novembro 19, 2014

Filhos e pediatras, o que fazer?

A propósito da recaída do Du (da bronquite) falava recentemente com outras mães, e todas elas me perguntavam (com as palavras, os gestos, os olhos) se eu já tinha ido a um especialista com ele? E qual era o seu pediatra? E o que estava eu a pensar fazer?? Relatavam-me as suas experiências, o rol de pediatras que tinham corrido na procura de melhores respostas, os tratamentos da medicina tradicional que não tinham resultado e as maravilhas da homeopatia. E perguntavam-me: Porque é que  não vais? Porque é que ainda não foste?? (não com as palavras, mas com os gestos, os olhos... o resto!)
Quando o Rodrigo teve as primeiras bronquiolites, ainda muito bebé, oscilámos entre o pediatra e a nossa recente (na altura) médica de família. Optámos pela médica de família. Depois ele  teve uma recaída, ainda era tão pequenino, e voltámos ao pediatra. Pelo meio, passámos pela urgência pediátrica, lemos alguma coisa sobre o assunto, mas a opinião era unânime: é uma doença típica de bebés que ainda não conseguem expelir a expectoração, tem alguns cuidados, mas passa com a idade. Depois de não encontrarmos nada de novo no pediatra, mantive-mo-nos na nossa médica de família, e quando veio a primavera o Rodrigo melhorou, e até hoje, não teve mais nada do género! (bato na madeira)
Marquei uma consulta com a nossa médica, mais uma vez, porque durante estes episódios recentes ela ainda não o tinha visto. E mais uma vez senti toda a confiança nas suas palavras, nos seus planos de prevenção, e até na desmistificação de algumas questões. É com ela que vou continuar até prova em contrário!
Quando saí do consultório lembrei-me do inquérito que tinha passado dias antes, e que possivelmente irei passar outra vez. Ás vezes é difícil explicar porque seguimos por determinados caminhos. Perguntavam-me se era por causa do dinheiro das consultas no pediatra. Disse que não, temos um subsistema de saúde e essa questão nem se coloca. E a perplexidade é ainda maior. Ás vezes, as pessoas são maiores que os títulos, E este é um desses casos. Ás vezes, procurar coisas demais em crianças pequenas é mexer no que não deve ser mexido. Dar tempo ao tempo, dar tempo aos nossos pequeninos que cresçam, estando atentos e supervisionados por quem confiamos, acho que é do melhor que podemos fazer por eles.






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1 comentário:

Xana disse...

Por aqui igual. Nunca vi necessidade de recorrer a um pediatra particular. Gostamos muito da nossa médica de família. E também ouvimos com muita frequência essas questões. Acredito que muita gente tenha tido más experiências no sistema de saúde nacional, mas não foi o nosso caso e enquanto for de confiança, vamos continuar.