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Eu prometo que não volto ao assunto mas é que hoje doeu.
Ao fim de quinze dias de regresso à escolinha de sempre, com os amigos de sempre, educadora e auxiliares (queridas) de sempre, o meu filho grande, aquele que é quescido e já se veste sozinho, já fecha a porta da casa de banho com pudor, e já passa do metro e dez, chorou que nem um bebé para ficar na escola... mais uma vez.
Dizem-me que é fita, que depois ele fica bem. Eu confirmo quando o vou buscar e ele anda a brincar e pede para ficar mais um pouco. Mas dói. Dói quando ele diz que vai ter saudades do pai, da mãe e do mano, que o fim de semana é tão bom mas muito pequeno, que não gosta da escola nem dos amigos nem de nada! Os comportamentos acabam por traí-lo e demonstram que ele gosta qualquer coisa. Mas dói. E custa ainda mais quando se ouvem os gritos (sim, gritos) na sala do fundo do menino que aos três anos está pela primeira vez na escola, o outro que se agarra ao pescoço da mãe, ou quando vejo os olhos de choro da menina que aos quatro não larga a auxiliar na sua primeira semana de infantário.
Tudo isto custa e voltam as dúvidas e interrogações. A escola é um lugar bom, sobretudo nestas idades, eles socializam, aprendem, jogam, brincam. Mas sofrem, porque por muita fita que façam, existe um sofrimento inerente, por estarem afastados dos pais. Mas crescem, não é? Passar por estas frustrações, estas separações fá-los crescer... certo? Mas, esta não será a altura de os ter connosco, e deixá-los crescer mais tarde?!
Enfim, um psicólogo que me explique... é que eu não conheço nenhum! (risos)
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4 comentários:
Partilho as mesmas dores... 99% dos dias ficam bem, dão beijinho e dizem adeus. Mas há sempre os outros em que dizem com olhar de suplica:
"mamã, não tabalhare..."
se agarram às minhas pernas, choramingam e ficam com um ar infeliz.
Parte o coração em pedacinhos, e faz questionar se é este ritmo de vida que queremos para nós e para os nossos filhos. Mas que alternativas temos?
Beijinho!
É, se por um lado nos parte o coração por outro percebemos que é bom para eles (se não tiverem que ficar de manhã à noite).
Pode ser que um destes governos se lembre de olhar para esta questão! bjs
Eu estou em casa com o meu filho (de quase 3 anos) ainda ele estava na barriga. 1º pela baixa de gravidez e depois porque ao nascer acabou-se o contrato de trabalho e estou grata por não ter vinculo nenhum a empresa nenhuma e de apenas com os rendimentos do meu marido consigamos viver bem, mas o dinheiro é quase sempre à conta todos os meses. Eu considero que é bom eles estarem com um dos pais, normalmente é com a mãe e como uma sinto que é comigo que ele está bem. estaria bem também numa escolinha mas não é por não ir para nenhuma que não é um menino alegre e sociável e que aprende menos que os outros. Mas para trabalhar teria que investir o dinheiro do trabalho na escolinha para ele poder ficar e 1º é preciso trabalho, não dá mesmo para colocar numa e depois andar a 'penar' com tantas despesas. Ainda pra mais que estou quase a dar à luz a outro filho. este ano conseguiamos colocá-lo na pré mas não seria bom para ninguém, era a chegada do irmão com a ida para a escola e perda da minha presença que para ele é quase tudo. depois as doenças e o mano pequeno... acho bom eles sentirem-se os manos mais velhos com tudo o que isso implica e crescem melhor assim. depois na pré eles ainda não estão preparados para aguentar sem sesta e as prés não aplicam isso e segundo o meu marido, que é psicólogo em escolas publicas são mais as desvantagens que as vantagens... mas para quem precisa não tem mesmo outra hipótese já que é socialmente imposto a separação dos pais e dos filhos em tenra idade em prol de terem que trabalhar para custear as despesas. A meu ver está-se a dar demasiado valor à educação que se dá nas creches como sendo melhor que a que se pode dar em casa.. Já ouvi da boca de uma mãe desempregada (amiga) que recebia uns 300 e tal euros de subsidio e que o entregava todo à creche para 'educarem' melhor o filho e ficava em casa a gerir a casa... para mim isto é triste... Mas é mesmo só a minha opinião.
Ainda não passei por isso, só para o próximo ano! Mas só de pensar fico com o coração apertadinho!...
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