novembro 16, 2016

let´s fall...




o melhor do outono são as suas cores, é o brilho do sol nos dias mais frios, o cheirinho da castanha assada, a batata doce, o crocante das romãs, o mel dos dióspiros. os dias são mais curtos, óptimos para nos aconchegarmos em casa, enrolarmos os pés na manta e assistirmos um bom filme (infantil) . risos para os mais activos, os passeios de bicicleta sabem tão bem, ou os passeios a pé a pisar as folhas secas que decoram o chão... as fotos são maravilhosas!
Também gostam desta estação?




let´s fall in love for the simple things!





Sofia**





novembro 09, 2016

09.11.2016 - #choosehope

hoje, mal os despertadores tocaram e os nossos olhos se abriram, a ansiedade de saber o resultado das eleições nos estados unidos impôs-se. a primeira mensagem que lemos no facebook antevia o pior dos cenários. corremos para a sala para ligar a SIC Noticias e confirmou-se: Trump fora eleito Presidente dos EUA! inacreditável! tontos ainda com esta bomba que nunca acreditámos ser possivel, relembrei o comentário de Miguel Sousa Tavares que a certa altura da campanha dizia que nunca ninguém acreditou sequer que a candidatura de Trump fosse avançar, mas avançou, as sondagens não eram más de todo para o seu lado, e que por isso temia o pior,..
acordámos os miúdos e contámos ao Rodrigo que o senhor do cabelo amarelo tinha ganho as eleições. a reacção: oh não! ele vai construir o muro e eu já não posso ir para a América jogar basquete!! rimos. mas nesta afirmação tão simples e infantil, disseste tanto, Rodrigo!






nunca acreditámos que o senhor de cabelo alvoreado, cuja a ideia de (re)construção de um país que é só a maior potência mundial se prende com o elevar de um muro à sua volta, pudesse vir a ser o Presidente! é certo também que poucos defenderam que H. Clinton seria a chefe de estado ideal, mas dadas as fracas e assustadoras alternativas, era sem dúvida a melhor opção. os americanos escolheram aquilo que para o mundo inteiro era impensável: um Presidente que defendeu ideias xenófobas, que mostrou a sua simpatia por Putin e que tentou sempre denegrir a imagem das mulheres, and so on... enfim, onde tinham a cabeça??! 




depois do choque, resta-nos esperar que os seus ideais se desvaneçam, como acontece tantas vezes com as promessas eleitorais feitas em campanhas efusivas, e que na prática, Trump não faça muitos estragos. a ver vamos. 








Sofia**










novembro 04, 2016

#collectmomentsnotthings










no último fim de semana, voltámos a casa. cansados mas empurrados pela vontade de celebrar com o resto da família uma etapa boa, uma prova superada. foram 24 horas, uma corrida. queríamos regressar ao nosso ninho, cedo, a tempo de dar banho aos miúdos, deitá-los na sua hora, porque no dia seguinte a escola esperava pelo mais velho.
mas calhou a hora de saída coincidir com o por do sol, mesmo ali, perto daquelas praias fantásticas. o sol a deitar-se no horizonte, aquelas cores intensas, a temperatura amena, foi impossível resistir ao convite da natureza para aproveitarmos aquele momento. parámos o carro, já não ficava cedo, mas eram só cinco minutos. pés descalços, calças arregaçadas, e corridas na areia. a água fria e salgada a chamar para um pezinho de dança, aquela sensação boa de liberdade, o ar fresco mas que conforta e nos eleva a alma, o universo a dizer-nos que vai dar tudo certo... estamos juntos.
aquele abraço...





há convites que não se recusam. parar, ignorar as horas, as obrigações... são as excepções que ditam as regras. registar estes momentos na nossa memória, nos corações deles... não se esquece mais e conta para sempre.









Bom fim de semana!

Sofia**





a escola... já pararam para pensar?! *

cada vez mais ouvimos falar sobre a escola. a carga horária absurda que têm as nossas crianças, a enorme quantidade de trabalhos que trazem para casa, a falta de tempo que têm para brincar, para estarem ao ar livre, em grupo, com os seus amigos. partilham-se textos de opinião, somam-se os livros dos especialistas, assistem-se a programas sobre o assunto... mas, e que efeito tem tudo isto? será que são só partilhas automáticas no intervalo do café, ou por trás de cada like existe efectivamente uma reflexão sobre este assunto?




eu tenho dois rapazes, e não sei se por defeito (ou feitio) de género, eles precisam de actividade física, correr, saltar, subir, escalar. já aqui disse uma vez que, o que o meu filho mais adora na sua nova escola é a fileira de árvores que se entretém a subir nos escassos 30 minutos que tem para brincar ao longo de sete horas de trabalho!? quando o vou buscar tento sempre arranjar um espaço no nosso tempo que dê para ele gastar a energia que traz acumulada. vamos ao parque,  deixamos o carro em casa antes de apanhar o mano, e duas vezes por semana tem os treinos de basquete que é do melhor que pode haver em diversos aspectos (noutro post falarei disso). 

sete horas de trabalho!! crianças com 6 anos!! já pararam para pensar?? quanto tempo estão vocês, sentados nos vossos empregos, realmente concentrados no que estão a fazer? quantas vezes param, ao longo do dia, para falar com a colega, ir tomar café ou espreitar o facebook?? e quantos anos têm? já pararam para pensar? 
e depois da escola? é que para além das sete horas, quase em exclusivo na sala de aula, a grande maioria das nossas crianças não tem outra hipótese senão ir para os OTL (ocupação de tempos livres), que é o mesmo que dizer que vão ser enfiados noutra sala (de estudo), fechados, sentados, muitas vezes a fazerem os intermináveis trabalhos de casa! ora, das 9h ás 19h... é fazer as contas! seis, sete, oito, nove anos...

já vamos em dois meses de aulas, o Rodrigo está no primeiro ano, e à semelhança do que já se passava na pré-escola (que agora é, infelizmente, um ensaio rigoroso do ensino básico) não está entusiasmado com a aprendizagem. ele vai e faz, mas o melhor que lhe podemos dizer é que amanhã é fim de semana, feriado, férias... os trabalhos de casa, que ainda não são muitos mas que lhe ocupam tempo precioso de brincadeira, são feitos a despachar porque o relógio corre "e eu quero ir brincar, mãe!!"

por aí não sei, mas este é um assunto na ordem do dia cá em casa, é algo que nos preocupa porque temos consciência que irá afectar os nossos filhos (sobrinhos, primos, filhos de amigos...) em grande escala nas mais diversas áreas da sua vida. as crianças aprendem as regras da sociedade nos recreios da escola, as crianças precisam de saltar e pular e de fazerem jogos para gastarem energia, saberem lidar uns com os outros, aprenderem a resolver conflitos. as nossas crianças precisam de um sistema de ensino apelativo, criativo, que lhes suscite a vontade de aprender mais e mais... 
mas enquanto nós PAIS, tios, primos, avós, PROFESSORES, partilharmos apenas nos chats ou nas conversas de café as nossas preocupações e ideias de mudança, e não fizermos nada que efectivamente possa MUDAR alguma coisa, só podemos contar com uma próxima geração acomodada, triste, e sem rumo... sem exagero.




Se vos interessar este tema, eis algumas leituras e programa interessantes:







* ah, e para quem possa ler isto e pensar "E no nosso tempo, também era assim!!", não era, pensem lá bem, não era!







Sofia**









outubro 28, 2016

#coisasboasacontecemapessoasboas*

temos que acreditar que se fazemos o bem, o universo de alguma forma nos vai retribuir. temos que acreditar em nós, nos outros, no que nos rodeia, porque só acreditando nos movemos e somos capazes de mover o mundo. 









estas fotografias foram tiradas na semana passada. descemos os quatro à Baixa da cidade, o pai tinha um compromisso e nós acompanhámos tentando aproveitar os poucos momentos de lazer que temos tido juntos nos últimos tempos. por instantes, saímos do sitio onde estávamos e reparámos no pôr do sol e corremos para a marina, eu e eles, a rir, como se nunca tivéssemos assistido a este momento. engraçado que o Rodrigo tinha levado a máquina dele e pegou nela quase com a mesma velocidade com que tirei o meu telemóvel. ali ficámos a contemplar, a brincar, a aproveitar aquele momento. estava um céu de cortar a respiração (sem qualquer filtro)... depois chegou o pai e trazia uma boa noticia. chamem-me louca mas eu achei que tinha tudo a ver!



por vezes, há períodos na vida muito desgastantes, alturas em que colocamos em causa as escolhas que fizemos, ponderamos mudar tudo, atirar tudo ao ar e saltar para outra dimensão. estamos cansados, fartos de tudo e todos, parece que o mundo conspira contra nós. vamos buscar forças, sem saber bem onde, respiramos fundo, uma e outra vez, e acreditamos, acreditamos que tem que dar certo, trabalhamos, no meio de tudo isto trabalhamos, mas sempre a acreditar.
e um dia, as nuvens desviam-se, o vento sopra a favor e as boas noticias chegam. e os elogios, o reconhecimento, as palavras felizes fazem-se ouvir. o peso vai embora, endireitamos as costas, suspiramos e dizemos para dentro: valeu a pena!






* e um dia, eles vão saber, que vale a pena acreditar! eu acreditei sempre... lov-u!