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junho 25, 2013

Janelas.


Gosto de janelas. Janelas grandes, que deixam entrar os raios de sol logo pela manhã, que deixam ver a chuva cair e as árvores mudarem as suas cores quando se altera a estação. Gosto de casas que respirem, que tenham estes olhos para a rua, para a vida lá fora. Gosto das janelas que se abrem para o mundo, aquelas que não se encontram na arquitectura, as que nós procuramos e abrimos com o nosso trabalho. E quando elas se fecham, não nos esqueçamos que pode estar sempre uma porta prestes a abrir!


(Esta é uma janela inglesa. Num país onde o sol é tão tímido, as casas brindam-nos com janelas magnificas... Questionei-me tanto, durante a nossa estadia, porque raio em Portugal são tão poupadinhos com o tamanho das janelas...!?)

junho 12, 2013

Santos.

Fazem-me lembrar Lisboa, tempos da faculdade, noites quentes, cantigas bairristas e cheiro a manjerico. Fazem-me lembrar a noite em que saímos de minha casa, na bela Av. de Roma, em direcção a Alfama, a pé, com roupas leves e calçado confortável. Soltos e de mãos dadas, lá fomos ter com amigos. As horas passaram a correr no meio da multidão, do convívio, da cerveja fresquinha e das sardinhas (carapaus, no meu caso!). Depois de muito palmilhar e de muito nos divertimos, lá voltámos, a pé novamente, a apreciar a calma de uma cidade a ressacar da folia e a ver o nascer do sol. Lindo. 
Santos, fazem-me lembrar os tempos de estudo, de olhos postos no futuro, de planos feitos em cadernos da faculdade, os tempos em que os vintes eram tudo, e em que ouvia Adriana Calcanhoto de manhã à noite. Lembram-me bons tempos, aqueles que me trouxeram até aos dias de hoje! ;)

maio 02, 2013

Escrever.


Sempre gostei de escrever. Diários, agendas, ditados (os meus preferidos na escola), folhas soltas. Em miúda lembro-me de receber "A minha agenda" com o mesmo entusiasmo com que um adulto recebe o seu primeiro ordenado, ou compra o seu primeiro carro. Anotava os meus dias, o tanto que tinha para fazer (risos), que acontecia na escola, no recreio, assim como no meu diário, aquele com cadeado dourado e uma chave minúscula, escondida onde só eu sabia, onde escrevia os dramas da minha vida aos dez anos que, sei agora, não eram nenhuns! Fazia colecção de folhas de carta, com cheiro, sem cheiro, com os bonecos da época, e guardava-as para escrever em ocasiões mais especiais.
Em adulta, há coisas que não se perdem, e a mania de escrever é uma das que ainda hoje me acompanha. Tenho agenda, sempre, é daquelas compras obrigatórias no fim de cada ano, e onde aponto o mais importante do meu dia a dia, a minha organização, os apontamentos, os aniversários. Tenho também um caderno, personalizado por mim, onde escrevo ideias luminosas que vou tendo, planos que  faço, projectos que imagino. 
Quando engravidei do R. procurei logo um diário, onde pudesse descrever essa fase tão importante da minha vida, para que mais tarde, quem sabe, lhe pudesse contar como se fosse uma história. Comprei um da colecção Anne Geddes, com fotografias daqueles bebés amorosos, que dá vontade de apertar de tão fofos. Mas senti-me um pouco limitada, porque tinha capítulos e tópicos que nem sempre correspondiam ao que queria escrever. Desta vez foi diferente, comprei um caderno em branco, que pretendo personalizar um dia mais tarde. Para já conta a gravidez do D., todinha, ilustrada com fotografias minhas, onde lhe escrevo e descrevo esta viagem, e onde vou fazendo apontamentos dos primeiros meses da sua (ainda) curta existência. Para os dois, escrevo cartas, que espero um dia ler-lhes, ou que sejam eles a lê-las, talvez seja melhor.
Escrever. É bom, é reconfortante, é estruturante, e por isso também escrevo aqui! :)

abril 23, 2013

Silêncio.

Gosto do silêncio. De estar sozinha comigo, com os meus pensamentos, com os meus botões. Ouvir apenas os sons naturais da casa, da rua, da natureza. Nada de música, de tv, de pessoas a falar, crianças a chorar. Gosto de ouvir a minha voz, apenas, em silêncio na minha cabeça. Chamam-lhe pensamento. Posso dizer que gosto de pensar, de fazer planos, de tentar imaginar como vai ser, de me lembrar como foi. Silêncio. Ouvem?