O som do samba é coisa que mexe comigo, mesmo. Não consigo ficar quieta sem todo o meu corpo começar a mexer e a tremelicar com os típicos batuques. Tendo crescido numa terra em que o Carnaval era a festa, era impossível passar indiferente. As fotos de infância têm sempre presentes as máscaras, na adolescência não faltei aos desfiles, fazendo parte do espectáculo e vibrando cada ano, todos os três dias de folia, mesmo que fosse com temperaturas baixíssimas e muita chuva à mistura! Em adulta, com amigos, mascarada ou não, a festa era sempre certa e até altas horas da madrugada. Entretanto algo mudou, o último ano que vivi o Carnaval, foi em 2009, e saí da festa a meio com a sensação que aquilo já não rendia grande coisa... No ano seguinte, já grávida de cinco meses, passei um pouco ao lado da folia, e desde aí a estatística não engana, tem vindo sempre a descer!
Hoje, com o Baby Boy mascarado, e porque também não pôde ir à festinha da escola, lá nos enchemos de coragem e rumámos a um corso tosco mas feito com boa vontade. Filhote só perguntava se as máscaras lhe iam fazer mal, a sua cara era mais de dia de Entrudo do que de festa, e entreteve-se nos baloiços não passando cartão nenhum ao que estava à volta! Nós fizemos um esforço para nos animarmos e fazer parte da festa, mas na verdade só pensávamos que bom que era estarmos no aconchego do ninho, com um bom filme e no nosso sofá!
Não sei se vou voltar a vibrar com estes dias, nem se os meus filhos vão brincar tanto ao Carnaval como nós brincámos, sei que para já, é mesmo um dia dispensável no Calendário... pelo menos enquanto não puder ir para aqui desfilar!?
Sem comentários:
Enviar um comentário