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janeiro 06, 2017

para pensar...






por estes dias, as maiores disputas entre eles são as do colo. o pequeno quer colo logo o grande diz que também quer, que é injusto porque nunca anda ao colo ou às cavalitas, que o pequeno é que ganha tudo... patati-patatá! pouco lhes interessa que tenham idade para andar a pé e acima de tudo, peso e altura que nos dão cabo das costas, a nós pais. mas enfim, no outro dia, numa destas trocas de palavras, embuída pelo ambiente de fim de ano/ano novo, lá lhe cedi o meu transporte, neste caso cavalitas. e devo dizer que às cavalitas eles ficam ligeiramente mais leves, desde que não nos apertem o pescoço, corre tudo bem. 
ontem ele voltou a pedir colo, cá em casa. era hora de dormir, estávamos na rotina do vestir o pijama-lavar os dentes-deitar, e de uma divisão para a outra dei-lhe colo. e ele agarrou-se a mim. mas agarrado mesmo, ao meu pescoço, e com um grande sorriso disse:


- vês mãe, tu ainda podes comigo ao colo!!
- sim, posso, mas já és um bocado pesado e grande para colo.
- sim, mas ainda consegues! e o teu colinho é tão bom... gosto tanto! aproveita mãe, que qualquer dia já não me tens assim!





gluuup! engoli em seco e agarrei-me a ele. a ele e aquele momento. e é verdade mesmo, qualquer dia, e já não deve faltar muito, não vou conseguir andar com ele agarradinho a mim. não só por estar pesado e alto, e me dar cabo das costas, mas porque ele já não vai querer (naturalmente). e deu-me que pensar, esta dualidade tão grande de ser mãe: o orgulho e alegria de ver um filho crescer e a tristeza desse crescimento os levar para longe de nós... ou pelo menos, para longe do nosso colo!







Sofia**






para rir... (#1)






na noite de Natal, os manos (leia-se, os meus filhos) juntaram-se a ver um filme de animação, o Big Hero 6. cada um na sua poltrona lá estiveram entretidos. mas estava  a fazer-me alguma confusão a forma como o Duarte estava sentado, nada confortável, chegado para a frente um pouco torto até. e volta e meia lá lhe dizia: chega-te para trás filho! mas não queres pôr-te mais para trás Duarte? encosta-te, Duarte! e ele olhava para mim, encolhia os ombros e voltava para a tv... mas às tantas, farto de eu o estar a chatear, vira-se e diz:

- Está bem!! Então, onde é que está o comando??
- O comando?! (eu sem perceber...)
- Sim, o comando para eu pôr o filme para trás! 



Ahahah, o que nós nos rimos. eu preocupada que ele estivesse mal sentado e ele a pensar que raio a minha mãe quer que eu ponha o filme para trás... logo agora que eu estava aqui tão bem!

Deu para rir um bocadinho, o que é inevitável, quando se tem crianças!!







Sofia**












dezembro 13, 2016

por estes dias...




a nossa casa já recebeu o Natal. mais propriamente no dia 25 de Novembro. eles pediram e eu não resisti a desencantar a árvore, as bolinhas e por luzinhas a piscar por todo o lado. a casa fica mais acolhedora, mais bonita. é incrível como Natal rima com inverno, que rima com panquecas, que rima com chuva, sofá e filmes.
não tendo um calendário de advento material, temos criado as nossas actividades alusivas à época. recebemos o Pai Natal na nossa cidade, enfeitámos a nossa árvore, o Rodrigo quis comprar uma flor do Natal para cuidar, fiz uns arranjos para a casa, visitámos a Aldeia do Natal aqui ao lado, fomos ao mercado escolher fruta e ao cinema ver a VAIANA . adorámos!! um filme cheio de esperança, muito bem feito, com personagens interessantes e um cenário que dá vontade de pegarmos nas malas e fugir para lá de tão real que é! também queremos ir patinar no gelo, quero dizer, no Fórum! - se bem que na neve verdadeira calhava bem! e temos muito mais programado, mas sem dia certo, sem pressões de calendário.
celebrámos o nosso amor no dia 8. onze anos de casados!! bodas de aço, dizem! (e este ano foi mesmo à prova de bala!). ao contrário do ano passado tivemos a companhia deles. foi um dia calmo mas feliz e com os miúdos todos contentes por os pais terem casado há 30 anos!! (ahah, foi o que o Rodrigo disse na escola!!). kids...
agora ando com o pensamento nas prendas que ainda me faltam... gostava de fugir das lojas nesta altura, mas não há como evitar. ainda tenho algumas coisas para comprar e a comparação preço/qualidade/será que vai gostar/utilidade é sempre uma coisa morosa de se fazer sobretudo nesta altura em que não se consegue andar nos shoppings quanto mais pensar! estou a fazer a minha agenda para 2017 (post para breve) e uma das páginas de Novembro vai ser destinada à lista de Natal... com toda a certeza!

o ano está quase no fim. as férias estão à porta, a festa de Natal do pequeno é já na sexta, a viagem para casa dos avós em breve, e os dias à volta da mesa a desfrutar do tempo e de nós. adoro esta época! 


e vocês, também são fãs do Natal?









Boas festas!


Sofia**








dezembro 02, 2016

com ou sem Calendário do Advento...




tenho alguns calendários do advento guardados na minha galeria do Pinterest mas ainda não foi este ano que elaborei um. gostava de ter a ajuda deles e que tivessem mais consciência do que se trata. mas nem por isso deixamos de ter actividades em família, nesta época como em outras, só não temos dias marcados.
assim, para quem quiser fazer um calendário propriamente dito ou apenas ter algumas dicas do que fazer com os miúdos nas férias, deixo-vos algumas ideias do que funciona connosco:



1. decorar a árvore de Natal.

2. fazer uma fornada de bolachas, de preferência com formas alusivas à época (para vocês ou para oferecerem a alguém).

3. ir ao cinema. nesta altura há sempre filmes super giros que apelam ao espírito natalício.

4. fazer algum elemento decorativo para a casa ou, em especial, para o quarto deles

5. rever as fotografias tiradas ao longo do ano.

6. participar numa acção solidária (no ano passado participámos no movimento Heat the Street, e o Rodrigo ficou muito sensibilizado por haver meninos sem roupa para vestir!).

7. ensinar-lhes canções de Natal, ou pedir-lhes que nos ensinem as que aprendem na escola.

8. apanhar pinhas para a lareira dos avós (ou para a vossa, caso tenham).

9. passear para ver as iluminações das ruas.

10. contar-lhes uma história sobre o Natal.

11. façam um bolo e inventem um nome só vosso.

12. dar um cheirinho especial à casa.

13. fazer embrulhos com carinho. (eles acreditam no Pai Natal, mas também sabem que compramos algumas prendas para aqueles que mais gostamos... e um embrulho original fica sempre bem!)

...

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estas são só algumas ideias, podem e devem sempre adaptá-las à vossa família e às vossas preferências. o importante é criarem rituais que promovam o tempo de qualidade juntos, que nesta altura do ano, se propicia ainda mais.










Boas festas!


Sofia**











novembro 30, 2016

Rodrigo, 6 anos... e seis meses!





ontem quando te fui buscar à escola uma árvore falou comigo. Mãe! ela disse. e nisto apareceste tu. ontem não foi um dia bom para ti, percebi-o nas primeiras palavras e mais tarde desvendaste o porquê. 
queria dizer-te que foi único, que não se vão repetir os dias em que queremos fugir para os braços dos pais ou refugiar-nos num ecran, que os meninos chatos ou os momentos menos divertidos são raríssimos, mas não te quero mentir. 
seis meses depois, continuo com estas dúvidas que, desconfio, me irão acompanhar pela vida fora. seis meses depois cresceste ainda mais, em tamanho e perspicácia, em desembaraço e maturidade. estás tão crescido... cada vez gosto mais de ti, reguila.

vão existir sempre dias mais chatos, colegas menos divertidos, cenas que te vão dar a volta à cabeça, é mesmo assim e não é só contigo. quando isso acontecer, dá asas à imaginação, ouve o teu coração, mostra o teu lado corajoso, sem medos e enfrenta. tudo e todos. tu consegues. e sabes que no final de mais um dia, estaremos sempre aqui para te abraçar, naquele aconchego que te faz saber que o mundo é um lugar seguro.






um dia bom meu amor!


mãe






novembro 25, 2016

3 anos e 9 meses






Duarte,

a tua cor preferida é azul. nos pratos da refeição, nas camisolas e casacos, o teu cão (imaginário) azul, o Chase, da Patrulha, é o teu preferido porque se veste da cor céu trovoada, e a equipa que tem que ganhar sempre... é a azul! (lindo da mãe) cor bonita esta que escolheste para adorar. o céu e o mar são azuis, sabes, e são sinal de vida, natureza, plenitude. e pleno é o teu sorriso, aberto, a transpirar felicidade. gostas de abraços. abraças o teu herói a quem chamas carinhosamente de maninho e és quem mais requisita os abracinhos de grupo cá em casa. 
gosto dos teus beijos melosos e derreto-me com o teu olhar envergonhado. ainda ontem, quando te fui buscar à escola e não saíste sem dar um beijinho de despedida à Alice, a tua nova amiga do coração, foi tão giro. não fosse a precocidade do acontecimento, quase que podia dizer que estás mesmo apaixonado!
após grande insistência da nossa parte, parece que percebeste finalmente, o conceito das refeições em família, de tal forma que és tu quem já repreende quando alguém está em falta à mesa. e falas, falas, falas... às vezes não se aguenta! a não ser quando te sais com estes tesourinhos:

"Na minha escola há um baú com um paCaCaio!"



três anos e nove meses. olho para ti ainda como um bebé, mas sabendo bem que estás a crescer, rápido demais, para o tanto que ainda gosto de te embalar.





te amo,

mãe

















novembro 04, 2016

#collectmomentsnotthings










no último fim de semana, voltámos a casa. cansados mas empurrados pela vontade de celebrar com o resto da família uma etapa boa, uma prova superada. foram 24 horas, uma corrida. queríamos regressar ao nosso ninho, cedo, a tempo de dar banho aos miúdos, deitá-los na sua hora, porque no dia seguinte a escola esperava pelo mais velho.
mas calhou a hora de saída coincidir com o por do sol, mesmo ali, perto daquelas praias fantásticas. o sol a deitar-se no horizonte, aquelas cores intensas, a temperatura amena, foi impossível resistir ao convite da natureza para aproveitarmos aquele momento. parámos o carro, já não ficava cedo, mas eram só cinco minutos. pés descalços, calças arregaçadas, e corridas na areia. a água fria e salgada a chamar para um pezinho de dança, aquela sensação boa de liberdade, o ar fresco mas que conforta e nos eleva a alma, o universo a dizer-nos que vai dar tudo certo... estamos juntos.
aquele abraço...





há convites que não se recusam. parar, ignorar as horas, as obrigações... são as excepções que ditam as regras. registar estes momentos na nossa memória, nos corações deles... não se esquece mais e conta para sempre.









Bom fim de semana!

Sofia**





a escola... já pararam para pensar?! *

cada vez mais ouvimos falar sobre a escola. a carga horária absurda que têm as nossas crianças, a enorme quantidade de trabalhos que trazem para casa, a falta de tempo que têm para brincar, para estarem ao ar livre, em grupo, com os seus amigos. partilham-se textos de opinião, somam-se os livros dos especialistas, assistem-se a programas sobre o assunto... mas, e que efeito tem tudo isto? será que são só partilhas automáticas no intervalo do café, ou por trás de cada like existe efectivamente uma reflexão sobre este assunto?




eu tenho dois rapazes, e não sei se por defeito (ou feitio) de género, eles precisam de actividade física, correr, saltar, subir, escalar. já aqui disse uma vez que, o que o meu filho mais adora na sua nova escola é a fileira de árvores que se entretém a subir nos escassos 30 minutos que tem para brincar ao longo de sete horas de trabalho!? quando o vou buscar tento sempre arranjar um espaço no nosso tempo que dê para ele gastar a energia que traz acumulada. vamos ao parque,  deixamos o carro em casa antes de apanhar o mano, e duas vezes por semana tem os treinos de basquete que é do melhor que pode haver em diversos aspectos (noutro post falarei disso). 

sete horas de trabalho!! crianças com 6 anos!! já pararam para pensar?? quanto tempo estão vocês, sentados nos vossos empregos, realmente concentrados no que estão a fazer? quantas vezes param, ao longo do dia, para falar com a colega, ir tomar café ou espreitar o facebook?? e quantos anos têm? já pararam para pensar? 
e depois da escola? é que para além das sete horas, quase em exclusivo na sala de aula, a grande maioria das nossas crianças não tem outra hipótese senão ir para os OTL (ocupação de tempos livres), que é o mesmo que dizer que vão ser enfiados noutra sala (de estudo), fechados, sentados, muitas vezes a fazerem os intermináveis trabalhos de casa! ora, das 9h ás 19h... é fazer as contas! seis, sete, oito, nove anos...

já vamos em dois meses de aulas, o Rodrigo está no primeiro ano, e à semelhança do que já se passava na pré-escola (que agora é, infelizmente, um ensaio rigoroso do ensino básico) não está entusiasmado com a aprendizagem. ele vai e faz, mas o melhor que lhe podemos dizer é que amanhã é fim de semana, feriado, férias... os trabalhos de casa, que ainda não são muitos mas que lhe ocupam tempo precioso de brincadeira, são feitos a despachar porque o relógio corre "e eu quero ir brincar, mãe!!"

por aí não sei, mas este é um assunto na ordem do dia cá em casa, é algo que nos preocupa porque temos consciência que irá afectar os nossos filhos (sobrinhos, primos, filhos de amigos...) em grande escala nas mais diversas áreas da sua vida. as crianças aprendem as regras da sociedade nos recreios da escola, as crianças precisam de saltar e pular e de fazerem jogos para gastarem energia, saberem lidar uns com os outros, aprenderem a resolver conflitos. as nossas crianças precisam de um sistema de ensino apelativo, criativo, que lhes suscite a vontade de aprender mais e mais... 
mas enquanto nós PAIS, tios, primos, avós, PROFESSORES, partilharmos apenas nos chats ou nas conversas de café as nossas preocupações e ideias de mudança, e não fizermos nada que efectivamente possa MUDAR alguma coisa, só podemos contar com uma próxima geração acomodada, triste, e sem rumo... sem exagero.




Se vos interessar este tema, eis algumas leituras e programa interessantes:







* ah, e para quem possa ler isto e pensar "E no nosso tempo, também era assim!!", não era, pensem lá bem, não era!







Sofia**









outubro 28, 2016

#coisasboasacontecemapessoasboas*

temos que acreditar que se fazemos o bem, o universo de alguma forma nos vai retribuir. temos que acreditar em nós, nos outros, no que nos rodeia, porque só acreditando nos movemos e somos capazes de mover o mundo. 









estas fotografias foram tiradas na semana passada. descemos os quatro à Baixa da cidade, o pai tinha um compromisso e nós acompanhámos tentando aproveitar os poucos momentos de lazer que temos tido juntos nos últimos tempos. por instantes, saímos do sitio onde estávamos e reparámos no pôr do sol e corremos para a marina, eu e eles, a rir, como se nunca tivéssemos assistido a este momento. engraçado que o Rodrigo tinha levado a máquina dele e pegou nela quase com a mesma velocidade com que tirei o meu telemóvel. ali ficámos a contemplar, a brincar, a aproveitar aquele momento. estava um céu de cortar a respiração (sem qualquer filtro)... depois chegou o pai e trazia uma boa noticia. chamem-me louca mas eu achei que tinha tudo a ver!



por vezes, há períodos na vida muito desgastantes, alturas em que colocamos em causa as escolhas que fizemos, ponderamos mudar tudo, atirar tudo ao ar e saltar para outra dimensão. estamos cansados, fartos de tudo e todos, parece que o mundo conspira contra nós. vamos buscar forças, sem saber bem onde, respiramos fundo, uma e outra vez, e acreditamos, acreditamos que tem que dar certo, trabalhamos, no meio de tudo isto trabalhamos, mas sempre a acreditar.
e um dia, as nuvens desviam-se, o vento sopra a favor e as boas noticias chegam. e os elogios, o reconhecimento, as palavras felizes fazem-se ouvir. o peso vai embora, endireitamos as costas, suspiramos e dizemos para dentro: valeu a pena!






* e um dia, eles vão saber, que vale a pena acreditar! eu acreditei sempre... lov-u!

















outubro 07, 2016

dia do sorriso...

vais buscar o mais velho à escola e numa de momento-filho-único, convidas o miúdo para lanchar na baixa. conversam sobre o dia, enquanto comem com gula os croissants deliciosos e fazem planos para o resto da tarde. tarde boa esta de outono.
apanham o mais novo em modo passeio e caminham até ao parque. eles brincam, tu tiras fotografias. o fim de tarde perfeito!
ele liga, diz que vai chegar tarde para jantar e sugere piza! olha que bom, pensas, podíamos fazer a piza juntos! combinas com os pequenos e lá vão ao super mais próximo fazer as compras do que falta. um quer flores para enfeitar a casa, outro uma abóbora para o Halloweeen. acenas que pode ser, afinal, não são uns anjos?!
de seguida, devem ter sido picados por algum bicho que eu não vi... desatam a correr pelos corredores, passam entre um suporte publicitário e quase o deixam cair. chamo a atenção, uma, duas, três vezes... estão surdos?? o mais velho quer pegar na abóbora, e tem a brilhante ideia de carregar com ela na cabeça... desequilibra-se e cai sobre a estante dos bolos secos, abrem-se caixas... o pequeno come do chão! a sério??
acabou-se a abóbora! e lá vai ele colocá-la no sítio. chegamos á caixa, não sem outras peripécias pelo meio, e eis que o filho crescido (!) derrama a caixa dos oregãos, há folhas secas a aromatizar todo o tapete rolante... e todo um mundo a olhar para esta mãe que não dá conta deles... ou não!?

mas, pensa positivo, há motivos para sorrir... eles são crianças saudáveis!...

estes dias...

Outubro chegou de mansinho sem deixar ir embora o verão. e é tão bom ainda sentir calor, poder aproveitar os passeios na rua, as idas ao parque ou até à praia. neste feriado (bem vindo de volta!) não chegámos a molhar os pés no mar, mas soube-nos a verão o passeio que demos junto à ria. os miúdos de bicicleta, calções e t-shirt, e gelados para o lanche.
algumas contas que sigo no instagram, já mostram casacos e gorros, devido ao frio que se faz sentir no norte da Europa. tenho uma amiga que vive no Luxemburgo e que diz que por lá o tempo está ameno... 8ºC!! 
e é nestas alturas que tomamos consciência do bom que é viver em Portugal!...




o mote deste fim de semana: aproveitar o bom tempo enquanto dura!!


Sofia**









setembro 26, 2016

Rodrigo vai à escola!





primeira semana no primeiro ano.... o que dizer?

nunca foste miúdo de gostar de escola. mesmo para o infantário ias sempre meio contrariado apesar de gostares de lá estar, brincares com os teus amigos e seres acarinhado por todos. no último dia no jardim de infância, nas lágrimas que te lavaram a cara, percebi como afinal foste feliz ali.
agora estamos no mesmo registo, acordas de manhã cheio de dores de barriga, pedes colo e mimo como se tivesses metade da idade que tens. respondo a todos os teus pedidos, salientando sempre com firmeza de que nenhuma dor de barriga te salvará de ires para onde estão todas as crianças de seis anos que têm a oportunidade de poder aprender. um dia, vais ler livros incríveis, vais ter o gostinho de somar o teu próprio dinheiro e o que ainda te é desconhecido passará a ser familiar. vais jogar, conhecer novos amigos, vais brincar e subir todas as árvores que conseguires. aliás, sossega-me esse teu sorriso na hora da saída e o ar maroto com que contabilizas as árvores conquistadas e me contas tudo em tom de confidência!
aqui entre nós, acho que vais ser um miúdo aplicadinho, só para não teres uma nódoa diante da professora, mas sempre ansioso que te libertem da sala para poderes explorar o mundo à tua vontade.

é como te digo, só desejo que todos os teus dias sejam felizes e que todas as experiências te ajudem a a traçar objectivos para que um dia mais tarde, quando as contas já forem tuas, encontres o teu caminho... feliz!





com amor,

mãe



















setembro 21, 2016

sobre este verão, quero guardar....








. a possibilidade de poder estar com vocês;
. a facilidade com que interagem e brincam com miúdos e graúdos.

Duarte:
. os teus abraços apertados;
. a tua convicção ao deitar a chucha fora (para sempre);
. o vigoroso hino nacional cantado por ti ("ás águias, ás águias....)
 a tua decisão (surpreendente) em deixar a fralda da noite;
. a tua alegria ao saltar sem medos para a água;


Rodrigo:
. as tuas declarações (fugidias) de amor;
. a tua emotiva despedida da tua escola de sempre;
. nós a dançarmos o "tá tranquilo, tá favorável" enquanto celebrávamos a vitória no campeonato europeu de futebol!
. o orgulho ao aprenderes dar as primeiras braçadas fora de pé e a mergulhar até ao fundo da piscina.




. a vossa felicidade (e nossa) nas nossas primeiras férias em campismo,
. o nosso jantar a dois, brindado com um por do sol magnifico.


















setembro 19, 2016

o primeiro dia do resto da tua vida....





meu amor, que o voo que inicias hoje seja muito feliz e te leve sempre ao encontro dos teus sonhos!

(15.09.2016)




foi isto que te escrevi aqui, no teu primeiro dia do primeiro ano do ensino básico (aka escola primária). o turbilhão de emoções era demasiado para conseguir escrever mais. não que ache que te tenha dito pouco, nesta frase e em cada sussurro ao ouvido para te mover em confiança. tenho esperado que a poeira acalme nestes dias tão intensos. mas no fundo acho que te disse tudo: tu és capaz. aprender é muito bom. só quero que sejas feliz e que os teus voos sejam sempre tão altos quanto os teus sonhos, para que consigas alcançar todos!





Amo-te,

mãe










setembro 04, 2016

Ainda é possível ser feliz?

Sempre gostei de temas relacionados com a família e parentalidade e comecei a ler o Dr. Daniel Sampaio desde que o "descobri" no programa Verdes Anos, com Laurinda Alves, na SIC. (alguém se lembra? em 1993...?!) Gravei-os todos, em VHS's que ainda devem estar por casa dos meus pais! Não sei qual era a minha ideia, talvez revê-los um dia, acho que o fiz com um ou outro programa, mas certamente, apenas isso. Tenho alguns livros do conceituado psiquiatra e adorei todos, e talvez por isso, quando soube da sua entrevista na Activa deste mês, não resisti a comprar.



Não me enganei. A entrevista é muito interessante e aborda a adolescência e o papel dos pais nesta fase difícil. Também fala sobre as expectativas dos jovens no futuro e no peso que a actualidade, muitas vezes desanimadora, pode ter nos projectos das gerações futuras. 
Termina com uma pergunta pertinente sobre a felicidade, cuja resposta vai ao encontro do meu conceito:


"É possível ser feliz desde que se consiga construir a nossa história, o nosso projecto. E depois, pensarmos que a felicidade se conquista no dia a dia. Ninguém é permanentemente feliz. Mas podemos ter muitos momentos de felicidade. Temos é de lutar por ela."


Dr. Daniel Sampaio, in revista Activa*




E para vocês, qual o vosso conceito de felicidade? Confere com o descrito?



Sofia**














* (também vale a pena ler Ana Guiomar, actriz, gira que se farta e com uma genuinidade que a vai levar ainda mais longe no mundo das artes!)

agosto 25, 2016

# nós por cá...

There's no place like home...









...dizem que não há lugar como o nosso ninho e eu concordo. correr o país e o mundo para conhecer lugares novos é maravilhoso, mas a sensação de chegar a casa e podermos andar de olhos fechados porque conhecemos cada canto, reconhecemos os cheiros, nos sentamos no sofá que se encaixa no nosso corpo e descansamos na almofada que já tem a nossa forma... é regenerador! 
mas, e o nosso ninho, onde fica mesmo? 

será aquele onde um dia fomos tão pequenos que não chegávamos à mesa de jantar, onde dissemos as primeiras palavras, ouvimos os primeiros raspanetes e entrámos à socapa numa noite de verão, onde a comida é a melhor do mundo, mesmo que tenhamos passado meia vida a reclamar dela, onde as sestas são as melhores e o pequeno almoço divinal, e nada está ao nosso gosto, mas onde nos sentimos sempre, sempre tão bem.

ou será a casa que escolhemos, para a qual pensámos cada detalhe, onde construímos a nossa família e criamos os nossos filhos, em que as paredes estão longe de estarem imaculadas, os bonecos estão em todo o lado, e as memórias ainda são tão frescas que se sentem. a nossa comida é agora a melhor ou a pior, consoante a hora da birra ou não, mas os mimos que lhes damos constroem as manhãs de panquecas e batidos feitos a pedido.


there's no place like home... casa, lar, ninho, é onde nos sentimos bem, onde há amor, afecto, onde tudo nos é familiar, ou se torna, conforme nos permitimos essa intimidade. casa é cheiro, é abraço, sorrisos e conversas desgarradas. tenho a sorte de ter dois lugares assim. 


nós por cá já fomos até casa, ao encontro dos abraços que aconchegam e da melhor comida conforto do mundo. já rimos muito, criámos momentos e vivemos outros que aconteceram por si só. voltamos agora para o nosso lugar, o cantinho onde construímos dia após dia a nossa família e onde queremos que mais tarde, os nossos filhos possam voltar também.... ao ninho!









Sofia**




































agosto 15, 2016

férias, uma confusão!?





os dias de férias com eles não são sempre fáceis. Há birras para gerir, disputas para acalmar, limites que eles querem ultrapassar e que nós temos que saber ter mão (e cabeça) para equilibrar, entre a educação e a descontracção que se quer em tempo de lazer. Ter férias com eles implica ter um plano alimentar elaborado para que se alimentem de manhã, não falte comida na praia (a fome é sempre voraz), nem jantar ao fim do dia. Por norma, saltamos a sopa, que com este calor ninguém aguenta, mas a alimentação tem que ter muita fruta, iogurtes, proteína, coisas minimamente saudáveis a contrastar com a junk food que nesta alturas facilitam e acabam por estar mais presentes. 
Vou com eles para todo o lado, para espanto de alguns. Vou de barco, de carro, a pé se for preciso. Levamos o essencial e quem tem filhos sabe que o essencial pesa! Mas eles já vão ajudando alguma coisa, o que facilita. Na praia há que ter mil olhos em cima deles, porque à mínima distracção e já estão dentro de água, a passear longe de nós (sobretudo o mais pequeno), ou a incomodar alguém. Mal escolhemos o nosso lugar na areia, é tratar de espalhar o protector solar (várias vezes), colocar as braçadeiras e desbobinar as 1001 recomendações, que nunca são demais.
O mar é sempre uma maravilha, mas uma preocupação também! A temperatura da água tem estado óptima, mas a bandeira amarela avisa das fortes correntes, o que não nos permite estar 100% à vontade. Estou sempre por perto, sempre a segurar num e de olho no outro. (Ainda bem que tem estado um caldinho, senão não sei como seria!)


todas estas coisas levantam pequenas tensões. eles não gostam de estar sempre a ser avisados, sobretudo o mais velho. não querem por protector, não querem usar braçadeiras, não querem esperar entre comer e os mergulhos no mar... só querem aproveitar. às vezes chamam-me chata, e por vezes tenho que levantar o tom de voz. acontece. mas estar de férias com eles também é isto. é saber gerir a dinâmica das relações, mãe e filhos, pai e filhos, irmão e irmão. férias é isto mesmo. uma confusão. não é?



depois, no fim de cada dia, assim como a natureza se alinha para nos brindar com o seu mais belo espectáculo, também naturalmente, nós nos alinhamos, e de repente tudo flui. eles ouvem-nos, nós não gritamos, os mergulhos fazem parte da brincadeira, a areia já não incomoda, nós não temos que dar ordens e eles naturalmente fazem o que nós precisamos. quero acreditar, que são eles a a retribuir aquilo que lhes damos ao longo do dia. eles sabem, eles percebem. 





Sofia**













agosto 07, 2016

# nós por cá...






Os dias vão passando e o cansaço e a rotina vai-se sobrepondo ao que mais queremos fazer.
Passou-se muita coisa por aqui que é digna de constar neste diário/blogue/caderno digital que se tornou um vicio.

O Rodrigo teve o seu último dia de infantário no dia 22 e quis celebrar com um bolo feito na véspera, junto comigo. (Foi iniciativa dele e fiquei muito contente com a atitude, porque em datas importantes esta já uma tradição mãe-filho que eu gostava de manter.) Ele ainda não tinha bem consciência do que significava aquele dia, apesar de já o termos preparado, e foi no último minuto que caiu em si. despediu-se dos amigos (quase todos vão para outra escola) e do colo que o acolheu nos últimos seis anos. Chorou muito, afinal, seis anos são uma vida. a dele.

Limpas as lágrimas e cortados os caracóis que fazem muito calor, fizeram-se as malas dos pequenos que foram passar uma semana aos avós. Entre praia e piscina, gelados e passeios, mimos e primas pequenas, as saudades apertaram e ansiedade fez com que uma semana lhes parecesse um ano (no exagero das palavras do mais velho). O abraço com que me receberam quando os fui buscar, ainda hoje me aperta o pescoço! (risos)

Esta noite deu-se um importante passo para o Duarte que finalmente dormiu sem chucha. Estava mesmo muito agarrado a ela, depois da semana de férias então, andava quase todo o dia de chucha. Até já cheirava mal. mesmo. Começámos a dizer-lhe que estava estragada e às escondidas fiz-lhe um buraco. Ontem foi todo decidido deitá-la no lixo. (tirá-mo-la, nas costas dele, não fosse a noite correr mal) Dormiu a noite toda e só hoje de manhã voltou a falar na amiga. Mas sem dramas, nem voltou ao balde do lixo. Acho que foi o fim desta relação de três anos e meio!!


Agora cá estamos, a aproveitar estes dias quentes e à espera que o pai largue o trabalho, para podermos finalmente descontrair os quatro e tornarmos memoráveis os momentos em que vivemos o melhor que a vida tem. 






E vocês, já de férias?
Boas férias para quem pode, e quem não puder, que saiba aproveitar em cada folga os mergulhos no mar, a brisa dos fins de tarde e as cores que alegram cada Verão!





Sofia**







julho 19, 2016

aquele choro que deixa saudade... *

Tenho uma vizinha nova. e quando digo nova, quero dizer recém nascida. Oiço-a todas as noites, mais ou menos à mesma hora, naquele choro inconsolável e estridente que só os recém-nascidos sabem ter. Aquele som capaz de fazer enlouquecer os pais inexperientes, que não sabem se serão cólicas, se será fome, se é melhor embalar nos braços ou deitar no berço. E mesmo para aqueles que já passaram do primeiro filho, estes choros às vezes não são fáceis.
Invariavelmente, oiço a porta a abrir e o choro a tornar-se mais audível, até se desvanecer no elevador. A nova vizinha vai embalada nos passos da mãe, de passeio no sling, para ver se todos os males lhe passam.




Impossível não recuar seis anos e reviver este choro, estes primeiros meses de tentativa e erro e de descobertas com um primeiro filho. O Rodrigo era assim. Chorou durante três meses, todos os dias, mais ou menos á mesma hora. Este choro que nos perfura o tímpano e nos baralha a razão. Exactamente há seis anos (tenho as fotos por dias!) ele era este pequeno ser a querer descobrir o mundo, certinho na hora de comer e chorar, que adorava mama e dormir de barriga para baixo - só no sofá e comigo ao lado. Há seis anos estava este calor que só acalma à noite, na rua, com grandes passeios embalados pelos nossos passos e ao som do bater do coração. 
Impossível não reviver a experiência do nosso primeiro filho e, acreditem ou não, com saudades.







Sofia**








* para as mães de recém nascidos que me estejam a ler: não se preocupem, isso passa! O Rodrigo, depois dos 3 meses, dormia noites seguidas e adormecia sozinho. Até hoje!