Du, 4 meses
Não faço ideia quem ganhou o melhor argumento, o melhor actor, quem era a mais elegante ou quem tinha um vestido que não lembrava a ninguém. Não sei quem apresentou a gala, quem eram os nomeados, ou quem foram os convidados musicais. Mas lembro-me que acordei nesse dia com uma sensação estranha e um cansaço maior. Lembro-me que almoçámos numa pizaria da Baixa com uns amigos, e que eles brincaram que já faltava pouco, enquanto eu sentia um incómodo crescente.
Depois, só me lembro de estarmos deitados no sofá, distraídos com os Oscars na Tv, mas (eu) com mais atenção ao relógio. E de 15 em 15 minutos a minha barriga ficava dura. Pensei que se fosse tão rápido como da primeira vez, teria que ir sozinha para o hospital, não queria interromper o sono do Rodrigo com a chegada do mano. Mas e se fosse só de manhã, dava tempo para o deixar na creche? Descansámos numa noite tranquila e deixámos as dúvidas para depois. A manhã seguinte foi normal, mas com os intervalos mais curtos. Deixei o meu pequenino na escola, com o coração apertado pela certeza de nessa noite não lhe contar uma história, mas feliz com a possibilidade de poder finalmente abraçar outro grande amor. E às 17h35, conheci o meu moreno e tive a certeza do que já desconfiava: amor de mãe é como um troféu invejável, é feito de um material maciço e único, não se parte, não se divide, e quanto muito... multiplica-se!
Parabéns, meu pequeno Du, dois anos a fazer-nos ainda mais felizes!
love,
mom
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