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novembro 04, 2016

a escola... já pararam para pensar?! *

cada vez mais ouvimos falar sobre a escola. a carga horária absurda que têm as nossas crianças, a enorme quantidade de trabalhos que trazem para casa, a falta de tempo que têm para brincar, para estarem ao ar livre, em grupo, com os seus amigos. partilham-se textos de opinião, somam-se os livros dos especialistas, assistem-se a programas sobre o assunto... mas, e que efeito tem tudo isto? será que são só partilhas automáticas no intervalo do café, ou por trás de cada like existe efectivamente uma reflexão sobre este assunto?




eu tenho dois rapazes, e não sei se por defeito (ou feitio) de género, eles precisam de actividade física, correr, saltar, subir, escalar. já aqui disse uma vez que, o que o meu filho mais adora na sua nova escola é a fileira de árvores que se entretém a subir nos escassos 30 minutos que tem para brincar ao longo de sete horas de trabalho!? quando o vou buscar tento sempre arranjar um espaço no nosso tempo que dê para ele gastar a energia que traz acumulada. vamos ao parque,  deixamos o carro em casa antes de apanhar o mano, e duas vezes por semana tem os treinos de basquete que é do melhor que pode haver em diversos aspectos (noutro post falarei disso). 

sete horas de trabalho!! crianças com 6 anos!! já pararam para pensar?? quanto tempo estão vocês, sentados nos vossos empregos, realmente concentrados no que estão a fazer? quantas vezes param, ao longo do dia, para falar com a colega, ir tomar café ou espreitar o facebook?? e quantos anos têm? já pararam para pensar? 
e depois da escola? é que para além das sete horas, quase em exclusivo na sala de aula, a grande maioria das nossas crianças não tem outra hipótese senão ir para os OTL (ocupação de tempos livres), que é o mesmo que dizer que vão ser enfiados noutra sala (de estudo), fechados, sentados, muitas vezes a fazerem os intermináveis trabalhos de casa! ora, das 9h ás 19h... é fazer as contas! seis, sete, oito, nove anos...

já vamos em dois meses de aulas, o Rodrigo está no primeiro ano, e à semelhança do que já se passava na pré-escola (que agora é, infelizmente, um ensaio rigoroso do ensino básico) não está entusiasmado com a aprendizagem. ele vai e faz, mas o melhor que lhe podemos dizer é que amanhã é fim de semana, feriado, férias... os trabalhos de casa, que ainda não são muitos mas que lhe ocupam tempo precioso de brincadeira, são feitos a despachar porque o relógio corre "e eu quero ir brincar, mãe!!"

por aí não sei, mas este é um assunto na ordem do dia cá em casa, é algo que nos preocupa porque temos consciência que irá afectar os nossos filhos (sobrinhos, primos, filhos de amigos...) em grande escala nas mais diversas áreas da sua vida. as crianças aprendem as regras da sociedade nos recreios da escola, as crianças precisam de saltar e pular e de fazerem jogos para gastarem energia, saberem lidar uns com os outros, aprenderem a resolver conflitos. as nossas crianças precisam de um sistema de ensino apelativo, criativo, que lhes suscite a vontade de aprender mais e mais... 
mas enquanto nós PAIS, tios, primos, avós, PROFESSORES, partilharmos apenas nos chats ou nas conversas de café as nossas preocupações e ideias de mudança, e não fizermos nada que efectivamente possa MUDAR alguma coisa, só podemos contar com uma próxima geração acomodada, triste, e sem rumo... sem exagero.




Se vos interessar este tema, eis algumas leituras e programa interessantes:







* ah, e para quem possa ler isto e pensar "E no nosso tempo, também era assim!!", não era, pensem lá bem, não era!







Sofia**









outubro 28, 2016

#coisasboasacontecemapessoasboas*

temos que acreditar que se fazemos o bem, o universo de alguma forma nos vai retribuir. temos que acreditar em nós, nos outros, no que nos rodeia, porque só acreditando nos movemos e somos capazes de mover o mundo. 









estas fotografias foram tiradas na semana passada. descemos os quatro à Baixa da cidade, o pai tinha um compromisso e nós acompanhámos tentando aproveitar os poucos momentos de lazer que temos tido juntos nos últimos tempos. por instantes, saímos do sitio onde estávamos e reparámos no pôr do sol e corremos para a marina, eu e eles, a rir, como se nunca tivéssemos assistido a este momento. engraçado que o Rodrigo tinha levado a máquina dele e pegou nela quase com a mesma velocidade com que tirei o meu telemóvel. ali ficámos a contemplar, a brincar, a aproveitar aquele momento. estava um céu de cortar a respiração (sem qualquer filtro)... depois chegou o pai e trazia uma boa noticia. chamem-me louca mas eu achei que tinha tudo a ver!



por vezes, há períodos na vida muito desgastantes, alturas em que colocamos em causa as escolhas que fizemos, ponderamos mudar tudo, atirar tudo ao ar e saltar para outra dimensão. estamos cansados, fartos de tudo e todos, parece que o mundo conspira contra nós. vamos buscar forças, sem saber bem onde, respiramos fundo, uma e outra vez, e acreditamos, acreditamos que tem que dar certo, trabalhamos, no meio de tudo isto trabalhamos, mas sempre a acreditar.
e um dia, as nuvens desviam-se, o vento sopra a favor e as boas noticias chegam. e os elogios, o reconhecimento, as palavras felizes fazem-se ouvir. o peso vai embora, endireitamos as costas, suspiramos e dizemos para dentro: valeu a pena!






* e um dia, eles vão saber, que vale a pena acreditar! eu acreditei sempre... lov-u!

















outubro 07, 2016

dia do sorriso...

vais buscar o mais velho à escola e numa de momento-filho-único, convidas o miúdo para lanchar na baixa. conversam sobre o dia, enquanto comem com gula os croissants deliciosos e fazem planos para o resto da tarde. tarde boa esta de outono.
apanham o mais novo em modo passeio e caminham até ao parque. eles brincam, tu tiras fotografias. o fim de tarde perfeito!
ele liga, diz que vai chegar tarde para jantar e sugere piza! olha que bom, pensas, podíamos fazer a piza juntos! combinas com os pequenos e lá vão ao super mais próximo fazer as compras do que falta. um quer flores para enfeitar a casa, outro uma abóbora para o Halloweeen. acenas que pode ser, afinal, não são uns anjos?!
de seguida, devem ter sido picados por algum bicho que eu não vi... desatam a correr pelos corredores, passam entre um suporte publicitário e quase o deixam cair. chamo a atenção, uma, duas, três vezes... estão surdos?? o mais velho quer pegar na abóbora, e tem a brilhante ideia de carregar com ela na cabeça... desequilibra-se e cai sobre a estante dos bolos secos, abrem-se caixas... o pequeno come do chão! a sério??
acabou-se a abóbora! e lá vai ele colocá-la no sítio. chegamos á caixa, não sem outras peripécias pelo meio, e eis que o filho crescido (!) derrama a caixa dos oregãos, há folhas secas a aromatizar todo o tapete rolante... e todo um mundo a olhar para esta mãe que não dá conta deles... ou não!?

mas, pensa positivo, há motivos para sorrir... eles são crianças saudáveis!...

estes dias...

Outubro chegou de mansinho sem deixar ir embora o verão. e é tão bom ainda sentir calor, poder aproveitar os passeios na rua, as idas ao parque ou até à praia. neste feriado (bem vindo de volta!) não chegámos a molhar os pés no mar, mas soube-nos a verão o passeio que demos junto à ria. os miúdos de bicicleta, calções e t-shirt, e gelados para o lanche.
algumas contas que sigo no instagram, já mostram casacos e gorros, devido ao frio que se faz sentir no norte da Europa. tenho uma amiga que vive no Luxemburgo e que diz que por lá o tempo está ameno... 8ºC!! 
e é nestas alturas que tomamos consciência do bom que é viver em Portugal!...




o mote deste fim de semana: aproveitar o bom tempo enquanto dura!!


Sofia**









setembro 26, 2016

Rodrigo vai à escola!





primeira semana no primeiro ano.... o que dizer?

nunca foste miúdo de gostar de escola. mesmo para o infantário ias sempre meio contrariado apesar de gostares de lá estar, brincares com os teus amigos e seres acarinhado por todos. no último dia no jardim de infância, nas lágrimas que te lavaram a cara, percebi como afinal foste feliz ali.
agora estamos no mesmo registo, acordas de manhã cheio de dores de barriga, pedes colo e mimo como se tivesses metade da idade que tens. respondo a todos os teus pedidos, salientando sempre com firmeza de que nenhuma dor de barriga te salvará de ires para onde estão todas as crianças de seis anos que têm a oportunidade de poder aprender. um dia, vais ler livros incríveis, vais ter o gostinho de somar o teu próprio dinheiro e o que ainda te é desconhecido passará a ser familiar. vais jogar, conhecer novos amigos, vais brincar e subir todas as árvores que conseguires. aliás, sossega-me esse teu sorriso na hora da saída e o ar maroto com que contabilizas as árvores conquistadas e me contas tudo em tom de confidência!
aqui entre nós, acho que vais ser um miúdo aplicadinho, só para não teres uma nódoa diante da professora, mas sempre ansioso que te libertem da sala para poderes explorar o mundo à tua vontade.

é como te digo, só desejo que todos os teus dias sejam felizes e que todas as experiências te ajudem a a traçar objectivos para que um dia mais tarde, quando as contas já forem tuas, encontres o teu caminho... feliz!





com amor,

mãe



















setembro 21, 2016

sobre este verão, quero guardar....








. a possibilidade de poder estar com vocês;
. a facilidade com que interagem e brincam com miúdos e graúdos.

Duarte:
. os teus abraços apertados;
. a tua convicção ao deitar a chucha fora (para sempre);
. o vigoroso hino nacional cantado por ti ("ás águias, ás águias....)
 a tua decisão (surpreendente) em deixar a fralda da noite;
. a tua alegria ao saltar sem medos para a água;


Rodrigo:
. as tuas declarações (fugidias) de amor;
. a tua emotiva despedida da tua escola de sempre;
. nós a dançarmos o "tá tranquilo, tá favorável" enquanto celebrávamos a vitória no campeonato europeu de futebol!
. o orgulho ao aprenderes dar as primeiras braçadas fora de pé e a mergulhar até ao fundo da piscina.




. a vossa felicidade (e nossa) nas nossas primeiras férias em campismo,
. o nosso jantar a dois, brindado com um por do sol magnifico.


















setembro 19, 2016

o primeiro dia do resto da tua vida....





meu amor, que o voo que inicias hoje seja muito feliz e te leve sempre ao encontro dos teus sonhos!

(15.09.2016)




foi isto que te escrevi aqui, no teu primeiro dia do primeiro ano do ensino básico (aka escola primária). o turbilhão de emoções era demasiado para conseguir escrever mais. não que ache que te tenha dito pouco, nesta frase e em cada sussurro ao ouvido para te mover em confiança. tenho esperado que a poeira acalme nestes dias tão intensos. mas no fundo acho que te disse tudo: tu és capaz. aprender é muito bom. só quero que sejas feliz e que os teus voos sejam sempre tão altos quanto os teus sonhos, para que consigas alcançar todos!





Amo-te,

mãe










setembro 04, 2016

Ainda é possível ser feliz?

Sempre gostei de temas relacionados com a família e parentalidade e comecei a ler o Dr. Daniel Sampaio desde que o "descobri" no programa Verdes Anos, com Laurinda Alves, na SIC. (alguém se lembra? em 1993...?!) Gravei-os todos, em VHS's que ainda devem estar por casa dos meus pais! Não sei qual era a minha ideia, talvez revê-los um dia, acho que o fiz com um ou outro programa, mas certamente, apenas isso. Tenho alguns livros do conceituado psiquiatra e adorei todos, e talvez por isso, quando soube da sua entrevista na Activa deste mês, não resisti a comprar.



Não me enganei. A entrevista é muito interessante e aborda a adolescência e o papel dos pais nesta fase difícil. Também fala sobre as expectativas dos jovens no futuro e no peso que a actualidade, muitas vezes desanimadora, pode ter nos projectos das gerações futuras. 
Termina com uma pergunta pertinente sobre a felicidade, cuja resposta vai ao encontro do meu conceito:


"É possível ser feliz desde que se consiga construir a nossa história, o nosso projecto. E depois, pensarmos que a felicidade se conquista no dia a dia. Ninguém é permanentemente feliz. Mas podemos ter muitos momentos de felicidade. Temos é de lutar por ela."


Dr. Daniel Sampaio, in revista Activa*




E para vocês, qual o vosso conceito de felicidade? Confere com o descrito?



Sofia**














* (também vale a pena ler Ana Guiomar, actriz, gira que se farta e com uma genuinidade que a vai levar ainda mais longe no mundo das artes!)

agosto 25, 2016

# nós por cá...

There's no place like home...









...dizem que não há lugar como o nosso ninho e eu concordo. correr o país e o mundo para conhecer lugares novos é maravilhoso, mas a sensação de chegar a casa e podermos andar de olhos fechados porque conhecemos cada canto, reconhecemos os cheiros, nos sentamos no sofá que se encaixa no nosso corpo e descansamos na almofada que já tem a nossa forma... é regenerador! 
mas, e o nosso ninho, onde fica mesmo? 

será aquele onde um dia fomos tão pequenos que não chegávamos à mesa de jantar, onde dissemos as primeiras palavras, ouvimos os primeiros raspanetes e entrámos à socapa numa noite de verão, onde a comida é a melhor do mundo, mesmo que tenhamos passado meia vida a reclamar dela, onde as sestas são as melhores e o pequeno almoço divinal, e nada está ao nosso gosto, mas onde nos sentimos sempre, sempre tão bem.

ou será a casa que escolhemos, para a qual pensámos cada detalhe, onde construímos a nossa família e criamos os nossos filhos, em que as paredes estão longe de estarem imaculadas, os bonecos estão em todo o lado, e as memórias ainda são tão frescas que se sentem. a nossa comida é agora a melhor ou a pior, consoante a hora da birra ou não, mas os mimos que lhes damos constroem as manhãs de panquecas e batidos feitos a pedido.


there's no place like home... casa, lar, ninho, é onde nos sentimos bem, onde há amor, afecto, onde tudo nos é familiar, ou se torna, conforme nos permitimos essa intimidade. casa é cheiro, é abraço, sorrisos e conversas desgarradas. tenho a sorte de ter dois lugares assim. 


nós por cá já fomos até casa, ao encontro dos abraços que aconchegam e da melhor comida conforto do mundo. já rimos muito, criámos momentos e vivemos outros que aconteceram por si só. voltamos agora para o nosso lugar, o cantinho onde construímos dia após dia a nossa família e onde queremos que mais tarde, os nossos filhos possam voltar também.... ao ninho!









Sofia**




































agosto 15, 2016

férias, uma confusão!?





os dias de férias com eles não são sempre fáceis. Há birras para gerir, disputas para acalmar, limites que eles querem ultrapassar e que nós temos que saber ter mão (e cabeça) para equilibrar, entre a educação e a descontracção que se quer em tempo de lazer. Ter férias com eles implica ter um plano alimentar elaborado para que se alimentem de manhã, não falte comida na praia (a fome é sempre voraz), nem jantar ao fim do dia. Por norma, saltamos a sopa, que com este calor ninguém aguenta, mas a alimentação tem que ter muita fruta, iogurtes, proteína, coisas minimamente saudáveis a contrastar com a junk food que nesta alturas facilitam e acabam por estar mais presentes. 
Vou com eles para todo o lado, para espanto de alguns. Vou de barco, de carro, a pé se for preciso. Levamos o essencial e quem tem filhos sabe que o essencial pesa! Mas eles já vão ajudando alguma coisa, o que facilita. Na praia há que ter mil olhos em cima deles, porque à mínima distracção e já estão dentro de água, a passear longe de nós (sobretudo o mais pequeno), ou a incomodar alguém. Mal escolhemos o nosso lugar na areia, é tratar de espalhar o protector solar (várias vezes), colocar as braçadeiras e desbobinar as 1001 recomendações, que nunca são demais.
O mar é sempre uma maravilha, mas uma preocupação também! A temperatura da água tem estado óptima, mas a bandeira amarela avisa das fortes correntes, o que não nos permite estar 100% à vontade. Estou sempre por perto, sempre a segurar num e de olho no outro. (Ainda bem que tem estado um caldinho, senão não sei como seria!)


todas estas coisas levantam pequenas tensões. eles não gostam de estar sempre a ser avisados, sobretudo o mais velho. não querem por protector, não querem usar braçadeiras, não querem esperar entre comer e os mergulhos no mar... só querem aproveitar. às vezes chamam-me chata, e por vezes tenho que levantar o tom de voz. acontece. mas estar de férias com eles também é isto. é saber gerir a dinâmica das relações, mãe e filhos, pai e filhos, irmão e irmão. férias é isto mesmo. uma confusão. não é?



depois, no fim de cada dia, assim como a natureza se alinha para nos brindar com o seu mais belo espectáculo, também naturalmente, nós nos alinhamos, e de repente tudo flui. eles ouvem-nos, nós não gritamos, os mergulhos fazem parte da brincadeira, a areia já não incomoda, nós não temos que dar ordens e eles naturalmente fazem o que nós precisamos. quero acreditar, que são eles a a retribuir aquilo que lhes damos ao longo do dia. eles sabem, eles percebem. 





Sofia**













agosto 07, 2016

# nós por cá...






Os dias vão passando e o cansaço e a rotina vai-se sobrepondo ao que mais queremos fazer.
Passou-se muita coisa por aqui que é digna de constar neste diário/blogue/caderno digital que se tornou um vicio.

O Rodrigo teve o seu último dia de infantário no dia 22 e quis celebrar com um bolo feito na véspera, junto comigo. (Foi iniciativa dele e fiquei muito contente com a atitude, porque em datas importantes esta já uma tradição mãe-filho que eu gostava de manter.) Ele ainda não tinha bem consciência do que significava aquele dia, apesar de já o termos preparado, e foi no último minuto que caiu em si. despediu-se dos amigos (quase todos vão para outra escola) e do colo que o acolheu nos últimos seis anos. Chorou muito, afinal, seis anos são uma vida. a dele.

Limpas as lágrimas e cortados os caracóis que fazem muito calor, fizeram-se as malas dos pequenos que foram passar uma semana aos avós. Entre praia e piscina, gelados e passeios, mimos e primas pequenas, as saudades apertaram e ansiedade fez com que uma semana lhes parecesse um ano (no exagero das palavras do mais velho). O abraço com que me receberam quando os fui buscar, ainda hoje me aperta o pescoço! (risos)

Esta noite deu-se um importante passo para o Duarte que finalmente dormiu sem chucha. Estava mesmo muito agarrado a ela, depois da semana de férias então, andava quase todo o dia de chucha. Até já cheirava mal. mesmo. Começámos a dizer-lhe que estava estragada e às escondidas fiz-lhe um buraco. Ontem foi todo decidido deitá-la no lixo. (tirá-mo-la, nas costas dele, não fosse a noite correr mal) Dormiu a noite toda e só hoje de manhã voltou a falar na amiga. Mas sem dramas, nem voltou ao balde do lixo. Acho que foi o fim desta relação de três anos e meio!!


Agora cá estamos, a aproveitar estes dias quentes e à espera que o pai largue o trabalho, para podermos finalmente descontrair os quatro e tornarmos memoráveis os momentos em que vivemos o melhor que a vida tem. 






E vocês, já de férias?
Boas férias para quem pode, e quem não puder, que saiba aproveitar em cada folga os mergulhos no mar, a brisa dos fins de tarde e as cores que alegram cada Verão!





Sofia**







julho 19, 2016

aquele choro que deixa saudade... *

Tenho uma vizinha nova. e quando digo nova, quero dizer recém nascida. Oiço-a todas as noites, mais ou menos à mesma hora, naquele choro inconsolável e estridente que só os recém-nascidos sabem ter. Aquele som capaz de fazer enlouquecer os pais inexperientes, que não sabem se serão cólicas, se será fome, se é melhor embalar nos braços ou deitar no berço. E mesmo para aqueles que já passaram do primeiro filho, estes choros às vezes não são fáceis.
Invariavelmente, oiço a porta a abrir e o choro a tornar-se mais audível, até se desvanecer no elevador. A nova vizinha vai embalada nos passos da mãe, de passeio no sling, para ver se todos os males lhe passam.




Impossível não recuar seis anos e reviver este choro, estes primeiros meses de tentativa e erro e de descobertas com um primeiro filho. O Rodrigo era assim. Chorou durante três meses, todos os dias, mais ou menos á mesma hora. Este choro que nos perfura o tímpano e nos baralha a razão. Exactamente há seis anos (tenho as fotos por dias!) ele era este pequeno ser a querer descobrir o mundo, certinho na hora de comer e chorar, que adorava mama e dormir de barriga para baixo - só no sofá e comigo ao lado. Há seis anos estava este calor que só acalma à noite, na rua, com grandes passeios embalados pelos nossos passos e ao som do bater do coração. 
Impossível não reviver a experiência do nosso primeiro filho e, acreditem ou não, com saudades.







Sofia**








* para as mães de recém nascidos que me estejam a ler: não se preocupem, isso passa! O Rodrigo, depois dos 3 meses, dormia noites seguidas e adormecia sozinho. Até hoje!












julho 03, 2016

ai os filhos...

Quem tem filhos sabe que pode estar metido em sarilhos!
Eles são do mais engraçado que há, quando começam a falar então, com aquelas palavras que ninguém entende, e que à medida que o tempo vai passando se vão descodificando, não deixando de ser engraçadas. Depois fazem observações, são autênticos, espontâneos, não têm aquele filtro que nós adultos adquirimos e que, com o tempo vamos tirando a graça a tudo... certo? Mas quem tem filhos também sabe que está sujeito a grandes vergonhas... 



O Duarte, adora ir ao Pingo Goce, e no outro dia foi com o pai. Andava lá todo contente nos corredores (por norma até se porta bem), quando de repente pára, estica aquele dedo indicador gorduchinho, e diz:


Ó Sinhor! Sinhor!! Poquê tu és de chocolate??

...


(pois, acho que não preciso dizer mais nada...)




Agora tem graça, mas frente a frente com o sinhor não sei o que lhe teria dito!
E vocês, passam muitas vergonhas com os vossos miúdos? Como as resolvem?




Boa semana!
Sofia**












Rodrigo,




desde que fizeste seis anos que estou para te escrever. Não é que me faltem as palavras, os sentimentos, ou a emoção, mas acho que tenho estado absorvida nas imensas mudanças que te noto e nas que se avizinham. Não é só na roupa ou no tamanho dos teus sapatos que te meço o crescimento. É sobretudo nas conversas, no jeito esclarecedor com que dizes o que sentes, como te mostras desagradado, nas palavras estranhas que tentas enfiar, naturalmente, no teu discurso seguidas da inevitável pergunta "o que é que isso quer dizer, mãe?".
Estou em constante flasback entre o bebé minúsculo, frágil e tão querido que ainda ontem amparava nos meus braços, e o rapazola reguila e enérgico que hoje corre em frente aos meus olhos. As inseguranças que me envolviam há seis anos são, na sua essência, as mesmas que me assolam agora: como te dar o melhor de mim? como te proteger sem te enfiar numa redoma? como te passar os melhores valores para que sejas um adulto integro e feliz? como te educar dentro do equilíbrio da brincadeira e do respeito, do prazer da conquista e a angústia da perda, da liberdade e da diferença... a tua e a dos outros?
São tantas as dúvidas que aos meus olhos voltas a caber na palma das minhas mãos, não pesas nada, não dizes uma palavra, e ainda assim, (já) és o mundo para mim.



amo-te,

mãe











instagram @sofia_ferr










junho 08, 2016

(uma pausa nos sonhos)

tenho os dois filhos doentes em casa. na segunda chamaram-me porque o mais novo tinha febre, mas é o mais velho que está pior. os últimos dias, apesar de mal dormidos, apesar de os ter mais caiditos, têm sido cheios de mimos, ausentes de horários e pressas, tal como eles gostam. Ah, e muita escrita... nota-se muito? Já escrevi mais em dois dias do que nos últimos dois meses, arrisco-me a dizer. 
Gosto tanto de ter este tempo para eles, só não gosto que estejam doentes!






Sofia**








SONHAR (#2)

E então se é para sonhar que seja em grande! Esta casa linda, cheia de luz e paz, teria estacionada à porta uma maravilhosa bicicleta bordeaux, de rodas grandes e com um cesto de verga à frente, onde eu traria de manhã as flores que colhia no campo, ou que trazia do mercado juntamente com a fruta fresca da época. Atrás, sentado na cadeirinha, o meu filho pequeno, e sempre debaixo de olho, o meu filho mais velho (ou filhos!), guiava-me na sua bicicleta. 



Começavam sempre assim os nossos dias, com risos e gargalhadas, vento a bater na cara, os primeiros raios de sol. Deixava-os na escola, seguia para o trabalho, e ainda cedo o suficiente para aproveitarmos o que de melhor a vida tem, regressávamos ao mesmo ritmo, no mesmo tom, tão ou mais felizes que o beijo de demos de manhã!




Já pararam para sonhar hoje? Gosto tanto!


Sofia**





instagram @sofia_ferr








junho 07, 2016

Velha infância!

Como já vos tinha dito aqui, este ano, a segunda grande festa de aniversário do Rodrigo, o sexto (!) iria ser old fashion, sem recorrer a aluguer de espaços cheios de insufláveis, nem cupcakes ou bolos de pasta de açúcar. Arriscámos - e digo isto porque ainda não fui a nenhuma festa para crianças ao ar livre (!) - e enviámos os convites com a indicação do parque público onde iria decorrer o evento. E aos poucos começaram a chegar as confirmações. (confesso, estava com receio de que sem o apelativo de ter os miúdos "presos" nos insuportáveis, houvesse quem escondesse o convite aos filhos!).
Esquecendo que chegámos ao parque uma hora antes e já não havia mesas disponíveis (as poucas que existem), que tivemos que ir comprar gelo à última da hora e buscar uma mesa a casa, correu tudo super bem. Os miúdos divertiram-se, andaram de baloiço, correram, molharam-se, jogaram à bola e à apanhada, e os pais conviveram e lancharam a por a conversa em dia.
Foi muito bom! Nós gostámos, os convidados também, e acima de tudo, o Rodrigo adorou e diz que se divertiu muito!

 




Deixo-vos algumas dicas que utilizei para o lanchinho e que fui vendo e guardando no meu Pinterest:

- O tema era os Vingadores, por isso as cores azul, branco e vermelho foram predominantes;

- Pedi a uma amiga com jeito para as letras que fizesse os balões de Parabéns e a dizer Obrigado! (que coloquei na caixinha com as ofertas para os convidados)

- As ofertas, tão simples quanto bolinhas de sabão! Vi no Jumbo os tubinhos com os Vingadores e, nem de propósito, tratei logo de as trazer comigo! - foi outra parte divertida da festa, os miúdos adoraram, mas só dei depois dos parabéns.

- O bolo: de laranja coberto com chocolate, mini-oreos e pintarolas. Não sobrou fatia!!

- Lanche: mini cachorros (embrulhados em celofane e guardanapos azuis e vermelhos), salame de chocolate, brownie de chocolate e framboesas, bôla de carne (ficou tão boa!!), pipocas e salgadinhos. Alguma fruta, água, ice-tea e umas minis (para os adultos, claro)

Tinha guardado umas caixinhas de morangos, que pintei de vermelho e utilizei-as para servir o lanche. Deram graça à mesa e a ideia foi um sucesso!

Correu bem e só tenho pena que o Du faça anos no inverno, senão marcava já a mesa para o 4º aniversário!! ;)

E por aí, mas alguém a apostar nas festas do nosso tempo? Todas as ideias são bem vindas, se quiserem partilhar!




Sofia**




instagram @sofia_ferr


















junho 03, 2016

Duarte, aos 3 anos, para não me esquecer...



Aos 3 anos já se expressa lindamente, com aquele sotaque de bebé, doce doce, que nos derrete por dentro. Às vezes tem pressa em falar, gagueja um pouco, digo-lhe que pare e respire, e ele assim faz. E sorri. Tem um sorriso lindo, com duas favinhas que saltam cá para fora e lhe dão um ar encantador. Diz muitas palavras à sua maneira que nos fazem rir. Diz algumas asneiras também, empregues no tempo certo, que nos fazem rir (às escondidas). No outro dia chamou cara de c* à educadora, que muito triste me fez queixas. Tivesse eu um buraco para me enfiar...

Aqui ficam algumas das melhores, para não me esquecer:

piCocas = pipocas
Tucudilo = crocodilo
barrACas = barritas
gomBas = gomas
boNHecos = boNecos
OBute = iogurte
loVo mau = loBo mau
mamofada = almofada
Coma mano! = toma mano!
Conde estás? = Onde estás?



Quando vamos na rua é ouvi-lo gritar: Esperem por àmim! Mas já pergunta se o mano também vem coNNosco! Faz umas caras mesmo engraçadas e tem expressões que já são suas, inconfundíveis e que nos desmancham a rir.

É um fofo este meu filho doce. Agarra-se e dá beijinhos à família toda, assim, do nada. Mas tem uma queda para as birras que nem vos conto. É respirar fundo muitas vezes porque ele é dose e sabe o que quer!



Três anos, meu amor. Das idades mais bonitas da infância, e que eu não quero esquecer.


mãe







instagram @sofia_ferr







maio 27, 2016

o separador central!



Comecei este blogue já depois de ter sido mãe mas sem o objectivo claro de escrever sobre a maternidade. Aliás, o primeiro post fala sobre o clima que se fazia sentir a 12 de Janeiro de 2012, como se estivesse a falar com um estranho no elevador e a conversa da treta viesse à baila. Se me perguntarem, não sei se diga que este é um blogue de mãe, porque falo sobre viagens, gostos, paixões, ideias, modo de vida... 
Há alguns dias que não venho aqui, não tenho tempo mesmo. Escrevo imensos posts na cabeça, aponto tópicos, quero colocar fotografias minhas para ilustrar, mas falta-me tempo. Tenho optado por me levantar mais cedo para fazer exercício e ao fim do dia custa-me vir para o computador. Sorry! Mas é nestas alturas, mais distantes, que reconheço que a maternidade é um separador central neste espaço só meu. Porque no pouco tempo que tenho, o que quero deixar escrito, o que não me quero esquecer, tem tudo a ver com eles. Cada um deles tem um separador só seu e imagino sempre o dia, (muito longínquo) em que eles irão ler (e rir) o meu testemunho sobre o seu crescimento. 
Espero sinceramente que gostem. Eles e vocês que se mantêm por aí! Prometo diversificar, prometo ir mais além, mas acima de tudo, manter-me fiel a mim mesma, e ao que de mais importante tenho na vida. 





Bom fim de semana!!

Sofia**









instagram @sofia_ferr