outubro 02, 2015

domingo...

No outro dia, enquanto jantávamos, com as noticias a fazer de música ambiente - o que é raro normalmente ouvimos música - o R perguntou-me quem era António Costa. Expliquei-lhe que era candidato a Primeiro-ministro. Depois perguntou quem era Passos Coelho, e eu disse-lhe que era o actual PM de Portugal, o nosso País, e ele ainda se lembrou do Sórcrates, e ficou a saber que era o nosso ex PM (acho que já lhe tinha dito numa outra ocasião).
Disse-lhe que no domingo havia eleições e que o pai e a mãe iam votar para escolher um novo PM. Ele perguntou porque é que as pessoas queriam ser Primeiro-ministro, mas não perguntou o que era exactamente isso de se ser PM. Ainda bem. Não lhe sabia responder. Porque a diferença entre “o que é” e o que “devia ser” é enorme, e eu não gosto de lhe mentir. Provavelmente, quando ele perguntar eu vou explicar a versão “devia ser”, para que ele cresça a acreditar que vale a pena ir votar, na esperança de que quando ele tiver idade para exprimir o seu voto, “o que é” seja sinónimo do que “devia ser”!
Eu vou votar no domingo. Não que acredite especialmente em algum candidato, não que ache que algum deles (e a sua equipa) tem competências reais para mudar o País para o que será melhor para o povo – palavra que detesto mas que eles insistem em dizer.
Eu vou votar no domingo porque rejo-me pelo princípio de que para educar tenho que dar o exemplo, e ir votar é ensinar aos meus filhos que nós temos o direito e o dever de o fazer. É ensinar-lhes que eles têm algo a dizer, no País em que nasceram e que, em princípio, irão crescer.
Eu vou votar no domingo, não que acredite em alguém em particular, com muita pena minha. Eu vou votar no domingo, porque acredito que não fazendo parte dos números da abstenção me incluo automaticamente nos números dos que se importam. E é isso que eu quero ensinar aos meus filhos.

E tu?

(E se não sabem onde votar, podem ver AQUI!)



Sofia**