... o crescimento. Desde o momento em que sabemos que estamos grávidas que o nosso desejo é vê-los crescer. Primeiro na barriga, semana após semana, depois cá fora, mês após mês, ano após ano.
Crescer é uma coisa boa, é sinal de saúde, de desenvolvimento, de novas etapas, novas facetas, é sinal de independência e de maior interacção, que é tudo o que os pais querem ver e ter. Mas com o crescimento deles cresce também a nossa preocupação. Não querendo parecer uma mãe paranóica, porque não sou mesmo, apercebo-me dos perigos todos os dias, em todo o lado, porque o meu Baby Boy, que de baby já pouco tem, faz questão de mos descobrir.
O Mickey já passou à história! Estamos na era dos super heróis, do Super Homem e do Homem Aranha. Aqueles que saltam, voam, têm muita força e lutam contra os maus vencendo sempre. Assiste sempre a estes desenhos animados acompanhado, vamos explicando que todos aqueles poderes só existem na tv, que fora dela tudo aquilo é muito perigoso, impossível de fazer. Mas o que é impossível aos três anos?? Ele inventa teias que lhe saem das mãos, qualquer trapinho lhe serve de capa, e finge que voa e tenta escalar as paredes. Explicamos-lhe tudo como vem no livro, adaptamos ao filho que temos em casa, mas não sei se resulta. Aos três anos tudo é possível, e este meu filho não é menino para se ficar pelas palavras, ele tem que experimentar, tem que ver consequências, tem que ver resultados.
O crescimento tem destas coisas. Temos que arranjar mais olhos, mais braços, mais competências para os proteger. Eles vão cair, vão sangrar, vão chorar, e isso é crescer. Não os podemos colocar numa redoma, mas não queremos vê-los sofrer, não queremos nós sofrer uma dor sem fim. Nesta altura respiro fundo, tranco portas e janelas e peço que ele comece a gostar de algo mais terreno, algum super herói que seja muito bom, muito aventureiro, mas que essas aventuras se passem com os pés bem assentes na terra, e aí sim, ele já pode imitá-lo e eu relaxar um pouquinho!
Sem comentários:
Enviar um comentário