... os filhos. Há dias difíceis, outros não. Eles estão rabugentos, nós estamos cansados, eles querem actividade, nós não queremos fazer nada. Depois há o calor, os horários, as birras, o desencontro dos ponteiros do relógio.
Sábado foi um dia assim. O R. acordou cedo e veio para a nossa cama a chorar (raro) a pedir para ir para a sala. Nem ia para a sala, nem queria descansar (apesar de estar nitidamente com sono), nem se calava com o choradinho. Acordou o irmão. O Du acordou a chorar, deserto pelo biberão (é normal) e já não dormiu. Eram oito e meia. Resolvemos sair de casa, fomos até à praia, tomámos o pequeno almoço na areia, demos mergulhos, brincámos e voltámos para casa na esperança que eles, cansados, dormissem. O Du dormiu (só) uma hora, o R. não só não dormiu como fez tudo o que é possível para nos chatear, desafiar, irritar. E conseguiu. Foi uma tarde para esquecer. Felizmente tínhamos um jantar combinado, com amigos e mais crianças das idades deles, brincaram, estavam no ambiente perfeito e divertiram-se. Quando os outros já dormiam, já a madrugada se impunha, os meus filhos andavam encantados da vida e bem dispostos.
Domingo acordaram mais tarde, bem dispostos, sem birras nem choros. Já não fomos a tempo da praia da manhã, o pequeno almoço foi na nossa sala, o bolo de laranja feito na véspera. O R. fez o almoço com o pai, eu li enquanto o Du dormia. (Custa-me sempre estar quieta, não ser eu a andar a mil de um lado para o outro. Custei a sossegar no sofá, a abrir o livro e desfrutá-lo, mas soube tão bem). Depois foi a vez do pai descansar com o mais velho, enquanto eu e o pequeno estivemos num namoro pegado no sofá, a ver um daqueles filmes de tarde de fim de semana. Tudo em modo zen. Tão diferente do dia anterior. Não fomos à praia mas saímos para um gelado à noite, uma noite de verão (28ºC) a pedir um passeio. O R. foi vestido de Super Homem... e porque não? Ele só tem quatro anos, se não o fizer agora...
Os filhos são assim, mudam-nos os dias, fazem-nos andar num carrocel de emoções, fazem-nos questionar muita coisa e ter certezas de tantas outras e mudam-nos a perspectiva, radicalmente. Os dias são imprevisíveis, por vezes é como se adormecêssemos no meio de uma tempestade e acordássemos no dia seguinte, no meio de um sol brilhante e um azul calmo sem fim. Os dias são sempre diferentes: preenchidos, calmos, caóticos, serenos, emotivos. Este fim de semana foi assim, um espécie de clima tropical!
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