julho 29, 2013

Animais.

Não gosto. Acho que nunca gostei. Nunca tive à vontade com os cães, faz-me confusão os pelos, a baba, os movimentos. Aos 10 anos, enquanto passava férias na aldeia com os meus avós, estava sossegada no quintal (e repito: sossegada) quando passou um rebanho guardado por um Serra da Estrela, que fez o obséquio de urinar ao meu lado e ir-se embora, não sem antes me pregar uma bela dentada na coxa esquerda. Digamos que não ajudou a mudar o meu gosto pelos quatro patas! Os meus pais sempre tiveram cães, dobermans, que apesar de nunca me terem feito mal e piarem fininho perto de mim, não têm propriamente aquele ar fofinho e queridinho de quem quer conquistar uma criança. Aliando isto ao facto de serem tratados quase como pessoas lá em casa, colocaram definitivamente em causa o meu amor por estes bichinhos.
Depois temos os gatos. Odeio. Digo-o aqui com a mesma frontalidade com que já tenho dito, pessoalmente a  conhecidos, que venho a descobrir, serem apaixonados por felinos. Obviamente, nunca sou convidada para ir a suas casas. Destes não gosto sobretudo da sua agilidade, os saltos que dão, e os seus movimentos dissimulados arrepiam-me. Tenho sonhos recorrentes em que estou a ser atacada por um gato, ou em que está um felino todo eriçado ao pé de mim, e eu estou a pedir ajuda, aflita, e ninguém me ouve! E não, nunca me fizeram mal nenhum.

Dito isto, afirmo que não suporto a ideia de maltratarem os animais, sejam eles cães, gatos ou hamsters! Não percebo o egoísmo de se enfiar um rottweiler num T2, ou a estupidez de trazer cães da sibéria para o nosso clima ameno e insuportável para eles. Não consigo entender o abandono de animais, durante a noite num ermo qualquer ou os maus tratos a bichinhos indefesos.
O meu filho mais velho gosta de cães, aproxima-se deles, e até já falou em termos um. Explico-lhe sempre que não temos condições, que um cão dá muito trabalho, que teria que se levantar muito cedo, fizesse chuva ou sol para o passear, e que teria uma responsabilidade com ele durante toda a sua vida. Isto traduzido em linguagem de 3 anos, claro, mas para que ele perceba que ter um animal não é como um brinquedo, que pode ficar na prateleira quando perder a piada. Um animal merece respeito, carinho e conforto, e nós por cá não lhe podemos dar. É melhor assumirmos isso!


PS: Entretanto, não sei se ele percebeu a essência da coisa, porque também já me pediu um cavalo!!!

1 comentário:

cv love disse...

=)
Realmente ter um animal de estimação é uma decisão de grande responsabilidade, implica tempo e custos, como tudo existe o lado bom são optimos companheiros e super leais. Sou suspeita porque adoro animais desde criança. =))