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novembro 18, 2018

os manos

ter o terceiro filho foi uma hipótese que esteve sempre em cima da mesa. por mim, por nós, eles teriam todos três anos de diferença entre si, mas por ter feito duas cesarianas não foi possível. depois, conforme o tempo passa e eles vão ficando mais independentes parece que custa mais voltar a pensar em fraldas e noites mal dormidas, a nossa própria independência também nos leva a outros planos e pode afastar-nos da ideia de ter mais um. foi o que aconteceu comigo durante algum tempo. quando voltámos a falar mais a sério sobre esta hipótese, decidi que teria que ser este ano e ponto final. 

sem falarmos com eles sobre este assunto, porque achamos que a decisão tem sempre que partir de nós pais, ter outro irmão era um desejo que cada um ia expressando á sua maneira. aliás, ter uma irmã era o que eles queriam de verdade. e nós ficávamos enternecidos ao ouvi-los falar e planear como seria com a mana, que nós ainda nem sabíamos se viria, mas que para eles era já uma certeza.
nunca me vou esquecer da reacção dos dois quando contámos que o "presente" deles estava na barriga da mamã. foi uma felicidade genuína. 
a mesma que vi nos olhos de ambos quando viram a mana pela primeira vez! um brilho no olhar, uma ternura a pegar nela como nunca tinha visto, e como se calhar não seria possível se eles fossem mais pequeninos e vissem esta mana talvez mais como uma ameaça ao seu espaço em vez de mais alguém para partilharem amor.
e talvez por isso as palavras deles me fiquem gravadas e eu queira registar as reacções de quando se conheceram a primeira vez:



Duarte, 5 anos: "Estou tão feliz, mamã!"




Rodrigo, 8 anos: "Mãe, já não preciso de prendas de Natal!"






os meus três amores...

mãe










novembro 15, 2018

01.11.2018




não foi inesperado, não houve surpresas, desta vez. no dia marcado, pelas 09h00, lá estávamos nós pela mão do pai, no Hospital de Faro. Pensámos que seria rápido, que ao final da manhã já te conhecíamos, mas não. felizmente o nosso caso não era urgente, e apesar de às 10h já estar pronta e a soro, a nossa "hora" foi sendo adiada... deu para conversarmos, para dormir um pouco, falar com os manos ao telefone, sacudir um certo nervosismo, que por muito que não se queira aparece sempre em situações em que a saúde e o amor se cruzam.
ás 16h, finalmente chamaram-me. um beijo no pai e um até já. depois foi a parte menos romântica, a preparação para uma cirurgia (para os médicos), preparar-me para conhecer a minha filhA (para mim).

a sala estava gelada, e eu tremia tanto de frio, talvez do nervosismo também. mas havia música, e vozes, calmas e compreensivas também. a equipa que me assistiu foi impecável e atenciosa.


e, naquele momento que me pareceu uma eternidade, enquanto tocava na rádio Procura por mim, letra com tanto significado, que tanto ouviste enquanto habitavas em mim, oiço o teu choro forte e vigoroso... eram 17h11m e nascias tu Victória, e as lágrimas que me caíram pela face ao conhecer-te, finalmente, aqueceram-me!

benvinda ao mundo, à minha vida, às nossas vidas!



Amo-te,
mãe