Mostrar mensagens com a etiqueta Psi-Mom. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Psi-Mom. Mostrar todas as mensagens

fevereiro 06, 2013

You'll have a brother...

Ter filhos e formar uma família é das etapas mais bonitas da vida de uma mulher, e de um casal, e é também uma fase de muita responsabilidade, uma tarefa infinita e compensadora. Quando pretendemos ter o segundo, ou terceiro filho (...), para além de todas as questões logísticas a ter conta, não nos podemos esquecer do mais importante: preparar aqueles que já existem, para a chegada desse novo elemento! Por cá, esta tem sido das nossas maiores preocupações, sem exageros, mas temos tido atenção na forma como lidamos com o crescimento da minha barriga! 
Dada a pouca idade do Baby Boy, considerámos algumas questões ao longo destas 35 semanas:

Contámos-lhe a novidade apenas aos 3 meses de gravidez - as crianças pequenas não têm noção da distância temporal, e se para nós nove meses é muito tempo, para eles é uma eternidade. Não ver nada acontecer durante tanto tempo, pode causar muita ansiedade.

Uma história, com palavras simples e de modo a que fosse fácil compreender. A barriga da mamã está a crescer...

Desde o inicio que temos tentado incluí-lo nas mais simples tarefas. Achámos importante, quando transmitimos a novidade a família e amigos, Baby Boy foi o porta-voz e contou a sua historinha a todos!

Evitamos dar demasiada importância ao bebé, à barriga, e assuntos relacionados. Não o pressionamos a fazer festas ou a falar sobre o assunto. Mas atenção: não ignoramos a sua existência e que, mês a mês, fica mais próxima a chegada do bebé (agora tratado por mano) e com quem ele já se relaciona carinhosamente.

Não nos coibimos de dar algumas dicas a familiares, amigos ou até educadores! Sabemos, que antigamente ter mais irmão menos irmão era banal, um assunto tratado sem grande importância, tal como tantos outros na família (Quando a minha avó foi ter o seu 3º filho, à minha mãe foi-lhe dito que a mãe tinha tido uma dor no coração, e quando voltou trazia a sua irmãzinha!! Felizmente, hoje em dia, já não é assim e nós pais podemos ajudar os outros a terem atenção a pequenos pormenores que fazem toda a diferença.

Temos referido sempre que o mano vai nascer muito pequenino, vai ser bebé, não vai falar nem andar e possivelmente chorará muito, tal como ele quando nasceu. "Mas ele não fica a detestar o mano? E ele não vai ter na mesma a ilusão de que o mano vem logo brincar com ele?"  Não sei, ainda, mas espero que esta preparação o ajude a minimizar qualquer ilusão que ele possa criar. 

Mostramos-lhe fotografias de quando eu estava grávida dele, de quando nasceu, ele no berço, ele a mudar as fraldas, ele no banho, e vamos comparando com o mano e pedindo sempre a sua ajuda na tarefa difícil (mas amorosa) que será cuidar do little brother!

Até agora parece que está mentalizado de que vai ter um irmão, mas claro que a tarefa não acabou por aqui, e quando o mano se materializar vamos continuar a preocupar-nos com estas e outras questões! Se tiverem dicas... chutem! ;)

janeiro 24, 2013

Eduquem-se os pais!

Anda por aí um artigo polémico escrito por um jornalista da praça. Eu li, identifiquei-me por um lado e por outro não. 

É verdade que há por aí crianças hiperactivas, mas convenhamos que não é nenhuma epidemia, como se quer crer. É verdade que há muitas crianças mal educadas, que num instante se tornam adolescentes e jovens adultos sem o mínimo respeito pelos mais velhos. É verdade que é mais fácil irmos a um restaurante, loja, ou parque e vermos sinais de falta de educação dos filhos e... falta de educação dos pais!
Eu explico. Há pais que têm um conceito errado de como educar os filhos. Seja porque não podem passar muito tempo com eles e compensam-nos dizendo Ámen a tudo, seja porque querem compensar a falta de carinho e atenção que os próprios tiveram na infância, seja porque lêem artigos de psicólogos e pediatras e interpretam mal os conselhos de quem sabe. 
Porque no tempo dos nossos pais e avós tudo era resolvido à bofetada (!), porque nesse tempo a educação era à base da rigidez e da falta de afecto, psicólogos e pediatras foram realizando estudos e alertando a sociedade para a importância do afecto, da atenção e do diálogo entre pais e filhos, e da substituição das bofetadas que magoam física e psicologicamente a criança, e que a humilham. Mas nunca disseram que os pais deviam deixar de EDUCAR os filhos, de ter autoridade sobre eles, de exercer punições adequadas à sua idade e compreensão, ou até de lhes dar uma palmada (não chapada, não bofetada, não tudo o que humilha ou magoa seriamente a criança) na hora certa. Há com certeza pais que levaram muito à letra o que os especialistas foram aconselhando, pais que se demitiram completamente do seu papel de educadores, e outros há que andam completamente à nora sem saber o que fazer e que precisam de ajuda!
E neste caso, é mais fácil arranjar uma explicação médica para o problema dos pais da criança, do que admitir que não se está a dar conta do recado, ou nem se sabe como! Claro que crianças que não se sentem amadas, ou que vêem os pais duas horas por dia e à pressa, ou que sentem que não são uma prioridade para quem deviam ser o centro do Mundo, vão demonstrar essa angústia e tristeza sempre que puderem, onde puderem, chamando a atenção e portando-se mal, porque sabem que assim as atenções vão cair de certeza sobre elas, ainda que seja da pior maneira!
Mas há mais. Por vezes também se confunde crianças mal educadas com crianças activas (não hiperactivas), dinâmicas e alegres. Não podemos esperar que uma criança de dois anos fique duas horas (ou mais) sentada na cadeira do restaurante, enquanto os adultos jantam e conversam tranquilamente. Talvez seja melhor pensar em alternativas para a entreter, ou sair de vez em quando da mesa e dar uma volta com ela, ou deixá-la entregue a alguém de confiança. Agora se uma criança de 7/8 anos não aguenta estar sentada no restaurante, e grita e insulta os pais ou parte a loiça toda, não nos enganemos, não estamos a falar de hiperactividade! 
Temos que compreender as crianças, as suas necessidades, mas sem extremos, porque compreender não é aceitarmos ou sermos condescendentes com todas as suas atitudes. Compreender é tentar arranjar a solução adequada ao seu comportamento, e também ajustar o nosso ao delas. E já agora, pais que já o são ou pretendem ser: FILHOS DÃO TRABALHO! Ninguém pense que um filho é um bonequinho com botão de ON/OFF, e que segue as nossas instruções, ou melhor, que já vem ensinado com as regras da sociedade e chip de adulto. A nossa função de pais é mesmo integrar essa criança no nosso dia dia, reservando sempre um espaço para que ela também possa ser livre, possa ser criança, porque só vivendo a infância os nossos filhos serão adultos felizes! 

janeiro 23, 2013

Não quero amamentar!

Os primeiros meses de um bebé passam sobretudo pela satisfação das suas necessidades básicas, e é a partir destes momentos que pais e filhos vão criando laços. Já lá vai o tempo em que recém nascidos não podiam ser mexidos nem estimulados, e em que se acreditava que quanto mais sossegados estivessem melhor era para o seu desenvolvimento. Felizmente, hoje os pais falam com o seu filho desde a barriga, e acariciam-no desde o primeiro momento que lhe põem os olhos em cima.

A amamentação, actividade intensa desde o primeiro minuto, é daqueles momentos em que se faz o dois em um, suprime-se uma necessidade básica do bebé e alimenta-se a vinculação mãe-filho! Claro que para que corra tudo bem, há requisitos a ter em conta:

- A mãe tem que querer amamentar. Não porque sabe que é o melhor para o filho, não porque a sua mãe a inferniza que tem que ser, não porque todas as amigas o fazem. Tem que querer no seu intimo, dar colo, dar peito e alimentar o filho através de si. Se na sua mente a mãe não estiver preparada, dificilmente o corpo vai responder às necessidades do bebé.

- A mãe não pode estar em sofrimento. É normal doer um pouco no inicio, mas quando se criam mastites, ou quando a dor é muito superior ao prazer da amamentação, é preferível optar pelo biberão. (Mais vale um biberão com amor, do que mama com dor!)

- A mãe tem que ter disponibilidade para que naqueles minutos possa acariciar a sua cria, falar com ela e olhá-la nos olhos. Os bebés sentem esse carinho, e consequentemente irão alimentar-se melhor, e conhecer melhor a sua mãe! Amamentar a pôr a conversa em dia no telemóvel, ou a assistir à novela da noite, só suprime a fome do bebé...

- Tem que haver conforto, para a mãe e para o bebé. Sentada ou deitada, a mãe escolhe o melhor para si, e coloca o filho de forma a que também ele esteja confortável e consiga segurar o mamilo e sugar o leite, sem magoar o peito da mãe ou engolir demasiado ar.

Mas, e o pai?! Quem amamenta exclui o pai da vinculação?
Não necessariamente. O pai pode criar os seus laços com o filho em tantas outras actividades, desde que as faça com a mesma disponibilidade, desde que converse e acaricie o seu bebé. Quando já está tudo orientado, talvez ao fim do primeiro mês, os pais também podem optar por tirar leite, com a bomba, e uma das mamadas ser substituída pelo biberão, dado pelo pai!

Sem dúvida que, para mim, amamentar um filho é das melhores coisas do mundo, mas compreendo quem não o queira fazer. Mães que não querem amamentar são mães como as outras, que têm o conhecimento e fazem as suas opções. E nos Hospitais e Centros de Saúde devia existir esta compreensão por parte dos técnicos, perceberem primeiro quais as escolhas da grávida ou recém mamã, dar-lhe o conhecimento e respeitar a sua decisão, sem fazê-la sentir-se culpada ou menos mãe por isso!

Para quem tiver dúvidas, ou estiver a passar por uma fase difícil com a amamentação, encontra o apoio necessário aqui!

janeiro 15, 2013

E foi mais ou menos assim...

... hoje de manhã quando o mesmo filme se repetiu, mas hoje sem pranto, só com resistência:

Eu - Posso falar consigo um instante?
Educadora (assustada) - Sim... mas pode ser aqui (na sala)?
Eu - Sim, claro. Sabe, nós em casa temos reparado que o Baby Boy está um pouco mais carente, o que é normal com a chegada do mano. Também já nos apercebemos que tem resistido mais em ficar aqui de manhã...

(Enquanto isso, a Educadora olhava-me de sobrolho franzido e acenava com a cabeça)

Queria pedir-lhe que evitasse falar-lhe no mano quando o vimos deixar...
Educadora (interrompendo-me) - Ah, mãe, mas é só nesta situação, de resto não falamos disso.
Eu - Pois, mas é mesmo nesta situação que convém não falar, porque ele já fica ansioso e se lhe falamos no mano numa altura de separação dos pais, pode ser pior!
Educadora - Ah mãe, mas ele já era assim antes, não é por causa do mano!

Eu - Ó criatura, cale-se e oiça-me que sou a mãe dele, e sei do que estou a falar! - Não disse mas pensei!!

Eu - Eu sei que antes ele já resistia um pouco em ficar, mas EVITE falar-lhe no mano, e em como vai ser depois do mano nascer, no período que lhe é mais difícil  em que ele fica aqui e se separa dos pais! OK?
Educadora (com ar de quem ouviu a 100 e saiu a 200!) - Está bem!

Esta conversa aconteceu sem o BB estar presente, claro!

janeiro 11, 2013

Resposta à crónica anterior...

(Claro que não disse nada, nem me cabe a mim esse papel. Mas pensei, e enquanto não se paga para pensar...)


A gravidez é um período de grandes mudanças, em que a mulher fica completamente upside down, as hormonas fervilham, o corpo muda, as prioridades alteram-se. Tão depressa está tudo óptimo como no minuto a seguir só nos apetece desabar no primeiro ombro que aparece. É normal, é natural que assim seja, e assim o é desde que a Terra é redonda!
Quando uma gravidez é planeada, todos estes dramas podem ser minimizados pelo enorme desejo de se ter um filho, de nos tornarmos mães, de gerarmos uma vida. Mas mesmo assim, a gravidez pode virar um pesadelo, porque podem haver complicações que alterem profundamente a vida da mulher e do casal, e que levem a pessoa a colocar em causa tudo o que tinha desejado até agora.

Mesmo a mulher que planeou e desejou tem que aceitar a gravidez, o feto, tem que reavaliar as suas relações parentais, a sua relação conjugal e avaliar o tipo de mãe que pretende ser. Tudo isto pode parecer simples, mas a par de todas as transformações físicas  e à medida que o tempo passa, e se torna mais próxima a realidade de ser mãe, estes processos psicológicos podem tornar-se penosos, pois mexem com o que de mais íntimo há em nós, ainda que não o admitamos.

Enquanto mãe e grávida, as palavras daquela pré-mamã causaram-me grande estranheza, e um olhar crítico (no sentido figurado), mas enquanto Psi fez-me pensar no que pode estar por trás de toda aquela indiferença, todo aquele imenso desconforto com aquela que deveria ser a fase mais bonita da vida de uma mulher.... 
Devia, não quer dizer que o seja! Porque por trás de toda a mulher está uma história, estão vivências que não conhecemos, por vezes nem o companheiro conhece, e que podem ajudar a compreender este tipo de sentimentos.
Quem tem este tipo de questões por resolver, quando decide engravidar ou levar a gravidez até ao fim, tem "obrigação" de pedir ajuda (seja a profissionais, família ou amigos) para tentar ultrapassar o que teve de negativo na vida, e para que esses sentimentos não se reflictam, mais tarde, no seu filho/a, que num futuro não muito distante também será pai/mãe... e para que o ciclo não se repita, over and over again!

janeiro 07, 2013

Baby Boy, o ignorante!

Durante o seu primeiro ano de vida, Baby Boy seguiu à risca a introdução dos alimentos, a carne, o peixe, o glúten, o leite de vaca, tudo. Depois desta fase, tentei que a sopa nunca faltasse nas refeições, mantive sempre presente os vegetais e a fruta, e evitei sempre os fritos. Nunca fiz teatros nem aviõezinhos para que comesse, e quando não lhe apetece também não insisto. Sempre que alguém queria fazer a gracinha de lhe dar um chupa, um chocolate, ou batatas fritas, os meus olhos arregalavam-se e a minha boca agradecia a gentileza mas negava-a igualmente!
Aos dois anos e meio, Baby Boy nunca comeu um chocolate, embora já tenha provado a iguaria, no seu prato as batatas fritas são substituídas por brócolos cozidos, que ele come com a maior das satisfações, e a água é a sua melhor amiga, fazendo cara feia aos sumos variados.
Por esta altura, desse lado devem estar caras de espanto ou pensamentos do tipo "Isso é por ser o primeiro filho!!", as mesmas caras e exclamações a que assisto cada vez que falo sobre o assunto com alguém,  ou que tento explicar aos avós (tarefa difícil) o porquê desta nossa conduta!
Não pretendemos ter um filho completamente sugar free, ou um ermita nas festas de aniversário, aliás, ele já provou de tudo, com conta e peso, e até à data, é uma criança que se alimenta bastante bem (nem tivemos ainda a fase da anorexia os dois anos). 
O nosso objectivo é mesmo que, enquanto pudermos evitar, ele se mantenha a leste do que é uma barra de chocolate, um chupa, uma coca-cola. Que dê primazia à fruta, aos iogurtes, aos vegetais, à água. Posso até estar a ser ingénua, mas julgo que tem dado resultado. Passou o Natal, o Ano Novo, este fim de semana tivemos duas festas de aniversário, e Baby Boy passou completamente ao lado das filhoses, das mousses e dos chocolates. Mas comeu arroz doce, gelatinas, e o bolo de aniversário. Enquanto isso, era ver outras mães sem saber mais o que fazer porque os filhos não arredavam pé da mesa dos doces, e mesmo com a barriga cheia, não paravam de comer, apenas pela gula do que é doce. Diziam que não sabiam mais o que fazer, mas ao mesmo tempo culpavam-se por terem sido elas (leia-se, os pais também), a incutir estes novos alimentos, sem qualquer justificação nutritiva, na rotina dos filhos, fosse por compensação, por graça ou por quererem ver a reacção.
A reacção?! Claro que eles vão gostar! O que é doce nunca amargou!!! E faz-lhes falta? Nenhuma!! Deixem-nos crescer, apresentem-lhes as melhores opções alimentares e deixem-nos habituarem-se aos mesmos. Quando eles tiverem mais maturidade (e não estou a falar dos 18 anos!!), vão fazer melhor as suas escolhas, vão perceber melhor os vossos nãos a doces antes da refeição, e vão poupar-vos a birras monumentais no super ou em casa de amigos!... 

dezembro 18, 2012

Cool Baby?!

Dançamos todos. Noite após noite, ora conduz o pai, ora conduzo eu, sempre com o objectivo de não ser ele a conduzir-nos! Os 15 minutos de história e mimos, transformaram-se em 45, e agora já passam dos 60. Todas as noites há negociação, há mimos, há ordens, há choradeira, há histórias, há Basta! Há noites com mais paciência que outras, ora de um ora de outro. Há substituições no comando da hora de adormecer, ou há alguém que se mantém estóico até ao fim. Hoje não foi diferente, e depois da lenga-lenga do costume, lá fui para a sala a barafustar com esta alteração brusca numa rotina que era tão tranquila.
Estou farta que ele tente levar sempre a melhor, que peça mimos quando no fundo quer é adiar a hora de dormir, que prometa que é a última história e depois chore porque quer mais 10! Estou farta que chore com vontade, sem vontade, sempre na hora de o pôr na cama!!
E eis que oiço a voz da razão que me diz: "É bom sinal, é sinal que gosta de nós e quer estar connosco!" 
Levei um estalo, e ouvi-me: Acorda!! Não vês que é é mesmo isso?! Não vês que a par dos terrible two, estão a acontecer mudanças gigantescas neste bebé que quer ser crescido, mas que não deixa de ser bebé?! Aquele que já não usa fralda (de noite e dia), já dorme sem chucha, quer deixar o ó-ó, e ainda vai ter que dividir os pais, só seus, com esse estranho que aí vem??

O mau humor foi-se embora, o que ainda tinha para fazer passou para trigésimo plano, e lá fui, com a maior calma do mundo, sentar-me no cadeirão do quarto, apetrechada de almofadas e mantinhas, para ouvir tudo o que o meu Baby Boy tinha para dizer! Ás vezes, é mesmo preciso parar e ouvir...

dezembro 06, 2012

Na hora de dormir

Por esta hora Baby Boy já está deitado. Depois de lhe ler seis histórias da Disney, sempre as mesmas que ele tanto gosta, e de o ameaçar que se não fosse já para a cama amanhã a rotina não se repetia, por fim consegui deitá-lo. 
A hora de dormir tornou-se bem mais atribulada desde há mês e meio para cá, altura em que deixou a chupeta. Se com a amiguinha bastavam duas histórias e uma musiquinha e ele ficava a embalar os seus próprios botões, agora o processo é mais moroso, e às vezes levo uma hora até que ele fique a adormecer!  Está mais carente, pede mimo e mais mimo, depois é a água e o xixi, e mais mimo... 
Desde bebé, nunca o adormeci, sempre o encaminhei para o sono, para que quando acordasse de noite não sentisse a necessidade de me ter por perto para voltar a adormecer. E salvo raras excepções, posso dizer que resulta!
Hoje estou a experimentar algo novo, e em vez de estar lá até ele finalmente acalmar, e receber os mimos e ficar, deixei-o sozinho já na cama, a brincar e agora oiço-o a embalar-se: "anda comigo ver os aviões..."
Lindo!!!

dezembro 04, 2012

Ter um irmão...


"Ter um irmão é ter, para sempre, uma infância lembrada com segurança em outro coração."Tati Bernardi

Mais do que pensar em dar um irmão ao Baby Boy, pensei em ter outro filho. Depois de ponderadas as questões inerentes a esta grande decisão, e agora que cada vez mais o Feijãozinho ocupa o seu espaço nas nossas vidas, cada vez mais penso que vou dar um irmão ao meu pequeno príncipe. E penso nisso sempre que me olho ao espelho, sempre que o meu filhote vem beijar a minha barriga e falar com o mano, e penso mais ainda quando ele me chama má e diz que não quer o bebé! Não dramatizo, mas penso. Sei que não é nem vai ser o único ser na Terra a tornar-se o filho mais velho, mas como é o meu filho mais velho, preocupo-me. 
Desdramatizar passa por me colocar no lugar dele, e tentar perceber as suas atitudes e angústias, sem nunca negar a existência de mais este elemento que está prestes a chegar. Passa por minimizar as alterações que vão existir e fazê-lo entender que estas vão trazer algo de bom, muito bom. Incluí-lo nas tarefas, para que se sinta mais perto, mais útil e fundamental. Ter momentos só dele, só com ele, porque ele é único. Aproximá-lo, sem pressões e ao seu ritmo, deste novo ser com quem vai ter uma ligação única, embora ele ainda não saiba.
Não me esquecendo de todos estes itens, e mais alguns que me vão surgindo, creio que tudo vai correr bem, e este meu filho vai ser anda mais feliz junto do outro meu filho, o seu maninho!

novembro 13, 2012

Keep it!

Ele quer ser independente. Come sozinho, dorme sozinho, quis tirar a fralda da noite, e teima em dizer que não é bebé! Mas... só gosta do pai, a mãe é , é tudo só pai, só pai, só pai! A hora de dormir, prolonga-se, com mais histórias, mais cantigas, mais mimos e "Mãe, não vai embora! - e agarra-se à minha mão; Mãe, não fecha a porta!"
Na escola, começou a chamar a atenção das educadoras. Quer ajuda para comer, choraminga, e tem sido cada vez mais difícil lá deixá-lo!...
Juntámos 1+1, e chegámos à conclusão de que o mano está a ficar cada vez mais presente na sua vida, que até aqui tem sido tão nossa, tão exclusiva, tão a mãe e o pai são só meus!
Lembrei-me de lhe entregar o meu coração para dormir com ele, e ele guardou-o a noite toda, e entregou-mo na manhã seguinte! Quando o deixei na escola, fiz o mesmo "Toma, guarda o coração da mãe, e quando a mãe voltar, devolves!" Ele sorriu, e meteu-o no bolso!
Acho que resulta. Ajuda-o a minimizar a distância, a sentir-me perto dele. As crianças vivem muito no imaginário, no faz de conta, e nem sei o que se tem passado pela cabeça do meu Baby Boy, desde que imagina que vamos passar a 4, mas quero ajudá-lo a encarar esta fase, tão boa, da melhor maneira possível.
E eu fico tão feliz, por o meu coração estar tão bem guardado! :)

novembro 08, 2012

Estamos a passar cá uma fase...

Já passámos uma, enquanto foi recém-nascido, que chorava berrava quase todas as horas da noite, e quase todas do dia, facto que me fez devorar as sebentas da faculdade e livros de pediatria! Quando eu não estava  a amamentar, ou a tentar descansar, estava certamente a ler e ler e ler!!!
As coisas acalmaram, e posso dizer que até à data (bato forte na madeira) não tenho tido grandes razões do meu pequeno, e tanta leitura, aliada ao bom senso e dia a dia, acabou por dar alguns frutos.
Agora estamos noutra fase!
O que era tão pacífico - a hora de deitar - que em 15 minutos se resolvia através do ritual mimos-história-mimos, está a ficar caótico!!! Há quase duas horas fiz a primeira tentativa de deitá-lo, e após uma grande birra, muito choro, e gritos (meu Deus, o que é isto??!), lá acalmou com os mimos e as histórias, e parece que agora ficou!
Também está mais rebelde, e mais engraçado, já conversa, já conta histórias (e também inventa algumas!). O não está sempre na ponta da língua, prontinho para nos desafiar, e claro, repete constantemente que só gosta do pai, só quer o pai, e o pai, e o pai...!
Estamos numa fase de grandes mudanças, e como diz o pediatra Mário Cordeiro (em O Livro da Criança - aconselho!), há dossiers que se vão desarrumando, há medos que vão surgindo e situações novas que temos que tentar resolver. 
Hoje fui "consultá-lo", mais uma vez, como faço sempre que tenho questões ou me pergunto se estou a proceder bem, e colocaram-se muitas dúvidas...

Será que não lhe devia ter tirado a chucha nesta altura? (porque apesar de já não falar dela e dormir a noite toda, a ansiedade é notória na hora de dormir! - tal como aconteceu na 1.ª tentativa há uns meses atrás!)

Será que lhe falámos cedo demais da vinda do mano (estava grávida de 3 meses) e isto também lhe está a causar ansiedade? - apesar da ideia ser dar-lhe tempo para que, no seu imaginário, criasse espaço para o mano bebé!

O desfralde nocturno também deve estar a mexer com ele, mas essa etapa foi ele que decidiu que seria agora! É tudo ao mesmo tempo??

Será que estou a fazê-lo crescer rápido demais??

Será..., será..., será...?!

Se há coisa que eu não quero é privar o meu filho de viver as etapas que tem que viver, sobretudo estas que passam tão rápido!
Não quero que se sinta inseguro ou ansioso, só porque de repente, toda a gente fala (e eu confesso, que também já falei nisso) nos dentes que estão a ficar tortos e que está na hora de largar a chucha!!
Não quero e quero tanta coisa... isto de ser mãe, tem que se lhe diga, e eu quero continuar a questionar-me!



outubro 16, 2012

Assim foi, e assim é!

Eu, parti sempre do principio que Baby Boy iria pegar bem na mama, que o meu leite seria o suficiente para ele, e que a amamentação seria a melhor forma de o alimentar (Atenção: eu, que queria amamentá-lo!). E assim foi, até por volta dos 12 meses.

Quando começou com o leite de vaca, eu parti do principio que ele iria gostar do sabor, não ia precisar de açúcar, chocolate ou mel, o sabor do leite ao natural ia satisfazê-lo... e assim foi!

Aos 4 meses, quando começou com as sopas (e não com papas), eu, parti sempre do principio que iria adaptar-se bem à colher, às novas texturas e novos sabores. E assim foi, com os legumes, a carne, o peixe, o arroz, a massa, os iogurtes, and so on!

Durante o 1º ano, Baby Boy comia, de açucares e gorduras, apenas o que a comida continha naturalmente. Não houve espaço a bolos, a bolachas (que não as tradicionais Maria), sumos ou chocolates. Partimos do principio que o que não era essencial não lhe fazia falta!

Desenganem-se se acham que isto foi pacífico! A avó que perguntava quando é que a criança deixaria de mamar; o avô que insistia que ele chorava com fome; tios que ficavam impressionados porque com 8 meses ainda não sabia o que era um bolo, ou porque aos 18 meses ainda não tinha comido um chupa; os amigos que não percebiam porque não lhe dávamos batatas fritas (!!!) "Ele vai gostar!" diziam-nos!
Claro que ele ia gostar, todos gostamos, e de vez em quando sabe bem saborear estes pecados, mas não sem antes ter o gosto pelo que é saudável bem apurado! (dizíamos nós!)

Assim é, aos 28 meses: o pequeno rebelde devora (literalmente) pratos de brócolos e couve flor cozidos ao vapor, bebe muito leite (sem qualquer aditivo), continua a pedir a sua sopa, o pão não tem tulicreme mas tem manteiga e fiambre/queijo, e quando lhe damos outra coisa que não água ele torce o nariz dizendo "Blharrcc!"
E por cá, estamos também, em colaboração com a escolinha do nosso filho, para tentar alterar algumas coisas que estão desadequadas na alimentação de crianças tão pequenas.

Moral da história: por cá partimos do principio, apoiados em algumas leituras, que é durante os 3 primeiros anos que a criança solidifica os seus hábitos alimentares, conforme eles sejam educados. 
É também durante este período, que a criança adquire a capacidade de controlar o seu apetite, sabendo parar quando já não tem fome.
Por isto, e muito mais, é importantíssimo nós pais estarmos presentes na educação alimentar dos nossos filhos, e sabermos nós o que queremos e o que é o melhor para eles, resistindo às pressões exteriores. Cabe-nos assim, a tarefa de diminuir os impressionantes números de obesidade infantil, e isto passa fundamentalmente, por dar o exemplo... 
E que tal, se fizermos todos uma alimentação saudável? Vá lá, não custa nada!

Espreitem aqui algumas sugestões de lanchinhos saudáveis! ;)


Follow Love here!

outubro 15, 2012

Crushed!

E eu que pensava que as fases difíceis só viriam com a adolescência! Wrong!!!
Vêm de mansinho e começam na infância, com a personalidade a manifestar-se, o narizito a empinar e o "quero, posso e faço" acima de tudo! (You wish!)
Não há livro de psicologia, que nos prepare para sabermos lidar com as emoções, que experimentamos diariamente, com os nossos filhos. Eles têm o dom de nos colocar no auge, com a mesma facilidade que nos deitam abaixo. Ontem fui a baixo, e após mais uma nega, dei por mim a chorar confortada nos braços do maridão enquanto me perguntava, em tom de gozo "Então, já começou essa fase?". As minhas hormonas também podem estar a ajudar à festa, é verdade, mas o meu Baby Boy tem-me feito das boas os últimos dias! 
Só me procura quando quer a papa, ou quando está aflito porque se magoou, ou quando o pai lhe levanta a voz... Rejeita os meus mimos, o meu colo ou o meu sorriso. Quando me zango com ele chama-me Má! com toda a convicção e amua (com apenas 2 anos e 4 meses!!). 
Mas subitamente regride ao recém-nascido que traz com ele, e pede colo e miminhos... Como ontem na hora de deitar... sentá-mo-nos no cadeirão (que tanto nos aconchegou quando era bebé), tapados com a mantinha a esconder-nos do mundo, e ao som do seu medley de músicas preferido, cantado por mim. Estivemos assim, quase uma hora, sem pressas, só nós...

As fases difíceis também têm o seu lado bom. São necessárias para o crescimento deles e para o nosso também, para nos preparar para o futuro, e para nos fazer ver que aconteça o que acontecer, vão querer sempre o nosso colo, ainda que sejam eles a decidir quando e como!
(E, já agora hormonas: orientem-se!)

setembro 25, 2012

TV vs Parenting...

Someone - Ele (Baby Boy) gosta de ver os "Xiribitis" (não sei o nome!) no Panda?
Eu - Não, ele não vê.
Someone (muito espantado)- Não vê?? E os "Roquititis?!
Eu (a sentir-me a última criatura na Terra) - Não, ele não costuma ver televisão...
Someone (a pensar: que esquisitóide é esta?!) - Ah... está bem!??
Eu - Mas ele conhece os 101 Dálmatas, e o Nemo...
Na verdade, até há alguns dias atrás, nestes (quase) 28 meses de vida, Baby Boy ainda não se tinha sentado em frente à TV por mais de 5 minutos, e raramente com o objectivo claro de estar-em-frente-à-TV-quieto-e-sossegado.
Não foi nada que tivesse sido planeado quando pensávamos na sua educação (ainda na barriga), mas foi acontecendo. Primeiro, porque no 1º ano, e segundo leituras fidedignas, os bebés não percebem o que se passa nas imagens que passam a mil à hora, cheias de luz e cor, e que são hiperestimulantes, fazendo com que, após o período normal de estou-hipnotizado-a-babar-em-frente-à-TV, eles fiquem muito agitados. Ou seja, há um período de sossego para os pais, que depois vem desorganizar o resto do dia, e quem sabe, da noite! E segundo... alguém já perdeu 5 minutos a ver o Baby TV?? Aquilo é completamente hipnotizante, até para nós adultos!!

Após o 1º ano, resolvemos comprar um leitor de Cd´s para o quarto, livros de historinhas (da Disney!)e tentar brincar com ele com muitas outras coisas, para que a exposição à TV fosse a menor possível.
Não sou fundamentalista, mas acho, sinceramente, que nesta fase, devemos evitar habituá-los a esta actividade diária, porque no fundo é isto que se passa: tal como em tudo o resto (comer, dormir, falar, bacio,...), é agora que eles criam os seus hábitos mais ou menos saudáveis, e devemos ser nós pais, a guiá-los para onde queremos.

Mas, entretanto eles também crescem, e não passam o tempo todo connosco, e eis que na passada semana na creche, a propósito do nome da salinha ser "Os anõeznhos", a Educadora resolveu passar o filme da Disney A Branca de Neve e os 7 Anões
Resultado 1: Apesar de terem cortado a cena do caçador (felizmente), Baby Boy ficou muito impressionado com a fuga da Branca de Neve, e com a Má, e com o "desaparecimento de cena" do Caçador - que ele percebeu que não tinha boas intenções!! Teve pesadelos nessa noite e tudo!
Resultado 2: Agora tem chegado a casa a pedir para ver Bolhecos, e para ver os maus na TV...
Resultado 3: Hoje vai haver reunião de pais, e eu vou ser a esquisitóide que vai perguntar se esta história da TV é para continuar...

E vocês, o que acham da TV?? :)

junho 26, 2012

O mundo ao contrário!

"Baby Boy é uma criança cmunicativa, calma, curiosa, tímida, interessada e alegre.
 Reage bem à ausência dos pais, abraça e acaricia pessoas conhecidas. 
Responde pelo próprio nome e não fica passivo na agressividade de outra criança. 
Come e bebe muito bem sozinho, sem se sujar.
É sensível ao som da música, dança e canta desde que não se sinta observado.
Mostra interesse em trabalhar, mas cansa-se rapidamente, pois a sua actividade preferida é brincar."
Ontem foi a reunião de fim de ano na creche do Baby Boy. A Educadora descreveu e mostrou trabalhos que desenvolveu ao longo do ano. 
Eu gostei, porque demonstrou estar atenta e preocupada com as etapas certas, nesta fase do desenvolvimento de crianças com (ou quase) 2 anos. Gostei também porque percebi que não éramos os únicos pais preocupados com algumas questões logísticas, que podem ser alteradas desde que todos os pais estejam em consenso, e estão. E gostei muito porque recebi a avaliação qualitativa do Baby Boy, que vai ao encontro do que nós observamos em casa, excepto na timidez, que ele reserva só para fora de portas, espalhando as brasas todas no "lar doce lar" (e ainda bem).
E gostei também porque a actividade preferida do meu filho, aos dois anos, é BRINCAR!
Todas as crianças têm o direito de brincar*, e mal estão aquelas cujos pais querem que falem inglês, contem até 100 ou façam contas de multiplicar antes de chegarem à primária. 
Deixem as crianças brincar, com tudo, deixem-nas usar a imaginação, deixem-nas ser felizes num mundo de fantasia e ilusão, que (infelizmente) se vai perdendo ao longo do crescimento.
O mundo das crianças não se deve virar ao contrário! :)


junho 19, 2012

A (re)volta da chchu!


Na escola ele nem pergunta por ela. Em casa, volta não volta, questiona e responde logo, pouco resignado: "Foi para casa!" À hora de dormir, a pergunta intensifica-se, a ansiedade é visível através da inquietude, da forma feroz com que morde o Ó-Ó.  
Diz a psicologia que é muita coisa ao mesmo tempo: desenvolvimento da fala, desfralde e desmame da chucha... alguma coisa tem que ficar para trás! Começámos a pensar, se não seria melhor chamar a chuchu, como quem diz "Volta, estás perdoada", para que o Baby Boy ficasse mais tranquilo e se sentisse seguro. 
Assim, como por magia, depois de chegar a noite e já com a luz apagada, a amiguinha regressa para o aconchego do meu menino. Nós, mostramos surpresa e insistimos que ela faz dói-dói, e que tem que ir embora... mas deixamos ficar! Ele, contente que fica com tal presença, parece que evita fazer muito alarido à volta do assunto, não vá ela fugir outra vez. Coloca-a no sítio certo, e sossega quase imediatamente.
Para já ficamos assim. Vamos conviver com esta visita surpresa e deixar que o nosso menino, que ainda é bebé, se convença a deixá-la, quando se sentir bem e seguro para o fazer. Quanto aos dentes... na pior das hipóteses teremos que, no futuro, investir em endireitá-los! :)

junho 11, 2012

Chuchu, dói-dói!

Na última consulta, um dos temas abordados foi o desmame da chucha (chuchu, cá em casa).
Eu tinha pensado em fazê-lo a seguir ao desfralde, para não ser tudo ao mesmo tempo, mas a médica disse que o arco já estava a ficar com abertura, e que quanto mais cedo o Baby Boy deixasse a amiguinha, melhor!
Assim, temos tido algumas conversas no sentido de o fazer entender (dentro do possível) que a chucha é blarrgh, faz dói-dói aos dentes, que é melhor ela ir para a casa dela... Esta conversa acentuou-se durante o fim de semana, e combinámos que hoje, na creche, dizíamos à educadora que a chuchu ia embora, e o Baby Boy dormia só com o seu ó-ó! Ontem, ele repetiu algumas vezes, o recado a dar à A., antes de dormir, mas não muito convicto. E não sei se por isso, pediu mais meminhos do que o habitual!
Agora é a hora da sesta, e eu estou em pulgas para saber como está a correr... 
Daqui a pouco saberei se esta conversa toda deu resultado, e a ideia é fazer o mesmo hoje à noite: Chuchu? Foi para casa! :)

maio 28, 2012

Afinal, os filhos podem dormir com os pais!?

Muito se questiona sobre os prós e contras dos filhos dormirem com os pais.
Uns defendem que é bom para o vínculo pais-filhos; que a criança aprende a sentir-se segura, até que decida, ela própria, que quer ir para a sua cama; que os anos passam tão rápido, que estes momentos são preciosos nas relações parentais.
Outros há que defendem, que dormindo com os pais a criança não aprende a ser independente e a sentir-se segura; que os pais perdem privacidade, prejudicando a relação conjugal; e até mesmo, que é perigoso para a criança dormir entre dois adultos.
Eu, confesso, pertenço ao segundo grupo. Para mim, enquanto mãe, mulher e profissional, penso que a melhor solução é ensinar os filhos a dormirem sozinhos na sua cama e quarto. Não é abandoná-los a chorar no quarto, horas a fio, é ensiná-los a dormir, porque o sono também se educa! Penso que é o melhor para a sua autonomia, para o relacionamento do casal e até dos pais com o filho, e também, por uma questão de higiene e segurança.
NO ENTANTO, e antes que me chamem nomes que não lembra ao menino jesus, também acho que cabe a cada casal/pais, decidirem o que é melhor para o ambiente familiar, o que se ajusta melhor ao funcionamento de todas as relações e rotinas lá de casa.
Como tal, hoje encontrei isto (em baixo) e achei que seria uma solução melhor para quem não quer, não pode, ou não consegue levar os filhos para o quartinho deles!
Fica a sugestão. O que acham? :)



maio 08, 2012

O destemido...


Cá por casa somos da opinião que aos filhos devemos ensiná-los a pescar, e não dar-lhe o peixe arranjado no pratinho, se é que me entendem. Assim sendo, a ideia é mimar muuuiiito o Baby Boy, aproveitar todos os momentos com ele, mas impor-lhe regras e ensiná-lo a ser independente.
A frase que ouvimos mais cá em casa é: "Eu, sozinho!" - e ninguém o contraria! Mas quer-me parecer, que a par das suas mostras de independência, estão neste momento a surgir os Me-dos!
O meu bebé, não tinha medo do escuro (nunca teve luz de presença), não tinha medo dos animais, da água, ou do barulho... mas ontem, ontem não quis ir ao quartinho dele sozinho, ou pelo menos sem acender a luz do corredor... um sinal? Ontem, disse muitas vezes, com ar um bocadinho assustado "Mãe, balhulho!!", à entrada do corredor.
E nós por cá, claro, logo a fazermos uns filmes (curtas metragens) sobre o que teria acontecido, quem o tinha assustado, feito mal, o que tinha acontecido ao nosso Destemido!??
Ok pessoal, vamos lá acalmar! A partir dos dois anos (e faltam 15 dias), as crianças começam a fantasiar, a imaginar, etc, e por isso, os barulhos, as sombras, o escuro, deixam de ser isso só! Passam a ser monstros, bichos, gorilas que os querem devorar! Então é assim: nada de ridicularizar as nossas crianças, ou fazê-los sentir como os únicos seres com medo no Mundo! Vamos dar-lhes muito mimo, e ajudá-los (em conjunto) a superar esses medos, para que tal não afecte a sua independência e estrutura emocional!
Nós, vamos seguir à risca estas linhas, e mimos, são música para os nossos ouvidos!
(ah, O Livro da Criança, do Dr. Mário Cordeiro, é uma leitura a não perder!)