novembro 04, 2016

a escola... já pararam para pensar?! *

cada vez mais ouvimos falar sobre a escola. a carga horária absurda que têm as nossas crianças, a enorme quantidade de trabalhos que trazem para casa, a falta de tempo que têm para brincar, para estarem ao ar livre, em grupo, com os seus amigos. partilham-se textos de opinião, somam-se os livros dos especialistas, assistem-se a programas sobre o assunto... mas, e que efeito tem tudo isto? será que são só partilhas automáticas no intervalo do café, ou por trás de cada like existe efectivamente uma reflexão sobre este assunto?




eu tenho dois rapazes, e não sei se por defeito (ou feitio) de género, eles precisam de actividade física, correr, saltar, subir, escalar. já aqui disse uma vez que, o que o meu filho mais adora na sua nova escola é a fileira de árvores que se entretém a subir nos escassos 30 minutos que tem para brincar ao longo de sete horas de trabalho!? quando o vou buscar tento sempre arranjar um espaço no nosso tempo que dê para ele gastar a energia que traz acumulada. vamos ao parque,  deixamos o carro em casa antes de apanhar o mano, e duas vezes por semana tem os treinos de basquete que é do melhor que pode haver em diversos aspectos (noutro post falarei disso). 

sete horas de trabalho!! crianças com 6 anos!! já pararam para pensar?? quanto tempo estão vocês, sentados nos vossos empregos, realmente concentrados no que estão a fazer? quantas vezes param, ao longo do dia, para falar com a colega, ir tomar café ou espreitar o facebook?? e quantos anos têm? já pararam para pensar? 
e depois da escola? é que para além das sete horas, quase em exclusivo na sala de aula, a grande maioria das nossas crianças não tem outra hipótese senão ir para os OTL (ocupação de tempos livres), que é o mesmo que dizer que vão ser enfiados noutra sala (de estudo), fechados, sentados, muitas vezes a fazerem os intermináveis trabalhos de casa! ora, das 9h ás 19h... é fazer as contas! seis, sete, oito, nove anos...

já vamos em dois meses de aulas, o Rodrigo está no primeiro ano, e à semelhança do que já se passava na pré-escola (que agora é, infelizmente, um ensaio rigoroso do ensino básico) não está entusiasmado com a aprendizagem. ele vai e faz, mas o melhor que lhe podemos dizer é que amanhã é fim de semana, feriado, férias... os trabalhos de casa, que ainda não são muitos mas que lhe ocupam tempo precioso de brincadeira, são feitos a despachar porque o relógio corre "e eu quero ir brincar, mãe!!"

por aí não sei, mas este é um assunto na ordem do dia cá em casa, é algo que nos preocupa porque temos consciência que irá afectar os nossos filhos (sobrinhos, primos, filhos de amigos...) em grande escala nas mais diversas áreas da sua vida. as crianças aprendem as regras da sociedade nos recreios da escola, as crianças precisam de saltar e pular e de fazerem jogos para gastarem energia, saberem lidar uns com os outros, aprenderem a resolver conflitos. as nossas crianças precisam de um sistema de ensino apelativo, criativo, que lhes suscite a vontade de aprender mais e mais... 
mas enquanto nós PAIS, tios, primos, avós, PROFESSORES, partilharmos apenas nos chats ou nas conversas de café as nossas preocupações e ideias de mudança, e não fizermos nada que efectivamente possa MUDAR alguma coisa, só podemos contar com uma próxima geração acomodada, triste, e sem rumo... sem exagero.




Se vos interessar este tema, eis algumas leituras e programa interessantes:







* ah, e para quem possa ler isto e pensar "E no nosso tempo, também era assim!!", não era, pensem lá bem, não era!







Sofia**









outubro 28, 2016

#coisasboasacontecemapessoasboas*

temos que acreditar que se fazemos o bem, o universo de alguma forma nos vai retribuir. temos que acreditar em nós, nos outros, no que nos rodeia, porque só acreditando nos movemos e somos capazes de mover o mundo. 









estas fotografias foram tiradas na semana passada. descemos os quatro à Baixa da cidade, o pai tinha um compromisso e nós acompanhámos tentando aproveitar os poucos momentos de lazer que temos tido juntos nos últimos tempos. por instantes, saímos do sitio onde estávamos e reparámos no pôr do sol e corremos para a marina, eu e eles, a rir, como se nunca tivéssemos assistido a este momento. engraçado que o Rodrigo tinha levado a máquina dele e pegou nela quase com a mesma velocidade com que tirei o meu telemóvel. ali ficámos a contemplar, a brincar, a aproveitar aquele momento. estava um céu de cortar a respiração (sem qualquer filtro)... depois chegou o pai e trazia uma boa noticia. chamem-me louca mas eu achei que tinha tudo a ver!



por vezes, há períodos na vida muito desgastantes, alturas em que colocamos em causa as escolhas que fizemos, ponderamos mudar tudo, atirar tudo ao ar e saltar para outra dimensão. estamos cansados, fartos de tudo e todos, parece que o mundo conspira contra nós. vamos buscar forças, sem saber bem onde, respiramos fundo, uma e outra vez, e acreditamos, acreditamos que tem que dar certo, trabalhamos, no meio de tudo isto trabalhamos, mas sempre a acreditar.
e um dia, as nuvens desviam-se, o vento sopra a favor e as boas noticias chegam. e os elogios, o reconhecimento, as palavras felizes fazem-se ouvir. o peso vai embora, endireitamos as costas, suspiramos e dizemos para dentro: valeu a pena!






* e um dia, eles vão saber, que vale a pena acreditar! eu acreditei sempre... lov-u!

















outubro 21, 2016

tarte de pêra

o conceito de comfort food (comida de conforto) não se podia adequar melhor a esta altura do ano, em que, se por um lado lamentamos a partida do verão, por outro, algo em nós já tem saudades do aconchego das lãs e das tardes de sofá com a chuva a cair lá fora. (sim? não? sou só eu??)
Bem, seja qual for a vossa preferência o certo é que a um docinho ninguém resiste, sobretudo se não for muito pecaminoso como este que vos trago!





Já aqui tinha partilhado esta tarte, em versão maçã, mas também estamos na época das pêras e resolvi experimentar, e posso dizer-vos que não me desiludiram! As pêras parece que derreteram fazendo um creme delicioso que misturado com a massa combinou na perfeição. 

Podem espreitar aqui a receita que é igual, só muda a fruta.
Da outra vez não tinha feito a massa, mas se quiserem experimentar aqui fica uma forma simples de fazer.



vão precisar:

330g farinha (ou farinha integral), 180g manteiga, 60g açúcar, 1 ovo


como fazer:

Misturar os ingredientes para a massa até estar homogénea, deixar repousar um pouco. Estender sobre papel vegetal até obter um círculo com pouca espessura.

Depois é seguir o resto da receita, simples, simples!





Bom fim de semana!

Sofia**









outubro 18, 2016

que actividade diz bem contigo? *

percorri várias actividades ao longo da minha infância e adolescência. comecei na ginástica, conjuguei com a patinagem, passei pelo ballet e, permaneci na natação. em nenhuma cheguei a competir, mas em todas aprendi ou ganhei algo importante, fiz amigos e diverti-me. 
um dos factores que considero fundamentais, neste dossier da actividade física, até quando penso em relação aos meus filhos, é a importância de cedo adquirirmos o hábito de praticar exercício físico, de nos mexermos e termos uma vida minimamente saudável. quando saí da natação, inscrevi-me num ginásio. fazia aulas localizadas, step, aeróbica, ou musculação (soft). mas tudo o que fosse mais mexido, que tivesse música e ritmo era o que me motivava mais. mais tarde, com a faculdade, deixei o ginásio mas não as corridas na Alameda ou o step mesmo em casa, no meu quarto minúsculo da Av. de Roma.
hoje em dia tento manter uma rotina (já tenho falado disto aqui) mas nem sempre é fácil. uns dias corro, outros faço uns abdominais, mas nada muito consistente. uma das minhas maiores dificuldades prende-se com o horário. o melhor seria levantar-me bem cedo e às 07h00 já estar pronta para me mexer. mas nem sempre é fácil, pelo menos antes da Primavera chegar com as suas manhãs radiosas...













isto para dizer que descobri agora, algo que me pode motivar a saltar da cama directo para o tapete da sala: Yoga!! já tinha ouvido falar, inclusive pela minha irmã que é instrutora de Pilates, mas torcia sempre o nariz a algo que se faz ao som de uma música demasiado calma, com movimentos demasiado lentos e que não mexiam com nada... achava eu! já fiz duas aulas e garanto-vos que não é tão fácil como parece. é calmo, sim, mas ajuda-nos a concentrar, é relaxante mas mexe-nos com cada músculo que temos no corpo, e o facto de não ter grandes agitações é um factor a favor para mim, que não sou de grandes loucuras logo de manhãzinha! claro que não quero deixar as corridas completamente de lado, mas espero conseguir ser mais consistente com esta rotina matinal.
equilíbrio e flexibilidade. corpo, mente e espírito em sintonia, acho que era mesmo isto que estava a precisar neste momento. e a vida também é isto, procurarmos aquilo que precisamos em cada fase que vivemos. 



tenho seguido este canal no youtube, onde as aulas acontecem numa paisagem de sonho (outro factor que me motiva) e vou começar o desafio dos 21 dias, depois conto se houve realmente alterações!
alguém me segue? começamos amanhã! (19/10/2016)




Namaste a todas ;)

Sofia**








* foto via Pinterest