maio 31, 2017

dia dos manos





há algum tempo que o Duarte pergunta pelo dia dos manos. já celebrou o dia do pai, o dia da mãe, o dia da família e não lhe fazia sentido que o dia dos irmãos não existisse. eu sinceramente sabia que algures no calendário se festejava este dia mas não sabia quando. nem me tinha apercebido que o dia dos irmãos era a seguir ao aniversário do Rodrigo. o nosso pequenino ficou todo contente, abraçou-se ao mano logo de manhã e reclamou (mais) uma festa cá em casa. 
acho que isto diz muito sobre a relação deles. são cúmplices, são amigos e meigos um com o outro. o Rodrigo assume muitas vezes um papel protector e de mestre do mano, e o outro segue-o com orgulho e faz equipa com ele, às vezes até para nos tramarem! claro que têm muitas brigas, volta e meia lá vem um a chorar por qualquer coisa que o outro lhe fez, têm ciúmes e reclamam o nosso colo só para si. mas amam-se. amam-se como só os manos se amam e espero que sejam sempre assim, amigos.






Feliz dia dos Irmãos!







7 anos

não dá para acreditar que ontem o Rodrigo completou sete anos. passaram estes anos todos desde que fui mãe pela primeira vez, com todas as emoções que envolve ser mãe pela primeira vez. já passaram sete anos desde que o Rodrigo era pouco maior que as palmas das nossas mãos, chorava a toda a hora, era carequinha e magrinho, e nós não sabíamos bem o que havíamos de fazer com ele. 
7 anos. e finalmente é dia 30, o dia que nunca mais chegava no calendário que ele estudava há meses, ansioso por poder finalmente festejar o aniversário. é incrível como ele fica feliz por fazer anos. 
para mim houve um misto de emoções. muito feliz, porque também adoro aniversários e festejar o dia em que fui mãe, cantar os parabéns a este filho tão querido, é sinal de que posso agradecer muito estes últimos anos. por outro lado, mesmo com tudo de bom que este crescimento representa. vê-los mais velhos, mais independentes, completamente diferentes dos bebés que um dia foram é doloroso. no fim do dia, senti falta daqueles largos minutos em que, quando ele era bebé, aninhava-o no meu colo e lhe murmurava mimos ao ouvido, e ouvia só os seus suspiros. suspiros de quem não precisa de mais nada, só do colo da mãe.  





hoje o Rodrigo já não se mede com as mãos e diz que está quase do meu tamanho. é um miúdo esperto, perspicaz e com um sentido de humor pouco comum nesta idade. é curioso, explorador, faz muitas perguntas e quer saber como tudo começa e como tudo funciona. quer muito ser independente, ter a chave de casa, um telefone, andar pelas ruas a uma boa distância de nós. mas não quer andar sozinho e diz muitas vezes que vai viver sempre connosco.
é um Tom Sawyer no recreio e um menino bem comportado na sala de aula. adora aprender mas não gosta da forma como se ensina. gosta de andar de bicicleta e trotinete, joga basquete mas quer experimentar karaté, e o seu prato preferido é sushi. adora sushi.
é um miúdo muito sensível mas sempre com uma capa de durão para disfarçar. ontem ficou genuinamente feliz com todas as felicitações que recebeu e com os mimos que lhe fizemos: panquecas e balões ao pequeno almoço, bolo para a escola, o prato preferido para almoçar em casa, um amigo para jantar. no fim do dia agradeceu, a mim e ao pai, com um grande abraço.
diz que quando for grande vai trabalhar na Lego, jogar na NBA e viver nos Estados Unidos. quer muito ter uma casa com jardim e um cão. 
eu digo-lhe todos os dias que o amo e desejo que todos os seus sonhos se cruzem num único ponto de encontro: o da FELICIDADE.










Parabéns meu amor!

mãe










maio 30, 2017

30.05.2017



Não fui eu que escrevi e em 2010 o poema ainda não existia, mas foi mais ou menos isto que te disse...

Meu amor
Ainda és tão pequenino
Mas o que eu cá dentro sinto
Já é maior que o mundo
E quando à noite
Te sentires sozinho
Eu pego na guitarra
E canto baixinho
Vou-te encher de beijos
Assim que te vir
Vou-te ter nos meus braços
De lá não vais sair
Vou-te encher de beijos
Ver-te adormecer
Quero tanto
Te conhecer
Meu amor
Não prometo perfeição
Farei o que sentir
O que disser o coração
Se mesmo assim
Pensares que errei
Um dia verás que foi
Para teu bem
Vou-te encher de beijos
Assim que te vir
Vou-te ter nos meus braços
De lá não vais sair
Vou-te encher de beijos
Ver-te adormecer
Quero tanto
Te conhecer
Se olhares para mim
Como olho para a minha mãe
Saberei no fim, que acertei
Bem mais que errei
Vou-te encher de beijos
Assim que te vir
Vou-te ter nos meus braços
De lá não vais sair
Vou-te encher de beijos
Agora que te conheci
Quero tanto
Cuidar de ti



Para ti, Luísa Sobral










amo-te,

mãe





maio 25, 2017

livros - contos infantis

já tinha escrito por aqui que um dos nossos rituais à noite (nem sempre, mas muitas vezes) passa por lhes contar uma história. sinceramente, nem sempre resulta como método para os acalmar, porque eles inventam sempre qualquer coisa para adiarem a hora de dormir mas, em última instância, diverte-os, fá-los usar a imaginação, conhecem novas palavras e estão ali connosco, inteiros.





Todos os livros que apresento em cima têm histórias tradicionais, com ilustrações muito giras. 
O Príncipe Sapo, comprei no IKEA. A história é um pouco longa mas muito engraçada.
O meu preferido é o Contos Infantis (cinco minutos), e como o próprio nome indica cada história leva cerca de cinco minutos a contar e tem detalhes que servem para lhes testar a atenção. Ofereceram-lhes daqui
Era uma vez tem três histórias clássicas: Os três porquinhos, a Capuchinho Vermelho e a Caracolinhos Dourados, contadas de forma mais encurtada, perfeita para noites em que já passou a hora de dormir mas eles pedem muito muito um miminho! E o Espantalho Tomás, coitado, vive numa quinta a vida toda até que um dia os amigos o surpreendem e levam até à cidade. Uma aventura!
O Principezinho talvez seja a história mais reproduzida da história, passo a expressão, e sempre de maneiras diferentes. neste caso, é acompanhada de puzzles em cada página. acho que comprei este livro cedo demais ao Rodrigo, mas não lhe resisti na altura! (comprei aqui)



Espero que tenham gostado das sugestões.
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Sofia**









o que é mais difícil ao ter um filho?

no outro dia alguém dizia que ter filhos é fácil, difícil é educá-los. não podia estar mais de acordo com esta afirmação. 
eu não tinha esta noção quando decidi ter o meu primeiro filho. acho que pouca gente deve ter. normalmente, antes de decidirmos engravidar, ponderamos se a nossa vida é estável o suficiente, o dinheiro, a casa, o emprego, o carro, se a nossa relação é para durar, se há amor e companheirismo que cheguem para levar a cabo as noites mal dormidas, o fim (ainda que temporário) das saídas a dois, do dinheiro que se gasta em fraldas e que deixa de ser gasto em férias... acho que deve haver poucos casais a ponderar: será que vamos saber educá-lo? vamos conseguir impor-lhe limites? como faremos para lhe transmitir os nossos valores? como vamos lidar com as birras? e com as respostas tortas? e quando nos começar a pedir tudo e mais um par de botas, devemos dar-lhe só porque sim?! não, definitivamente não foram estas as perguntas que nos colocámos quando em 2009 decidimos avançar para o aumento da nossa família. 
mas o mais engraçado, é que perguntas deste género surgiram ainda na maternidade com ele, mínimo, nos meus braços, o inchaço da anestesia, as dores da cesariana: será que te vou conseguir proteger? conseguirei fazer-te feliz? que adulto serás? quero o mundo para ti... e nesse dia começou a preocupação com o dossier mais importante da vida destes (dos) pais e, por consequência, dos filhos também: educação.



nunca fazemos ideia de como serão os nossos filhos, que tipo de adultos se tornarão. nem temos poder suficiente para controlarmos na totalidade. e é importante termos essa consciência: não vamos conseguir controlar tudo! senão vejamos, temos 50% da parte genética que nos pertence mas os outros 50% têm muito que se lhes diga. temos o meio ambiente, os amigos, a escola, as educadoras/professores, as auxiliares, os treinadores, os avós, os tios... e depois temos o nosso filho que desde que nasce absorve o meio que o rodeia, aprende com os nossos exemplos e com os dos outros, ouve o que lhe dizemos e ouve mais uma dúzia de pessoas durante o dia, aprende na escola, aprende na televisão, aprende na rua, aprende, aprende, aprende... e gere tudo de acordo com a sua visão do mundo, com a sua personalidade semi moldada. 
claro que a nossa parte é fundamental. que não haja dúvidas que o nosso papel enquanto pais educadores, enquanto transmissores de exemplos e valores, é de longe o separador mais importante da aprendizagem deles. mas não é tudo.

e é na fase em que eles nos começam a colocar problemas, para os quais não estávamos preparados, que começamos a questionar se estamos a fazer bem, se estamos a fazer o melhor, e se o nosso melhor vai ser entendido por eles da melhor forma. é certo que vamos errar, mas também havemos de fazer muita coisa bem. resta-nos esperar que a mensagem (de amor) passe da melhor maneira possível. 

a mim preocupa-me que não saibam dar valor às coisas, quer materiais porque custam a ter, mas sobretudo ao que é simples mas importante como o amor e amizade. preocupa-me que não tenham empatia pelo outro, que não sejam justos, ou que se deixem levar pelo que as aparências exigem. às vezes tenho dúvidas, tantas vezes, sobre a forma como lhes devo (devemos) passar a mensagem. 


e a vocês, o que vos parece mais difícil ao educar um filho? quais são realmente as vossas preocupações? adorava que partilhassem! :)






Sofia**