setembro 29, 2012

Sábado...

Finalmente está na caminha dele, no quartinho dele, depois de muitos mimos, brincadeiras, de ouvir um sem número de vezes a história da "menina bolhita" (mais conhecida como Branca de Neve), e a do "Lobo Mau, e a música do Carteiro, do Manel, e do Balão, e mais miminhos e beijos que duram para sempre...
Hoje vamos espreitá-lo a dormir mais que o costume, sorrir ao ouvir a sua respiração ali ao lado, e agradecer por o termos... 

De manhã, acordámos preguiçosos, tomámos um bom pequeno almoço caseiro, vesti-mo-nos e fomos passear. Faltavam peças indispensáveis ao Baby Boy e, descontraidamente, lá rumámos ao Forum. Uma volta, uma brincadeira, tudo sem pressas porque não é o nosso passeio preferido. Baby Boy brincou nos escorregas com o pai enquanto eu fiz umas compras. Fomos à loja seguinte, mas o pequeno entreteve-se nuns carrinhos e ficou para trás, enquanto o pai entrou eu fiquei de guarda à porta e de olho nele, que não estava nem aí para a  nossa ausência. 
Eu estava a uns 10/15m... passou um grupo de pessoas que me tapou a visão, e comecei a ir na sua direcção para não o perder de vista... já lá não estava! Corri para os escorregas logo ali ao lado, nada! Escadas rolantes, nem sinal! Fiz olhar (de pânico) ao meu marido que correu com atenção a todos os cantos. Chegou um segurança que me pediu para o descrever... 

"Como, se ele estava ali tão perto?? Foram segundos sem o ver, milésimos de segundos, e já ali não está, nem em lado nenhum! Como vou encontrá-lo no meio de tanta gente e tantas lojas? E se o agarraram e meteram num carro, tão fácil que é?! Eu quero o meu filho!!!" 

Isto pensei eu, em pranto, enquanto descrevia ao segurança a roupa, a idade e o nome do Baby Boy. 
O meu marido correu para o estacionamento, mandou parar alguns carros, pensou exactamente o mesmo que eu... o pior.
Passaram uns dez minutos, uns longos dez minutos que pareceram horas. Deu para percorrermos os piores cenários, lembrar-nos de histórias que já encheram capas de jornais e que não tiveram finais felizes, ou que nem finais tiveram! Deu para pensar no que seria de nós sem ele... seríamos uns farrapos que teriam que viver para amar outro filho, que é fruto do mesmo amor. Deu tempo para tanta coisa...

Voltei à loja onde ficámos inicialmente, e lá estava ele.. o meu tesouro, são e salvo, com um ar tão inocente, em conversa com um rapazinho que lhe perguntava pelos pais, estranhando ele estar sozinho...
Agarrei-me a ele com todas as forças e beijei-o e apertei-o! Disse-lhe para que nunca mais nos largasse, que não podia andar sem nós... como se ele tivesse percebido alguma coisa! 
Corri para o meu marido, reencontrá-mo-nos, e os nossos corações voltaram a bater...

1 comentário:

Jardim de Algodão Doce disse...

Com as crianças todo o cuidado é pouco! Eu também tive um susto desses também num centro comercial com o mais velho que na altura tinha 3 anos. Mas o que sempre lhe dissemos desde pequenino é que se alguma vez se perdesse de nós para ir ter com um segurança ou um polícia e dessa vez em que o perdemos de vista também assim numa fração de segundos, lá fomos dar com ele junto a segurança a chorar e a dizer como se chamava...também foi horrível a sensação.