janeiro 07, 2013

Baby Boy, o ignorante!

Durante o seu primeiro ano de vida, Baby Boy seguiu à risca a introdução dos alimentos, a carne, o peixe, o glúten, o leite de vaca, tudo. Depois desta fase, tentei que a sopa nunca faltasse nas refeições, mantive sempre presente os vegetais e a fruta, e evitei sempre os fritos. Nunca fiz teatros nem aviõezinhos para que comesse, e quando não lhe apetece também não insisto. Sempre que alguém queria fazer a gracinha de lhe dar um chupa, um chocolate, ou batatas fritas, os meus olhos arregalavam-se e a minha boca agradecia a gentileza mas negava-a igualmente!
Aos dois anos e meio, Baby Boy nunca comeu um chocolate, embora já tenha provado a iguaria, no seu prato as batatas fritas são substituídas por brócolos cozidos, que ele come com a maior das satisfações, e a água é a sua melhor amiga, fazendo cara feia aos sumos variados.
Por esta altura, desse lado devem estar caras de espanto ou pensamentos do tipo "Isso é por ser o primeiro filho!!", as mesmas caras e exclamações a que assisto cada vez que falo sobre o assunto com alguém,  ou que tento explicar aos avós (tarefa difícil) o porquê desta nossa conduta!
Não pretendemos ter um filho completamente sugar free, ou um ermita nas festas de aniversário, aliás, ele já provou de tudo, com conta e peso, e até à data, é uma criança que se alimenta bastante bem (nem tivemos ainda a fase da anorexia os dois anos). 
O nosso objectivo é mesmo que, enquanto pudermos evitar, ele se mantenha a leste do que é uma barra de chocolate, um chupa, uma coca-cola. Que dê primazia à fruta, aos iogurtes, aos vegetais, à água. Posso até estar a ser ingénua, mas julgo que tem dado resultado. Passou o Natal, o Ano Novo, este fim de semana tivemos duas festas de aniversário, e Baby Boy passou completamente ao lado das filhoses, das mousses e dos chocolates. Mas comeu arroz doce, gelatinas, e o bolo de aniversário. Enquanto isso, era ver outras mães sem saber mais o que fazer porque os filhos não arredavam pé da mesa dos doces, e mesmo com a barriga cheia, não paravam de comer, apenas pela gula do que é doce. Diziam que não sabiam mais o que fazer, mas ao mesmo tempo culpavam-se por terem sido elas (leia-se, os pais também), a incutir estes novos alimentos, sem qualquer justificação nutritiva, na rotina dos filhos, fosse por compensação, por graça ou por quererem ver a reacção.
A reacção?! Claro que eles vão gostar! O que é doce nunca amargou!!! E faz-lhes falta? Nenhuma!! Deixem-nos crescer, apresentem-lhes as melhores opções alimentares e deixem-nos habituarem-se aos mesmos. Quando eles tiverem mais maturidade (e não estou a falar dos 18 anos!!), vão fazer melhor as suas escolhas, vão perceber melhor os vossos nãos a doces antes da refeição, e vão poupar-vos a birras monumentais no super ou em casa de amigos!... 

2 comentários:

Gi disse...

Até ela fazer um ano nunca lhe autorizámos que lhe fosse dado nada para alem de sopas, verduras, frutas, yogurts e até mesmo a papa tinha um limite de vezes. No dia do seu aniversário provou algumas coisas como gelatina, o bolo de anos e umas bolachas de chocolate, nem sumos nem coca cola nem leite com choco. Desde então (agora tem 21 meses) e, curiosamente, recusa quase todo o tipo de doces, nomeadamente bolos de aniversário. Porém, venera bolachas maria, gelatinas e gelado (sendo, os dois ultimos, apenas provados uma vez por mês)e come sempre e até ao fim a sopa, o prato com vegetais e fruta. Este Natal/Ano Novo, só comeu mesmo meia gelatina e ontem, dia de reis, ainda lhe perguntei se queria uma esponja (aquelas gomas) e ela disse que não. Ainda bem para ela, que nao sai a mim, e parabens a todos os pais que têm coragem e força de vontade para não viciar os putos em porcarias.

Sofia Ferreira disse...

:)