Ele é alto, o meu filho grande, espigadote, explica-se bem, tem conversa para tudo e a toda a hora reivindica mais um pouco de independência através de momentos em que parece que só sabe dizer: Não!, Mas eu quero!, Não vou! ou Não faço!.
No meio de tudo isto, existe outro pequeno cá em casa, em plena fase de descobertas, fases giras, engraçadas, trabalhosas. Fases em que são tantas as asneiras mas que só nos fazem rir, e nenhumas as que nos levam a ralhar com ele, ou a pô-lo a pensar na asneira. Já o filho grande não, ele percebe-nos, já distingue o bem do mal, o que pode e o que não deve fazer, não há razão para tanta desobediência, para ter que repetir as coisas vezes sem conta. Ele já percebe, e por isso tem que fazer bem! (Ou não?!)
Hoje ficou comigo. Está no inicio de uma ite qualquer e resolvi levá-lo ao médico antes que a coisa piore. Fez as delícias da Dr.ª, como sempre aliás. Hoje estava ainda mais explicado do que o costume, disse o que tinha e o que não tinha, fez perguntas e fartou-se de fazer queixinhas do mano, das asneiras que faz, e como é pequenino e não percebe nada. Viemos para casa, a conselho de quem sabe, comer e descansar.
Enquanto almoçávamos, o filme foi o do costume:
Enquanto almoçávamos, o filme foi o do costume:
- Come!
- Mas eu quero pão.
- Toma o pão e come.
- Mas mãe, eu quero ajuda.
- Come R., já sabes comer sozinho!
- Eu quero água.
- Toma a água e come. Quando eu acabar, acabou-se a hora de almoço!
- Mas mãe eu quero ajuda.
- Come, que eu agora também estou a almoçar!
- Mãe, mas eu quero ajuda! Eu ainda não sou quescido!!!
E aqui, neste momento, gelei a olhar para ele, olhos grandes e cara miudinha, quase a fazer beicinho a reivindicar o colo, o mimo, que tem dividido nos últimos meses. A pedir no fundo, a atenção que deve ter, que tem que ter, nos seus little three. Aqui, em segundos, relembrei como era quando ele era único, era o mais pequenino aqui de casa, e eu tinha a disponibilidade toda só para ele...
Dei-lhe um beijo e disse - Anda cá, a mãe ajuda. (e não custou nada!)
2 comentários:
Como me revi neste pequeno e giro texto. Tenho duas Minis meninas com 5 e 7 anos de idade. E ainda hoje sinto esse necessidade de colo e de ajuda que a mais velha quer, apesar de ser muito mais autónoma que a irmã. Bom fim de semana.
Bom fim de semana MC! E dá muito colinho!!! :)
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