Mãe que é mãe sente culpa. Até aquela que nunca se sentiu culpada, por qualquer coisa que fez ou deixou de fazer a um filho, sente-se culpada por isso mesmo: não sentir culpa!
Eu mãe, sinto culpa nas mais variadas ocasiões:
Dei mimo ao deitar, se calhar não devia ter dado tanto que eles habituam-se; Hoje só lhes dei um beijo... coitadinhos, vão sentir-se abandonados;
Não os levei ao parque hoje, nem ontem... Que raio de mãe sou eu! Vou passear com eles quase todos os dias... e quando eu não puder? Vão estranhar!!
Não tenho variado a sopa, devia diversificar mais o jantar, obrigá-lo a comer a fruta! Se calhar sou muito exigente, porque não o deixo comer apenas papa ao jantar?!
Não o deixei comer chocolate antes dos dois anos, devia ter deixado; tirei-lhe a chucha, devia ter esperado que ele deixasse de a querer, mas se deixasse, ia ficar com os dentes tortos e estragados... e a culpa era minha!;
Estou a lavar a loiça mas devia era estar com eles a brincar; estou a ler mas devia estar com eles a ver bonecos; apetece-me dormir até mais tarde, mas devia era ir passear com eles...
Mea culpa, mea culpa, mea culpa... Vida de mãe é basicamente isto: culpar-se pelo que fez, o que não fez, e o que devia ter feito também!
Porque hoje é o Dia do Livro e o Dia da Mãe está já aí, este livro* pode ser uma oferta muito interessante para rir, chorar e desmistificar, quer-me parecer!
Just saying...
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