Ainda tenho um bebé...

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Ele está tão fofo! (e a baba cai-me!) Tem umas bochechas gordinhas que apetece apertar e mordiscar a toda a hora, uns olhos grandes e escuros que quando se espantam parecem faróis. Tem o cabelo escorrido, com uns caracolinhos atrás, que ando com pena de cortar porque lhe dão um ar mesmo bebezoca. De manhã quando acorda, o cabelo está todo alvoraçado, a cara de sono marcada pelos lençóis não engana, e tem pressa de sair para vaguear pela casa. A não ser, claro, que esteja com fome... aí é melhor fugir para a cozinha e aquecer-lhe o biberão, senão ninguém o cala!
Nesta fase, passados dezoito meses, é um macaquinho de imitação. Sobretudo do irmão. Faz tudo o que o outro faz, corre, grita, salta, atira, tudo na mesma medida do mano mais velho. E diverte-se com isso. As suas gargalhadas são deliciosas.
Este Verão "descobriu" os animais. Para além de andar na rua a apontar para tudo o que é cão e gato, não sai de casa sem um ou dois exemplares da imensa colecção que tem nos seus brinquedos. Nas viagens de carro, o passatempo é chamar-me para lhe dizer o nome do bicho que carrega e o som que faz. Adora! Ah, e os pupus = pipius, que descobri serem a palavra chave para o distrair de uma birra na rua ou para o distrair num momento mais monótono.

É um peixinho na água e não se cansa nem fica com frio. Atrapalha-se com as ondas, mas passa-lhe rapidamente, principalmente se estiver ao colo do pai. O "mê papá", afirma, derretendo o coração dele. Quando está farto de alguma actividade diz "Já tá", e se não lhe dermos ouvidos, fica tudo menos contente!

Babá = água/bolacha, Abô = avô/avó ou acabou (se acompanhar com o gesto das mãos), papa, xixi, aeia = areia, são algumas das suas palavras. Fala pouco, mas já percebe tudo. Mãiii serve para tudo, mas nos momentos certos, não há dúvidas que é a mim que chama!

Este meu filho doce, adora um aconchego, gosta de se enroscar no meu pescoço à noite e puxar a minha cara contra a dele, cantando a lengalenga, que já pertencia ao mano mas que pelos vistos ele também gosta: nananina nananã, nananina nananã... e ali ficamos, ele a adormecer e eu com vontade de congelar o tempo, para que não me fujam aqueles refegos de bebé e aquele cheirinho incomparável.
Ainda tenho um bebé e é tão bom!

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