16:00

Vou buscá-los. O Rodrigo que implorou de manhã para que eu fosse cedo, implora agora que o deixe mais um pouco, "estava a brincar tão bem, mãe...". Sorrio. Vou ao andar de cima buscar o Du que abre um sorriso e corre para os meus braços. Tão bom, que saudades, um abraço que vale tudo! A educadora diz-me que chorou por mim à hora do lanche. (matou-me) Visto-lhe o casaco nas calmas, e trazemos connosco o Pato Donald que não quer largar por nada. Voltamos à sala do mano e ele salta para o chão. Os meninos zangam-se com ele, ele chora e o mano mais velho defende-o. Gostei tanto de ver!

Saímos os três. O Rodrigo conta-me que adorou o dia, enquanto o Du canta. O Duarte está tão pesado, mas só quer colo. Ainda estou a meter a chave na porta já o filho grande pede uns bonequinhos na TV. Pode ser, meia hora. Adianto o jantar. O Du vem pedir bolachas, apontando para a lata. Já se ri e estica o dedinho quando lhe digo "Só uma!!" O Rodrigo também quer. São horas do banho. O pequeno corre para a banheira, o Rodrigo chora que quer mais bonecos. Tem que ser: banho. Brincam, molham tudo, riem muito. Despacho-os em modo fábrica. Adoro o cheiro deles quando saem do banho. É hora do "beijo cheirosinho"!

Aqueço as sopas. O mais velho diz que não quer (nunca quer agora) mas come com ajuda. Uma colher a um e uma outro, enquanto o pequeno mistura o segundo prato na sopa e depois não quer comer! Insisto e ele passa as mãos sujas no cabelo sedoso e limpo... tinha acabado de tomar banho! Brincam um pouco enquanto janto. Ou tento. O Duarte agora quer a minha comida, que é igual à que ele não quis. O Rodrigo quer pão e ice-tea. Não dou uma garfada descansada. Ponho a loiça na máquina e ainda ajudo o Rodrigo a copiar os números de 1 a 5. (a pedido dele) Chamo-os para lavarem os dentes. O Du adora esta parte! Lavam-se, metem-se um com o outro, e olham-se ao espelho. Sorrio. (São lindos eles)
Aqueço o biberão do pequeno e digo ao mais velho, para escolher uma história, e ir para a minha cama enquanto adormeço o mano. Hoje está impossível, quando parece que está quase, levanta-se a cantar. (Coitado do Rodrigo, sozinho no meu quarto há tanto tempo) Oiço a persiana. Vou ver e está ele a espreitar pela janela. Leva um raspanete, não quero que faça isso sozinho! 

Finalmente parece que está. Vou ler a história prometida, debaixo do edredão quentinho, no mimo com o Rodrigo. Oiço uns passinhos, aparece o Du todo sorridente e junta-se à festa. Tantos mimos. Dá-me tantos beijinhos este filho doce. E beijam-se os dois e dão abraços. É bom vê-los assim. 

Vou deitar o pequeno, faço a papa ao grande e dou-lhe um mimo só a dois. "- Mãe, prometes que me acordas quando o pai chegar? - Prometo". Não acordei.
É raro, mas quando estamos só os três é  mais ou menos assim. Até amanhã!

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