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fevereiro 20, 2015

Este índio que eu amo *


Ontem chamou-me para eu ver como ele tinha força. Estava pendurado no toalheiro da casa de banho a fazer flexões! (ia-me dando uma coisa) No outro dia disse-me que queria ir para outra casa, onde não houvesse regras, está farto delas, quer ir viver sozinho. (ainda não tem cinco anos!)
Disse-lhe ok, mas perguntei se ele ia conseguir viver sem as histórias à noite, os miminhos do pai e da mãe, as brincadeiras com o mano... começou a rir envergonhado, pensou melhor e aceitou que afinal está muito melhor aqui connosco, mesmo com todos os limites. 

(E um dia vais perceber que estas pequenas regras, que agora te parecem amarras, te farão voar solto pelo futuro mas seguro com o teu passado, nessas aventuras que anseias tanto por viver, meu índio lindo!)



* Esta fotografia é do verão de 2013, álbum que estou a fazer agora. Já cresceu tanto desde aí!



fevereiro 03, 2015

5/52 - The 52 Project



"A portrait of my kids, once a week, every week, in 2015"

Este inverno tem sido chatinho e mesmo quando há dias de sol, por motivos de força maior, temos que optar por ficar e casa. Acho que é o primeiro inverno que anseio todos os dias pelos dias quentes e longos do verão!
Mas ficando em casa eles desfrutam dos brinquedos em que quase não tocam nos meses quentes. Gosto de ver o meu pequeno agarrado a um livro, a contar uma história para os seus bonecos como se estivesse realmente a ler. Adora o livro dos 101 Dálmatas, os ão-ãos e a má! O R. tem uma imaginação que não acaba e mesmo sozinho com os seus brinquedos a vida dele é uma aventura pegada! 
Mais uma semana deste projecto giro que nos permite acompanhar de outra forma o crescimento dos nossos filhos! Podem ver mais aqui.

Boa semana...

Kisses,
Sofia

janeiro 19, 2015

Ufa, salvos pelo sushi!!


- Pai, porque é que és filho do avô e da avó e não és filho dos outros avós?
- Então, filho, é como tu... porque é que és filho deste pai e desta mãe?
- Pois, como? Como é que isso aconteceu??
- Os pais quiseram ter um bebé e nasceste tu!
- Mas assim? Como é que me juntaram? Eu era o quê? Peças, um boneco?
- ... Tu... és feito de metade da mãe e metade do pai.
- Mas como é que foi? Como é que me fizeram?
(risos - Entro eu na conversa)
- O pai tinha uma sementinha e a mãe tinha outra e juntaram-se para fazer só uma, que começou a crescer a crescer na barriga da mãe.
- Mas como é que isso aconteceu?? Eu era tão pequeno mas como é que fui para a barriga da mãe? Fizeram um buraco, por acaso??
(nesta altura já riamos sem saber muito bem onde é que a conversa ia parar)
- Então, a sementinha começou a crescer na barriga até formar um bebé. Estiveste lá nove meses. Conta lá até nove!
- 1,2,3,4,....9!
- Lembras-te da barriga da tia antes da prima nascer? Também foi assim! Depois o Dr. ajudou a tirar-te da barriga da mãe.
(silêncio)
- Olha mãe, podíamos ir comprar sushi. Não achas boa ideia?!

...

(rimos mais ainda com este inesperado desfecho. São tão simples as crianças!)


janeiro 13, 2015

Entre eles (#7)

Os dois brincam na sala e ás tantas desentendem-se. O pai está a vê-los e percebe que talvez seja hora de repreender o mais novo, mas não tarda a ouvi-las do Rodrigo:

- Pai, não viste que eu estava a falar calminho com o mano? Achas que era preciso falares com ele assim?!!

(Chegámos a isto!!)

janeiro 09, 2015

para guardar.

O Rodrigo está um menino crescido. Já não tem nada das feições de bebé que o mano ainda exibe, fala correctamente e tem conversas que nos metem em caminhos difíceis de sair. É muito observador, muito curioso e sensível. Ás vezes faz deduções que nos deixam boquiabertos, e tem uma imaginação sem fim. Aperto-o muitas vezes à procura do meu primeiro bebé, e quando se esquece ele ainda o deixa sair um bocadinho, mas só ás vezes. Está a ficar um vaidoso, já fala nas meninas da escola, e a festa de Natal deu-lhe alguma coragem para começar a dançar. É um pouco tímido também. Na outra noite começou a tocar esta música (adoro) e ele convidou-me para dançar. Rimos muito. Por momentos pensei que o estava a ensaiar para o baile de finalistas... meu Deus, é  que o tempo passa rápido demais! 
(oiçam, é tão bonito)

janeiro 07, 2015

Hoje, no regresso a casa...

- Mãe, hoje sonhei que a L. era bebé e tinha feito xixi na fralda.
- Então e tu? 
- Eu não, eu já sou crescido.
- Mas se sonhaste é sinal que dormiste a sesta!?
- Nãão, mãeee! Eu sou um Jedi (?) e por isso sonho, mesmo a fingir que estou a dormir! Não percebes?? (ar de enfado)
- Ahhh, pois, assim está bem! (És um Jequê???)

janeiro 06, 2015

01/52 weeks - The 52 Project

Tenho seguido este desafio em vários blogues portugueses, embora ele tenha tido a sua origem no maravilhoso Practising Simplicity. Como não tenho por hábito mostrar as caras lindas dos meus pequenos nunca participei, mas este ano vai ser diferente. Eu tiro-lhes fotografias todas as semanas, de frente ou de costas, a brincar ou a dormir, a comer ou a ver televisão, portanto,espero que não seja difícil encaixá-las neste desafio e partilhá-las convosco.
Uma fotografia dos meus filhos a cada semana de 2015. Vou tentar que a partilha seja feita a cada segunda feira... (eu sei, hoje é terça!). Quem se junta?

                                                 A portrait of my kids, once a week, every week, in 2015

Adoram falar ao telefone. Aqui mantinham uma conversa: o pequeno com o grande, o grande com um alguém imaginário. O difícil foi arrancá-los de lá!

janeiro 02, 2015

entre nós (#16) - 1º post do ano


Podia escrever-vos sobre as minhas resoluções e (in)decisões para 2015, podia contar-vos como correu a noite do "reivelhão", podia falar-vos sobre as primeiras horas do ano, mas depois do que ouvi hoje, parece-me bem que este seja o primeiro. Depois de jantar, depois do mano já estar deitado, abraço-me a ele:

- Oh, porque é que finges que gostas de mim??
- Mãe, eu não finjo, eu gosto mesmo de ti!!!

(Há algum tempo que o Rodrigo finge que não gosta de mim. Acho que ainda tem a ver com o irmão. - ou então são coisas de psi - Nada grave. São mais as vezes que foge dos meus beijos do que os que me dá, diz mais vezes que não me quer do que as que corre para os meus braços, pede sempre ao pai que o deite mas de vez em quando oferece-me uma flor... estas férias têm-nos feito bem, aproximaram-no de mim e hoje ele declarou-se, com um sorriso e olhar ternurento. - E assim se explica a importância deste post!)


Bom ano a todos desse lado!!!
Kisses,

Sofia

dezembro 30, 2014

Quando fingimos que ainda és filho único... (#5)


Planeámos a surpresa umas semanas antes, eu e o pai. Achámos que ele já tinha idade suficiente para apreciar uma sessão do principio ao fim, e para dar valor à sua primeira ida ao cinema. Conjugámos tudo isto com a época de Natal, altura em que nós pais gostamos sempre de ver um filme de animação, e ficou tudo perfeito. Guardámos para a primeira segunda feira de férias, e não lhe contámos nada, apenas que ia ter uma surpresa. De manhã, enquanto o pai acabava um trabalho, fomos ao shopping para as últimas compras de Natal, e ele sempre a perguntar: É um brinquedo, mãe? O que é a minha surpresa? Está nesse saco? Ia sorrindo para ele sem desvendar nada. Combinei com o pai encontrar-mo-nos na bilheteira, e aí ele ainda perguntou se a surpresa era um pacote de pipocas... mas quando percebeu que ia ver um filme deu pulos de alegria e abraçou-se a nós dizendo que estava muito, muito feliz.
Podia descrever aqui o espanto dele ao entrar na sala, o comportamento exemplar que teve ao longo do filme, ou as risadas que deu com algumas cenas, mas o que foi mesmo importante para nós foi ver o brilho no seu olhar e guardar o beijo que nos deu por estar feliz com a surpresa que lhe fizemos. 
(A ida ao cinema é para repetir e o filme foi muito giro!)
Acabámos a nossa saída com uma ida ao "restaurante que dá brinquedos" porque um dia não são dias, e os desejos deles (ás vezes) são ordens!

dezembro 09, 2014

Sem imagens


Por estes dias, dei por mim a querer guardar vários momentos, sorrisos, frases soltas, gargalhadas, pedaços de pura felicidade, e a pensar que não precisava da máquina, apenas queria guardá-los, na memória e na escrita, descrevê-los e sentir-lhes as emoções como se as estivesse a viver outra vez...
Sábado de manhã, o Duarte vem ter comigo à cama, com um sonoro MÃE! e ficamos num namoro pegado durante largos minutos. 
A felicidade do Rodrigo e correr pelo campo, de galochas cheias de lama, mas com um sorriso de quem gosta de ser livre. 
O convívio de amigos, que demonstra que não precisamos de muito para sermos felizes.
As cores do Outono na natureza maravilhosa. O calor do sol que nos aquecem nestes dias gelados.
O nosso aconchego no sofá, debaixo da manta branca e com as luzes de Natal a cintilar.
O nosso brunch, para comemorar nove anos de união e amor. As fotografias que o Rodrigo nos tirou... *
A alegria deles quando enchemos o colchão insuflável no meio da sala, e nos deitamos todos a ver um filme de domingo à tarde.
Vestir os casacos por cima dos pijamas (sim!) e sair para a rua, percorrer a Baixa e ver as luzes e as árvores de Natal que dão graça a esta época. 
Deliciar-mo-nos com sushi e ainda ficarmos surpreendidos com a cara de satisfação que os nossos pequenos fazem a cada rolinho que comem!
A festa que fazemos a cada fotografia que tiramos, as caretas, a ansiedade para vermos se ficou gira (e gira é não tremida) ou se temos que tirar mais uma ou dez... gostamos todos de posar para a foto!

* (Ainda bem que memorizei estes momentos, é que parte das fotografias deste fim de semana... perdia-as no cartão! A memória, essa, ninguém me tira!!)

Boa semana!




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novembro 25, 2014

Quando fingimos que ainda és filho único... (#4)

Desde que o Du nasceu, que tento tirar de vez em quando um dia para estar só com o Rodrigo, sem ter que dividir as atenções e os mimos por dois. A última vez que tinha feito isto foi em Maio, acho eu, passámos um dia muito divertido e lembro-me dele ter dito que tinha adorado!
Como no próximo fim de semana não dá para fazermos a árvore, e como imaginei que seria também complicado com o mais pequeno em casa, tirei o tal dia especial, o dia da surpresa como ele lhe chama, para estarmos juntos, enfeitarmos a árvore, e almoçarmos qualquer coisa deliciosa como bifes com batatas fritas.



 

Podia dizer-vos que foi um dia super divertido, que o Rodrigo esteve super empolgado com tudo e que adorou a surpresa... mas não é verdade! Ele adorou a surpresa, sim - ficar em casa - adorou o almoço, mas no que toca a enfeitar a árvore de Natal foi basicamente uma seca. Oh mãe, ainda falta muito? (tinhamos acabado de a tirar da caixa!) Mãe, agora pões tu o resto das bolas, está bem! Mãe, posso ver uns bonequinhos?
Não sei se as minhas expectativas eram muito altas, se intuiu que estávamos uma semana adiantados no calendário, ou se é ele que ainda é pequeno para estes entusiasmos (mas é nesta fase que costuma ter graça, ou não?!), o que é certo é que deste último, faltou-lhe uma boa dose!
Por mim, concluo: 1) ele tem os genes masculinos, nada dados a estas coisas. 2) Não quero saber, alguma coisa boa há-de ter ficado naquela cabecinha sobre este "dia especial". 3) Eu, adorei ter passado este tempo só com ele, a preparar a nossa casa para esta época mágica!
E como eu gosto do Natal!! ;)


P.S. - Este último enfeite está no quarto deles. No meio de tanto frete, pediu-me que lhe fizesse o Natal no quarto. Um galho, que ele apanhou para me dar no nosso passeio aos Sal-Picos, umas bolas da Imaginarium e fotografias que marcam momentos nossos ao longo do ano (podem ver aqui). Adorámos o resultado!
E por aí, já enfeitaram a árvore ou ainda é cedo? Adorava conhecer as vossas tradições de Natal! 
Kisses








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novembro 17, 2014

Ele era tão pequenino...

Quis nascer antes do tempo, veio cheio de pressa às trinta e seis semanas e era tão pequenino. Lembro-me que enquanto não o tiraram de mim estive tensa, calada, com frio. Não o vi logo, não o ouvi chorar. Disseram-me que ele estava bem e eu relaxei um pouco, mas só fiquei descansada quando o trouxeram, embrulhado num lençol verde só com a carinha à mostra, miudinho e lindo. Tão miudinho que só lhe toquei com um dedo, até a querida enfermeira me ter sussurrado: É seu filho, pode tocar-lhe à vontade! Aí fiz-lhe uma festa e chorei.
Passei os dias no hospital a ouvir que ele era muito pequeno, das enfermeiras, das estagiárias, das mães que dividiam o quarto comigo, das visitas delas e das minhas. De vez em quando, muito de vez em quando, alguém soltava a sabedoria popular eles criam-se cá fora, que estava muito bem assim. Não ligava muito. Percebia que ele era pequeno e frágil, sentia o seu pouco peso nos meus braços, mas não estava preocupada. Não em consciência.
Na véspera de ter alta, à noite entra uma enfermeira no quarto, rodeada de estagiários, e quando lhe digo que saio no dia seguinte ela duvida em voz alta e faz mais uma vez referência ao tamanho dele. Aí o meu coração apertou, apertei-o a ele junto ao meu coração, não queria sequer pensar na hipótese de sair dali sem o meu filho. Nesse momento fiquei preocupada, com medo de não o trazer comigo para casa, para a sua casa, para a nossa casa. 

Hoje, no Dia da Prematuridade, e com as recentes noticias que nos chegaram de tão longe, relembro os dias que passei há mais de quatro anos, e a felicidade que tive em voltar para casa com o meu bebé. Hoje, deixo um abraço grande a todos os pais e mães que, infelizmente, não podem trazer os seus filhos logo consigo e o desejo sincero que tenham uma história com um final feliz! 
Este vídeo é para todos vocês.








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novembro 14, 2014

Eu gritei, e ele não ouviu...

Um dia destes, pedi ao Rodrigo que fizesse qualquer coisa, já não me lembro bem o quê. Sei que estava numa daquelas espirais em que eu digo/ele não faz, eu peço/ele responde, eu mando/ele chora, eu grito/e ele... disse-me: Mãe, se continuares a gritar eu não te oiço!

E eu falei mais baixo. E fiquei feliz. Feliz porque ele teve o total à vontade para me chamar a atenção, feliz porque ele fez o que era certo, porque reproduziu um comportamento, que por norma, é meu. Quando ele faz uma birra, ou grita em vez de falar, digo-lhe que assim não o oiço, não o compreendo, e ele acalma e baixa o tom. Claro que pelo meio, este episódio teve mais pormenores, mais conversa, mais blá-blá-blá, mas para mim o importante foi isto: ele sente-se seguro e está a interiorizar comportamentos positivos. 
E, se eu gritar, ele não ouve!

Boa 6a feira!!



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novembro 07, 2014

Acho que estou a criar o Peter Parker...

O lema com as roupas do Rodrigo, até aos três anos, foi sempre "o mais confortável possível!". Primeiro, porque passava grande parte do tempo a dormir e a sujar fraldas e a bolsar, depois porque começou a gatinhar e a querer andar, mais tarde, porque para dormir a sesta na escola não queria que botões e presilhas o incomodassem. Por isso, ele usou muito babygrow, muitas calças de fato de treino, muitos fatos de treino, e... calças de fato de treino! (ups) Tinha sempre um ou outro conjunto mais aprumado, para quando saiamos ao fim de semana, ou íamos a algum jantar, mas ainda assim, seguindo o mesmo lema!


Aos três anos, comecei a olhar para as peças giras para a idade dele, algumas até a fazer pandant com o estilo do pai... mas o pior é que ele também começou a ter gostos, a ser esquisito, e pior ainda, a venerar os seus heróis preferidos. Os amigos e família começaram a aperceber-se, e não perderam oportunidade para no Natal ou aniversário lhe oferecerem a peça de roupa preferida! Resultado, agora, mesmo que queira, é muito difícil fazê-lo sair de casa com roupa que não tenha o aranhiço estampado, e quando consigo ele diz logo "Oh mãe, tu não sabes escolher a minha roupa!!"
Podia dizer-vos que ainda há esperança com o mais novo, mas à velocidade que ele vai ás gavetas do irmão buscar as camisolas dizendo "Aanha, Aanha!", duvido que isso aconteça!






                                   

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novembro 05, 2014

Uma tribo, um projecto... fomos seis durante uma semana!

Todos os anos eles escolhem um nome para a sala, onde vão passar grande parte dos dias, onde vão crescer e aprender muito uns com os outros. Este ano são os Índios, e não consigo imaginar nome melhor... índios, gostei. Ele já sabe que os índios caçam os seus alimentos, que partilham muito entre si, respeitam os mais velhos, que se deslocam em canoas e vivem em tendas.
No âmbito deste tema, a educadora resolveu criar um livro vai-vem, que passará pela casa de cada um dos meninos. A intenção é que cada menino leve um pouco de si, e da sua família, para dentro da sala e que partilhe com os outros. Adorei!
O vai-vem, vem acompanhado do Ioco e da Nocas, dois indiozinhos (que só tinham nome e corpo, quando foram para a primeira casa) e que aos poucos vão ganhando forma, consoante aquilo que cada família lhe quiser acrescentar. Chegaram até nós vestidos e, achámos por bem, que deveriam começar a ganhar expressão para poderem "comunicar" com os outros membros da tribo, e por isso contribuímos com os olhos! No livro, escrevi a história que o Rodrigo inventou (sem alterar nada) e a receita do bolo que acompanhou o Ioco e a Nocas de volta à sala. Ele desenhou a história, e colocámos fotografias dos manos a brincarem com os índios, durante a semana que eles passaram cá em casa! 
Aproveitando o tema, explorei um craft que há muito andava para fazer, e para o qual só me faltava a motivação!


Um dreamcatcher (ou caça-sonhos) para que a tribo possa dormir as suas sestas descansadas. Os índios (os verdadeiros), colocam-nos por cima da cama das crianças, porque acreditam que os sonhos maus ficam presos na rede do caça-sonhos.
Os miúdos adoraram, não faltaram encomendas! (eheh) O Rodrigo, também adorou a ideia (ele que não gosta nada de dormir), agora quer é que eu faça um para o quarto deles. Está prometido!
Estas são algumas coisas boas da infância: encontrar no percurso escolar alguém com boas ideias, que contribuem para o bom desenvolvimento dos adultos que um dia os nossos filhos serão!







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novembro 04, 2014

Quatro anos e meio


Quatro anos e meio. És um miúdo cheio de vida, de perguntas, de curiosidade, de uma energia que contagia. Pulas, saltas, corres, questionas. Inventas histórias, imaginas personagens, gostas de te mascarar sem ser carnaval. Estás numa fase de declarada independência da mãe. Eu é que sei! Eu é que escolho! Eu é que me visto! Eu não gosto de ti! Eu já não sou teu filho!, e por aí fora. Deste lado, eu fico orgulhosa do percurso normal no teu crescimento. É sinal que alguma coisa devo estar a fazer bem. Não quer dizer que, por vezes, não fique magoada com o que dizes, irritada mesmo, mas a minha resposta é sempre a mesma: Eu gosto muito de ti! Amo-te! É bom teres espaço para me dizer o que sentes, na segurança que tens que eu não vou a lado nenhum. É sempre bom eu dizer-te aquilo que já sabes, que eu sei que sabes, mas que nunca é demais para uma criança ouvir. Quatro anos e meio. A tua personalidade começa a sobressair, com todos os quês que isso implica. Neste percurso pergunto-me, se no futuro vamos ser mãe e filho cúmplices, amigos, com afinidades e gostos em comum, ou se nos vamos tornar quase estranhos, com paredes invisíveis a barrarem-nos os momentos bons. Desejo tanto que sigamos os dois pelo primeiro caminho... 
Quatro anos e meio. Amo-te filho crescido (bebé da mãe, dentro das nossas quatro paredes)...





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novembro 01, 2014

Inclusão em forma de bolo (sem glúten)

No aniversário do filho grande, levei um bolo para a escola para cantarmos os parabéns com todos os amiguinhos. Na hora de partir o bolo, um dos meninos não parava de me perguntar se também podia comer, se o bolo também era para ele, que também queria uma fatia... Eu não estava a perceber, mas estava incomodada (no sentido "aflita") com a forma como o menino ia fazendo as perguntas, até que a educadora me explicou que ele era intolerante ao glúten e que só podia comer o que trazia de casa! Fiquei cheia de pena e irritada, porque enquanto todos os meninos comiam o bolo do Homem Aranha, o T. ficou a olhar, à espera de comer o bolo dele à hora do lanche! E quando todos os meninos levaram as bolachas do Homem Aranha de prenda, o T. deixou a dele...
Quando a turma organiza pic nics, o T. ou não vai ou tem que comer à parte. Nas festas de aniversário, os pais levam bolo e gomas só para ele, e estão sempre em cima para ver se ele se "comporta". Embora com quatro anos, e tendo consciência dos efeitos, já saiba que não pode tocar na comida que não é dele!


Esta semana o Rodrigo quis levar um bolo para a escola, a propósito de um projecto que estão a fazer (e que vai merecer destaque) e eu lembrei-me logo do T. O bolo tinha que ser sem glúten! 
Pesquisei e encontrei esta receita da Mafalda*, que achei simples e perfeita para a ocasião. Fui com o Rodrigo  - que já tem consciência desta particularidade do amigo - comprar a farinha de arroz (encontrei no Jumbo) e mãos à obra. Depois enviei uma mensagem aos pais, a informar que ia levar o bolo e com o link da receita, 
De manhã, cruzei-me com a mãe do menino que me fez um verdadeiro inquérito: "que margarina tinha usado, se estava a cozinhar mais alguma coisa para além do bolo, se os utensílios não foram usados para mais nada, com que é que tinha untado a forma, se o bolo tinha cobertura... "
Fiquei em alerta total! Não tinha noção do perigo da contaminação dos alimentos, que não bastava usar uma farinha especial ou não usar farinha de todo, lembrei e relembrei vezes sem conta o processo todo para ver se tinha falhado alguma coisa... mas só descansei quando cheguei à escola e estava tudo bem com o menino, que já tinha comido duas fatias!!
Só aí me senti bem, e relembrei o agradecimento da mãe por alguém se ter lembrado (pela primeira vez) de incluir o filho num simples bolo!

(Espero que o Rodrigo tenha retirado algo mais deste bolo, para além da sua fatia!) ;)


* Em vez da banana usei maçã, e ficou muito bom!!


                                 




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outubro 30, 2014

É tão bom ser criança...

- Mãe, eu adoro voar!
- Mas tu não voas filho?
- Olha mãe (faz o gesto com as mãos): pó mágico, vamos sempre em frente, sempre em frente, segunda estrela à direita e... chegámos!
- Onde?!
- À Terra do Nunca!!




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outubro 28, 2014

O melhor que podemos oferecer aos nossos filhos...

Desde que a feira começou, que o Rodrigo não falava noutra coisa senão de "andar na roda gigante e tocar no céu!". Fizemos-lhe a surpresa no último sábado, no final da tarde para vermos a cidade e o pôr do sol. 

Quando estávamos a comprar os bilhetes, confessou que tinha medo, que era muito alto, mas como ia com o pai estava tudo bem! Rodámos durante uns minutos, com uma paragem lá no topo, com uma vista magnifica. Ele não cabia em si de contente, estava quase a tocar no céu! Até deu pulos!! Tínhamos combinado andar só neste carrossel, mas o envolvimento no ambiente levou o pai a fazer-lhe a vontade de andar no comboio fantasma. Nada que o assustasse!
Demos uma volta por ali, e comprámos o famoso pão (quentinho) com chouriço e bolo do caco com carne em vinha d'alhos... uma delicia! Sentá-mo-nos os quatro a saborear aquele momento, a ver o Du a dançar e o R. que estava tão feliz, repetiu que estava a ser "um dia muito, muito bom!".

E foi mesmo um dia bom, daqueles que eu sei que ele vai voltar a falar e que lhe vão ficar na memória. Daqueles que contam para construir uma doce infância!







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outubro 24, 2014

Talvez seja da minha cabeça, talvez não...

Às vezes penso que é da minha cabeça, que penso demais nestas coisas, que não deve ter nada a ver e são tudo banalidades da infância. O que é certo é que desde o nascimento do irmão, o comportamento do Rodrigo comigo tem vindo a mudar. Menos amoroso e mais arredio comigo (do género dá-me um beijo e em seguida parece que se enganou!), mais pai - tudo pai, mas pelo meio oferece-me uma flor... está diferente. 
O que é certo é que o irmão nasceu e ele não teve grandes manifestações de ciúme, não regrediu, e estava prestes a fazer três anos, pelo que é normal que no último ano e meio tenha crescido e queira manifestar independência da mãe...
Às vezes penso que é da minha cabeça, que penso demais nestas coisas, mas hoje antes de ir dormir, pediu-me:

- Mãe, quando passar umas horas de eu dormir, mas ainda é de noite, podes vir acordar-me e ir comigo para a sala como fazes com o mano?

(...)


(Desde que o Du nasceu, sempre que há uma noite má - como no inicio desta semana - vou para a sala com ele para deixar o R. dormir. Se a coisa não acalma, ficamos lá até de manhã. O R. nunca se tinha manifestado em relação a isso...)





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