Os primeiros meses são maravilhosos de entrega e conhecimento, mas igualmente esgotantes, física e emocionalmente. Lembro-me que com o R. passei muitos dias sem saber que horas eram, dormia quando ele dormia, porque a noite em claro era certa. Havia dias em que eu chorava, já depois de o acalmar, porque estava muito cansada e não conseguia "desligar" dele. Desta vez tem sido um pouco diferente, as exigências são outras. O D. não chora tanto, mas requer igual atenção. As horas voam, entre dar de mamar, o banho, comer qualquer coisa, tomar eu banho, e já está ele a chamar por mim outra vez. Depois há o mano maior, que também precisa da mãe, e também precisa de cuidados que não podem esperar. Ontem foi um dia esgotante. Dei por mim a querer fazer tanta coisa e sem conseguir fazer nada, a pensar no tempo que queria tirar só para mim, a mulher não a mãe, e a perceber que o relógio a não estava a colaborar comigo. No meio do caos encontrei a solução: deitei-me com o meu filho pequeno, cheirei-lhe a nuca, abracei-o junto ao meu peito e, enquanto o embalava, deixei-me embalar. Acordei algumas horas depois, mais descansada, com as baterias carregadas para um fim de tarde a quatro, muito descontraído. (re)Aprendi que nos primeiros meses de um bebé, não vale a pena fazermos muitos planos, temos que nos deixar ir...
1 comentário:
Nem mais, é isso mesmo! Mas eu sempre disse que não gosto da fase de recém-nascido e não gosto mesmo. Depois passa, como qualquer fase...Beijinho e força!
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