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março 13, 2013

E aos 17 dias de vida...

... relembro o dia em que nasceste ainda sem perceber como é que já passou tanto tempo, as dúvidas que me levaram ao hospital, os minutos do CTG enquanto trocava sms's com o pai para que fosse almoçar, e enquanto ele me dizia que dali não saia por nada.  Relembro o enfermeiro, a médica, a querida da G. que não nos perdeu de vista e garantiu que estávamos confortáveis. A sala de partos, a música que levei para me ajudar a viajar por minutos, a mesma que me fez chorar nos poucos momentos que estive só e em que fui interrompida pelo amor da minha vida... expliquei-lhe que não era tristeza, era emoção... Começaram as dores, os sinais inequívocos que querias conhecer-nos, ver o mundo, abraçar a vida. Dei a mão ao meu pilar, esqueci a música, calei-me, como faço sempre que estou num momento importante e tenso: calo-me e vivo o momento. Não passou muito tempo, uma hora, duas talvez, quando houve os primeiros sinais que algo não estaria bem. O teu coraçãozinho não se ouvia bem, estava lento, preguiçoso... o meu quase parava... avançou-se para o plano B. Sou recebida pela enfermeira Célia, a mesma querida que me recebeu num momento semelhante em 2010 - tão querida que é reconhecível até de máscara - sorriu-me e fez-me um carinho. 
Às 17h35m ouvi o teu choro, forte, descansaram-me e disseram que estava tudo bem. Não chorei, fiquei feliz, mas não chorei como na primeira vez. Estranho!? Pouco tempo depois já estávamos os três reunidos, a conhecer-nos, a trocar palavras só nossas, e a guardar memórias que ficarão para sempre. Só faltava um elemento para estar tudo perfeito.

Relembro agora que só ao fim de uma semana, já no nosso ninho e apenas os dois num momento singular que se repete ao longo do dia, finalmente chorei. Chorei porque me dei conta que te tinha nos braços, meu querido segundo filho, mais um amor para toda a vida, mais uma pequena grande parte de mim que vou amar intensamente, como só quem é mãe pode amar. Vou-te amar por toda a minha vida...
Aos 17 dias de vida, revelo que tens o cabelo liso e escuro, lábios carnudos e bochechinhas apetitosas, tal como imaginei. Acalmas sob o meu peito ao som da mesma canção de embalar que ainda hoje canto para o mano, as cólicas diminuem quando o pai te faz o "macaquinho", sossegas ao colo do teu irmão, e já nos olhas como se te quisesses identificar com estes seres que te rodeiam e que te amam. Aos 17 dias de vida ainda nos vamos conhecendo, ainda está tudo tão fresco, delicio-me com o teu cheiro acabadinho de sair do banho, oiço os teus gemidos e descodifico-os para atender as tuas chamadas. Aos 17 dias de vida amo-te, pura e simplesmente, Little D.!

fevereiro 28, 2013

Um dia bom para se nascer!

Estava um dia radiante de sol, primaveril até, número ímpar como nós gostamos, um dos dias que tínhamos apontado à natureza para ser um dia bom para se nascer! Correu tudo bem, imprevisível como se previa, diferente do que tínhamos imaginado, mas tudo bem. Agora, com o meu rebento mais novo nos braços, com o seu cheirinho puro a relembrar-me momentos igualmente doces e não muito distantes, bem posso dizer: foi um dia muito bom para nascer!
Fazes parte de nós hoje como se tivesses existido sempre... Bem vindo Little D.!

fevereiro 23, 2013

Irmãos: uma relação que começa na barriga da mãe!

Tendo sido o centro de todas as atenções nos últimos 33 meses, não podemos deixar de pensar em medidas para que a chegada do mano seja o menos penosa possível para o Baby Boy! Desde o momento que lhe contámos que iríamos passar a ser quatro (por outras palavras, claro) temos tido o cuidado de demonstrar que este novo elemento tem tudo de bom, mas também vai ocupar o seu espaço e vai requerer muita atenção.
Agora que se aproxima a chegada real, em que toda a conversa de nove meses se vai materializar, há que tomar medidas concretas:

- A montagem do berço foi um acontecimento entre pai e filho, com reportagem fotográfica da mãe. O entusiasmo foi total, ligeiramente abalado pelo facto do berço ficar no quarto dos pais?! Lá lhe contámos que com ele também foi assim, e mostrámos as fotografias para comprovar... resolvido!? Veremos!

- Temos vindo a dizer-lhe que em breve o mano se sentará ao seu lado no carro, numa cadeirinha. "- Cá atrás comigo?! - Sim! - Na minha cadeirinha? - Não, na que vais montar com o pai! - Boa!!"

- Quando for visitar o mano e a mãe, irá à Casa dos Bebés, tentando não referir a palavra Hospital, normalmente associada aos dói-dóis!

- Quando lá chegar, se possível num momento em que eu não esteja a amamentar, vou dirigir a minha atenção para ele, e apenas quando pedir, apresentarei o mano.

- O mano, já gosta tanto dele que até lhe trouxe uma prenda: o livro do Pinóquio, história que está a aprender na escola!

- Quando voltarmos para casa, os quatro, Baby Boy ficará encarregue de apresentar os cantos à casa ao mano, numa espécie de "Vens para cá, mas eu é que conheço o território!" (E pronto, o mano é tão simpático que terá outra prendinha para ele cá em casa!) (too much?!)

-Tentaremos passar algumas destas dicas a família e amigos, que muitas vezes não estão sensíveis a estas questões e podem (sem querer) causar alguma ansiedade ao irmão mais velho!


"Mas para quê tudo isto? Sempre houve irmãos mais velhos e mais novos, sem grandes dramas! No meu tempo não havia nada disto!" Ouviremos!
É verdade, o alargamento do núcleo familiar não é novidade, sempre existiu. Mas também existem relações de irmãos, e consequentemente, de pais e filhos com muitos conflitos por resolver, muitas vezes por não ter havido a preparação necessária para a chegada do novo elemento! Quem não conhece uma história de alguém que sempre achou que a mãe preferia o irmão mais novo, ou que protegia mais a irmã, só por ser menina, ou que acha que o pai sempre teve orgulho no irmão?!
Claro que nem sempre as coisas correm como planeamos e não podemos controlar tudo. Irmãos mais novos sempre houve, com os mais velhos a sofrerem com isso, mas se pudermos minimizar os danos desde o inicio, todos saem a ganhar! :)

fevereiro 20, 2013

Ready to go!


Estou muito bem comportadinha e há cerca de duas semanas que tenho a mala pronta, para quando chegar o dia D, ser menos uma para me preocupar! Aqui levo o essencial para estar confortável nas primeiras horas (ou primeiro dia) de acolhimento no hotel (leia-se maternidade), e claro, para o Feijãozinho também. E o que deve ter uma mala de maternidade para nos suprir as primeiras necessidades? 

Para mim:
- Uma camisa de dormir confortável;
- Um robe fresco;
- Chinelos de quarto;
- Um soutien de amamentação;
- Cuecas descartáveis (são boxers e comprei na Chicco - 4 pares/ €11,00);
- Elástico para o cabelo;
- Identificação pessoal e exames de toda a gravidez;
- O meu Ipod! (Importantissimo! Não sei quantas horas lá vou estar, se vou estar acompanhada ou não, e a minha música pode sempre levar-me para momentos agradáveis e indolores :)

Para o Feijãozinho:
- Três mudas de roupa completas (babygrow; body; calcinhas; uma fralda);
- Cada uma das três mudas está num saquinho (daqueles de congelar, com fecho hermético) e identificadas com 1º, 2º e 3º dia. Assim evito ter o meu filhote todo maltrapilho, com uma peça de cada nação - como aconteceu com o Baby Boy! Ups!
- Uma toalha de banho;
- Duas fraldas de pano (dá jeito para quando o deitar não ser directamente na roupa do hospital!)
- Uma mantinha;
- Uma prenda para oferecer ao mano mais velho!*

Isto é o essencial, em casa fica outra mala preparada (ou com indicações) do que ainda me vai fazer falta, e que o maridão depois poderá levar (produtos de higiene pessoal, duas camisas de dormir ou pijama,  chinelos de banho e toalha de banho, ...). Assim evito ir muito carregada logo na primeira hora!
Falta-me alguma coisa? (Para além do garoto dar sinais de querer vir ter comigo?) ;)


*Num próximo post dedicar-me-ei a este item!



fevereiro 18, 2013

Pára tudo!!!

Uma pessoa já se sente cansada de ser canguru e começa a ficar ansiosa para conhecer a sua cria. Uma pessoa não sabe o que é uma gravidez para além das 37 semanas, e por isso faz planos para que tudo termine (em bem) por estes dias. A pessoa planeia caminhadas, escadas para cima e para baixo, massagens na barriga, noites de paixão (!) com o seu mais que tudo para acelerar o processo e chegar ao seu objectivo! MAS... a pessoa tem que parar porque aparece-lhe um STOP e um sinal vermelho no meio do caminho... um chama-se otite (no Baby Boy) e outro, ainda não tem nome, mas não me inspira confiança (no maridão)! Agora, uma pessoa está aqui sozinha no sofá, enquanto ouve os seus fofos fungar lá da cama e pensa, que se lhe rebentam as águas a meio da noite, pega na sua malinha, mete-se no seu carrinho a caminho do hospital, e liga de manhã ao marido para ir conhecer o novo rebento da família. MAS... uma pessoa não pode fazer planos...

fevereiro 16, 2013

Crónicas de um Curso PPP (#5) - Mais uma que vem...!

Quem pensa em fazer um Curso PPP, pensa com certeza que vai aprender alguma coisa sobre como respirar na hora H! Am i right?
Então eis que se passaram as sessões para aprender a respirar, o que não tem nada a ver com o chamado "cão cansado", como teimam em dizer por aí. O segredo aliás, está mesmo em respirar para não nos cansarmos, e levarmos a grande tarefa até ao fim! Imagine-se assim, uma sala com dez gravidissimas, deitadas/sentadas num colchão, com os maridos de plateia, e a ensaiarem para o grande acto final! Imaginem-nos a imaginar que estamos a ter uma contracção dolorosa (representada por um barulho agudo que interrompe a música clássica que ouvíamos!) Imaginem-os a imaginar que o nosso filho está prestes a nascer e que temos que fazer força para ele sair (mas sem fazer a dita força, porque afinal é só um ensaio!) Imaginaram? Ok, então aqui ficam algumas dicas sobre estes exercícios, que penso serem muito úteis!

- Durante o período de dilatação (que pode levar várias horas) em que se dão as contracções (que podem ser muito dolorosas)  o ideal é poupar a nossa energia, para no período de expulsão estarmos bem fresquinhas (dentro do possível). Assim, a cada contracção devemos estar em silêncio, de olhos fechados, e a respirar calmamente. Pode ajudar termos um IPod por perto, com a nossa música relaxante favorita. Desta forma, desviamos a atenção da dor e quanto mais calmas estivermos, menos forças desperdiçamos.

- No período de expulsão (ao fazer força para o nosso filho nascer) temos que agarrar as pernas, encostar o queixo ao peito e fazer força sustendo a respiração (pode ter uma duração de cerca de 10/15 segundos). No fim da contracção, devemos respirar fundo e aguardar pela próxima. As contracções e o facto de respirarmos de forma correcta, são os perfeitos aliados para trazer o nosso filho ao mundo.

- Se as indicações de quem nos assiste forem "Não faça força!" e tivermos essa vontade, devemos expulsar o ar aos poucos.

O trabalho de parto pode levar várias horas, e ser muito desgastante física e psicologicamente. Quanto mais positivas e relaxadas estivermos, e se tivermos algumas dicas em mente, pode ser meio caminho andado para que tudo corra da melhor forma possível  E como diz o Mestre* a cada contracção devemos pensar "Mais uma que vem, menos uma que é preciso!" ;) É que embora não pareça, cada contracção deve ser considerada como uma aliada nossa, se não fossem elas, nada acontecia!

*Forma carinhosa de tratar o Enfermeiro que nos dá a formação!

fevereiro 15, 2013

37 semanas...


Se a experiência se repetisse já o tinha nos braços, surpreendida no meio da noite pela natureza e pela sua vontade de se juntar a nós. Hoje e todos os dias, saio de casa sem saber se vou voltar com o Baby Boy da creche, brincar com ele, deitá-lo com a sua história preferida e enchê-lo de beijos. Ou se estarei aqui perto de casa a fazer tudo para trazer mais um tesouro ao mundo, segurá-lo e protegê-lo, acariciando-o e contando-lhe que tem uma família linda à sua espera! Por agora sinto-me como uma bomba relógio que a qualquer momento pode explodir... de felicidade! :)

fevereiro 08, 2013

Vale a pena comprar (#4) - Grávidas mas com estilo!


Não sou muito adepta da roupa de grávida. A mim, fica-me enorme e faz-me sentir um balão insuflável.  A sério. Por isso tento sempre adaptar roupa que tenho ou modelos mais largos para poder usar. Na primeira gravidez comprei apenas um par de calças canguru, e confesso que me senti mais confortável com aquela faixa na barriga, mas de resto o guarda roupa foi sendo adaptado. Desta vez, investi em leggings (daqui) em microfibra, super confortáveis e versáteis (com uma campanha em vigor, razoavelmente boa!). Comprei também umas camisolas nos saldos, largas e num tecido leve - para acompanhar esta barriguita em franco crescimento - que se fazem acompanhar com um lenço e um casaco, fios e brincos, acessórios que completam o look e nos fazem sentir giras! :) Ao contrário da primeira vez, que andei de saltos até aos sete meses (!), agora optei pelas botas rasas, e nos últimos dias os meus melhores amigos têm sido mesmo os ténis. Fazem-me sentir tão bem e tão ágil!!!
Meninas grávidas, aproveitem os saldos e vão ver que não precisam de gastar muito para ficarem com estilo! 

fevereiro 04, 2013

Vale a pena comprar (#3) - Dormir melhor

Uma das coisas que me tem feito penar, nesta gravidez, são as noites. Eu não durmo! Acordo cada vez que me viro na cama (sem contar com as que tenho que ir ao WC) mas, literalmente, cada vez que me viro eu gemo e suspiro porque me custa muito, mesmo muito. A ciática tem sido uma companheira muito ingrata, e julgo que muito por culpa dela, os meus sonos já vão muito desregulados para a fase mamã/recém-nascido! No outro dia na sessão do Curso PPP, a fisioterapeuta falou nesta almofada, que ajuda imenso a grávida a dormir melhor. Eu não conhecia, e não comprei (achei que nesta fase era melhor improvisar), mas já me falaram maravilhas deste artigo, e penso que será uma grande ajuda para quem sofrer do mesmo mal!
Durmam bem!!!

35 semanas


Por agora conto os dias, preparo o ninho para receber a minha cria, e preparo-me para o grande desafio que é trazer mais um filho ao Mundo. Procuro a energia neste sol maravilhoso, nos carinhos do melhor marido do Mundo, e nos beijos fofos que o Baby Boy me oferece. Acordo cheia de vontade de fazer, arrumar, comprar, procurar. Vontade que se vai desvanecendo ao longo do dia, fruto desta recta final que me torna mais cansada, mais recolhida, mais sossegada! Os meus dias misturam-se entre gargalhadas soltas e choros desenfreados. Alegrias e receios andam embrulhados, abraçados até, e fazem desta fase a mais sensível de todas. Mas estou feliz, felicidade que se vê e que se sente a cada festa que lhe faço e a que carinhosamente me responde com um pontapé! :)


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fevereiro 01, 2013

Crónicas de um curso PPP (#4)

Mais uma sessão de esclarecimento sobre como será o palco, as deixas, os intervenientes, e até os adereços. Não faltou nada. Ontem deu-se maior atenção às anestesias, epidural e raquidiana, como e onde são administradas, e o tipo de agulhas. A pré mamã ao meu lado começou por sentir calores, tirou uma e outra camisola, ficou branca como a cale... e isto só de ver bonecos! Perguntei-lhe como seria na hora H, e se tivesse que ser cesariana... "Ponham-me a dormir, que eu não quero saber de nada!" disse ela.

Há coisas que não se controlam, não sem apoio técnico, e estes pequenos (grandes) medos podem fazer toda a diferença num parto, fazer com que corra pelo melhor ou não! Uma mãe disponível, com capacidade para enfrentar a dor e os procedimentos, vai fazer o seu papel, o de protagonista, e ajudar o seu filho a nascer. Por outro lado, uma mãe com medos, fobias ou traumas anteriores, pode fazer justamente o contrário, e neste caso era bom aproveitar os nove meses de gestação para tentar resolver estas questões, para o seu bem e do seu bebé!

O tempo está a passar, estamos todas com o mesmo tempo de gestação, as barrigas crescem a olhos vistos e já nos vamos conhecendo, trocando impressões, dicas. Os receios e as dúvidas começam a emergir, e a sessão termina sempre para além da hora devido aos esclarecimentos. Eu, que já vou para o segundo, tenho uma visão um pouco mais tranquila, embora sempre com a sensação que desta vez tudo pode ser completamente diferente, pelo menos assim o espero. Vivo na expectativa que tudo será muito repentino e rápido, como da primeira vez, mas com um final menos cirúrgico. Gosto quando me colocam questões, não porque saiba tudo, mas porque sinto que posso estar a ajudar. E estes pequenos detalhes fazem-me crer que fiz bem em frequentar o curso, mesmo sendo mãe de segunda viagem!

janeiro 31, 2013

Quando cabeça de grávida se lembra de pensar...

Respiro de alívio sempre que as recebo, e vem tudo dentro dos parâmetros normais ou com o NEG. em referência. Não vale a pena concentrar-me muito nestes pormenores, mas garantir que faço tudo para que tudo corra bem, e confirmar que estou a ser bem sucedida, é mesmo um alívio! Um filho saudável é uma benção, há quem diga que é o euromilhões e lotaria premiada. São tantas as probabilidades, as conjugações e divisões, as células e os códigos... com tudo o que está à nossa volta, só nos resta zelar para que o nosso ventre seja pleno de bem estar, e que alimentamos o nosso filho com doses de saúde e amor!  

janeiro 29, 2013

Obrigadinha, meninas!

Parece que o mundo das mulheres está do lado dos homens, certo? 
Pois que os vossos votos não ajudaram muito à discussão cá em casa (pelo menos para o meu lado) mas foram sinceras... e agradeço-vos por isso! ;)

janeiro 28, 2013

Dilema: assiste / não assiste?

Quando engravidei a primeira vez, entre outras coisas que para mim eram tão naturais como beber água, estava implícito que o pai da criança, meu querido marido, iria assistir ao parto. Com o avançar do estado de graça foi-nos sendo dito que o mais provável era que o mesmo terminasse em cesariana, dada a posição pélvica do Baby Boy, e por isso mesmo o tema em si nunca foi realmente  pensado ou discutido, nem nenhuma decisão foi tomada.
Hoje, quase a cortar a meta, e com indicações de que não há contra indicações para um parto natural, comecei a pensar realmente no assunto e claro, a discuti-lo com o meu querido marido. E então tem sido mais ou menos assim*:

Eu - Acho que não quero que assistas. O processo em si não é bonito, e eu vou estar muito exposta... Vão ser ais prá'qui e uis pr'ali, médico que vê, enfermeira que mexe...

Ele - Eu gostava de assistir. É um momento único na vida de duas pessoas. Vou estar lá para te apoiar, mas o meu foco vai estar no nosso filho, por isso nem vou reparar no resto.

Eu - Mas não vês, que se estiveres com ele dez minutos depois, vai ser igualmente bonito e poupas-te aquele espectáculo... biológico! Depois no recobro podemos estar os três, juntinhos!

Ele - Tu é que sabes, se preferes que eu fique no corredor à espera, enquanto ficas lá dentro com estranhos a receber o nosso filho e a cortar o cordão... 

Eu - É que eu acho que posso ficar inibida naquela situação, apesar do nosso total à vontade um com o outro, e isso não ia dar jeito nenhum. Acho que há coisas que deviam ficar apenas no imaginário...

Ele - Pensa, tu é que tens que decidir. Mas eu não acho nada disso e gostava de lá estar no nascimento do nosso filho!

E pronto, estamos nisto... Como eu gostava que em certas situações, o maridão estivesse na caixa vazia!
E vocês, que experiências têm para contar? Estão do lado dele ou do meu?! :)


* De referir que cá em casa eu sou a pragmática e ele é o sonhador, o que dadas as profissões, ninguém diria!

janeiro 25, 2013

Crónicas de um Curso PPP (#3)

Ontem foi tempo de falar sobre a hora H, o parto propriamente dito, com direito ao antes, durante e depois. O enfermeiro/parteiro não andou com rodeios, e repetiu várias vezes o trabalho de parto vai doer muito, que pode durar muitas horas, e que só tem de bonito recebermos o nosso filho, porque o resto é para esquecer! (Mais directo, impossível!) Mas também disse que podemos pedir a epidural e que neste hospital a política é ser o menos interventivo possível, mas tendo sempre como prioridade o bem estar da mãe e do bebé!
E a verdade é mesmo esta, um parto é um processo natural mas cheio de gritos e gemidos, fluidos e "Faça força, força! Não, agora não faça!", de belo e romântico não tem nada, para além do momento mágico que é receber o nosso filho nos braços!  E também é verdade, que se estivermos psicologicamente preparadas e disponíveis para o processo natural do nascimento, é meio caminho andado para tudo correr bem! (salvo algumas excepções!) 
No meio de todas as descrições, houve quem risse à gargalhada, quem fizesse cara de horror e quem pensasse "Mas no que é que eu me fui meter??". A sessão tinha componente prática, e uma parte era assistir a três filmes com as diferentes fases do trabalho de parto. Uma das pré mamãs, disse logo que não queria ver nada! "Então feche os olhos." respondeu o enfermeiro. Ela não fechou, assistiu aqueles curtos minutos de filme, e saiu espavorida da sala...
Pergunto-me como irá fazer quando for a protagonista da curta metragem?! ;)




34 semanas :)

E finalmente reencontrá-mo-nos! Desde Outubro que só podia imaginar o que se passava, como estavas, que voltas e cambalhotas já terias dado, mas faz hoje uma semana que pude voltar a ver-te. Dias antes, o reboliço tinha sido grande e a barriga da mamã desceu, deixando um espaço vazio. Disse ao pai: "Ele deu a volta, já deve estar a fazer o pino!". E confirmou-se. Já estás em posição de saída, confortável e bem instalado, o que pode ser meio caminho andado para fugir(mos) a outra cesariana. 
A Dr.ª Ana, que vigiou a gravidez do mano, disse que és grandinho,  garantiu que és um menino (três a confirmar, não pode haver erro!), e mostrou-nos o teu cabelo e a tua carinha. Ficou melhor desenhada a tua imagem: cabelinho escuro e liso, lábios carnudos e bochechinhas apetitosas. Misturou-se um pouco de preocupação e se's, que são perfeitamente dispensáveis mas compreensíveis nesta altura. Enfim, entramos em contagem decrescente e eu não vejo a hora de te conhecer, ao vivo e a cores!

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janeiro 24, 2013

Vale a pena comprar (#2) - Boopy

Na sequência deste post, sugiro a compra da Boopy!
No inicio não quis, recusei até a oferta da minha Little Sister, mas ao fim de um mês pensei melhor no assunto e lá fui eu comprá-la (Burra, devia ter aproveitado a oferta!). Dava imenso jeito na hora de amamentar, podia apoiar o braço, apoiar a cabeça do Baby Boy enquanto preparava a mama seguinte, e mais tarde (por volta dos dois/três meses) dava para o deixar mais elevado, evitando que estivesse sempre deitado ou no meu colo, para ter outra perspectiva do Mundo e não cair do sofá!
São caras, é verdade (€65,00 na altura) mas são multifacetadas e duram (sobretudo para quem quer ter mais filhos), além disso, também dá para trocar a fronha, quando nos fartarmos do padrão.

Baby Boy, aos 2 meses

Mas há opções mais em conta:
1) Darem a dica a amigos que pretendam oferecer uma prendinha, e que podem cair no erro de comprar coisas que nunca vos vão fazer falta;
2) Procurarem no OLX ou Custo Justo, de certeza que encontram a almofada em segunda mão e bastante em conta;
3) Ou meterem mãos à obra, e fazerem a vossa almofada de amamentação! Há vários tutoriais na net, é uma questão de pesquisa! 

Façam a vossa opção e desfrutem dela, o melhor possível! ;)


janeiro 23, 2013

Tudo ao nosso ritmo, please!

Depois de quatro dias junto da família, eis que regressámos ao nosso ninho, e suspirámos em uníssono  Home Sweet Home! Por muito bem que estejamos rodeados de quem mais gostamos, sabe sempre bem o regresso a casa, ao nosso espaço, aos nossos programas de família 3+1!

Na recta final da gravidez, dizemos basta e a partir de agora queremos "sopas e descanso". Chega de viagens apadrinhadas de chuvas torrenciais, curvas contra curvas e saltinhos na estrada, que o meu Feijãozinho já não aguenta, e para o Baby Boy são um tormento. 
Nesta fase, para além da ansiedade natural do avançar do estado e do cansaço inerente, incomodam-me sobretudo os planos dos outros. As expectativas que criam à volta do que vai acontecer, como vai acontecer, o que nós vamos ou não precisar, a quem vamos ou não recorrer. Um pouco mais soft do que na primeira vez, mas não o suficiente para mim, ou não fosse este apenas o segundo neto e sobrinho de ambas as partes! 
Bad girl! Eu sei... mas é um facto que não gosto! Agradeço a disponibilidade, sabe bem saber que temos com quem contar, mas ao nosso ritmo e à nossa chamada, não porque impõem a sua presença. Uma recém mamã que passa pela emoção (e cansaço) de um parto, que tem que lidar com subidas de leite, hormonas ao rubro e descanso 0, que quer dar toda a atenção possível ao filho que já cá estava, e viver a integração daquele que chega a quatro, não aguenta ter que lidar com a boa vontade de todos contra a sua própria vontade!
Avós deste país, contenham-se! Não adivinhem, perguntem. Não imponham, sugiram. Não façam castelos nas nuvens, vivam no chão. Assim evitam ter que choramingar sobre o quão ingratos são os vossos filhos, e genros e noras, porque afinal, estava mesmo à vossa frente, vocês é que não quiseram ver!
Não sei com vocês, mas comigo é assim...


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janeiro 18, 2013

Pipoca!! Maria!!!

Por acaso não pensam em fazer, não?? Um giveaway com oferta de muitos euros em compras e uma fashion advisor (?!) para recém mamãs!!! Dava-me jeito! 
Dos saldos já desisti, não me consigo ver com peça nenhuma! Umas porque ficam grandes, outras demasiado apertadas, outras peças porque me fazem calor e com outras vou ter frio de certeza. Vejo coisas giras, e que se calhar até valia a pena comprar, mas imaginar-me no meu número de sempre só daqui a três meses... é deprimente!
Vá lá, pensem nisso! Ajudem as mamãs deste Portugal! :)