Hoje sonhei contigo. Estavas lá e conversávamos sobre qualquer coisa como não me lembro de alguma vez o termos feito. Estavas de camisa e com os óculos de aviador, uma espécie de imagem de marca, e os dentes mais brancos que algumas vez conheci marcavam o teu sorriso. O teu discurso era pautado pela serenidade, sem rancores, sem passado, apenas o presente. Estavas lá hoje como estiveste poucas vezes, as que me apareceste de surpresa no recreio da escola ou num fim de semana qualquer (muito) espaçado no tempo. Estava lá, a figura que me habituei a idolatrar, de quem tive tantas saudades ao longo dos anos, de quem senti falta, mas de quem aprendi a desapegar-me com o tempo, numa espécie de escudo protector. Todos os dias me lembro de ti, com a preocupação que uma filha não deveria ter, e talvez seja isso que me impede de pegar no telefone e dizer-te o que escrevo... não, não é só isso, eu sei, tu sabes... Há muito mais história que eu gostaria que tivesse sido escrita de uma maneira diferente, talvez também tu...
espero que esteja bem.
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