maio 25, 2017

livros - contos infantis

já tinha escrito por aqui que um dos nossos rituais à noite (nem sempre, mas muitas vezes) passa por lhes contar uma história. sinceramente, nem sempre resulta como método para os acalmar, porque eles inventam sempre qualquer coisa para adiarem a hora de dormir mas, em última instância, diverte-os, fá-los usar a imaginação, conhecem novas palavras e estão ali connosco, inteiros.





Todos os livros que apresento em cima têm histórias tradicionais, com ilustrações muito giras. 
O Príncipe Sapo, comprei no IKEA. A história é um pouco longa mas muito engraçada.
O meu preferido é o Contos Infantis (cinco minutos), e como o próprio nome indica cada história leva cerca de cinco minutos a contar e tem detalhes que servem para lhes testar a atenção. Ofereceram-lhes daqui
Era uma vez tem três histórias clássicas: Os três porquinhos, a Capuchinho Vermelho e a Caracolinhos Dourados, contadas de forma mais encurtada, perfeita para noites em que já passou a hora de dormir mas eles pedem muito muito um miminho! E o Espantalho Tomás, coitado, vive numa quinta a vida toda até que um dia os amigos o surpreendem e levam até à cidade. Uma aventura!
O Principezinho talvez seja a história mais reproduzida da história, passo a expressão, e sempre de maneiras diferentes. neste caso, é acompanhada de puzzles em cada página. acho que comprei este livro cedo demais ao Rodrigo, mas não lhe resisti na altura! (comprei aqui)



Espero que tenham gostado das sugestões.
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Sofia**









o que é mais difícil ao ter um filho?

no outro dia alguém dizia que ter filhos é fácil, difícil é educá-los. não podia estar mais de acordo com esta afirmação. 
eu não tinha esta noção quando decidi ter o meu primeiro filho. acho que pouca gente deve ter. normalmente, antes de decidirmos engravidar, ponderamos se a nossa vida é estável o suficiente, o dinheiro, a casa, o emprego, o carro, se a nossa relação é para durar, se há amor e companheirismo que cheguem para levar a cabo as noites mal dormidas, o fim (ainda que temporário) das saídas a dois, do dinheiro que se gasta em fraldas e que deixa de ser gasto em férias... acho que deve haver poucos casais a ponderar: será que vamos saber educá-lo? vamos conseguir impor-lhe limites? como faremos para lhe transmitir os nossos valores? como vamos lidar com as birras? e com as respostas tortas? e quando nos começar a pedir tudo e mais um par de botas, devemos dar-lhe só porque sim?! não, definitivamente não foram estas as perguntas que nos colocámos quando em 2009 decidimos avançar para o aumento da nossa família. 
mas o mais engraçado, é que perguntas deste género surgiram ainda na maternidade com ele, mínimo, nos meus braços, o inchaço da anestesia, as dores da cesariana: será que te vou conseguir proteger? conseguirei fazer-te feliz? que adulto serás? quero o mundo para ti... e nesse dia começou a preocupação com o dossier mais importante da vida destes (dos) pais e, por consequência, dos filhos também: educação.



nunca fazemos ideia de como serão os nossos filhos, que tipo de adultos se tornarão. nem temos poder suficiente para controlarmos na totalidade. e é importante termos essa consciência: não vamos conseguir controlar tudo! senão vejamos, temos 50% da parte genética que nos pertence mas os outros 50% têm muito que se lhes diga. temos o meio ambiente, os amigos, a escola, as educadoras/professores, as auxiliares, os treinadores, os avós, os tios... e depois temos o nosso filho que desde que nasce absorve o meio que o rodeia, aprende com os nossos exemplos e com os dos outros, ouve o que lhe dizemos e ouve mais uma dúzia de pessoas durante o dia, aprende na escola, aprende na televisão, aprende na rua, aprende, aprende, aprende... e gere tudo de acordo com a sua visão do mundo, com a sua personalidade semi moldada. 
claro que a nossa parte é fundamental. que não haja dúvidas que o nosso papel enquanto pais educadores, enquanto transmissores de exemplos e valores, é de longe o separador mais importante da aprendizagem deles. mas não é tudo.

e é na fase em que eles nos começam a colocar problemas, para os quais não estávamos preparados, que começamos a questionar se estamos a fazer bem, se estamos a fazer o melhor, e se o nosso melhor vai ser entendido por eles da melhor forma. é certo que vamos errar, mas também havemos de fazer muita coisa bem. resta-nos esperar que a mensagem (de amor) passe da melhor maneira possível. 

a mim preocupa-me que não saibam dar valor às coisas, quer materiais porque custam a ter, mas sobretudo ao que é simples mas importante como o amor e amizade. preocupa-me que não tenham empatia pelo outro, que não sejam justos, ou que se deixem levar pelo que as aparências exigem. às vezes tenho dúvidas, tantas vezes, sobre a forma como lhes devo (devemos) passar a mensagem. 


e a vocês, o que vos parece mais difícil ao educar um filho? quais são realmente as vossas preocupações? adorava que partilhassem! :)






Sofia**






maio 19, 2017

bolachinhas de aveia**

se antes eu já fazia alguns biscoitos e bolinhos cá em casa, agora que tenho que preparar o lanche do pequeno ainda mais. raramente lhe mando croissants, bolos ou bolachas de compra. por norma leva pão e se levar bolos são cá de casa!
como eu, ou melhor, como todos cá em casa gostamos de um docinho de vez em quando, o melhor é ter mesmo cuidado com o que faço, para o bem da saúde de todos! ;)

hoje partilho as receitas de algumas bolachas boas e saciantes que fui reunindo nos últimos tempos e experimentando. todas aprovadas, espero que gostem!








Aveia e Banana:
1 cháv. de aveia, 2 bananas esmagadas, 1 mão cheia de sementes.
Misturar tudo, fazer bolinhas e levar ao forno pré-aquecido 180 ºC cerca de 15 minutos.



Aveia e Amendoim:
60 g aveia fina, 1/2 c. chá de canela, 1 c. chá de bicarbonato de sódio, 1 ovo, 250 g manteiga de amendoim*, 80 g açúcar amarelo, 90 g arandos ou pepitas de chocolate.

Misturar a aveia com canela e bicarbonato de sódio.
Numa tigela bater o ovo com a manteiga de amendoim e o açúcar.
Juntar as duas misturas, adicionar os arandos/pepitas e misturar.
(Se a massa estiver seca juntar um pouco de leite)
Levar ao forno a 180 ºC cerca de 15 min..

* manteiga de amendoim -  compro no LIDL mas também é fácil fazer em casa. basta 200g de amendoins descascados, uma colher de chá de óleo de côco e um pouco de açúcar (ou não, depende do gosto de cada um).



Aveia e Maçã:

1 maçã (sem caroços, com casca), 100 g açúcar amarelo, 1 ovo, 1 c. chá de canela, 100 g aveia, 50 g farinha integral.

Triturar ou ralar a maçã.
Numa tigela misturar o ovo com o açúcar. Juntar os restantes ingredientes e adicionar a maçã.
Misturar bem. Fazer bolinhas e levar ao forno 180 ºC, cerca de 30 min..



** em relação às quantidades de açúcar eu vou experimentando. às vezes ponho um pouco menos, outras substituo por mel. o melhor é experimentar e ver o que gosta mais.

*** estas receitas foram retiradas de diversos sites e apontadas no meu caderno. agora resolvi partilhar com vocês!







Bom fim de semana!



Sofia**









maio 18, 2017

ele.





ele liga-me sempre, todos os dias, depois de deixar o mais velho. conta-me como foi, se ficou bem, se ouviram a campainha, ou se chegaram e foi vê-lo correr para a sala. 
ele liga-me sempre, todos os dias, alguns minutos depois de nos termos despedido. deseja-me bom dia, diz que me ama, conta-me o que vê ou o que se lembra. ele ligou-me hoje para me contar como está bonita e vistosa a árvore roxa do Aboim, que graça dá àquela rua, àquela casa, cheia de meninos, cheia de sonhos. ele ligou-me porque viu algo bonito e lembrou-se de mim.
ele.
nós.
























livros - vamos falar de emoções?

às vezes aproveito algumas promoções para investir nos livros. foi o caso destes que comprei na altura da black friday na Bertrand, no ano passado, para lhes oferecer no Natal. em cada um escrevi uma dedicatória, alusiva ao tema do respectivo livro. escrevi na última página, não lhes mostrei. vou esperar que um dia, quando já souberem ler, a descubram e se surpreendam!


já lemos todos e eles gostaram bastante. 
o primeiro, A coisa que mais dói no mundo, fala da mentira e de como pode prejudicar os outros e a nós próprios. a história é engraçada (para os miúdos, principalmente), fá-los rir e entender a mensagem.
o Monstro das Cores é interessante sobretudo para a idade do Duarte (4) mas adapta-se perfeitamente aos mais velhos. para ele não foi novidade porque falou deste livro na escola. ajuda-os a identificar os sentimentos através das cores: a tristeza, a alegria, a raiva, o medo e a calma. e o mais giro é vê-lo a aplicar as cores às situações ("Mãe, estou vermelho, tenho raiva!, Estou azul (feliz) mãe!") - não há como resistir.
Adivinha quanto gosto de ti ofereci directamente ao Rodrigo. desde pequenino que lhe digo que gosto dele tanto assim, e quando chegou ao fim da história até lhe vieram as lágrimas aos olhos. parece simples mas transmite tanto. e as ilustrações são lindíssimas.
Zé zangado faz parte de uma colecção de três livros (se não me engano) que falam das emoções para meninos mais crescidos, em idade de leitura. identifica, neste caso, a zanga e como lidar com ela e dá também dicas aos pais para ajudar os filhos nesta coisa complicada que pode ser o sentir e não saber expressar. desta colecção, escrita por psicólogas, faz parte também a felicidade e o medo.


cá em casa falamos bastante (mas naturalmente) sobre as emoções e sentimentos e vejo com agrado que eles já conseguem transmiti-las verbalmente. por exemplo, às vezes, numa birra, depois de chorarem um bocado, pedem colo e mimo, ou então vêm pedir desculpa pela maneira como se portaram. noutras alturas, dizem obrigado ou relatam como estão felizes com determinada surpresa.
isto pressupõe que interiorizaram a situação, identificaram a forma como se estão a sentir e agem em conformidade. numa situação frustrante, choram e pedem mimo para se acalmarem. se se sentem felizes, reconhecem e agradecem o que os fez ficar assim.



estes são alguns dos livros que considero interessantes para de uma maneira divertida e com bonitas ilustrações falarmos de sentimentos com os nossos pequenos. independentemente das idades, é bom começar a construir uma inteligência emocional que lhes permita lidar da melhor forma com as mais diversas situações nas diferentes fases das suas vidas.




espero que tenham gostado. adorava saber se têm mais sugestões.







Sofia**





P.S.: esqueci-me de mencionar o Divertida-mente (o livro e o filme) outro bom exemplo!