janeiro 11, 2013

Resposta à crónica anterior...

(Claro que não disse nada, nem me cabe a mim esse papel. Mas pensei, e enquanto não se paga para pensar...)


A gravidez é um período de grandes mudanças, em que a mulher fica completamente upside down, as hormonas fervilham, o corpo muda, as prioridades alteram-se. Tão depressa está tudo óptimo como no minuto a seguir só nos apetece desabar no primeiro ombro que aparece. É normal, é natural que assim seja, e assim o é desde que a Terra é redonda!
Quando uma gravidez é planeada, todos estes dramas podem ser minimizados pelo enorme desejo de se ter um filho, de nos tornarmos mães, de gerarmos uma vida. Mas mesmo assim, a gravidez pode virar um pesadelo, porque podem haver complicações que alterem profundamente a vida da mulher e do casal, e que levem a pessoa a colocar em causa tudo o que tinha desejado até agora.

Mesmo a mulher que planeou e desejou tem que aceitar a gravidez, o feto, tem que reavaliar as suas relações parentais, a sua relação conjugal e avaliar o tipo de mãe que pretende ser. Tudo isto pode parecer simples, mas a par de todas as transformações físicas  e à medida que o tempo passa, e se torna mais próxima a realidade de ser mãe, estes processos psicológicos podem tornar-se penosos, pois mexem com o que de mais íntimo há em nós, ainda que não o admitamos.

Enquanto mãe e grávida, as palavras daquela pré-mamã causaram-me grande estranheza, e um olhar crítico (no sentido figurado), mas enquanto Psi fez-me pensar no que pode estar por trás de toda aquela indiferença, todo aquele imenso desconforto com aquela que deveria ser a fase mais bonita da vida de uma mulher.... 
Devia, não quer dizer que o seja! Porque por trás de toda a mulher está uma história, estão vivências que não conhecemos, por vezes nem o companheiro conhece, e que podem ajudar a compreender este tipo de sentimentos.
Quem tem este tipo de questões por resolver, quando decide engravidar ou levar a gravidez até ao fim, tem "obrigação" de pedir ajuda (seja a profissionais, família ou amigos) para tentar ultrapassar o que teve de negativo na vida, e para que esses sentimentos não se reflictam, mais tarde, no seu filho/a, que num futuro não muito distante também será pai/mãe... e para que o ciclo não se repita, over and over again!

5 comentários:

Jardim de Algodão Doce disse...

Eu costumo dizer - nós nunca sabemos o que se passa realmente na vida e na cabeça de cada um. Por vezes julgamos, mas estamos de fora!

Eu também fiz PPP na primeira gravidez, na segunda não fiz. Ajudou-me imenso aprender e a saber respirar. No primeiro parto, fiquei descontrolada e nem da respiração me lembrava. No segundo estava super tranquila, concentrei-me em pleno na respiração. Só começei a ficar ansiosa quando a epidural não fez efeito em mim e lá pensei - Oh meu Deus quanto tempo isto irá durar...Mas felizmente foi rápido e tive um companheiro à altura! Vamos ver como corre o próximo :)

Magui disse...

Sofia,
Não comentei o post anterior mas comento este... Eu da gravidez gostei unicamente de sentir o bebé mexer, mais nada e tenho a dizer que foi um filho muito desejado e muito planeado e muito querido e tudo e tudo... Hoje é a melhor coisa da minha vida, mas para mim a gravidez, as mudanças no corpo, as insónias, o corpo sempre a doer foram um terror! Claro que cada um se expressa como quer ou como sabe e se calhar a forma como ela falou acabou por te chamar mais à atenção, mas olha que eu senti-me muito incompreendida de todas as vezes que disse que não me achava em estado de graça.
Um beijinho

Sofia Ferreira disse...

Mas era mesmo isso que eu estava a querer dizer... Nunca se sabe o que está por trás, qual a história de vida.
A gravidez não tem que ser um estado de graça para todas as mulheres, não mesmo, mas o sentir o filho mexer... se não for uma das coisas positivas é porque algo mais está por trás! :)

Sexinho disse...

Não me leves a mal, mas o "há" do título não tem H...

Sofia Ferreira disse...

Não levo nada :) Obg!!