Respiro fundo. Vejo e revejo as cenas do último fim de semana. Vejo quantos avisos já tivemos e concluo que o filho grande não é para brincadeiras. Se quando o vi e toquei pela primeira vez, já vão mais de três anos, me apoderei dele como uma leoa, e se ao fim de uns meses não pensava em deixá-lo com ninguém para não abdicar dele um bocadinho que fosse, hoje não o deixo com ninguém mesmo por me-do. É aventura demais naquela cabecinha, que parece tão ciente daquilo que lhe dizemos mas que não deixa de ter a imaginação dos sweet little three. Desde sair disparado por duas vezes em direcção à rua, atravessar a estrada movimentada sem dar cavaco a ninguém, passando por cair sozinho numa piscina para apanhar uma bola, este fim de semana foi recheado de emoções. Fecho os olhos e vejo-o cair na água com um ar aflito e sem ninguém à sua volta, e em milésimos de segundos decido se atiro deito o filho pequeno na relva ou se o entrego à minha mãe, mesmo ao meu lado sem eu a ver. Atiro-me sem pensar e retiro-o da água em segundos, tão rápido que não deu para ele sentir medo. Pensei eu no pior. Pensámos todos. Em todas as situações havia muita gente a olhar por ele. Éramos tantos que a responsabilidade de cada um dispersou, e por sorte, muita sorte, não se deu o pior. Relembro o episódio de há uns meses atrás e imagino o pior pesadelo de uma mãe (e pai), e custa-me pensar quando o deixarei com alguém. Sim, ele não é o único. Mas é único e meu!
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