junho 16, 2014

uma espécie de clima tropical...

... os filhos. Há dias difíceis, outros não. Eles estão rabugentos, nós estamos cansados, eles querem actividade, nós não queremos fazer nada. Depois há o calor, os horários, as birras, o desencontro dos ponteiros do relógio.
Sábado foi um dia assim. O R. acordou cedo e veio para a nossa cama a chorar (raro) a pedir para ir para a sala. Nem ia para a sala, nem queria descansar (apesar de estar nitidamente com sono), nem se calava com o choradinho. Acordou o irmão. O Du acordou a chorar, deserto pelo biberão (é normal) e já não dormiu. Eram oito e meia. Resolvemos sair de casa, fomos até à praia, tomámos o pequeno almoço na areia, demos mergulhos, brincámos e voltámos para casa na esperança que eles, cansados, dormissem. O Du dormiu (só) uma hora, o R. não só não dormiu como fez tudo o que é possível para nos chatear, desafiar, irritar. E conseguiu. Foi uma tarde para esquecer. Felizmente tínhamos um jantar combinado, com amigos e mais crianças das idades deles, brincaram, estavam no ambiente perfeito e divertiram-se. Quando os outros já dormiam, já a madrugada se impunha, os meus filhos andavam encantados da vida e bem dispostos.
Domingo acordaram mais tarde, bem dispostos, sem birras nem choros. Já não fomos a tempo da praia da manhã, o pequeno almoço foi na nossa sala, o bolo de laranja feito na véspera. O R. fez o almoço com o pai, eu li enquanto o Du dormia. (Custa-me sempre estar quieta, não ser eu a andar a mil de um lado para o outro. Custei a sossegar no sofá, a abrir o livro e desfrutá-lo, mas soube tão bem). Depois foi a vez do pai descansar com o mais velho, enquanto eu e o pequeno estivemos num namoro pegado no sofá, a ver um daqueles filmes de tarde de fim de semana. Tudo em modo zen. Tão diferente do dia anterior. Não fomos à praia mas saímos para um gelado à noite, uma noite de verão (28ºC) a pedir um passeio. O R. foi vestido de Super Homem... e porque não? Ele só tem quatro anos, se não o fizer agora...

Os filhos são assim, mudam-nos os dias, fazem-nos andar num carrocel de emoções, fazem-nos questionar muita coisa e ter certezas de tantas outras e mudam-nos a perspectiva, radicalmente. Os dias são imprevisíveis, por vezes é como se adormecêssemos no meio de uma tempestade e acordássemos no dia seguinte, no meio de um sol brilhante e um azul calmo sem fim. Os dias são sempre diferentes: preenchidos, calmos, caóticos, serenos, emotivos. Este fim de semana foi assim, um espécie de clima tropical!





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