janeiro 27, 2015

Ontem senti-me na pele de uma emigrante...

Quem nos segue já sabe que temos andado KO. O pequeno em casa há quase duas semanas, eu já medicada, e o mais velho anda ali na corda bamba. Também por isto desde o Natal que não vamos visitar a família, avós e tios, que já andam cheios de saudades e só ouvem as nossas vozes roucas pelo telefone/skype e histórias de médicos, aerossóis, antibióticos...
A minha mãe, que é pessoa informada na mesma medida que é mãe/avó preocupada, está farta de me perguntar se já comprei Cecrisina, se já tomei Cecrisina, e quando é que compro Vicks para pôr no menino, que me punha quando eu era pequena e era muito bom, e quando, quando, quando... 
Vai daí, e como percebeu que eu sou mais fã de comprar laranjas do que pastilhas efervescentes, eis que resolveu fazer as coisas à sua medida... Ontem tocaram à campainha, era o carteiro. Nas mãos uma caixa recheada: duas Cecrisinas, um Vicks, meia broa para o genro, e os cereais preferidos do neto mais velho. Vinha também um pacotinho de mini biscoitos que têm feito as minhas delícias quando os molho no café. (escondi-os de todos!) E senti-me como, provavelmente, se sentem aqueles que estão longe da família e que vão tendo os mimos dos seus (apenas) através das mãos do carteiro...




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