maio 06, 2016

escrever para não esquecer...






Rodrigo,

não sei se um dia te vais lembrar, um dia quando essa energia estiver mais domada e os teus caracóis mais seguros, mas no teu crescimento pautou (também) o medo, a insegurança, o receio de falhar.
Num certo dia, tiveste medo de subir para a tua bicicleta, meio de transporte que tratas por tu desdes os dois anos. Já tinhas os dedos de uma mão em idade, o mundo todo à tua frente, e um novo desafio: manter o equilíbrio, sem ajudas, sem apoios, sem rodinhas.
O medo condicionou-te, a insegurança disse-te que não, tu disseste que não. Nós compreendemos, a sério que sim. Já passamos pelo mesmo. (Para dizer a verdade, ainda hoje...) Mas não podíamos deixar que ficasses por ali, que desistisses. O pai tentou uma nova estratégia, tu colaboraste, acreditaste e encontraste o equilíbrio entre o medo e a coragem, a insegurança e a vontade de seguir em frente... e voaste, aos nossos olhos voaste, filho. Mais depressa do que imaginamos, confesso, mas conseguiste como sempre acreditamos que irias fazê-lo!

Isto para te dizer, que será assim pela vida fora. Vais ter medo, vais querer desistir, vais recear cair e vais dar alguns tombos, muitos talvez. Mas lembra-te sempre de que um dia, neste dia, encontraste a harmonia entre o que te prende ao chão e o que te deixa voar. Tu conseguiste! Nós estavamos lá, mas foste tu que acreditaste, tentaste e conseguiste. Mais ninguém! Um dia, outro dia, quando essa energia estiver mais domada e os teus caracóis mais seguros, mas o medo e a insegurança te soprarem ao ouvido, lembra-te: tu consegues, e nós, nós estaremos sempre por perto para o que precisares!





mãe







(neste dia, 13.03.2016)




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