... são insuportáveis! Fazem birras nos restaurantes, na praia, no supermercado, nos corredores do shopping, em todo o lado. Levantam a mão aos pais, dizem-lhes que são maus e que já não gostam deles, alto e bom som para quem quiser ouvir. Choram muito alto, berram, esperneiam e alguns até se atiram ao chão. São barulhentos, incomodam, são uns chatos!
São assim os filhos dos outros... quando não temos filhos, quando ainda não somos pais.
Mas depois, depois de sermos mães (pais), o caso muda de figura. Os filhos dos outros passam a ser um bocadinho nossos, ainda que no sentido figurativo, e quando vemos uma cena daquelas num local público a nossa mente parental apressa-se a interpretá-la. Embora nos sintamos incomodados, desculpamos com o sono, pensamos que talvez a criança esteja com fome, lembramos a birra que o nosso filho fez depois de ter estado quase duas horas sentado num restaurante, e compreendemos a paciência daqueles pais a aturarem a fita do seu filho. Hoje observei dois pais que aturavam uma senhora birra do seu filho na praia. Ao lado, no ovinho, estava um recém nascido, e logo a minha mente desculpou a paciência daqueles pais e a empolgação daquela birra, com a chegada daquele novo membro aquela família. Projectei-me? Um bocadinho, talvez!
Depois de sermos pais temos uma outra perspectiva dos acontecimentos com os filhos dos outros. As verdades que antes foram absolutas são agora relativas, e aprendemos a nunca dizer nunca!
Depois de sermos pais temos uma outra perspectiva dos acontecimentos com os filhos dos outros. As verdades que antes foram absolutas são agora relativas, e aprendemos a nunca dizer nunca!
2 comentários:
Já prolonguei a "cena" algumas vezes porque tinha de fazê-la perceber que quem manda sou eu. Já me meti no lugar dela quando fez umas asneiras à mesa pois era hora de ela dormir e estava num restaurante sem se puder quase mexer. Já olhei de lado outros pais e outras crianças pelas birras que ouvia (antes de ser mãe). Já fui olhada (depois de ser mãe). Agora faço sorrisos cumplices ou olhares condescendentes quando vejo outros pais a tentar gerir certas situações.
tão verdade!
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