30 de maio de 2015 (5 anos)

(Entre outras coisas, este blogue pretende ser um diário de etapas do crescimento deles, que eu vou actualizando enquanto imagino que um dia o vão ler, rir e emocionar, lembrar algumas coisas e ficar a saber de outras. No dia 30 foi-me impossível escrever aqui, mas não me saiu da cabeça que este dia tinha que ser registado, como ficaram todos os dias 30 de maio até aqui e como espero que fiquem muitos mais).

Um dia Rodrigo, quando estiveres a ler estas linhas, quero que saibas que no dia 30 de maio de 2015 fugi para a tua cama bem cedo e fiquei colada a ti recuando cinco anos. Já não encontrei os traços de recém nascido, nem de bebé sequer, encontrei um rapazinho esguio que não faz sentido no meu peito e que já não cabe nos meus braços, e demorei-me nos teus caracóis a cheirar-te com cuidado para não te acordar. Percebi que já não és nenhum bebé. Não fisicamente. Percebi que o tempo realmente não pára e que passaram cinco anos desde que nos conhecemos: eu tua mãe, tu meu filho. Emocionei-me como na primeira vez que te vi, mais uma vez feliz pelo nosso percurso até aqui mas assustada com tantas outras etapas que ainda hão-de vir. Ser mãe, tua mãe, é muito melhor do que alguma vez imaginei mas é também muito exigente e desafiante. Às vezes não entendes o que faço, porque faço, mas se me estiveres a ler, quero que saibas que dou (damos) todos os dias o melhor para te fazer feliz, para que cresças seguro e um dia possas enfrentar o mundo de braços abertos e coração cheio. Quero que cresças com memórias simples e felizes, porque é nesses momentos que a vida faz sentido, e que nunca te esqueças que a família e os amigos são o melhor presente que podemos ter na vida.

Este 30 de Maio foi um dia feliz. Cinco anos. Que venham muitos mais meu tesouro.

tua mãe