Em tempos sonhei viver numa grande cidade, sair cedo de casa, apanhar o metro enquanto bebia o meu café num daqueles copos que nos habituámos a ver nas mãos da Carrie, e ouvia as minhas músicas preferidas enquanto me passeava de fones. Em tempos não pensei construir família, porque toda eu sonhava com a aventura de experimentar uma grande metrópole. Recortava reportagens feitas na Big Apple (ainda hoje as guardo), com relatos de quem deixou a sua terra, o seu País e de livre vontade e foi viver o seu sonho na terra de todas as oportunidades.
Depois vivi na capital quase seis anos, e percebi que andar de metro não era assim tão divertido, as longas distâncias encurtavam-me o tempo, o cansaço ao final do dia não deixava espaço para muito mais do que estudar - que era afinal o meu objectivo. Fui a Nova Iorque duas vezes, e cheia de entusiasmo percorri cada Avenida como se fosse aquela a minha casa permanente.
Aos poucos, a ideia de construir uma família foi tomando forma ao mesmo tempo de que o sonho de viver na grande cidade se distanciava. Hoje, família construída, a viver numa capital (de distrito) penso que foi a melhor opção. Acho que não servia para viver os dois sonhos em simultâneo. Ou bem que era uma mulher independente, viciada no trabalho, a percorrer o mundo, ou bem que vivia a vida familiar e tranquila que escolhi.
Um destes dias estive numa casinha de madeira, perto do mar no meio do nada, onde só se ouvem os pássaros e as cabras a pastar. Onde há espaço para os miúdos brincarem, tempo para ver o por do sol, e onde a qualidade de vida se traduz na paz que emana aquela casa.
Sonhar, não se paga e faz-nos tão bem!
E já agora, será que mudamos nós ou mudam os nossos sonhos? Não sei, sei que eu era bem capaz de viver este sonho, mesmo que com uma outra viagem a NYC! ;)
Sofia**
E já agora, será que mudamos nós ou mudam os nossos sonhos? Não sei, sei que eu era bem capaz de viver este sonho, mesmo que com uma outra viagem a NYC! ;)
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