outubro 21, 2013

Não trabalhar nunca foi opção... (#1)

Não trabalhar nunca foi opção. Trabalhei numa empresa, dei ao litro, vesti a camisola. Já a caminho dos 30 e com alguns anos de casa, resolvi ter o meu primeiro filho. Trabalhei até ao último dia, literalmente. Regressei ao trabalho, com muitas mais lágrimas do que tinha imaginado, mas ainda assim cheia de vontade de regressar ao mundo dos crescidos. Ao fim de alguns meses, a crise instalou-se, o Governo caiu, a empresa fechou, eu fiquei desempregada!
Não trabalhar nunca foi opção. Depois de chorar, claro, comecei a procurar, a enviar Cv's, a marcar entrevistas. Como faço sempre após a fase do choro, tentei ver the bright side of life, e aproveitei muito, mas muito, o tempo livre com o meu filhote pequenino. Fui procurando hobbies, outras possibilidades de rendimento, fui-me conhecendo e descobrindo o que realmente gosto de fazer. Da fotografia à costura, passando pela bijuteria e pela cozinha, muitas foram as competências que descobri e outras que arrumei numa gaveta.
Não trabalhar nunca foi opção. Ao fim de um ano sem conseguir emprego, nem trabalho, e com o objectivo latente de aumentar a família, engravidei pela segunda vez. Porquê?? Porque se estava sem trabalhar e estava, era a altura "ideal" para engravidar, porque assinando contrato com uma empresa não iria aparecer grávida três meses depois... e não podemos esquecer a limitação biológica e o facto de já estar a caminho dos 33! Aproveitei muito esta gravidez, com mais calma e curiosamente muito mais cansativa. Mantive alguns projectos, dei algumas formações, mas tudo em modo zen
Não trabalhar nunca foi opção. O Duarte nasceu, e esteve comigo, exclusivamente comigo, durante seis meses. Inteirinho só para mim. Tão bom. Não tendo nenhuma rede de apoio, a creche foi a opção possível e ele está bem. Eu retomei a procura, o envio de Cv's, de formações, de alternativas à minha situação actual. Surgiram-me ideias, problemas e algumas soluções e, uma entrevista de emprego...


Continua amanhã... o post já ia longo!



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