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março 23, 2016

PAI



instagram @sofia_ferr


Por vezes adianto-me na escrita, agendo as mensagens, edito e faço rascunho para avançar trabalho ou para não me esquecer deste momento, daquela frase, ou de uma ou outra palavra engraçada. 
E por vezes, a vida prega-nos partidas, torna-nos rascunho dos nossos dias, baralha-nos as ideias, e não nos deixa passar à escrita o tanto que temos para dizer. A sorte é que, apesar de no calendário estar apenas um dia assinalado, na nossa vida, ainda que cheia de rascunhos pelo meio, todos os dias merecem um beijo, um abraço, um agradecimento por partilharmos momentos e palavras que valem a pena recordar com este PAI maravilhoso que nos calhou na roda da sorte da vida!



Feliz dia do Pai, sempre!

(23-03-2016)








março 11, 2016

Escola mágica

Gostava muito que esta fosse a escola dos meus filhos, dos teus filhos, dos nossos filhos. Gostava muito que para as crianças poderem ser crianças, até que a infância as enfadasse, não tivéssemos que pagar fortunas, nem fugir do ensino português, porque o ensino de Portugal, o País em que vivemos, devia ser o melhor para os nossos filhos. E devia ser público e acessível. 
Porque é que tem que ser quase exclusivo as crianças brincarem com terra, pisarem poças de água, usarem a imaginação e darem asas à sua criatividade? E aprenderem em simultãneo!!
Porque é que a regra insiste na norma de horas (infinitas para os miúdos) sentados em salas de aula, com matérias, que os próprios professores admitem, muitas vezes não terem maturidade para as compreender?
Quem disse que as nossas crianças com oito anos teriam que saber de cor aquilo que nós aprendemos aos doze?
Alguém questiona porque é que cada vez há mais miúdos "hiperactivos"? Alguém imagina o esforço que os miúdos têm que fazer para conter a energia que os assola e os empurra a descobrir o mundo numa cadeira onde têm que ficar sentados a ouvir conteúdos que não lhes são apelativos? Provavelmente não. É mais fácil recomendar Ritalina!
Porque é que aos quatro anos os nossos filhos começam a ser "preparados" para o primeiro ciclo? Não estamos a atropelar fases de desenvolvimento que deviam ser preservadas como um bem precioso?
Quem integra o Ministério de Educação Português? Em que estudos se baseiam para estabelecer objectivos e currículos para as nossas crianças?
Os pais são ouvidos neste processo? Os professores? E mais importante ainda, alguém ouve as nossas crianças?!?
Não quero filhos geniais. Quero filhos completos, íntegros, felizes. Quero que escolham o seu caminho na amplitude do conhecimento que adquiriam ao longo do seu crescimento. Não os quero limitados a cursos académicos muitas vezes sem saídas profissionais. Não os quero a envergar um fato que não lhes sirva e que lhes pese ao longo da vida.

Gostava mesmo muito, que esta fosse a escola dos meus filhos, dos teus filhos, dos nossos filhos!
Não gostavas?



Sofia**


fevereiro 12, 2016

ser criança, apenas.


Instagram @sofia_ferr

Rodrigo, Rodrigo. Se tu soubesses as preocupações que passeiam na minha cabeça por estes dias... Fazes seis anos em Maio, e com esta bonita idade, chegará uma nova escola, novos amigos, e mais responsabilidade.E está na altura de tomar decisões!
Quando te queixas que no infantário tens que parar uns minutos para meditar, quando anseias por dar o novo passo e saltar para a primária, gostava de te dizer para aproveitares, aproveitares muito bem este teu último ano de criança, porque ouvi dizer que tudo vai mudar (e sinceramente não me agrada!). Mas sorrio apenas. Não te quero causar ansiedades desnecessárias, porque no fundo quero muito acreditar que esta nova etapa te vai trazer muitas coisas boas e espero que guardes dela só boas recordações.
Oiço falar quem já passou por esta fase, ou anda um ano ou dois à nossa frente: TPC's em excesso, zero tempo para brincar, professores que segregam os miúdos dentro da própria sala, falta de auxiliares nos recreios, um horário estupidamente puxado, e mais TPC's! 
Isto tudo é muito ruído para os meus ouvidos de mãe. Antes, quando estávamos longe desta etapa e ouvia as preocupações das outras mães, confesso que me pareciam um pouco exageradas, talvez porque à distância e com os filhos dos outros seja mesmo assim. Mas agora toca-nos a nós. Já me aconselharam o ensino privado, que bem feitas as contas, não sai assim tão mais caro. Mas vai um bocado contra os nossos princípios, sabes, não te queremos colocar numa redoma, queremos que enfrentes o Mundo, que faças muitas amizades, todas iguais e diferentes nas suas particularidades, queremos que aprendas a lidar com algumas dificuldades, porque mais tarde ou mais cedo elas vão existir. Tu sabes que nós vamos estar sempre aqui para te apoiar no que precisares.
Mas queremos muito, também, que a escola primária, a introdução ao mundo do saber e do conhecimento, seja uma transição entusiasmante e agradável. Que saibam acolher a tua imaginação, que criem espaço à tua energia, que entendam os teus sentimentos, a tua alegria ou a tua tristeza. Que tenhas uma professora que ame a sua profissão, apesar das dificuldades, que tenha consciência que todos os meninos são diferentes, mas que todos têm qualidades à espera de ser desvendadas. Que o programa curricular é importante, mas que mais importante que isso, é que estes anos alimentem o bichinho do conhecimento, e que tu (e os teus colegas) sejas feliz em cada dia que passas junto dela. a professora, porque será ela um dos preciosos meios que te levará a um fim: o da (tua) independência! Que ela perceba que uma criança com 6/7/8 anos, que chega a casa às sete da tarde, depois de um dia inteiro na escola, longe dos pais (e irmãos), dos seus brinquedos, da Tv, com banho por tomar e jantar para comer, quer um pouco de tempo para ser CRIANÇA, não quer TPC's...!

Rodrigo, Rodrigo. Por estes dias penso um pouco no teu futuro, e apesar de tudo, sorrio. Sei que vamos escolher o que for melhor para ti, e que independentemente de tudo o resto, criaremos sempre espaço para que possas continuar a ser a criança maravilhosa que és!



mãe





janeiro 20, 2016

Vocês vão ser sempre namorados?



Durante o jantar o R levantou a mão e perguntou se podia contar uma coisa. (estávamos com outras pessoas, daí a cerimónia)

- Os pais do F. já não são namorados!
- Ahh... ai sim?...
- Sim, o F. disse que os pais já não namoram!

No meio do silêncio desconfortável de quem procurava a melhor frase para dizer, dissemos-lhe que às vezes acontece os pais deixarem de ser namorados, mas nunca deixarão de ser pais e mães dos filhos.

Uns dias depois voltou à carga, primeiro com o pai e depois comigo, talvez para ver se as respostas coincidiam. Desta vez foi mais longe, projectou-se na situação e perguntou:

- Vocês vão ser sempre namorados?

(...)


O amor é uma planta que tem que ser regada todos os dias, mimada e acarinhada, e enquanto duas pessoas quiserem fazê-lo, estiverem dispostas a esse investimento, o amor dura, e essas duas pessoas continuam (e)namoradas. O pai disse-lhe que para manter uma namorada tem que se fazer coisas boas e bonitas, um pouco todos os dias, para manter o amor dela ali perto.

...

Começam agora as perguntas mais difíceis, as questões da vida, sobre aqueles que nos rodeiam e sobre a  nossa, o que cada vez mais nos obriga a um exercício, a uma pergunta interior constante: 
Que mensagem quero eu passar aos meus filhos?

Eu procuro passar uma mensagem positiva e de esperança, mas sem ser demasiado ilusória.
Podia ter-lhe dito que o amor, às vezes, pode ser bem lixado, que quando a cabeça não obedece ao coração, ou vice-versa, quando damos conta está tudo estragado. Podia dar-lhe exemplos, muitos, de amigos e familiares, que disseram um sim para sempre e que o sempre se esfumou, em alguns casos, em menos de nada. Mas, seria amor?!
(Não quis complicar, são só 5 anos, e nesta idade todas as princesas arranjam o seu príncipe e vivem o seu conto de fadas.)

Passou-me pela cabeça dizer-lhe que não, o pai e eu nunca nos vamos separar, vamos ser namorados até velhinhos, tal como desejamos, mas a verdade é que não posso garantir nada, para além do nosso empenho diário na relação e que está à vista. Não posso garantir nada, senão dar-lhe o exemplo de como pode ele, um dia, regar a sua planta do amor sem a deixar morrer. 






Sofia**




janeiro 07, 2016

Conversas (menos) giras, aos 5 anos! / Not so funny at 5!

Hoje fiz salmão braseado com sementes de sésamo e noodles. Os miúdos adoram e nós também.

Ele (pai) pergunta-me, à mesa, mas  num diálogo que achei que era só nosso:

- Não há mais molho de soja?

Eu- Há. Só não pus na mesa porque senão eles não param de molhar o peixe e é muito salgado.

Ele (filho) - E então quem é que manda, afinal? Vocês é que são os adultos, se disserem para não comermos (o molho), nós não podemos comer!


(Glup! Eu engoli e em seco e só não fui buscar o molho porque achei que aí é que ele ficava com a "bola" toda!)

Já viram isto?! Os vossos também são assim?!

Sofia**


-----

Today I made braised salmon with noodles and sesame seeds. The kids love it and so do we.

He (father) asks me at the table, but in a dialogue that I thought it was just ours:

- There isn't soy sauce?

I - Yes, i just didn't put on the table because otherwise they won't stop wetting the fish and is very salty.

He (son) - And who's the boss anyway? You are the adults here and if you say us not to eat (the sauce), we can not eat the sauce!!


(Glup! I swallowed and dry)

Have you seen this ?! Are your kids like this too?

Sofia**





dezembro 20, 2015

Festa de Natal: e o filho grande??

Do filho grande a mãe viu tudo! Meia dúzia de actuações, afinal é finalista e tem que dar ao litro!!

Giro, desinibido, a divertir-se mesmo com o que estava a cantar e representar! Há ali uma queda para o teatro, quem sabe não vale a pena abrir-lhe os horizontes para as artes. Vale sempre a pena...

Mãe de lagrimita no olho e dor no braço, a filmar tudo do principio ao fim!



(não foi bem só uma lagrimita... enfim!!)

dezembro 04, 2015

Quanto da semana cabe em dois dias?






instagram @sofia_ferr


Não sentem que o tempo não vos chega? Que os dias, as horas vos fogem e quando dão conta estão esticadas no sofá, super cansadas, com o tanto que já fizeram, mas a pensar no tanto que ainda queriam fazer, gostavam de fazer? Há os horários a cumprir, as rotinas a que não podemos fugir, as obrigações profissionais ou domésticas que nos sugam todos os minutos, e depois há o tempo que queremos passar com eles, o tempo que queremos ter para nós, o tempo que queremos ter para o outro... Tempo, é das maiores riquezas que podemos ter, não acham?
Por aqui, quando chega o fim de semana os planos são tantos, a vontade de fazer acontecer é tão grande, que nos sentimos assoberbados. Por aqui, as obrigações da casa ficam para segundo plano. Passa-se a ferro enquanto ele dá banhos, estende-se a roupa enquanto o arroz coze, uns aspiram enquanto outros fazem as camas. Não tiramos do nosso tempo para o dar à casa. Seria tão mal empregue.
No último fim de semana, depois de semanas seguidas de aniversários, convívios, viagens, apetecia-nos realmente estar os quatro, quem sabe com chuva, fechados em casa ao "som" das luzes de Natal. Mas o tempo, o outro, pregou-nos uma partida e estiveram uns dias maravilhosos que nos "obrigaram" a sair de casa.
O Natal finalmente instalou-se cá em casa na sexta feira à noite, depois de um passeio no shopping para ver a enorme árvore que dá graça àquele espaço nesta época. Acampámos na sala, juntámos um colchão ao sofá e dormimos todos juntos. Eles deliraram! Queriam que fosse assim todos os dias. No domingo de manhã o pequeno almoço com tudo a que temos direito, e depois um passeio no parque onde fizemos uma espécie de mini treino militar. Subi e desci esta rede  muitas vezes, numa corrida com o R. Ele ganhou-me... quase sempre. Tirei dezenas de fotos e às tantas o Du sentou-se ao meu colo para tirar mais "fias" enquanto o mano aprendia a fazer cambalhotas no ferro. Um passeio muito tranquilo, portanto.
Fiz um DIY que andava a adiar e que é ideal para esta época  - em breve mostro tudo - e fomos ao cinema. Ficaram a faltar os biscoitos, os enfeites para a árvore feitos por eles, uma sesta no sofá, and so on...
Mas vai haver mais fins de semana, e em todos eles tentaremos com que os cinco dias que passamos a rodar de um lado para o outro caibam nestes dois dias que nos deixam cheios de energia e de coração tranquilo para aguentar a semana!



Ah, é já hoje que começa! Aproveitem o fim de semana!!

Sofia**

dezembro 03, 2015

no outro dia,






O R falava com a avó, matava saudades, planeava a sua visita este fim de semana, e depois disse:

Sabes avó, os meus pais vão namorar e depois eu vou ter mais um mano. Ou mana. Gostava mais de ter uma mana!...

(Eu imaginei uma cena como esta, mas acho que a minha mãe caiu para o lado!!)



Sofia**




novembro 30, 2015

A viagem de Arlo!





Ontem fizemos-lhes a surpresa e ao final do dia quando já ninguém contava - afinal era domingo! - fomos ao cinema. (aliás, este fim de semana foi contra todas as expectativas... depois conto!).
Eles adoram animação, como todos os miúdos e gostam muito de ir ao cinema. Ao contrário do mano, o Du já conta com algumas idas e adora, mas o filme que o marcou mesmo foi os Mínimos e sempre que passamos à porta ele fala no filme e adora os bonequinhos amarelos. Até ontem...
A viagem de Arlo é dos melhores filmes de animação que vi até hoje. Os bonecos, as expressões, mas principalmente a história em si que é comovente. E a prova disso foi a reacção deles (e a nossa) ao longo do filme que aborda o medo, a coragem, a saudade, o nosso papel na vida (nossa e de quem nos rodeia) e a família. Um mix de temas e emoções muito bem traduzido através de bonecos coloridos e engraçados.
O R emocionou-se, eu e o pai emocionámos-nos, mas o Du impressionou-me. Riu quando era para rir, esteve atento nos momentos de maior tensão, e nas cenas mais emotivas os seus olhos encheram-se de lágrimas, os lábios cerraram e os músculos contraíram contra a cadeira. No final, desatou num pranto, como que a libertar as emoções que viveu ao logo do filme. (ele ainda vai fazer três anos!).

Como todos os filmes infantis este também tem um final feliz e transmite uma mensagem muito bonita e de esperança, claro. Está mesmo muito bem feito e é daqueles programas que recomendo a fazerem com os vossos pequenos!!


Boa semana!


Sofia**





novembro 26, 2015

está quase, quase...



Eu que adoro esta época do ano ainda não preparei o ninho para o Natal. Mas estive a combinar com o mais velho, e não passa deste fim de semana! Ao contrário do último Natal, este ano vamos decorá-la a quatro e tentar fazer algumas decorações DIY (depois mostro tudo!!)
Hoje de manhã ele relembrou o dia em que montámos a árvore, no ano passado, com o pai no trabalho e a mãe sempre a sugerir novas localizações para as bolas e luzinhas!! (parece que afinal, ele não estava assim tão aborrecido!) Memórias que ficam...


E desse lado, já existem muitas árvores de Natal?


Sofia**




novembro 23, 2015

Nunca pensei dizer isto, mas no meu tempo...



Lembro-me da minha escola primária, o muro pintado às cores, projecto dos meninos crescidos com quem já não me cruzei. Lembro-me da minha primeira professora, uma figura tão carinhosa quanto firme, com palavras assertivas, e ensinamentos que ficaram para sempre. Lembro-me do ovo cozido, que levava nos dias em que tinha natação, da "lancheira" bordada à mão pela minha avó, a mesma em que levava o pão para o lanche. E lembro-me tão bem dos primeiros trabalhos que fiz: imagens picotadas, colagens, as primeiras letras entre linhas apertadas tentando não sair muito dos limites. Os desenhos, as pinturas, os teatros. Não me lembro quando exactamente comecei a ler. E talvez esse seja um bom sinal. Aconteceu. 
O R ainda está na pré, tem cinco anos, e desde os quatro que escreve o seu nome (mesmo a copiar), já sabe algumas letras, já copia pequenos textos e vai fazendo pequenas contas com os dedos. Aos três começou com o inglês (pela escola) e ás vezes já me surpreende com algumas palavras. O R já sabe o sistema solar, até com o pormenor que Plutão já não faz parte, afinal era apenas um meteorito! Ainda não chegámos a Dezembro, do último ano do INFANTÁRIO, e ele já sabe tanta, tanta coisa!
Lembro-me de ter ficado chocada quando há bem pouco tempo percebi que na primeira classe (agora é primeiro ano) os miúdos já sabem ler antes de chegar ao Natal.
Não quero ser fundamentalista, acho que eles estão na idade de aprender, que é das melhores alturas para absorverem o mundo e ganharem conhecimento. Mas sinceramente, preferia que se fizesse (nesta idade) uma aprendizagem mais lúdica, menos rígida, mais calma, sem pressas... Na última reunião, comentei com a educadora que eles deviam passar mais tempo na rua a brincar, mesmo com frio, com sol, brincar uns com os outros, interagir. Eles vão, mas com o tempo contado. É que no INFANTÁRIO, eles já seguem um programa, com as horas e actividades cronometradas não vá a inspecção do Ministério da Educação chamar a Direcção a contas.

É só a mim que isto não faz sentido nenhum?!


Sofia**












novembro 18, 2015

coisas que só as mães entendem... ou não!

Acordá-lo com carinho e atenção. Surpreendê-lo com A camisola do seu super-herói preferido e deixá-lo literalmente de boca aberta. Oferecer-lhe umas luvas e deixá-lo ainda mais feliz, ainda que poucos minutos depois de saíres à rua percebas que afinal te enganaste... devemos estar em Setembro, ainda! Ir em modo passeio para a escola, mas perceber que te esqueceste da bata (grande drama para ele!!). Ligar para o pai, a ver se lhe consegue levar a dita cuja. Começar a acelerar o passo. Deixar o pequeno num pranto (F***). Encaminhá-lo para junto da educadora, já a contar os minutos, dar o recado da resma de papel que ficou no cacifo, que o pai há-de trazer a bata, e correr para o trabalho!


F***, na correria não lhe dei o beijo que o aconchega durante o dia. E ele até pode não ter ligado (duvido), e pode ser secundário face a tudo o que aconteceu antes e acontecerá depois, mas a Mãe aqui, remói-se desde as nove da manhã como se tivesse cometido um crime!!

Alguém mais?!


Sofia**

filhos meus,





instagram @sofia_ferr

Que nunca se esqueçam dos meus beijos, dos meus abraços, do meu colo.
Que nunca se esqueçam das minhas canções de embalar, da minha voz, e até do meu timbre desafinado.
Que nunca se esqueçam das minhas palavras, dos meus ralhetes (cheios de amor), dos meus ensinamentos não sábios mas de mãe que quer o melhor para vocês.
Que nunca se esqueçam do calor do meu peito, do aroma da minha pele, da suavidade das minhas mãos, as mesmas que vos limpam as lágrimas e vos aconchegam à noite.
Que nunca se esqueçam das tardes à volta do forno, dos rabiscos feitos em papel, das experiências num qualquer material, tentando criar memórias palpáveis em tardes acolhedoras no nosso ninho.
Que nunca se esqueçam do melhor de mim, porque nasceu com vocês, vive com vocês, e espera permanecer imortal nas vossas memórias.


Meus amores, para que nunca se esqueçam...



mom

novembro 12, 2015

faz mais ou menos um ano,

eu passava muito tempo com os meus amores. Amava cada minuto, mas não me bastava, sentia falta de outro lado, contacto com o mundo profissional, com os outros, descentrar-me deles, sentir-me (mais) útil.
Hoje, em frente a este computador, desejo que o tempo volte para trás, para eu poder aproveitar melhor cada minuto com eles... é, nunca estamos satisfeitos.

(saudades vossas meus amores!)



mum

novembro 08, 2015

Deve ser isto...!



Sentir o peito a encher, como se estivesses a inspirar todo o ar que te rodeia. Sem dares conta, os teus olhos ficam marejados. Tens vontade de abraçar, de beijar, de dizeres que amas, só porque sim. 
E sem perceberes bem como, dás-te conta que tens tudo. Tu tens tudo! 
Agradeces, sem que a palavra agradecimento seja dita. Agradeces, com um beijo, um abraço, um olhar. Simplesmente agradeces, e pedes que a saúde nunca te falte, que a visão te acompanhe e não falhe os sorrisos, as expressões, os olhares, e que estejas sempre consciente para revisitares estes momentos quando e onde quiseres.


Deve ser isto... viver de coração cheio!





Bom domingo!

Sofia**






novembro 02, 2015

Manos (para não me esquecer)


instagram @sofia_ferr


Eles estão cada vez mais cúmplices, mais amigos, mais traquinas. Às vezes, perco-me no tempo só a ouvir as suas conversas, as histórias construídas a dois, a ver as lutas dignas da energia que têm para dar e vender. Delicio-me no mano mais doce que já ouvi, pela voz do meu pequeno. É um mano cheio de orgulho, cheio de garra, cheio de "ele é meu, só meu!". Fazem queixas, claro que sim, mas não podem ver o outro chorar, ser injustiçado, que é ver quem é o mais rápido a defender o seu mano.
Eles abraçam-se, dão muitos beijos e riem muito, alto, sozinhos, só eles no seu momento. Eles andam na mesma escola, mas raramente se cruzam. O R quer ir sempre levar o mano à sala, despedir-se dele por aquelas horas. 
No outro dia a sala do pequeno desceu, foram brincar com os crescidos, e os manos encontraram-se. Contaram-me que não se largaram, o grande a proteger o pequeno das garras mãozinhas-de-quem-só-quere-dar-mimo, e o pequeno a adorar.
Contou-me o Rodrigo, quando chegou a casa, que o mano tinha ido brincar com ele, mas que chorou na hora de voltar para a sala. Contou-me também que lhe deu um abraço e fez festinhas nas bochechas para ele não ficar triste. E depois disse: sabes mãe, eu também tive que fazer muita força para não chorar... não me queria separar do meu mano, mas como sou finalista não chorei!


(...)


E passaram a noite abraçados. 





outubro 15, 2015

Foi bom, mãe, foi bom!



Às vezes ainda saio a tempo de os ir buscar à escola, ou de nos encontrarmos a meio caminho e fazer um passeio de final de dia até casa. É óptimo aproveitar o bom tempo que ainda nos permite andar pelas ruas sem grandes casacos ou guarda chuvas a pesar e a juntar a tudo o que já carregamos.
Por norma começamos a por a conversa em dia, a querer contar tudo uns aos outros sobre o que aconteceu, o que o amiguinho disse, ou quem ficou de castigo na escola. Bem, por norma, o que realmente acontece, é eles só quererem falar sobre alguma coisa quando eu e o pai estamos a conversar. Típico!
Eu pergunto-lhes sempre como foi o dia, se se divertiram, o que aprenderam de novo, ou o que foi o almoço. (acontece quase sempre ter sido pão com fiambre...!)
No outro dia vínhamos numa grande algazarra, todos a querer falar ao mesmo tempo, quando começo a ouvir o D a elevar a voz, até que prestei atenção: Foi bom, mãe, foi bom! - logo não entendi, mas depois percebi que ele me estava a responder à pergunta que eu ainda não tinha feito: O dia foi bom? - ele deu um grande sorriso e voltou a responder que sim.

Foi a primeira vez que me dei conta que realmente lhes faço esta pergunta todos os dias. E quando não faço, eles respondem-me!!


E por aí, costumam ter as mesmas conversas com os pequenos? E que outras perguntas (mais) originais lhes fazem para saber como foi o dia deles?
Aguardo pela vossa partilha!


Sofia**




outubro 12, 2015

à noite

às vezes ele pede para ficar um pouco na cama do mano, enquanto andamos por ali, até darmos ordem de dormir. e eles ficam os dois deitados lado a lado, ele conta histórias de dinossauros ou sobre planetas, todas vindas da sua imaginação. o mano ri-se, juntos dão gargalhadas deliciosas. nós ouvimos da sala, às vezes escondidos no corredor, com os olhos brilhantes de os ver juntos, lado a lado na almofada. mais tarde entramos, às vezes prolongamos o mimo, que é tudo de bom estar ali com eles, depois de os ter ouvido assim juntinhos. o mais velho volta para a cama dele, o pequeno vira-se para o lado e adormece.
às vezes à noite é assim, e é tão bom!

outubro 08, 2015

1 mês... não é isto que eu quero!


                                                                                    #39/52 "A portrait of my kids, once a week, every week, in 2015"



Faz hoje um mês que reintegrei oficialmente o mercado de trabalho.
Faz hoje um mês que chorei mais do que sorri, que o meu coração ficou pequenino e apertado ao deixá-los no infantário, que contei os minutos para voltar para casa.
Há um mês atrás e nos dias que se seguiram, chorei todos os dias quando cheguei a casa. Para muitos que me lêem isto pode parecer um absurdo, mas ainda assim é verdade. Ter apenas 2/3 horas para eles, divididas entre banhos e jantares, birras e cansaço, foi uma novidade e um fardo que me colocou as emoções à flor da pele.
Tendo sido uma readaptação (e não uma tragédia), um mês depois estamos todos de relógios acertados para acordar mais cedo, vestir com calma, tomar o pequeno almoço juntos e seguirmos no nosso passeio matinal até aos respectivos "empregos". Posso fazer isto todos os dias, não me posso queixar. Mas tenho uma certeza hoje que não tinha há um mês atrás: não é isto que eu quero!

Ontem quando fui com o R saber informações sobre o judo, percebi que o horário dele é incompatível com o meu, terá que ser sempre o pai a levá-lo (quando pode) e eu muito dificilmente vou poder assistir a alguma aula. Chegámos a casa, já iluminados pelos candeeiros de rua, e os miúdos cheios de fome e sono, mas a pedirem para jogarmos à bola, pintarmos um desenho, contarmos uma história, na tentativa de fazerem caber um dia inteiro em apenas duas horas... não é isto que eu quero.

Eu quero trabalhar, mas quero ter tempo para eles. Eu quero trabalhar e quero fazer aquilo que gosto. E quando digo isto em voz alta parece que estou a dizer alguma blasfémia, algo que só um lunático pode desejar. Eu tenho a certeza que aliar o trabalho à vocação/gosto/talento é meio caminho andado para sermos mais felizes e não darmos pelas horas passar. Eu sei que ter um horário mais flexível, que me permita conjugar a vida familiar e profissional, vai trazer consequências muito positivas no crescimento dos meus filhos, e ao meu. Também tenho a certeza que tal como eu sinto a falta deles, eles sentem a minha falta, e que termos tempo de qualidade juntos passa por estar com eles sem os minutos contados na correria dos dias.

Ontem li um desabafo de uma mãe no facebook que se sentia muito triste e angustiada porque via a filha de 18 meses de manhã e quando chegava a casa a bebé (é uma bebé!) já dormia. Lamentava-se esta mãe mas pedia desculpa, como se esta angústia não fosse legitima e comum a tantas outras mães. Obteve solidariedade como resposta, testemunhos idênticos, mas também outras que a aconselharam, com a melhor das intenções é certo, a aproveitar aquela hora diária que passava com a filha, de manhã antes de a levar ao infantário, e que um dia a filha cresce e vai à vida dela, que a filha ficava bem o dia todo para não se preocupar...

Às vezes custa-me ouvir este comodismo, custa-me que os pais/mães em particular se acomodem às frases feitas do "tem que ser assim...", "já foi pior...", ou "no nosso tempo...". E custa-me, sobretudo, que quem governa não perceba a importância de podermos realmente acompanhar o crescimento dos nossos filhos, e sermos trabalhadores produtivos, e pessoas felizes.
É que é possível tudo isto, mas não se nos acomodarmos. Certamente serão felizes aqui...  e é isto que eu quero!



Sofia**



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