irmãos. esqueçam as irritantes respostas. esqueçam o cansaço. esqueçam os brinquedos por arrumar. esqueçam a ida ao hospital com a cabeça partida. esqueçam o susto. esqueçam as mil recomendações. esqueçam aquele grito...

esqueçam.



lembrem-se dos sorrisos, do som das gargalhadas. lembrem-se dos momentos de brincadeiras a dois. afinal, foram muitos. lembrem-se da alegria, dos sorrisos felizes. lembrem-se de quando cooperaram. lembrem-se de quando não foi preciso dizer-lhes nada. lembrem-se quando tudo fluiu, simplesmente, como se fosse sempre assim. lembrem-se das declarações, as directas e as subtis. lembrem-se dos beijos, dos abraços, do colo, do amor...


lembram-se de tudo isto? 





eles também.
e então, valeu a pena!





Sofia**














abril 06, 2017

apaixonei-me outra vez...

voltei a sentir aquela vontade de conhecer algo novo, desbravar caminho, alargar horizontes. depois de anos a lutar contra o sono, a tentar manter-me desperta, a forçar-me de certa forma a gostar do que tinha mesmo ali ao lado, eis que a paixão voltou a surgir assim, do nada, cheia de vontade de me fazer (mais) feliz.



instagram @sofia_ferr

não, não falo de um novo amor, porque nesse capítulo a paixão mantém-se presa à mesma personagem. revelo-vos antes que me voltei a apaixonar pela leitura! a sério? um livro? é disso que falas?? - dizem vocês, talvez...

sim, um livro! mais do que um, aliás, já vou no segundo e estamos no inicio do 4º mês de 2017! saliento o já porque sinceramente, perdi a conta às passagens de ano em que uma das minhas resoluções era ler pelo menos um livro! e lamento dizer, mas desiludi-me de todas as vezes. excepto agora, algo me fez pegar num livro que estava na estante esquecido há cerca de quatro anos e oferecido por ele. tentei lê-lo mais do que uma vez mas sem efeito. vinha o sono, o peso nas pálpebras, e todas as desculpas para o voltar a encostar.
fui leitora activa durante vários anos. a minha mãe sempre me ofereceu livros de aventura, ciência, romances, mais tarde livros de psicologia, e eu lia todos com a vontade de viver a vida daquelas personagens, de descobrir lugares, de saber mais coisas, conhecer outras realidades, deixava-me levar literalmente pelas palavras.
depois vieram os filhos e não sendo eles os responsáveis a verdade é que me retiraram boas horas de sono e de descanso no sofá onde não havia nada mais reconfortante do que pegar num livro e viajar. confesso que nos últimos 7 anos, tirando blogues, artigos de jornal e alguns livros técnicos, o único livro que consegui ler foi O que vejo e não esqueço, de Catarina Furtado. a admiração que tenho pelo caminho que tem vindo a traçar e a importância do seu papel solidário prenderam-me a todas aquelas histórias tão dificeis.
não sabia por onde começar. claro que nunca se deixa de saber ler, mas às tantas, depois de uma ausência prolongada de um hábito, fiquei sem saber que tipo de livro deveria escolher. fui muitas vezes para a Fnac, vaguear pelas estantes, pegava num e noutro mas não trazia nenhum! optei então por pegar na prata da casa e aquele que estava cheio de pó no escritório devolveu-me o hábito de leitura. de seguida comecei com outro que a minha cunhada me emprestou há mais de um ano, e é por Itália que viajo neste momento. como não vi o filme, tudo para mim é novo e como adoro viajar, até agora, estou a gostar do que leio!

para quem como eu adora viajar pelas letras mas tem esse ritual adormecido: peguem num livro, qualquer um, e voltem a ler! é maravilhoso!!



e se quiserem deixar dicas de leitura, serão muito bem vindas!

beijinhos,

Sofia**