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janeiro 12, 2017

Serra da Estrela (#3) - Manteigas

Manteigas é, como já disse aqui, uma aldeia muito acolhedora. pequenina, mas rodeada de uma beleza natural de nos fazer ficar de boca aberta. a sério! talvez por viver no sul e dar de caras constantemente com o mar, ou por me lembrar dos natais e férias passadas ali bem perto, o facto de estar rodeada de montanhas deixou-me maravilhada.
Os dias estiveram lindos, um frio suportável e um sol magnifico, os meus preferidos no inverno e o ideal para passear e conhecer o que estava à nossa volta. depois de um pequeno almoço reforçado e das despedidas da "nossa" Casa, lá fomos. o nosso objectivo era ir ao Poço do Inferno mas pelo caminho fomos parando nas paisagens mais bonitas.










Viveiro da Trutas. a truta é um peixe que se vê em qualquer ementa nesta zona, e não podíamos escapar à visita ao viveiro. o que vos posso dizer? é grátis, os peixinhos andam por lá na sua vidinha e nós podemos desfrutar da vista! ;) 


Manteigas vista dos viveiros.



Poço do Inferno. a estrada para o Poço do Inferno é estreita e para ser feita com cuidado. tem uma beleza natural linda, rodeada de árvores que nesta altura ainda tinham aquele tom dourado do outono. olhar para baixo pode ser assustador e impressionante!
o famoso Poço vale a visita. é um pequeno espaço, com umas escadinhas de pedra não muito fáceis de subir, e é preciso ter cuidado! Uma vez lá, sente-se um microclima, está consideravelmente mais frio, mas respira-se o ar mais puro que se possa imaginar!
nós não hesitámos e fomos mesmo lá abaixo!! (o Duarte não achou muita piada!)



Manteigas vista da estrada do Poço do Inferno. Não é lindo?


Depois desta aventura a fome era mais do que muita e resolvemos consultar o nosso melhor amigo de viagem (Tripadvisor) para ver onde podíamos comer. Parece que a 200m estava uma Taberna bem recomendada e lá fomos. uns petiscos da região e um queijinho depois e voltámos à estrada, desta vez em direcção a Lisboa onde passámos o fim do ano.




Ora então onde se comeu bem em Manteigas, perguntam vocês?


 Manteigas é um meio pequeno, por isso descemos facilmente da Casa das Obras, a pé, até à zona  onde se situam os restaurantes.
O Restaurante Serra d'Alto e o Restaurante Santa Luzia foram os eleitos, comemos muito bem (chanfana, feijoca, bife com queijo da serra....) e fomos atendidos de forma muito simpática. o valor médio que pagámos pelos quatro foi de €35,00.




Espero que tenham gostado muito desta nossa viagem, eu gostei de a partilhar convosco!




Boa 5ª feira!!!


Sofia**


janeiro 11, 2017

Serra da Estrela (#2) - Casa das Obras

saímos em direcção a Manteigas, aldeia que fica bem perto da Serra da Estrela. depois de 4h30m de viagem, chegámos ao destino já ao final do dia. queríamos ter saído mais cedo mas isto com crianças já se sabe, e ainda por cima estavam com o ritmo de férias, deitar tarde e acordar tarde, logo só nos fizemos à estrada depois do almoço. além disso parámos pelo caminho, para comer e esticar as pernas, fomos sem pressas e a aproveitar a viagem, enquanto eles tentavam a todo o custo desvendar para onde íamos. o ideal teria sido chegar mais cedo para podermos explorar melhor aquela zona, uma vez que íamos só por duas noites! mas fica para uma próxima visita.
então, chegámos a Manteigas já com o sol posto, mas ainda com aquela luz alaranjada no céu. pela estrada começou a sentir-se o cheiro a queimado, dos madeiros que ardem nas ruas, típico no norte do nosso lindo País. o Rodrigo não parava de perguntar onde estávamos, que montanhas eram aquelas, mas sem ter noção realmente de onde estava. por momentos até perguntou se também era de noite na nossa casa, lá no nosso País. (quatro horas e meia de viagem para uma criança pode dar para atravessar o Mundo!).
com a ajuda da "senhora que não se cala" (GPS) lá fomos ao encontro da nossa Casa, pelo meio de todas as outras casinhas de pedra, dos enfeites de Natal e das poucas pessoas que se viam na rua.








e eis que encontrámos a Casa das Obras. é uma casa centenária, da família da simpática proprietária, que abriu portas há 12 anos, depois de ter sido inteiramente restaurada. as paredes transpiram história com quadros e peças originais, que depois de um incêndio ficaram quase irreconhecíveis! o nome Casa das Obras não é propriamente apelativo, por isso tive curiosidade em perguntar sobre a sua história. logo quando chegámos senti-me tão em casa, literalmente, que a minha vontade foi prolongar a estadia. os miúdos andavam encantados pelo "castelo" fora e muito contentes por estarmos ali. eles adoram quando vamos de férias, custa-lhes um pouco a viagem, mas gostam muito de conhecer outros sítios e deliram com hotéis! (quem não gosta?)  à noite diverti-mo-nos na sala de jogos e antes de nos deitarmos bebíamos um chá e bolachas na sala de tv. impossível não nos sentirmos bem recebidos.




é certo e sabido que no norte se come bem, e aqui, os pequenos almoços não foram excepção. muita variedade, queijos, compotas, fruta, cereais, e uns bolinhos caseiros... huuummm, de-li-ci-o-sos!! (aquele bolinho que lembra o da nossa avó, sabem? esse!) - não tenho uma foto de fazer crescer água na boca porque me preocupei mais em comer (risos) sorry! 



gosto muito deste tipo de alojamento, mais pequeno, familiar, com um atendimento mais personalizado. é como estarmos em casa, só que não :) recomendo! quando forem para os lados da Serra da Estrela, fiquem na simpática aldeia de Manteigas e procurem a Casa das Obras. *

ah, e sempre que puderem, vão para fora cá dentro porque temos um País lindo!
no próximo post mostro mais!!




Podem seguir-nos também no Instagram.








Kiss,

Sofia**




* post sem qualquer patrocínio. é só porque gostei mesmo muito! ;)










Serra da Estrela (#1)

Como prometido, hoje venho falar das nossas férias de inverno e por onde andámos nestes dias de folga. 
há muito tempo que o Rodrigo pedia para ver neve. muito mesmo. chegou ao cúmulo de dizer a toda a gente que ia passar o ano novo a Nova Iorque porque lá há neve! (não sei onde vai ele buscar estas ideias... ;). o que é certo é que andávamos também com vontade de tirar uns dias só os quatro, já que o verão soube-nos a pouco. eu sou pessoa que gosta do inverno, acho-o romântico, apela ao aconchego, ao mimo, só dura é tempo demais, (mas não se pode ter tudo!) e daí que destinos de frio e neve atraem-me! mas vamos ao que interessa, o nosso destino: a maravilhosa Serra da Estrela!








o Rodrigo explorou cada cantinho da Serra.

 e o Duarte custou a manter-se de pé :)




claro que eles não resistiram a provar a neve! (um bocadinho para o gelado, não?!)





ele fez-me a surpresa no Natal, mas para os miúdos foi segredo total até estarmos a subir a Serra. quando o Rodrigo viu neve a primeira vez, ainda estávamos na estrada, a cara dele quando percebeu onde estava... é inexplicável. o brilho nos olhos, a emoção, não parava de dizer obrigado! (é tão bom quando eles sabem agradecer, não é?)

chegámos a meio da manhã e estava lá muita gente mas nada de confusões. muito agasalhados, mas sem calçado adequado (!), lá andámos com cuidado para ver se não nos espalhávamos... mas claro que de vez em quando alguém ia ao chão :)) não havia aquela neve abundante e fofa como vemos nos filmes, mas deu para atirarmos umas bolas uns aos outros e escorregar nos trenós. uns amigos foram ter connosco e foi muito divertido por a conversa em dia naquele cenário de sonho. 
a paisagem é de tirar a respiração, o dia estava lindo e não sentimos aquele frio desagradável. a proprietária da Casa onde ficámos disse que nesta altura costumam estar menos 3/ 4 ºC, mas que muitas vezes chove e não dá para subir a Serra. o termómetro rondava os 8ºC e ainda bem que estava este dia fantástico.

ficámos instalados em Manteigas, uma aldeia muito acolhedora, e em breve conto tudo sobre a estadia, e dou algumas dicas.

e por aí, se quiserem partilhar as vossas férias de inverno... adoraria saber tudo!




podem acompanhar-nos no Instagram!






um dia bom!


Sofia**














setembro 11, 2016

férias... no Algarve!

nos últimos anos temos escolhido o sul de Espanha como destino para as nossas férias. é relativamente perto, relativamente em conta, o tempo é relativamente parecido e as praias relativamente boas e comparáveis às nossas. por outro lado temos sempre a aquela sensação de que se ficarmos pelo sul de Portugal não saímos propriamente de casa, porque estamos muito próximo de casa. há lugares que já nos são familiares, crescemos na Costa Vicentina, vivemos no Algarve... enfim, somos uns privilegiados. (risos)


Mas aqui entre nós, apesar dos preços convidativos e de toda a costa estar preparada para receber turistas, os nossos vizinhos espanhóis não devem nada à hospitalidade. Pela parte que me toca são, na sua maioria, muito pouco simpáticos, nada prestáveis, e com um mau serviço de hotelaria. e quanto à sua gastronomia: resume-se a tapas, sem variar grande coisa. O ano passado nas férias, por exemplo, procurei por todos os cantos uma pastelaria ou padaria, para fazermos um lanche para levar para a praia e só encontrei bolos "falsos" e pães congelados, tipo baguetes... nada mais! (algum leitor do país vizinho que me desculpe, mas foi a minha realidade). 



Isto para dizer que este ano escolhemos o nosso lindo país para férias, mais propriamente o Algarve, até porque os dias foram poucos. E o que dizer? Que de uma maneira geral somos bem atendidos (claro que há sempre alguém que não nasceu para a coisa, mas pronto!), que temos praias maravilhosas com água morna e areal extenso, resorts, hóteis, hostels ou casas de turismo com bastante charme e restaurantes cheios de pinta e com ementas que nos deixam a salivar. 
bom clima + paisagem natural paradisíaca + excelente comida = férias de sonho!


Deixo-vos algumas dicas dos lugares por onde passámos:


Sem Espinhas (V. R. S. António) - bom ambiente, boa comida, preços um pouco acima da média.Na avenida principal.

Noélia e Jerónimo (Cabanas de Tavira) - Comida óptima, bom atendimento, mas altamente recomendado marcar mesa, sobretudo, no verão. (estivemos 1h30 à espera para jantar!!).

O Pedro (Cabanas de Tavira) - Dos que tivémos oportunidade de experimentar, é o que tem melhor relação preço/qualidade/tempo de espera (e já sabem como o tempo de espera é importante quando temos crianças!!). Deliciosa espetada de lulas e camarão e apetitoso bacalhau à casa!!

Delizia (Cabanas de Tavira) - os melhores gelados que já comi até hoje!! Passa completamente despercebida no meio de outras geladarias e restaurantes na avenida ribeirinha, aliás, está enfiada num antigo centro comercial apenas com uma pequena  montra para a rua, mas os gelados são divinais! Figo seco, maracujá e manjericão, poejo e citrinos, gemada de laranja, mel e gengibre... são só alguns dos que recomendo!



Ir para fora cá dentro não só pode estar na moda como vale mesmo a pena! Agora é namorar as fotografias tiradas e começar a sonhar com as próximas férias...





Bom regresso ao trabalho e à escola, em suma, à rotina!






Sofia**





setembro 06, 2016

(#) férias, tanto p'ra contar!

vou começar pelas mini férias, as únicas que foram possíveis a quatro.
planeámos 3 semanas de férias, divididas entre a morada dos avós e algumas das melhores praias da costa vicentina e algarve. o plano era fazer-lhes a vontade, comprarmos a casinha azul e irmos acampar, ouvir o vento de noite e acordar com toda a claridade, bem cedo pela manhã. 
por motivos profissionais, de três passaram a duas semanas, de duas a uma, e essa semana espartilhada em mini férias. cumprimos o planeado e a casinha azul (escolhida por eles) ninguém nos tirou. as moradas ficaram reduzidas a uma só, e bem perto de casa, o que acabou por ser uma agradável surpresa.
Andámos apenas 40 km, o que foi óptimo para eles (e para nós) e montamos a nossa tenda em Cabanas de Tavira! Um parque óptimo, com piscina, e com balneários e espaços a pensar nas famílias! Claro que já conhecemos esta zona do Algarve, mas ficar nos lugares sem ter horas para voltar para casa e puder escolher cada dia uma praia é bem melhor!


a Praia Verde e a de Manta-rota foram as escolhidas. óptimas, com um grande areal e apesar de estarem com bastante gente dava para estendermos a toalha à vontade. o resto foi fazer-lhes a vontade e ficar pela piscina.




acho que os meus filhos se tornaram uns peixes neste verão. o Rodrigo já anda fora de pé, já sabe ir ao fundo da piscina e não entrar em pânico, mas claro que ainda precisa de (muita) vigilância. o Duarte, sozinho certificava-se que tinha as braçadeiras, mas se nos apanhasse na água era vê-lo atirar-se na maior das descontracções. difícil era tirá-los de dentro de água! divertiram-se imenso e em pouco tempo fizeram amigos. uma pena não podermos estar mais uns dias.


já tínhamos acampado os dois, mas nunca com os miúdos. estava um pouco reticente, honestamente, não me apetecia muito voltar a dormir no chão, a ter cuidado com as formigas e a tomar banho em balneários... e esta é realmente a parte menos agradável. mas depois há as brincadeiras com a lanterna à noite na tenda, há a sensação de aventura, triplicada quando se tem duas crianças ao lado, a possibilidade de, de um dia para o outro podermos arrumar tudo e rumar a outras paragens, as amizades fáceis feitas na rua coberta de árvores, entre miúdos de todas as pontas do País.
as crianças são simplesmente felizes desde que brinquem com os seus pares, tenham o nosso carinho, a sensação de liberdade e comam uns gelados de vez em quando. (risos) é preciso é não complicarmos muito para termos uns dias fantásticos!
talvez não por muitos dias, porque actualmente aprecio mais um hotel, mas uma semana por ano ou um fim de semana ou outro, porque não? eles adoraram e este fim de semana já temos um novo destino!




E vocês, qual o vosso tipo de férias eleito? Adorava a vossa partilha!





Sofia**









abril 27, 2016

viagens


Podemos cruzar-nos na rua todos os dias com as mesmas pessoas sem lhes dizer bom dia, passar todos os dias pela mesma árvore e não prestar atenção às suas cores, entreter-nos com a música que se solta do nosso i-qualquer coisa sem nunca ouvir o cantar dos pássaros. Certo?









Há anos que percorro esta estrada. No inicio era só uma viagem bastante chata, com curvas a mais para o meu estômago, duas horas quase intermináveis. Depois comecei a reparar na paisagem, numa espécie de exercício de auto-ajuda de quem não gosta mesmo de viagens... chatas! E sabem que mais? O caminho é sempre o mesmo mas a paisagem altera-se, consoante a estação do ano ou a hora a que me faço à estrada. Vejo árvores despidas, balançadas pelo vento, a reflectirem as suas sombras ao luar. Vejo campos dourados e animais pachorrentos ao final do dia, maquiados pelo por do sol. Vejo o verde ganhar vida, as cegonhas a construírem os ninhos,  as cores da primavera a pintarem o céu azul. Aponto pela janela para que eles aprendam a apreciar cada km, mesmo sabendo que preferiam soltar as suas pernas nos campos a prender os olhos na janela. E digo-lhes que um dia paramos no caminho e fazemos um picnic no campo que nos enriquece a viagem. Deitamo-nos nas planicíes a contemplar as nuvens desenhadas no céu, enquanto ao nosso lado se passeiam as vacas e ovelhas, e sobre nós sobrevoam as cegonhas cheias de graça.


Desta vez viajei sozinha e não perdi pitada. E o resultado está aqui, parecem pinturas. (sem qualquer retoque!)


Alguém disse uma vez, qualquer coisa como "o que importa é a viagem e não o destino." Não sei quem terá sido, mas é uma grande verdade! 



Sofia**






instagram @sofia_ferr